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3º Trimestre - 2021
“O barato que sai caro.” Esse popular clichê fica nítido no documentário The true cost (“o verdadeiro custo”), do
diretor Andrew Morgan, que investiga as práticas inconsequentes da indústria da moda ao inundar o mercado com
roupas de baixo preço e quase descartáveis. O filme denuncia que alguém paga o preço para uma roupa custar muito
barato, mostrando histórias chocantes, como um vilarejo em que há uma grande incidência de crianças nascidas com
deficiências mentais e físicas devido aos resíduos da indústria têxtil que poluem as águas da região. Mas o documentário
também traz uma contraposição: a ação de pessoas que estão trabalhando para mudar essa realidade, como a inglesa
Safia Minney, uma das pioneiras do conceito de “comércio justo” no mundo. A proposta apresentada no texto diz
respeito à possibilidade de conjugação entre relações de produção, a efetivação de direitos e a preservação ambiental.
Isso só pode ocorrer através da transformação do modelo de produção e de consumo em que estamos inseridos.
A ilustração remete ao conceito de homogeneização dada à
padronização observada, ao passo que o texto remete ao conceito de
diversidade cultural, no qual o autor cita as variações das formas sociais de vida
e trabalho.
Em um contexto de multiplicidade das visões ideológicas, o direito à saúde pode ser interpretado por duas
linhas principais: uma delas é a abordagem individualista, que tende a priorizar as escolhas particulares de cada
indivíduo em detrimento da sociedade. A outra é a visão coletivista, que compreende o direito à saúde como um acordo
social em favor de todos. Nesse sentido, o estado é o ente responsável por construir as políticas públicas buscando
viabilizar tanto os direitos dos cidadãos, quanto a preservação da coletividade.
Direitos humanos correspondem a uma legislação atribuída a todos os seres humanos, independentemente da
condição social, cultura ou nacionalidade. Eles têm a intenção de proteger a dignidade humana respeitando a
diversidade cultural. Há diversas situações em que os direitos humanos estão “torcidos”: na perda de direitos dos
trabalhadores, na impossibilidade de determinadas classes sociais terem acesso à Justiça, na perseguição sistemática a
alguns grupos étnicos e na falta de proteção legal a certas minorias sociais. Como exemplo concreto, podemos citar os
refugiados de guerra que são impedidos de entrar no continente europeu e que perdem, assim, a sua dignidade e a
possiblidade de manterem seus laços sociais e sua identidade nacional.
A educação permite aos cidadãos acessar o conhecimento científico produzido pela humanidade, além de ser
um instrumento de poder, garantindo o empoderamento de povos minoritários. É exatamente por esse motivo que
Baniwa considera ser tão importante os indígenas terem acesso ao ensino superior: para que eles também tenham
acesso e condições de lutar por seus direitos.
O Brasil pode ser caracterizado pela sua grande desigualdade social. Isso ocorre não somente nas
diferenças de renda, mas também no acesso a direitos. Uma vez que o Estado não consegue universalizar o acesso
digno a direitos fundamentais (como moradia, saúde e educação), estes acabam se tornando uma espécie de privilégios
das classes mais abastadas, e não um direito universal.