Centro Universitário Presidente Antônio Carlos

UNIPAC - Barbacena
Engenharia Civil
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais

1-Introdução

Deysiane A. B. Damasceno
deysianedamasceno@unipac.br

Agosto, 2021
 Introdução
 Porque estudar Resistência dos Materiais?
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

A Resistência dos Materiais (também conhecida como Mecânica dos Sólidos ou

Mecânica dos Materiais) é um ramo da mecânica clássica que estuda as relações
entre os esforços externos aplicados a um corpo deformável e a intensidade e forma
de distribuição dos esforços internos e deformações que se desenvolvem no corpo.
Este assunto também envolve o estudo da estabilidade dos corpos.

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 Apresentação da disciplina
 Objetivos da disciplina
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

Desenvolver a capacidade de análise das tensões e deformações em

estruturas mediante carregamento axial, torção, flexão e transversal.
Estabelecer as tensões e deformações principais a partir de qualquer estado
de tensões.

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 Apresentação da disciplina
 Ementa
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

Esforços solicitantes em estruturas planas. Conceitos de tensão e

deformação. Barras submetidas à força normal. Torção em barras de seção
circular. Flexão de barras de seção simétrica. Cisalhamento em vigas e
elementos de paredes delgadas sob cargas transversais. Critérios de
resistência. Introdução à elasticidade. Tubos de paredes finas submetidos à
pressão. Flambagem de Colunas. Métodos de Energia. Estado de tensão e
deformação e círculo de Mohr.

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 Apresentação da disciplina
 Critérios de avaliação
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Descrição Pontuação
1ª etapa
Avaliação da 1ª etapa 30 pts
Atividades diversas 15 pts
2ª etapa
Avaliação da 2ª etapa 35 pts
Atividades diversas 20 pts

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 Apresentação da disciplina
 Bibliografia sugerida
BÁSICA
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

BEER, F. P.; DEWOLF, J. T.; JOHNSTON JR, E. R.; MAZUREK, D. F. Estática e mecânica dos materiais.
Porto Alegre: AMGH, 2013. ISBN 9788580551655.
GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage Learning, 2018. ISBN
9788522124145.
GRECO, Marcelo; MACIEL, Daniel Nelson. Resistência dos materiais. Rio de Janeiro: GEN LTC, 2016.
ISBN 9788595155688.

COMPLEMENTAR
BEER, F. P.; JOHNSTON JR, E. R.; CORNWELL, P. J.; PERLENCE, A. E. M. Mecânica vetorial para
engenheiros. Porto Alegre: AMGH, 2012. ISBN 978-85-805-5144-0.
EDMUNDO, D. A. Resistência dos materiais aplicada. Porto Alegre: SER - SAGAH, 2016. ISBN
9788569726852.
MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. São Paulo: Erica, 2012. ISBN
9788536505282.
ONOYE, B.; KANE, K. Estática e resistência dos materiais para arquitetura e construção de edificações.
Rio de Janeiro: LTC, 2015. ISBN 978-85-216-2922-1.
PINHEIRO, A. C. da F.; BRAGANÇA; C. M. Fundamentos de resistência dos materiais. Rio de Janeiro:
LTC, 2016. ISBN 9788521632627.

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 Apresentação da disciplina
 Bibliografia sugerida
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

BEER, F. P.; DEWOLF, J. T.; JOHNSTON JR, E. R.; MAZUREK, D. F. Estática e

mecânica dos materiais. Porto Alegre: AMGH, 2013. ISBN 9788580551655.

HIBBELER,R.C.ResistênciadosMateriais.7ªed.SãoPaulo:PersonPrenticeHall,2010.

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 DOs e DON’Ts
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• Participar das aulas em tempo • Dúvidas pelo wpp;

real; • Não participar/perguntar durante
• Dúvidas e sugestões por e-mail; as aulas;
• WPP – emergência de provas • Enviar foto da atividade com baixa
online APENAS! (31 9 8962-4769) resolução e/ou desorganizada;

deysianedamasceno@unipac.br

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
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A força é uma grandeza vetorial que provoca deformação ou movimento em um corpo.

Para ser completamente caracterizada, é necessário conhecer:
• direção;
• sentido;
• Intensidade.

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
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No espaço, utilizando um sistema de eixos ortogonais X, Y e Z, uma força 𝐹

fica caracterizada por suas componentes 𝐹𝑥 , 𝐹𝑦 , 𝐹𝑧 , conforme figura a seguir.

O deslocamento associado a uma força é uma translação ou

deslocamento linear.

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
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As forças podem ser classificadas em:

Quanto à posição:
• Fixas: cargas não mudam de posição (ex.: cargas nas edificações);
• Móveis: cargas que mudam de posição(ex.:ações dos veículos nas pontes e
viadutos).

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
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As forças podem ser classificadas em:

Quanto à forma de aplicação:
• Concentradas: quando se admite a transmissão de uma força, de um corpo a outro,
através de um ponto.
Atenção: A força concentrada não existe, sendo uma simplificação de cálculo.

