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MISTÉRIOS DO SEIS - A PEDRA CÚBICA

“PROGREDIR É CAMINHAR EM
DIREÇÃO À PERFEIÇÃO”
1995

T E M A 0. 3 7 8

Ainda ensinamentos de Salomão: “O cubo representa o ideal de perfeição do caráter


humano, pois se apresenta com absoluta igualdade, retidão e paralelismo. Assim deve ser aquele,
seja no sentido material, moral e espiritual”.
No mundo as coisas densas se apresentam com três dimensões: comprimento, largura e
altura. O cubo expressa a igualdade entre esses três valores, constituindo-se por isto uma figura
geométrica regular perfeita. Naturalmente o cubo é mais estável que uma outra figura de seis
faces irregulares, assimétricas.

A pessoa não deve ser semelhante a um cubo irregular, não deve ter arestas maiores e
menores, ter faces com áreas maiores e áreas menores. No caráter as arestas devem ter a mesma
medida, isto equivale a não ter “dois pesos o e duas medidas”. Diante de cada situação semelhante
ela deve ver todos com igualdade. Ser juiz imparcial, medir tudo com justeza, não alterar uma
grama sequer. Os julgamentos do Rei Salomão celebrizaram-se pela justiça. Vê-se a
sabedoria do Grande Rei naquela decisão toma por Ele em que duas pessoas que eram sócias
num trabalho vieram reclamar em audiência que o outro estava dividindo desonestamente o fruto
do trabalho delas. Em sua Sabedoria O Mestre Salomão decidiu assim: Seja um que divida e o
outro o que primeiro escolha o produto da divisão.
Simbolicamente levaram a Salomão um caso geometricamente representado na fig. 2
quando deveria ser como na Fig. 1.
No ensinamento deixado por Salomão naquele julgamento em que Ele determinou que
um dos contendores dividisse e o outro escolhesse está explicito na fig. 1. Mas em tudo é assim
se alguém dividir desproporcionalmente sem que para tal haja alguma razão, todo o principio
2 OS MISTÉRIOS DO SEIS - A PEDRA CÚBICA ( EMA 375 )

tende a ruir, a harmonia da proporcionalidade desaparece, assim como a lei da correspondência


também e a polaridade será prejudicada. Por isso é desarmonia do ser uma divisão de forma
errada, ter dois peso e duas medidas, manifestando aquilo que se chama egoísmo, o egocentrismo.
O cubo deve ser regular, polido e equilibrado em ângulos, arestas e superfícies. Somente
com a regularidade é que pode haver estabilidade e equilíbrio
No estudo do cubo ainda podemos evidenciar uma coisa importante. Em cada angulo
confluem três arestas. Isto é o três gerando o seis, ou seja, o mundo criativo (Criador) dando
origem ao mundo material.
Salomão mostrou a pedra polida e disse que o trabalho ainda não estava perfeito, que por
mais que ela fosse polida no mundo material ela ainda podia ser melhorada, poderia ainda ser
polida polisse até chegar o infinito.
Também mostrou ser possível e mesmo comum se construir uma obra, mas efêmera. Com
a pedra bruta há necessidade de rejuntes, de argamassa que com pouco tempo se é destruída e o
edifício desmorona, pois que lhe falta a estabilidade que a pedra cúbica polida é capaz de. Uma
construção com pedras cúbicas é muito mais duradoura, quase não necessitando de algo espúrio,
de argamassas ou rejuntes.
O cubo também representa por seus três ângulos uma característica essencial das coisas
materiais do universo: PESO - MEDIDA - NÚMERO.
As coisas que existem no plano denso sempre estão ligadas a esses valores. Seja lá o que
for dentro da criação tem Massa (peso), tem dimensões (medida) e como decorrência da
descontinuidade naturalmente pode ser contada, indicadas numericamente (número).
Esses três elementos fazem parte da criação, são inerentes ao Princípio da
Descontinuidade. Tudo no universo denso pode ser medido, pesado e contado.
Durante muito tempo existiram paralelamente duas teorias quanto à natureza da luz: uma
“corpuscular” (pontual, descontinua), a outra “ondulatória (portanto continua)”. Duas condições
que pareciam incompatíveis entre si, até que o cientista Louis de Broglie descobriu que as duas
não só eram compatíveis como também inseparáveis. Desde então a luz ficou sendo considerada
pela própria ciência como tendo dupla natureza, como fazendo parte tanto do descontinuo quanto
do continuo.
A luz pelo seu lado contínuo está no PODER SUPERIOR enquanto que pelo lado
descontinuo, corpuscular (fótons) ela faz parte da criação e como tal pode ser pesada, medida e
contada.1
A ciência atual, a partir dos trabalhos de Einstein, vem mostrando que até mesmo a luz
tem massa. A Luz na criação se manifesta como onda, neste caso não tem massa alguma, mas
como ela também se apresenta simultaneamente como partícula, neste caso tem massa e peso. 2
Somente quando as três dimensões de um ser alteram-se proporcionalmente é que ele
continua mantendo a beleza, a simetria, e a harmonia. Seja quando for que haja desarmonia no
crescimento das arestas o cubo torna-se irregular, imperfeito, e instável. A beleza e formosura
de uma obra estão nas proporções por isso na sua representação geométrica o cubo deve ter as

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A ciência pode determinar o número de partículas de um raio, contagem de fótons, conhece o volume do fóton e pode ser
determinada a sua massa (peso).
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Isto Einstein demonstrou na sua famosa equação E= MC2 (Energia é igual à Massa vezes a Velocidade da Luz) (provado no
eclipse solar de l919).
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três arestas iguais. É o principio da IGUALDADE simbolizada nesta figura geométrica, como
nos legou Salomão.
Na vida a pessoa deve sempre ter em mente os três elementos que confluem para o ângulo
das faces da pedra cúbica que é ele próprio.
Os três primeiros números, que são UM, não existem concretamente no mundo material.
Os três primeiros números se manifestam no mundo denso, só a origem e causa, mas não faz
parte dele. É no quatro que ocorre a criação do que é material, a concretização, a origem do ser
como física. Mas é no cinco que essa estrutura assume características de um ser, ainda bruto, que
precisa ser lapidado nos mistérios do seis para se manifestar com plena vida no nove.
O Seis, também é símbolo da espiral evolutiva formador dos mundos, desde o estado
primitivo de energia indiferenciada até os copos celeste, a terra, compreendendo a harmonia
ordenada.

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