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DESCOMPLICANDO A

nova
nr 7
-
UM EBOOK PARA SST

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descomplicando a nova nr-7

Olá! O objetivo deste material é abordar a nova NR-7, que teve seu texto alterado em março de 2020
pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia (Portaria nº 6.734,
DOU 13/03/2020).

O novo texto trouxe diversas mudanças para a norma que regulamenta o PCMSO, desde seu objetivo
até a maneira de aplicação e acompanhamento do programa.

Este artigo traz os principais destaques da nova NR-7, com comentários práticos e objetivos, tendo
como finalidade auxiliar na adaptação ao novo PCMSO, que entra em vigor após 02 de agosto de
2021.

É abordado neste eBook, inclusive, a relação da NR-7 com o PGR - Programa de Gerenciamento de
Riscos e a NR-1.

Boa leitura e bom proveito!

Clique na página:

nr
7
Objetivo

Novo Exame
NR-7 e o PGR

Relatório Analítico

ASO Anexos
alterações na nr-7 para 2021

Compreendendo a Nova NR-7: Objetivo

A nova NR-7 manteve o seu título de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
porém o seu objetivo sofreu uma alteração relevante: proteger e preservar a saúde dos empregados em
relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do PGR - Programa de Gerenciamento
de Riscos.

Antes da alteração, o texto tinha o objetivo apenas de estabelecer a obrigatoriedade de elaboração e


implementação do PCMSO, ainda assim claro com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos trabalhadores. Porém, agora o PCMSO deve ter relação com o PGR e, consequentemente,
com o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).

‘‘• 7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes e requisitos para o desenvolvimento
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organizações, com o
objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação aos riscos ocupacionais,
conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.
‘‘

Ou seja, se no PGR deve constar todos os tipos de riscos ocupacionais, no PCMSO deve ser
contemplado o objetivo de preservar a saúde do trabalhador frente a todos estes riscos.

Isso abre espaço para que um PGR mal elaborado possa resultar em um PCMSO mal elaborado,
consequentemente. Portanto, de maneira geral, se faz necessário um elo mais firme entre a medicina e a
segurança do trabalho, principalmente em relação aos riscos ocupacionais.

Vale ressaltar que, ao exercer o objetivo da norma através do PCMSO, este não deve influenciar ou
interferir em processos de seleção. Por exemplo, digamos que o funcionário não tenha bons resultados
no exame. Este funcionário não pode ter sua chance no processo de seleção interrompida devido a isso,
salvo à excessões extremas de inaptidão.

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Campo de Aplicação e Relação com a Previdência

O novo texto traz o item de campo de aplicação, que estabelece que a Norma se aplica às organizações e
aos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como aos órgãos dos poderes legislativo e
judiciário e ao Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.

Haverá agora uma certa relação entre Legislação Trabalhista e Previdenciária: encaminhamento,
acompanhamento e reabilitação do trabalhador, quando relacionado a afastamentos, INSS e afins.

Interação do PCMSO com o PGR

Como citado anteriormente, o PCMSO e PGR possuem relação entre si. As diretrizes do PCMSO dizem
que o documento deve estar harmonizado com o disposto das demais NRs, veja:

‘‘ 7.3.1 O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da organização no campo da
‘‘
saúde de seus empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas demais NR.

‘‘ 7.3.2 São diretrizes do PCMSO:


a) rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho;
b) detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais;
c) definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas determinadas;
d) subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção adotadas na
organização;
e) subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e sua relação com os riscos
ocupacionais;
f) subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de trabalho que possam
comprometer sua saúde;
g) subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho, de acordo com a
regulamentação pertinente;
h) subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social;
i) acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa ser especialmente
afetado pelos riscos ocupacionais;
j) subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional;
k) subsidiar ações de readaptação profissional;
l) controlar da imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos ocupacionais, sempre que houver
‘‘
recomendação do Ministério da Saúde.

A vigilância ativa sempre existiu, pois se trata basicamente da existência do PCMSO (quando a medicina
do trabalho vai até o trabalhador). A vigilância passiva seria, por exemplo, quando o trabalhador vai até a
médico do trabalho e relata um problema diretamente, onde o médico já deve fazer um estudo sobre a
questão caso seja relevante.

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Médico Responsável pelo PCMSO

Antes havia o Médico Coordenador do PCMSO, agora entra o Médico Responsável apenas.

