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Pholographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturai.

REVISTA DA SEMANA Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL "~!


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Janeiro — BRASIL W$ 32 yy }í^0jM
Aíino I Redacçâo e administração - RUA GONÇALVES DIAS ns. 54 e 56, Rio de

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NêlÉfcX Companhia de LoteriasNacionaes do Brasil i

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GRANDE LOTERIA DO NATAL Os bilhetes acham-se á venda nas agencias geraes de Camões
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500 onnfinnn
•V i & C-. becco das Cancellas n. 2 A, endereço telegraphico PEKIN, caixa
'/} do Correio n. 916 e Lut* Velloso & C, rua Nova do Ouvidor n. 10,A I
endereço telegraphico LUZVEL, caixa do Correio n. 817, as quaes só V.^
(S )sm*m m^ Bar ¦ bbt bj bf «^ -mm. *mw ^»- á recebem em pagamento e pagam bilhetes premiados das loterias da
f \ • i cérv^ ^ ,M«ôcÍmnc aa 7ôo
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rék 8 Capital Federal e encarregam-se de quaesquer pedidos, regando-se a rO
Em bilhete? inteiros a 15J000 e vigésimos ^^^nag dIrecçôC8í ;i
^ EXTRACÇÃO 3 dando-se vantajosa
Acceitam-se agentes no interior e nos Estados, Ç.
^.::'i'- ¦¦'.:;.¦•.' C commissão. ~~ ^
nriOUtl^iV >^>*> ^^r *^ ^r«-tw»
•*#-»-- r> Atteneão.—A venda cessa uma hora antes da marcada paraa ek-Jlq
¦/V*^^*fv _^^ fftracçáo. Ç^
(^ ^S 3 HORAS DA TARDE ^r °-ò ^ -^ ^S:
REVISTA DA SEMANA-Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Pholographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas. XADREZ cionista, o moderno tratado de xadrez intitulado Chess
Openings, de E. Freeborough, excellente livro, em que
REVISTA l| SEMANA PROBLEMA N. 23
POR A. SILVESTRE (Rio)
o autor analysa minuciosamente todas as sahidas e
respectivas defezas, até o desenvolvimento da partida.
Edição semanal illustrada Terá direito ao prêmio o amador que primeiro en-
Pretas (4) viar soluções detalhadas do problema e estudo, devendo
DO
fazel-o em carta fechada, indicando moradia e nome
por extenso, além do pseudonymo que usar. O concur-
JORNAL DO BRASIL rente devera levar as soluções á redacção do Jornal do
Brasil e solicitar de quem as receber a declaração, es-
cripta no envolucro, do dia e hora da entrega. «

f Redactor-chete,
Dr. Fernando Mendes de Almeida
Redactor-gerenle, Dr. Cândido Mendes
Estão excluídos desse pequeno concurso os ama-
dores: Evans, Theo, Lafs e Eug. Agostini, visto já co-
nhecerem os problemas.

Toda a correspondência deve ser dirigida


É^ãgÉ ¦
a
Director-technico, Gaspar de Souza redacção do Jornal do Brasil, á rua Gonçalvespara
Dias
n. 54, « Secção de Xadrez ».
Assignaluras —Brasil—Por anno (registrada)
36$000, porte simples 26g000 — Por semestre Heibas.
(registrada) 18$000,
porte simples Í3#000
i^Jy^ir^FS* vfê-íG^Çíh —Numero avulso 500 DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES
Os assienantes em conjuncto das edições da manhã
e da tarde do Jornal do Brasil receberão como prêmio A nova linha dos Inválidos à Versailles. — No
a Revista da Semana. decurso do anno próximo, a Companhia do Oeste abrirá
A Revista da Semana é impressa nas ofíicinas de Brancas (9)
uma nova linha de subúrbio .muito interessante : é o
photographia, photpgravrura, phototypia, zincographia Mate em 3 lances caminho de ferro electrico dos Inválidos a Versailles.
e typographia do Jornal do Brasil á rua do Lavradio Depois do Metropolitano que é um railway todo espe-
n. 150. ciai, e o prolongamento da rede d'Orleans, em Paris,,
ESTUDO N. 4 que é uma simples ligação entre duas estações, a linha
Redacção z administração: dos Inválidos a Versailles constituirá o primeiro cami-
POR HEITOR BASTOS (RIO) nho de ferro electrico, propriamente dito, construído
Rua Gonçalves Dias 54 e 56 Pretas (4) em França.
A pequena secção desta linha que já está entregue
Rio de Janeiro—BRASIL. á circulação, é a que liga a estação terminal dos In-
validos ao Campo de Marte e sobre a qual os trens cir-
cularam durante todo o tempo da Exposição. Além do
Campo de Marte, a estrada electrica possue uma outra
secção, egualmente construída, da linha chamada Mou-
lineaux, até a sahida de Paris pelo Issy. A partir d'alli,
JW^J\P dirige-se sobre Meudon pelo Val-Fleury, depois se
mette n'um grande tunrtel de 3.350 metros, e sahe no
M RECREAÇÕES bosque de Viroflary onde continua parallelamente a
linha de Paris, Montparnasse, para confinar com ella
na estação de Versailles (extremidade esquerda). Sua
^C^"VV extensão é de cerca de 18 kilometros ; sobe em incli-