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
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As forças podem ser classificadas em:

Quanto à forma de aplicação:
• Distribuídas: quando se admite a transmissão de uma força de forma distribuída,
seja ao longo de comprimento (simplificação de cálculo) ou através de uma
superfície.

F/L (kN/m, N/m, kgf/cm) F/L² (kN/m², N/m², kgf/cm²)

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
Resultante das forças distribuídas:
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Teorema:
“ A resultante de um carregamento distribuído constituído por forças paralelas entre si, é
igual a área da superfície limitada pelo eixo do corpo e pela função que define esse
carregamento. Esta resultante sempre passa pelo centro de gravidade desta área.”

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
Resultante das forças distribuídas:
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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
Resultante das forças distribuídas:
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

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 Grandezas fundamentais da estática
 Força
As forças podem ser classificadas em:
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

Quanto à duração:
• Permanentes : ações permanentes sobre as estruturas, tais como seu peso
próprio.
• Acidentais: ações que podem ou não agir sobre as estruturas. Ex.:
sobrecarga (peso de pessoas, móveis), ação do vento etc.

Quanto a variação com o tempo:

• Estáticas: considera-se, para efeito estrutural, que ela não varia com o
tempo.
• Dinâmicas: quando a variação da ação ao longo do tempo tem que ser
considerada. Ex.: terremotos, correntes marítimas, explosões.

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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
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O momento representa a tendência de rotação, em torno de um ponto, provocada por

uma força. O momento também é uma grandeza vetorial caracterizada por direção,
sentido, intensidade e ponto de aplicação.

No espaço, utilizando um sistema de eixos ortogonais X, Y e Z, um momento

𝑀
fica caracterizada por suas componentes , , , conforme figura a seguir.
𝑀𝑥 𝑀𝑦 𝑀𝑧

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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
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O momento 𝑀 de uma força 𝐹 em relação a um ponto O é uma função da força

e da distância , do ponto O ao ponto P de aplicação da força , sendo calculado
por meio do produto vetorial
𝑀 = 𝑂𝑃^𝐹
Sendo α o ângulo entre o vetor 𝑂𝑃 e a força 𝐹. Assim, o módulo de 𝑀 pode ser
calculado por:

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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
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A utilização da regra da mão direita , conforme ilustrada, é bastante útil. A direção e o

sentido de M são obtidos pelo dedo polegar quando a palma da mão direita é colocada
voltada para o ponto O, estando o polegar perpendicular aos quatro dedos que
apontam no sentido positivo de F. Observar na figura que M é perpendicular ao plano
definido pelos vetores 𝑂𝑃 e 𝐹.

O sentido e a direção de 𝑴 são

obtidos pela regra da mão direita.

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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
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Assim como a força, os momentos também são classificados de acordo com a sua forma
de aplicação:

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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
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A gangorra abaixo ilustra os conceitos de momento causado pelas forças peso

das crianças em relação ao ponto fixo O.

Lembrem-se:
F=m.a
P=m.g

O deslocamento associado a um momento

é uma rotação ou deslocamento angular.
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 Grandezas fundamentais da estática
 Momento
Engenharia Civil – Resistência dos Materiais

A gangorra abaixo ilustra os conceitos de momento causado pelas forças peso

das crianças em relação ao ponto fixo O.

 Situação A: Equilíbrio
 Situação B: Momento maior no sentido horário
 Situação C: Equilíbrio

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 Redução do sistema de forças a um ponto
Para reduzir um sistema de forças a um determinado ponto do espaço, basta
transferir todas as forças para este ponto, acrescentando, para cada uma
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delas, seu momento em relação a este ponto.

Ex.: Inicialmente temos uma força aplicada no ponto A (figura a). A posição
deste ponto com relação à origem está definida pelo vetor de posição r. A
aplicação de duas forças de valor igual mas sentidos opostos em O não altera o
efeito de F.

 As forças F em A e −F em O formam um
binário que permite a substituição de ambas
por MO (figura c). O sistema assim obtido
denomina-se sistema força-binário.

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 Redução do sistema de forças a um ponto
Quando em lugar de uma são n forças atuando no corpo, o procedimento pode ser
aplicado a cada uma delas desde que o ponto O seja o mesmo, obtendo-se n sistemas
forças-binário. As n forças em O serão concorrentes e poderão ser somadas
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vetorialmente para obter uma única força resultante R. O mesmo aplica-se aos n
binários.

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 Bibliografia
ALMEIDA, M. C. F. Estruturas Isostáticas. Rio de Janeiro: Oficina de Textos, 2009.
ALMEIDA, R. L. J. Teoria das estruturas – Notas de Aula. Barbacena, 2019.
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SÜSSEKIND, J. C. Curso de Análise Estrutural –v.1: Estruturas Isostáticas. Porto Alegre:

Globo, 1977.

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