O empregador deve garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO, sem nenhum custo para o
empregado e indicar o médico responsável pelo programa.

O médico responsável pelo PCMSO, caso observe inconsistências no inventário de riscos da


organização, deve reavaliá-las em conjunto com os responsáveis pelo PGR

Novo Exame: Mudança de Risco Ocupacional

O exame de Mudança de Função foi substituído pelo exame de Mudança de Risco Ocupacional.

Este termo acaba se encaixando melhor, já que ao mudar de cargo muitas vezes o funcionário não muda
de riscos.

Por exemplo, um redator publicitário que muda para o cargo de analista de marketing, os riscos continuam
os mesmos devido ao local de trabalho e condições idênticas.

Então, com a nova NR-7 o exame de Mudança de Função não deve mais ser feito, mas sim o exame de
Mudança de Risco Ocupacional.

Os exames que devem constar no PCMSO, obrigatoriamente, são:

a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de riscos ocupacionais;
e) demissional.

O exame de mudança de risco ocupacional deve, obrigatoriamente, ser realizado antes da data da
mudança, adequando-se o controle médico aos novos riscos.

MEI, ME e EPP dispensadas do PCMSO?

Micro Empreendedor Individual, Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte de grau de risco 1 e 2,
que não apresentem riscos ocupacionais, estão dispensadas da obrigação do PCMSO. De acordo com
a NR-1, estas devem realizar exames adimissionais, demissionais e periódicos a cada 2 anos. Ou seja, a
dispensa do PCMSO, nestes casos, não desobriga o ASO.

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Relatório Analítico do PCMSO

Sai o Relatório Anual e entra o Relatório Analítico do PCMSO, nessa nova NR-7.

Não há mais o relatório anual do PCMSO como havia antes. Agora entra o relatório analítico em seu lugar,
que inclusive acaba sendo mais abrangente que o antigo relatório anual da norma.

Da mesma maneira que o anual, o relatório analítico deve ser feito uma vez ao ano, após a data do último. E
caso o médico responsável não tenha acesso aos prontuários/informações referentes ao último ano,
devido a um outro médico tê-lo feito, ele deve informar no relatório analítico que recebeu informações
insuficientes.

O relatório analítico deve ser apresentado e discutido com os responsáveis por segurança e saúde no
trabalho da organização, incluindo a CIPA, quando existente, para que as medidas de prevenção
necessárias sejam adotadas na organização.

O que deve conter no Relatório Analítico?

O Relatório Analítico deve conter:

a) Número de exames clínicos realizados;


b) Número e tipos de exames complementares realizados;
c) Estatística de resultados anormais dos exames complementares, por tipo do exame, unidade
operacional, setor ou função;
d) Incidência e prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, por unidade operacional, setor ou
função;
e) Informações sobre o número, tipo de eventos e doenças informadas nas CAT, emitidas pela
organização;
f) Análise comparativa em relação ao relatório anterior e discussão sobre as variações nos resultados.

Empresas de grau de risco 1 e 2, com até 25 empregados, assim como as de grau de risco 3 e 4 (até 10
empregados), podem elaborar o Relatório Analítico com as informações da elínea a e b apenas.

As novidades começam a partir da alínea “d”, já que as alíneas “a”,” “b e “c” são praticamente o que já existe
no relatório anual do PCMSO. De acordo com as alíneas “d”, “e” e “f”, tudo indica que o Relatório Analítico
terá um papel de informar se o gerenciamento de riscos e saúde ocupacional está sendo efetivo na
organização.

A seguir, comentários sobre as novas alíneas do Relatório Analítico.

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Relatório Analítico do PCMSO

Sobre a alínea “d”: Incidência e prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, por


unidade operacional, setor ou função;

Na alínea “d”, a incidência deve informar quantos casos novos de uma determinada doença foram
aferidos no ano. Essa informação auxilia muito na gestão da saúde dos trabalhadoes, pois de certa
maneira informa que se recursos não forem investidos alguns trabalhadores podem se adoecer, se
caracterizando então como uma prevalência. A prevalência é basicamente a incidência que tornou um
empregado doente, ou seja, as diversas incidências levaram o trabalhador a de fato se adoecer
(prevalência da doença).