As soluções dos trabalhos publicados no nosso


ÊítJÊ Wr m\ nação quasi continua de 8 a 10 millimetros por metro.
Encontraram-Se grandes difficuldades na execução
dessa linha que, além de seu comprido tunnel, encerra
numero passado são as seguintes: da charada cen- a sahida de Paris e Meudon, uma serie de cinco gran-
trai, cana-capitana; da charada syncopada novis- des viaductos de um asppcto muito elegante, porém
sima, panourá-pará; e da charada transposta por que occasionaram sérias despezas.
A tracção electrica impunha-se sobre esta nova
lettras, àndas-sünda. linha, principalmente pelas difficuldades da ventilação
Flora, feenjamin e Carolina decifraram todos Brancas (5) do tunnel de Meudon. Deste modo, a Companhia fez
três; Cohdòrcet, Dr. Semana e Toutinegra os dous construir nos Moulineaux uma usina electrica èm alta
As brancas jogam e dão mate com o Pião tensão (5.000 volts), que se transformará nas sub-esta-
pri m e i ròs; Ma ri o os dous últimos; e Artaxerxes e em 4 lances
Olinda ò ultimo. ções installadas no Campo de Marte, em Meudon e em
MMMVtf
Viroflary. Estas sub-estações tirarão uma corrente
Hoje apresentamos: continua de 550 volts n'um trilho electrico isolado colío-
Solução do problema n. 20 cado lateralmente á estrada. As locomotivas électricas
charada novíssima (Plulão) T8T dos trens receberão esta corrente por meio de com-
R*C munieadóres, como no Metropolitano e pelo caminho
C7.C (x) R move de ferro d'Orleans. A usina electrica fornecerá egual-
— 1—A senhora enleita-se com flor de veado. C6B(m) mente á corrente necessária pára a illuminação das
charada apheresada (Madrileno) a estações e a manobra das bombas de esgotamento e
Outro lance dos apparelhos da manutenção.
3—24-A mulher é como o gato... 2 R 8 C etc. Emfim, locomotores de ar comprimido, que serão
carregados na usina electro-pneumatica situada nos
charada syncopada novíssima (Tabajára) Inválidos, servirão para as manobras de estação epara
Solução do estudo n. 3 levai soccorro, principalmente sob o grande tunnel, aos
— 2 — À fructa é apreciada pelo réptil. trens que viessem a parar em conseqüência de qual-
l g2, BD elc<
P 8 RouiP.8 B faz D quer irregularidade na corrente electrica.
a Ibrancas não perpetuo na linha de T R)
As
(xaclue Esta nova linha comprelítenderá doze estações.
podem perder nenhum tempo para
conseguirem a nullidade.
TORNIQUETE V Do problema n. 20 recebemos soluções dos Srs.:
S. R., Lafs, Theo. Eug. Agostini, Salvio, Silvano, A. de
Jfc
SOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 16 Oliveira, Aminadab e Curioso; e do estudo n. 3:-dos A suppressão dás paradas dos trens de caminhos
Srs.: Lafs, Silvano, Theo e A. de Oliveira. de ferro nas estações. — João Perry, impressionado
Quando os dous voam dentro de uma gaiola. pelas perdas enormes de força occasionadas pelas pa-
radas dos trens em cada estação do novo caminho de
PROBLEMA N. 17 PROBLEMAS A PRÊMIO ferro subterrâneo de Londres {Central London Railway),
O que é que engana mais do que uma mulher? Conforme promettemos, publicamos hoje dous propõe acabar com ellas.
Para isso, o ponto de embarque das estações seria
blemas nacionaes, e em commemoração ás festas pro-
do substituído por uma vasta placa gyrante tendo na sua
Archimedes Júnior. Natal oftereceremos, como prêmio ao primeiro solu- circumferencia a velocidade dos trens a correr. No cen-

e raro, tingiu-se com o sangue do chimpanzé. E'


padre, por sua vez chegou também... Sem duvida
__________Sl talvez este tampão que fechou a ferida, a causa de encontrou na escada os homens que reelamavam o
__^_U_H ___ (18). Lipp-Lapp não ter ainda succumbido. ^eu ministério, pois elles sahiram todos juntos...
_^B__^H H__ RAOUL DE NAVERY O punhado de cabellos foi guardado e rotu- • — O Sr. padre Pomereul está em casa ?
per-
lado, como tudo o que devia servir de provas de
convicção. guntou o magistrado. ',,';• ;
Não, senhor.
O juiz de instruççãd, em attençâo aos filhos de Quando elle voltar venham
OS ÍDOLOS Pomereul, recommendou que riáb os accordassem.
Eram apenassete horas; Sabina e Xavier dor-
miam ; quanto áo .padre .Sulpicio, ainda não vòl-
pode retirar-se.
prevenir-me;
—^ Senhor magistrado, disse o commissario
de policia, dirigindo-se ao juiz de instrucçâo, não
târá. .': . ., vos parece que uma pessoa só tem o direito e a
'
O interrogatório dos criados foi muito summa- missâode participara Mlle. Pomereul ea seu irmão
O SEGREDO DE DEUS ! rio. Nenhum delles tivera çonhecimetito do crime, a horrível desgraça que os feriu...O caracter do
e não podia; pòr conseguinte, esclarecer a justiça. Padre Sulpicio accrescentará a\es,sa communica-
t y\#\ jfy — Já tratei das feridas dè Lipp- O porteiro solttente devia dar indicações pre- cão o que nós não lhe podemos'jfcànsmittir... Elle
: Lapp, continuou o medico. Sou dos cisas. ,. ~ ' consolará chorando; apontará ty-céo em vez de di-
que pensam poder o instincto dos ani- Já dissemos, porém, que na occasião em rigir para a terra os olhos desses desgraçados
í mães attingir a subido grau. Nada se Rato de Adega e Flor dò Patibulo. puxaramque o filhos. f
deve desprezar em um processo grave... ^Jém cordão, o empregado do cubículo, mergulhado em
disso, uma cousa me impressionou muito... O juiz de instrucçâo refletiu por um momento,
profundo sòmno, ouvira vagamente pronunciar o é depois approvou a idéa d^o'commissario de po-
; ¦^^qúeí? perguntou ò juiz dè iristrücção. nome do padre Sulpicio. licia. /
^ Isto^ respondeu o medico, apresentando um Todavia, interrogado pelo juiz de instrucçâo, E'com elTeito mais humano, disse; e além
punhado de cabellos avermelhados que Lipp-Lapp limitou-se a responder: de que, isso simplificai a nossa obrigação.
guardara apertados na mão. Nem a mais aguda — Senhor magistrado, tocaram a campainha...
Foi chamado Bu^tista. Como os outros creados,
qÔrlh'os fez largar... Somente, apoiando a mão eu abri... Uma voz perguntou-me
sobre o peito, do pelo Sr. padre elle também dornr.á no ultimo andar da casa, e
qual corria o sangue a jorros,
está trunfa de cabellos,
Pomereul... pensava que elle estava em casa e ignorava completamente os pormenores do drama
de um cambiante estranho respondi: suba... Quasi ao mesmo tempo, o Sr. dessa noite fatal.guando desceu, de manhã, achara
í'M:

