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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIDADE MARTE

FILOSOFIA PARA CRIANÇAS

Atividade avaliativa

Professora: Cristina Colasanto


Aluna: Stefani Perini da Silva RA: 336786316554
6º Semestre, Noturno. Pedagogia
Habilidade de tradução

Como achar uma fórmula para viver o que não conhecemos?


Um ano interminável e ao mesmo tempo parece que foi ontem que tudo começou.
De março de 2020 até agora, foi um período que mudou cada um de dentro para
fora, sendo através do medo, da incerteza, da adrenalina ou da descoberta.
No início ninguém tinha noção da gravidade, e o medo maior era perder o emprego
ou ficar sem apreciar as festas com os amigos, e depois foi o contrário, o medo
maior era de perder a vida e perder os seus familiares e amigos para sempre.
Dentro de tudo isso, algumas pessoas adoeceram a mente por pensar demais,
outros aproveitaram o momento e empreenderam. E entre adoecer e agir, existiram
as noites de reflexão.
Tudo isso aconteceu comigo. Parei de sair e achei que estava perdendo
momentos da minha juventude, mas depois o medo da doença e de perder minha
família me tomou, e minha casa se tornou minha fortaleza.
Minhas perspectivas mudaram, e ver minha família todos os dias era essencial, e o
tempo livre fez culminar ideias.
Tempo vago, algum dinheiro guardado, ideias fervilhando a mente...
Carteira de motorista, curso de inglês, aulas de yoga online, notas ótimas na
faculdade, confeitaria, me tornar youtuber, “maratonar” séries e etc. Foram tantos
planos feitos durante a noite, até o desanimo tomar conta e a procrastinação entrar
em cena, então vem os pensamentos ruins.
Vai ter vacina? Quando vai chegar a minha vez? Minha família vai morrer? Eu vou
morrer? Vou conseguir emprego algum dia? É culpa de quem? De quem sai
desenfreadamente e aglomera? Do governo? Castigo divino?
Cada dia entre refletir deitada e se levantar para agir, é um dia de sobrevivência,
de superação. E cada dia ao deitar-se no final do dia, também é uma prece em
gratidão. Tenho lar, contas pagas e comida na mesa, mas um dia pode não ter. 428
mil vidas perdidas, e nenhuma é minha ou da minha família, mas ainda dói, pois
um dia ainda pode ser, ou amanhã eu posso fazer um vídeo engraçadinho para
internet, montar uma empresa e enriquecer. Eu não sei, você não sabe, ninguém
sabe, mas enquanto isso a gente espera, a gente chora, a gente tem esperança, a
gente se revolta com o presidente, mas eu espero que a gente sobreviva, que mais
gente sobreviva.

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