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BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL E BIOÉTICA

ITAPERUNA/2021

RESUMO DO LIVRO:
“MANUAL ANTIRRACISTA”
DJAMILA RIBEIRO

NOME: LEILANE RIBEIRO ROSA AMARAL


BIOMEDICINA 7° PERÍODO
PROF: PAULA MORAES
RESUMO DO LIVRO: “MANUAL ANTIRRACISTA”

O livro “Pequeno Manual Antirracista” foi publicado em 2019.


A autora é a filósofa e ativista Djamila Ribeiro, que também é colunista na Folha de
São Paulo. Em 2018, Djamila integrou a lista das 100 pessoas negras mais
influentes do mundo com menos de 40 anos.
Ela já esteve em diversas conferências no mundo e até já foi premiada pelo governo
holandês por suas ações em defesa dos direitos humanos e da justiça social.
Em “Pequeno Manual Antirracista“, a filosofa e ativista Djamila Ribeiro explica
porque é impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista, e
também revela como podemos construir práticas antirracistas, dentro e fora da
empresa.
Os primeiros capítulos são de introdutórios, dando um panorama sobre o racismo no
Brasil. Os capítulos intermediários nos fazem refletir como a nossa sociedade é
racista e nos oriente sobre como perceber isso. Já capítulos finais são dedicados a
explicar para o leitor como ele pode combater o racismo. E em todos os capítulos
são dados exemplos de racismo no ambiente de trabalho, no dia a dia familiar e
como ele é estrutural, enraizado na nossa cultura, infelizmente.
Para debater esse assunto tão delicado e de extrema importância, conversamos
com o Matheus Melgaço, especialista em consultoria de questões raciais
para empresas de todo porte.
Pessoas brancas devem se responsabilizar criticamente pelo sistema que as
privilegia historicamente ao longo do tempo, produzindo desigualdades, e pessoas
negras podem se conscientizar dos processos históricos para não os reproduzir.
Este livro é uma grande contribuição para estimular o autoconhecimento e a
construção de práticas antirracistas.
O racismo no Brasil é algo estrutural.
Se você faz parte de uma estrutura racista e não faz nada para combatê-la, também
é racista. Além disso, muitas vezes você é racista sem perceber ou sem a intenção
de magoar, mas isso não te faz menos racista.
Pessoas negras não somam 1% entre advogados e sócios de escritórios de
advocacia. Entre estagiários, esse número não chega a 10%.
O recado da autora é: se quisermos pensar essa questão pelo lado econômico, vale
lembrar que uma equipe diversificada aumenta seu potencial produtivo: segundo
alguns estudiosos, um ambiente diverso estimula a criatividade.
A centralidade da obra é proceder a uma reflexão apontando caminhos para
aprofundar a percepção acerca de discriminações raciais estruturais históricas,
estimulando a leitora e o leitor a assumirem a responsabilidade pela transformação
da sociedade a partir de suas vidas e contextos. Ademais, a autora enfatiza
estratégias para extinguir o racismo contra pessoas negras, como também aspira
auxiliar no combate a outras formas de opressão. Para organizar melhor o texto,
com base na linguagem didática usada no livro, na primeira parte identifica-se a
obra, a autora e o objetivo da publicação. Posteriormente, destaca-se cada um dos
11 capítulos, as produções da autora, com informações sobre ela e os demais
autores negros citados e que a inspiraram na elaboração do livro. Por fim,
apresenta-se uma breve avaliação crítica sobre esta produção editorial, que é de
fundamental importância pelo seu conteúdo educativo e didático, oportuno e

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elucidativo, sendo de alto valor referencial para ajudar a edificar os novos marcos
civilizatórios da humanidade por meio da autoeducação de cada indivíduo.
A responsabilidade de buscar respostas e saber mais sobre o assunto é das
pessoas brancas. É importante ter em mente que pessoas negras não devem ser
responsáveis por ensinar ou dar as respostas sobre o debate racial ou a luta
antirracista. É preciso ter uma busca ativa por essas informações, dar espaço e
ouvir o que a população negra tem a dizer, saber o que está sendo discutido e
pesquisado sobre o assunto. No livro, a filósofa coloca que o sistema racista está
em constante atualização, por isso esse deve ser um processo contínuo.
Por isso, o primeiro passo é reconhecer a existência do racismo e não o tornar um
tabu, não acreditar na ideia da democracia racial - que defende que a miscigenação
foi um processo harmonioso e que invisibiliza a violência sofrida por pessoas
negras.
Depois de se informar e reconhecer a existência do racismo, é preciso questionar e
analisar sua vivência, colocar em cheque aquilo que é visto como natural. O racismo
no Brasil é estrutural, isto é, ele está tão enraizado na nossa cultura e no nosso
sistema que é normalizado e pode passar despercebido. No Pequeno manual
antirracista, a autora coloca que é preciso tirar o racismo da invisibilidade. “Frases
como “eu não vejo cor” não ajudam. O problema não é a cor, mas seu uso como
justificativa para segregar e oprimir. Vejam cores, somos diversos e não há nada
errado nisso - se vivemos relações raciais, é preciso falar sobre negritude e também
sobre branquitude”.
Por isso, um primeiro exercício pode ser pensar na sua linguagem e se algum termo
que você utiliza é racista e nunca foi tinha percebido. Por exemplo, expressões
como “ela é negra, mas é bonita” ou “negro de alma branca”, e palavras como
denegrir, mercado negro ou criado-mudo carregam um teor preconceituoso. Djamila
coloca que ser antirracista “é estar sempre atento às nossas atitudes e disposto a
enxergar privilégios”. Então, é estar atento a reconhecer e rever esses
comportamentos enraizados. Aos brancos, a autora convida para refletir a
branquitude e os privilégios que a acompanham, ela dedica um dos capítulos do
livro a esse assunto.
Muito além de "vale ou não à pena" é importante dizer que este livro é leitura
obrigatória para todos, principalmente não negros, como disse na introdução do
artigo. E digo, claro, que vale à pena porque você aprender mais como é a nossa
sociedade perante às minorias.

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