REVISTA DA SEMANA —Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

jtro se fixaria uma escada de subida commum ás duas Os dous paquetes tinham de percorrer caminhos
direcções dos trens, e seriam dispostos vários corre- evidentemente parallolos e da mesma extensão, o pri- c-w
%5& NNUARIO ELUSTRADO
dores na placa para conduzirem da escada central aos meiro voltava a Plymouth, o segundo a Cherbourg.
diversos trens, com indicadores servindo de ..guia- aos Elles deixaram New York em 4 de Setembro ultimo —•»- -" .7— <£>(£ DO
viajanjtes. Z~ com uma hora de intervallo. \
Estes partindo com uma velocidade de rotação Eis os resultados obtidos para cada um delles: o
v"'i« 3uasi
insensível, se achariam na extremidade dos corre-
ores, levados com a mesma rapidez do trem ao qual
elles devem subir, e nada seria mais fácil para elles do
Kaisser Wilhelm der Grosser (do Norddeutscher Lloyd)
passou em Landy-Hook (sahida de,New York em 4 de
Setembro ao meio dia e 35 minutos ;e chegou a 10, ás
JORNAL DO BRASIL
que se installarem ahi. 5 horas e 43 minutos da manhã, tendo percorrido 3.016 Edição, 80.000 exemplares
Para isso gastariam certo tempo, em virtude da milhas em 5 dias, 17 horas e 18 minutos, com uma ve- \
grandeza da placa rotativa e do angulo sector junto ao locidade média de 22 nós.
qual o trem permanecia. O Deutschland (da linha Hamburguèza-Americana)
Para fixar suas idéas, Perry, admittindo aos trens passou o Landy-Hook no mesmo dia, á 1 hora e 30 mi-
a velocidade de 12 kilometros por hora, fazia o novo nutos da tarde. No dia seguinte alcançou o Kaisser ^ t^sTÀ no prelo o Annuario Illus-
*~*X*
serviço por plata-formas de 150 metros de diâmetro, Wilhelm, passou-o e perdeu-o d^ vista. Na noite de 9 trado do Jornal do Brasil, para
das quaes a escada central devia elíectuar uma revo- para 10, á meia noite e 35 minutos, >e„o vigia do sema- 1901, obra completa no seu gênero e que
lução em 134 segundos. O tempo dado aos viajantes phorico do cabo Lizard fazia signál ás 2 horas e 45 da
subir ou descer seria então 60 segundos. Tabo- tantos suecessos tem alcançado.
manhã o Deutschland abordava Plymouth, tendo effe-
etas muito visíveis indicariam o tempo despendido por
f>ara ctuado a travessia em 5 dias,7 horas è 38 minutos; sua
esta operação 50—40—30—20—10 segundos. Ao signal velocidade média attingiu a bonita cifra de 23 nós.
0, uma cancella viria fechar a extremidade do cor-
redor.
O Deutschlaud não só venceu o seu rival, como
também fez esta viagem mais rápida que a precedente 54 Rua Gonçalves Dias 54
As cancellas poderiam,emfim, ser abertas ou fecha- em que tinha gasto 5 dias, 11 horas e 45 minutos.
das automaticamente á chegada, quando o trem tocasse Quarenta e cinco minutos depois de sua chegada a
a placa e no momento em que a deixasse. Plymouth, deixou este porto para ir. a Cherbourg,
onde ancorou ás oito horas da manhã, precedendo
J& ainda perto de duas horas o Kaisser Wilhelm der Grosse.
Qualquer que seja a vantagem obtida neste mátch,
por um desses paquetes sobre o outro, deve-se consi-
Distancia a que se ouvem os tiros de peça. —
Por (ccasião da revista naval de Spithead, o Sr. Carlos derar todos dous como os reis actuaes da velocidade
Dawson organisou um serviço de estudo com o fim de no Oceano.
estabelecer até que distancia seria ouvido o estampido
das salvas de artilheria. Elle descreve na revista in-
gleza Natureza, os resultados desses estudos, assim
como os de outros semilhantes feitos na occasião da ESPECÍFICOS
revista de Cherbourg.

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Em Spithead, a frota comprehendia 165 navios de
todas as classes, formados em cinco fileiras, occupando
uma extensão de cerca de 10 kilometros.
Ò abalo dos vidros não sentiu-se além de quarenta
DR. HUMPHREYS rj UJ |

! O * a 1'f'K <®»
kilometros, porém estrondos distinctos foram ouvidos rCa^: j JJ
até Furnham, a 54 kilometros. Mais longe porém, pa-
recia ouvir-se um movimento continuo : a leste, até N.» CURA
Framfield (92 kilometros) ao N. E., até Wundlebon (100

:o ô © 51 =1 ?
1. Febres, congestão, inflammaçao.
kilometros), aoJNL, até Bloxham Green, perto de Ban- 2. Febre e Collca causadas por lombrigas.
bury (140 kilometros) e a O., até Wellington em Lo- 3. Collca, choro e insomnia das crianças.
merset (150 hilometros). 4. Dlarrhéa de crianças e adultos.
Em Cherbourg, compunha-se de 43 navios, entre 5. Dysenterla, dores de barriga, collica biliosa.
os quaes 13 dos mais possantes. Depois da revista os 6. Cólera morbo, náusea, vômitos.
jornaes inglezes noticiaram uma serie de choques sen-
tidos- em differentes pontos do littoral do sul, de Tor-
7. T09se, conslipação, rouquidão, bronchite.
8. Dôr de dentes e da cara, nevralgia.
9. Dor da cabeça, enchaqueca, vertigem.
a 33 '< I 3 |f xk
a Bognor. Este phenomeno não foi sentido a mais 10. Dyspepsla. indigestão, prisão de ventre.
e 2 ou 3 kilometros no interior.
ãuay 11. Suppressao das regras ou visitas, escassas ou demo-
radas.