Sobre a alínea “e”: Informações sobre o número, tipo de eventos e doenças informadas
nas CAT, emitidas pela organização;

Na alínea “e”, o médico do trabalho deve informar as doenças ocupacionais relacionadas com as CATs,
que foram emitidas pela organização. Essa informação acaba dizendo a quantidade de empregados que
ficaram doentes na organização. Além disso, a importância dessa informação também garante que os
números de doenças ocupacionais notificadas sejam exatamente o número de doenças ocupacionais
presentes na incidência das doenças e que a soma ao longo dos anos seja compatível com a prevalência
das patologias.

Sobre a alínea “f”: Análise comparativa em relação ao relatório anterior e discussão


sobre as variações nos resultados.

A alínea “f” é onde entra a parte analítica do relatório. Nesta parte o médico responsável deve comparar os
resultados deste relatório com o do ano passado, apontando onde houve melhora e/ou piora. Caso
identifique-se uma piora nos indicadores de saúde, isso indica um gerenciamento e controle de riscos
deficiente na organização. Em casos de melhoria, a gestão de riscos se mostrará eficiente. Por isso o
Relatório Analítico tem uma relação importante com o gerenciamento de riscos da empresa.

Após descorrer sobre as alíneas, podemos afirmar então que o principal objetivo do Relatório Analítico é
gerar informações, a partir de dados estatísticos organizados, para auxiliar o médico do trabalho
integrante da equipe de SST dentro do PGR na tomada de decisões. Isso deve-se ao fato da inclusão da
alínea “f”, onde haverá uma análise de um ano em relação ao outro.

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ASO Atestado de Saúde Ocupacional

O ASO deve conter razão social e CNPJ ou CAEPF da empresa, assim como o CPF do empregado (ao
invés do RG) - em dúvidas veja o Art.7.5.19.1. Em exames complementares sem exame clínico, é
necessário emitir o recibo de entrega do resultado do exame para o empregado.

O prontuário médico do empregado pode ser feito por meio eletrônico, desde que atenda às exigências
do Conselho Federal de Medicina, devendo ficar armazenado por no mínimo 20 anos.

Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde Ocupacional - ASO,
que deve ser disponibilizado ao empregado, devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado.

O ASO deve conter no mínimo:

a) razão social e CNPJ ou CAEPF da organização;


b) nome completo do empregado, o número de seu CPF e sua função;
c) a descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e classificados no PGR que necessitem de
controle médico previsto no PCMSO, ou a sua inexistência;
d) indicação e data de realização dos exames ocupacionais clínicos e complementares a que foi
submetido o empregado;
e) definição de apto ou inapto para a função do empregado;
f) o nome e número de registro profissional do médico responsável pelo PCMSO, se houver;
g) data, número de registro profissional e assinatura do médico que realizou o exame clínico.

A aptidão para trabalho em atividades específicas, quando assim definido em Normas


Regulamentadoras e seus Anexos, deve ser consignada no ASO.

Para cada exame clínico ocupacional, o médico que realizou o exame emitirá ASO, que deve ser
disponibilizado ao empregado, mediante recibo, em meio físico, quando assim solicitado

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Novos Anexos da NR-7

A NR-7 possui agora 05 anexos. Os Anexos IV e V foram incluídos.

ANEXO I: Monitoração da exposição ocupacional a agentes químicos

ANEXO II: Controle médico ocupacional da exposição a níveis de pressão sonora elevados

ANEXO III: Controle radiológico e espirométrico da exposição e agentes químicos

NOVO ANEXO IV: Controle médico ocupacional de exposição a condições hiperbáricas

NOVO ANEXO V: Controle médico ocupacional da exposição a substâncias químicas cancerígenas e a


radiações ionizantes

Os Anexos da NR-7 são bastante detalhados, com quadros e instruções referentes a cada assunto.
Por isto, recomendamos visitar a página oficial da publicação da Portaria Nº 6.734, de 9 de Março de
2020.

Veja os Anexos em detalhes, no link abaixo:

www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-6.734-de-9-de-marco-de-2020-247886194

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Chegamos ao fim deste material. Este eBook pode servir como
consulta em diversas ocasiões, mas é sempre recomendado que
fique de olho no site oficial do Governo para quaisquer mudanças.

Este é um material gratuito e não pode ser comercializado.

Esperamos que tenha gostado do nosso eBook sobre a nova NR-7


Este é um material que fornecemos gratuitamente.

Agradecemos a atenção. Bom proveito e compartilhe!

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