<D> W. 5 Zí\\i <8>


Em Lancing (150 kilometros de Cherbourg) os ob- 12. Leucorrliea, oppressão do utero, regras profusas.
servadores tendo collocado suas mãos sobre os muros 13. lnflaiiiniação da garganta, tosse rouca, difficuldade
as sentiram vibrar distinctamente. Dahi póde-se con- de respirar.
cluir que as vibrações se propagam pelo ar e não pelo 14. Rheuina. erupções, erysipela.
solo. 13. Rheumatlsmo, dores nas costas, lados ou pernas.
A oeste, o som foi ouvido em Budleigh, Salterton, 16. Sezões, maleita, febre intermittente.
Sidmouth e Torquay (100 hilometros), em Dawlish e
em Exmoüth (156 kilometros).
I?. Heinorrholdas. almorreimas, internas ou externas,
simples ou sangrentas. vjf &-> s S
A leste ouviu-se até Brighton e quasi de Heufield,
situado nada menos de 12 kilometros do mar.
18. Ophthalmla, olhos fracos ou inflammados.
19. Catàrrho. agudo ou chronico, secco ou humido.
20. Coqueluche, tosse espasmodica.
li \1
Em todas estas localidades, as vibrações do ar
eram bastante fortes para abalar os vidros dos caixi-
lhos ; as vibrações foram mesmo ouvidas em Plymouth
21. Asma, respiração difflcil, opprimida.
22. Suppuração dos ouvidos, surdez.
23. Escrofula. inchações e lilceras.
24. Debilidade geral ou physica.
m s. m m &-u m
(197 kilometros),em Meuhemot a 8 kilometros do mar e 25. Gotta. accumulações fluidas.
218 kilometros de Cherbourg. Nesta ultima localidade 26. Enjôo do mar. náusea, vômitos.
uma grande janella de vidro foi abalada sem que se 27. Doenças ourlnarlas. cálculos ou pedra na bexiga.
percebesse algum som. . 28. Impotência, debilidade nervosa seminal.
A acçâo do som parece além disso se modificar 29. Chagas na bocca. ou cancro. 4» <D « O S _^% !
com a distancia. A leste de Wight, as descripções 30. Incontlnencla de ourina. orinar-se na cama.
dão-n'o como semilhánte ao estrondo de grandes ca- 31. negras dolorosas, pruri to.
32. Doenças do cora;;ao. palpitações, etc.
nhões ; em.Bournemouth, se assignala a um somconti- 33. Epylépsla. mal caduco, gotta coral, baile de S. Vito
nuo como dos tiros mais fortes, isolados. Em distan- 34. Dlphtherla. mal maligno de garganta.
cias menores, se distingue um simples estiondo mo- 35. Congestões chronlcas. dôr de cabeça.
notono com vibrações regulares e rápidas, muito semi- iMWMMMMMMMMMMMMM

lhante ao rufo de um tambor afastado. "77" La Grlpp© e constipações durante o ver&o.


A mes.ma cousa se observa nos estrondos de fre- &1 2 « I
quentes trovões a grande distancia. WMttfMMM^^^WWM»

Para mais informações peça-se o nosso manual. Grátis.


A DE LA BALZE & C, agentes e depositários geraes da
Marcha dos transatlânticos. — Os dous maiores
vapores da frota commercial ai lema, o Deutschland e o Humpbreys Medicine C. — NEW-YORK
Kaisser Wilhelm der Grossefk acabam de fazer um match 32, Rua Gonçalves Dias, 32 — RIO DE JANEIRO
de velocidade, na : ultima viagem de volta da America 442, Calle Florida, 446 - BUENOS AIRES - 32, Rue
para a Europâi1- Etiene Mareei, 32 — PARIS

a porta fechada como de costume, e a fechadura Estes olhares não se limitavam a interrogar, Não via em tudo tantos culpados, e descobria mais
', -A nâo apresentava o menor vestígio de arrombar esquadrinhavam as consciências. infelizes. Acostumado a deparar muitas misérias,
mento. . O Sr. Gaubert exercia o seu emprego com zelo destacava por vezes, deste' sinistro ambiente, vul-
Escreveu-se o seu depoimento é, depois, o ma- infatigavel, é procligalisava, na missão difflcil que tos quasi heróicos. Velava-lhe no peito um coração
lhe fora confiada pela justiça, eminentes dotes. A amoroso, susceptível de ternura, debaixo de sua
gistrado accrescentòu: armadura de magistrado.
— Vejo que está ha muito tempo ao serviço mais austera integridade dictava suasdecisões.Nada
podia actuar sobre elle ou abalal-o. Somente, e Emquanto os Srs. Obry e Gaubert cumpriam
da família. Seu joven amo não pode tardar em re- os deveres de seus cargos, Sulpicio Pomereul vol-
colher-se a casa... Revele-lhe toda a verdade, e que apenas se.lhe poderia fazer disso reparo, o cos-
tumé de tratar com criminosos extinguia n'elle a tava ao palacete, mal se sustentando em pé.
elle próprio prepare o Sr. Pomereul filho e sua Já dissemos que elle de longe divisara a mui-
irmã para ver-nos executar o nosso mandato. confiança e o abandono. Estava sempre e em toda
a parte acautelado; via a humanidade pelos seus la- tidáo compacta que estava agglomerada diante da
O juiz de instrucção e o commissario torna- dos perversos emalignos. Não lhe causava mais im- casa. Reconhecendo o joven padre, abriram-se os
; ram a tomar o seu lugar no escriptorio, sobre pressão o crime; somente a virtude o sorprehen- grupos dos curiosos com certo respeito mesclado
cuja mesa estavam rotulados : dia ; admirava-a como uma espécie de phenomeno. de piedade.
1.° Um molho de chaves do negociante; Os malfeitores conheciam muito o Sr. Gaubert, Que desgraça! disse uma voz; elle
2.° O punhado de cabellos ensangüentados que queria
e o tinham em conta de temível adversário; sabiam tanto a seu pae!
acharam-se na mão de Lipp-Lapp; com elle era escusado empregar mil astucias, O padre Sulpicio é um santo! Porque Deus
3o Um retalho de linho fino, rasgado violenta- e que por vezes faziam uso com magistrados mais
3ue o fere tão cruelmente? accrescentòu um" homem do
mente e que fora apanhado junto da porta de.ferro moços. Era um homem integro e probo, instruído, povo.
do cofre. Para tornal-o ainda mais
que desprezava a generalidade dos indivíduos, e perfeito, Reparem
O juiz de instrucção, Sr. Gaubert, approxima- nâo exceptuava desse desprezo senão raras pessoas. como está pallido; sahiu talvez de junto de um
va-sc dos 50 annos. Era alto, descarnado mais de O Sr. Obry, commisario de policia, era intei- agonisante, e o que elle nâo vae agora deparar lá
magro, tinha à testa curva e desguarnecida ramente diverso. Ainda moço, juriscònsulto de ta- em cima ! Ah! meu Deus!
3ue
e cabello; o nariz era pequeno, com as narinas lento, espirito agudo, litterato nos momentos de (
Emquanto suceed iam-se as exclamações eis
moveis, os lábios desbotados, a côr do rosto pai- ócio, filho de um escriptor de comédias que tive- interrogações naquellamultidão anciosa, Sulpicio
lida. Os olhos, de extraordinária profundidade, ram grande voga, conservava, apezar de suaener- subia a escada. Agarrou-se ao corrimão, quasi
dardejavam golpes rápidos de intenso fogo. gia e habilidade, certas espontaneidades humanas. cahiu.

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de jantar
Puxou o cordão da campainha com febril agi- seu oae por uma sala de visitas, uma salaSabina nSo ignora tudo... aconteceu alguma desgraça na
e um camarim, estava tâo distante que
» íaçâo, e Baptista veio ahrir-lhe. a noite, nem casa... E essa desgraça/.: Ah l exclamou,meu pae L
Apenas o padre Sulpicio entrou na ante-ca- ouvira nenhum ruido, nem durante Era também Minha irmã, minha Sabina querida, disse
mara o digno creado cahiu a seus pés, soluçando. nas primeiras horas da madrugada.no Sulpicio, sus tendo a infeliz menina quasi des-,
costume haver tanto movimento palacete Po-
Meu amo, meu caro amo, disse, tenha co- e entradas de mais maiada, Deus é nosso senhor... Deus nos deu
ragem.. mereul, que algumas sahidas Tinha o nosso pae, Deus tornou-o a tirar... j ;-
Onde está meu pae? balbuciou Sulpicio. ou de menos não a podiam sorprehender. de Deus nos tirou nosso pae! como! de repente/
Vinde, vinde veí-o, vinde rezar... costume de ficar em seus aposentos até á hora sem que nenhuma doença o ameaçasse; semr que
w Baptista levou o padre para o quarto de Po- almoço, que era ás dez. Nessaoccasmoencontraya
seu pae na sala de jantar; Xavjer ahi fragili-
vezes, mas poucas; quanto a Sulpicio,-a
vinha ás alternativas da doença nos preparassem át sua
perda... Eu nâo pertenço tanto a Deus, isso
Çomotuy
nüo
,0 corpo da.victima estava estendido na cama; Sulpicio... Nâo me resigno assim... poae
mão piedosa prendera-lhe um lenço sobre o rosto dade religiosa de sua vida impedia-o desta nâopri- o ser... Deve estar em catalepsiá, nâü morreu... us
inchado. Sulpicio ergueu esse véu e olhou... meira refeição. Quando obrigações grave^ do almoço, médicos nâo sabeni o que dizem. Olha, escuta:
retinham em seu quarto, descia no fim
i< • De joelhos, com asmAos postas diante do ca-; e seu todos os dias sè diz: este homem morreu, e elle
daver, o coração despedaçado,os olhos queimados e conversava perto de meia hora com Sabina Pomereul volta a si poucas horas depois. Trataram-no mal...
pelo pranto, o padre ao principio apenas pôde pro- pae. Até ás dez horas da manhã deMlle. costura. Aca- muitas vezes nfio bastam remédios... Tomal-o-ei
'-Wmper occúpava-se com algum trabalho
em.soluços... Depois as orações subiram- Sulpicio em meus braços, cobril-o-ei de beijos e de pran-
e, pouco a pouco, uma
fte ao coraç,vo nos lábios, suecedeu bava de vestir-se singelamente, quando tos... Se é mister um milagre, tu és um santo,
espécie de apaziguamento á tempestade entrou no seu aposento. ...
Sulpicio, meu irmão... tu rogarás a Deus, e o mi-
Sulpicio sentiu-se com Sabina soltou um grito, vendo vestígios de
dessa grande dôr. Quando lacrre se fará... -.,_
forcas para sustentar òs ••' outros, perguntou a Ba- lagrimas nos^olhos do irmão. Nâo, disse o padre, com uma voz em que
-¦'' ¦ O que ha? meu Deus! perguntou.
ptister
' >W , \, vibravam todas as dores do coração: escusado^e
Depois, lembrando-se das palavras pronuncia- a Deus...Nosso,
ESabina? t. ^
¦ • >. A senhora ainda mio sahiu de seu quarto. das na véspera pelo outro irmão, acerescentou, ti- pedir um milagre, pois seria tentara nosso Pae quo
xando os olhos cheios de angustia em Sulpicio: pae não acordará senão junto
! ;^!üih instante depois, Sulpicio entrava no quarto Xavier? estónoscéos. f«-hfc).
de sua irmã. l£ â A Ainda ignora tudo!
O aposento da moça, separado do quarto de

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V

REVISTA DA MiiMANA ¦ Photoqraphias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturai.


"1

Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL


Redaotor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES — —
Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Direotor-technico, GASPAR DE SOUZA

Anno I. — K. 32 DOMINGO, 23 DE DEZEMBRO Numero: Sooífcifl


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254 - N. 32 REVISTA DA SEMANA 23 de Dezembro de 1900
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itòUG^AGÃO DO TRAFEGO NO LARGO;DE:S^ FRAlVQÍSCO CONSTRUCÇAO DAS OFFICINAS DE ELECTRICIDADE

Ò sol cáustica já ; o suor nos ensopa, mas, ape- Questão de capricho e de rivalidade.
/>«- ;-'::,; ¦/•¦ " LL.ai.lC
A SEMaMA EM REGISTA zar de tudo, a apòtheose da natureza n'um des- Já houve quem ouvisse o papel teimar que sem
lumbramèritó* immortal nos anima, encoraja, dá a sua existência o inundo não viria cá. I

i
•vida
para 9, móurejár diurno, sobras labaredas do Quero crer que quando Adão e.Eva comeram
estes diás brilhantes de verão, nos quaes o astro incendiado! do fructo prohibido, foram expulsos do paraíso
sol parece apressado em mostrari-se no *céo Béllissimo ,0 verão na nossa terra ! por causa da não existência do Dapel. Do contra-
concavo, como uma grande concha azulada, des- À' tarde, quando regressamos á casa, fatiga- rio, elles certamente teriam o cuidado de escrever
dos, depois da refeição e dos gelados, que somno as suas infelicidades e as remetteriam ao ente Su-
perta-se cedo, com o organismo bem disposto, a repáraaor em leito fofo, sob lençóes de linho! premo, com a esperança do perdão divino»
alma tonificada pela alegria-da luz cantante, aspi- Verão tropical! Como és imponente e deli- O papel ainda se tornou pedinte quando appa-
rando-se a aragem fresca da manhã, gosando-se o cioso! receram as cartas de empenho. Quando reconheceu
espectaculo encantador do primeiro sorriso côr de
rosa da madrugada... ¦¦>'*» que por seu intermédio se moviam todas as ma-
chinas do meio social, a sua vaidade e o seu orgu-
' LevantaHio-nos do leito; a delicia do banho
nos espera;* vestimo-nos' appressadamente; collo-
O PAPEL lho tornaram-se insupportaveis.
O mundo marcha de accordo com o progresso
camos uma flor ná lapella, e leves, prazenteiros, e este não se move sem a presença do papel.
n'um bem estar^ admirável de espirito, vamos fazer
um passeio hygienico em direcçâo ao mar extenso,
límpido, que ondula, murmurando baixinho mys-
teriosos segredos, talvez partidos dos lábios das
N Ão ha cidadão mais inoffensivo e prestimòso
o
que papel.
Ora covarde, ora mostrando valentia;. ora
lar
Quer na paz, quer na guerra, óu na rua ou no
pr|Vado, tudo se liga á vida do papel.
Os jorhaes querem; papel.
meigo, ora áspero, elle dansa conforme tocam e O Èstàdo quer papel.
nayades, de Seus amores por príncipes encantados, vive segundo as necessidades da oçcâsião. % > Qs negociantes querem papel. <£$$
que demoram no fundo das águas em palácios Mente com a mesma facilidade com que diz a 7/f
deslumbrantes.;/ f ;Os estudantes querem papel.
verdade. , ,. , Osvnámpjádos querem papel. :f
Alli a nossa.vista se extasia na contemplação Nunca assumindo responsabilidades, torna, por > . O muncío inteiroj emfim, quer papeh -
de um grupo folgazão, que ri, falia; em movimento seu intermédio, responsável muito gente./ 7 / Vaíjqsa posição social! Não precisa de nin-
constante, grupo de banhistas, guapos rapazes de Serve tanto para embrulhar volumes como se ]
musculatura rija, moças formosas de plástica ex- ^
; r
':,';, e.
r ; Nàó .todos
. j guiem precisam delle.
huberante, garrulas, travessas, n'uma petulância presta para embrulhar caracteres. ha uma só casa onde não sè encontre esse
Captivou-se ao lápis e á tinta e não tugeenem hospede sob
de elegância.sadia, em roupas folgadas muge aos caprichos ae ambos; tamDèm não pró- qualquer aspecto. /;
e flanella azulj toucados á maruja, faces rosadas,
graciosa testa pela direcçâo que lhe dão. ^-íiomem força é confessar, vive para ô papel.
lábios tentadores... Vae ,para a esquerda tão silencioso como Lancemos a Vista para qualquer ponto; poder-
E o sol triumphánte, grande, esbrazeadp, illu- se-ha encontrar falta de tudo, mas um fragmento
quando se dirige para a direita. ha de se - apresentar diante de nossos
mina tudo — os montes verdejantes, as ondas iria- Entrega-se ás mãos perfumadas de uma joven de papel '*-'; ¦ ¦ ¦ •.¦..-"'/.v- '.;>/'/--y'"'¦¦'."'¦ '•
das, às areias de ouro... 4 innocente, da mesma maneira que se, sente preso oii^os? _¦
Depois ao primeiro vendedor compra-se uma ehtre as mãos immundas e grosseiras do mais per- Q papel só tem ura inintígoie esse/é o vento,
folha diária r-qi|asi sempre o Jornal do Brasil'¦; es- verso fáccinora. ':% l /v qüe, quaridó não tem p-^ue fazer, comèça>a4iQgar
pera-se o bond e durante o trajecto lê-se oíabun- O alphabeto diz que sem elle o papel não exis^ cabra-cega com o papel para, no fim de alguns mi-
dante noticiário sobre os íactos importantes da tiria; o papel affirma que sem élle ó alphabeto es- nutos, este, nâo se^odendo agüentar, ir de ctim-
véspera} taria ainda na obscüriqáde. balhota em cimbaCÍnota por ahi afórã. 7;^ /

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23 de Dezembro dr 1900 REVISTA DÁ SEMANA N. 32 — 255
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Orgulho digno de ser visto é o do papel quando


em mãos de moças, serve para trabalhos dç flores.
, Quando o ramilhete está prompto o papel fica
suppondo que se transfoi mou em uma rosa ou em
uma cameha. ,„. . :,.,,., 1 '^.: '4 '^.^Í-;.'""'tf ••..'¦ AliliiiÉIí^
| Vaidoso o papel! :;>''/ ffsi ' • >\^W&&i •"'"¦ '* -/'Vi \' «••' '.'
¦!" ".•"•.
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.['Não ha duvida...; é o siijeilinlw mais necessa^ '" <• <•¦ »'.'« '- •*¦'••• " ,-';'"¦ }, • rôBP t^-í/'- fflrl&k'r^^
ripque existe ppr ahi; entretanto, para que elle se ¦ «' *. ' *í » '! * T.k.'.c.v, ¦ ».;»> l '« * ' ;';-'^;llfefe__^B^K_^M^_|
íp|exa, ^pára que :se transforme em espécies diver-
s|j)|è/necessário.•¦'que exista sob um outro aspecto: ' ' 'Cf^^" ''""; ,?:. »% .*,'*"" "" ' : • '' '"
|í, O. papel moeda..'.'.'....*. ,.,.. • • ' k' :'^-; ¦ ^^•••'"í^^^pf
Ú j;•; Quatídô¦ i-.ássim áppareçe, fazendo sensação nas
mãos do leitor, ha toda a facilidade em transfW '•'•
,•>¦•"* ¦• ¦v"-: . L r''-í'r-.
*,,'*' * '* ^f^^^I>t&K^A__B_H .:.;»
n^al-o/conforme a nossa livre vontade.
Ah! se riãõ fosse ò papel havíamos de ver o •'¦•<w ,"-?¦:•¦>¦:¦«
fW:
qüé seria deste mundo. *'.""*'.
j «Pelo menos, as moças não teriam as suas ban^
dejas de balas, os casamentos seriam feitos de ou-
trà fôrma e«as cartinhas de amores nâo existik
riam... .
Finalmente, o nosso Brasil não seria denoimi-
nado—terra do papelorio. \
E como este, trilliões de factos não se sücce- B__S B_f__| BP^i^^^ n'i _H BflnH ____
démâm no mundo inteiro. PP*3____B______::p||!_^_wBBK!Kl3PB^^
r
v; Decididamente o papel é a primeira entidade
domundo. "não ;\ U ,¦/
Se não fosse elle eu escreveria estas li-
nhas. '¦•: '¦¦".- , ^h^:-'
Jul*o Peixoto.

CHROMCA DA ELEGÂNCIA
*¦ '•' ' ¦s"1' '»\*m
-.¦^h»HShw^«'^W^^='-^3_^^^\''í^___^^ -^r;
Pariz, 22 de Novembro de 1900.

I
H m uma reunião a que assisti, ha três dias, dis- ¦. '.".iv.':' < :v,.;: «¦•f-sí. M fí'.ii"i: - ,:vSíWSf: M
J4r cutiu-se calorosamente sobre se a maquillage ^^^';
-'• wi:"!» ¦arill«l.".:r".li1;' ¦'*•f?
devia ou não ser banida da sociedade elegante.
Em these, eu sou das que acompanham a opi- "
nião de que uma mulher não pode pintar-se. SCENAS DO CAMPO — MINAS GERAES (Phot. Bastos'&^ Dias)"
Mas, passando para o campo das hypotheses,
reconheço algumas excepções á regra geral, e des-
culpo e aconselho mesmo a maquillage para certos N'estas circumstancias, estragar aquillo que quem o tamanho dos olhos e da boceá adultè-
casos especiaes. ella pôde mostrar com orgulho séria úm crime ram por tal fôrma a sua physionomia que, os que
Não ha negar que o principal dever de uma verdadeiramente imperdoável. os vêm na intimidade, não duvidam consideral-a
Mas, quando a Arte vem corrigir ou modificar feia. . 'J '.,:. . i:^.-
senhora elegante é fazer brilhar o mais possível
as suas perfeições, occultando cuidadosamente os um cochilo da Natureza, o caso muda muito de fi- Mas, ella corrige tudo aquillo ,tão jntelligen-
gura e a mulher não merece ura, mas mil perdões. temente que é, tida na conta de uma-d as mulheres
pequeninos defeitos que tiver. E não é sem arrière- mais formosas de Paris.
pensée que eu fallo em E' verdade que. gasta n'este serviço três horas
arte, porque ha maquilla- por dia e que nem o próprio marido a vê antes de
ge e maquillage, differindo concluída a difficilima tarefa. >
tanto uma da outra, como Colinette.
da pintura de uma porta
differe um" quadro de
grande mestre.
A primeira é sempre
ridícula e produz ihfalli- N'uma conferência medica: 40.
velmente o effeito contra- ;^
Eu acho que o que elle tem é inflamniaçâío .
no dàquelle que sé es- do fígado. \ .
pera. Qual! o seu soffrimento é todo.no coração.'
A outra só pôde ser • — Enganam-se. E' nobaço! •
descoberta pelos conhece- Pois havemos de ver na autópsia..
dorQS da materiaque, pelo
menos, admirarão o ta- * »
lento da artista. Comparação de uni entendido:
HffiflmBt '''fl Kl n! IK ''-Al»! ,,„ 'w'"* Como esta carta é es- A temperatura ficou de repente tão fria
cripta para muito longe, como a alma de um amigo á quem sé pede di-
não duvido confessar que nheiro emprestado:
tenho aqui uma amiga a Faber Filho.

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ESTATUA DE D. ANTÔNIO DE MELLO, FUNDADOR DO SEMINÁRIO D. ANTÔNIO DE ALVARENGA, ACTUAL BISPO DE S. PAULO
EPISCOPAL DE S. PAULO INAUGURANDO A ESTATUA DE D. ANTÔNIO DE MELLO

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23 de Dezembro de 1900
REVI3TA DA SEMANA
3&6 - N. 32
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DA APPARECIDA E BOM JESUS DO TREMEMBÉ ísíbkíí
A PEREGRINAÇÃO AOS SANTUÁRIOS -

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DO REGRESSO
S. EX. O SR. ARCEBISPO E OS PEREGRINOS ANTES r-:::.
SANTUÁRIO DE X. S. DA APPARECIDA
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S. JOAQUIM
OS PEREGRINOS EM CAMINHO DA EGREJA DE
SANTUÁRIO DO SENHOR BOM JESUS DE TREMEMBÉ

NA
SAI1IKDO DO SANTUÁRIO DO SENHOR BOM JESUS GRUPO DAS IRMANDADES QUE TOMARAM PARTE
OS PEREGRINOS
Rãs*".".*' .¦ PEREGRINAÇÃO, EM TREMEMBÉ
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23 de Dezembro de 1900 REVISTAR DA RFMANA N. 32 — 257 \

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OS PEREGRINOS EM CAMINHO DO SANTUÁRIO DE OS PEREGRINOS AO SAHIREM DA ESTAÇÃO CENTRAL NO DIA


N. S. DA APPARECIDA DE SEU REGRESSO
'Ó.iív/VÍ-'
rapaz branco, tudo lhe appareceu como um gatuno
UM -EQUIVOCO Velha, applaudir a gentilissima Maria Regini,que
elle adora como adora todas as mulheres bonitas,
apezar de ser um homem scismado e valente.
perito na arte.
Saccou o revólver e voltou sobre seus passos.
Ao sahir do espectaculo sentiu fome, pois que Não fosse elle um homem valente !
meu amigo Galvão é um homem scismado, a estas pequenas misérias da vida estão também A sombra negra ainda estava no mesmo lugar.
homem — O relógio! a corrente I quero tudo já 1
o que não o priva de ser também um sujeitos até os homens valentes e scismados, que
vajente. i i apreciam as mulheres bonitas. exclamou o Galvão, furioso.
Uma npite destas íoi elle ao Jardim da Guarda Entrou no Paris, comeu um beef, tomou dous O rapaz branco não se fez rogar.
chopps, café e poz um palito na boçca. Entregou tudo e correu com quantas pernas
A noite estava escura. tinha, pela rua afora. v
• í • ' ' '• " ¦ ' - . O Galvão enfiou pela rua da Assembléa abaixo, E' que era valente !
que era o caminho da casa de sua residência. um O Galvão chegou a casa sem novidade.
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Mas, quando foi guardar o relógio na res-
.

H i llj Sfii 8 Depois, atirou fora o palito, e accendeu


charuto. pectiva caixa, notou que o. logar já estava oc-
Porque, o Galvão, apezar de apreciar as mu- cupado. 'VV ...
lheres bonitas e ser scismado e valente, fuma como O relógio que elle tinha na mão nâo era seu.
um polaco... que fuma. O Galvão, o homem scismado e valente, que
¦ '•':.'¦ ¦¦¦¦¦).¦:¦¦ ',. ¦.„¦]....*;
Perto da rua da Quitanda viu uma sombra
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aprecia as mulheres bonitas, tinha sido também


negra. gatuno por um simples equivoco.
Era um rapaz branco que lhe pediu o lume, Prnf.
1.'.. * ' -¦\rlJ<''!'Â' i
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chegando-se muito para elle.
gi 0 Galvão continuou
o seu caminho, meio
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desconfiado com o CARTA ABERTA
caso.
N'isso lembrou-se
M Gl II^Mfí. ^"agBBJãMaftaBBa
BBBBiVnBBB^TJk^BflBrdBBBa ÀBB
BWS^aV^íSlíKii^^MíSB Hti
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do relógio e levou a \l
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Iv^! 't^íí ^i m^\^B^P' ''^r-. .'"".'• ^^39B
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mão ao bolço do col-
BaloL /IrBBaB^ Bi lete.
Nâo estava 1$, nem
HB BdvimV ^a^ BB^^B: o relógio, nem a for-
mosa cadêa de ouro,
BVI BjBII' •'¦'¦' ¦' '"' •'^aÉa^ BB B que ainda na véspera
havia tirado do prego.
Tinha sido rouba-
OS PEREGRINOS CHEGANDO AO SANTUÁRIO do, com certeza !
DE N. S. DA APPARECIDA A sombra negra,, o

ÉBBWTO^SSlSíi^^^^v' • •* rim

WÊÊÊÊÊ^ '!''" • IIÉÍSiiiiSl' T

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PALÁCIO DO GOVERNO E ANTIGA EGREJAJDOS JESUÍTAS,)


EM S. PAULO
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wm iÜSiJfijffi ivXVí^iKaireaStí^U»^^

258 - N. 32 REVISTA DA SEMANA 23 de Dezembro de 1900

CLUB DE NATAÇÃO E REGATAS


(Photographia Bastos & Dias)
No Alcazar Parque continua o publico flumi-
nense a encontrar um optimo ponto de reunião e
os habitues da Guarda Velha estão também satis-
"
feitissimos. *
**•/'>'' Faltaremos depois da estréa do Moulin Rougé.
m^K^mnm^m^m^m^m^m^Ê^WrmX: T* *¦'y f * £* ,f ' ? ,í ^ v,* ** '** C * <4fcl4!S^P^5f''
P.

AMERICANA

que as arma, deu-lhe a coragem necessa-


Gupido,
ria para que elle fosse pessoalmente pedir em
casamento a filha de um dos mais ricos banqueiros
de New York.
0 archi-millionario, homem pratico, não se
zangou com o arrojo do pretendente.
Disse-lhe apenas:
Eu sei que vocôs se amam... a pequena já
outro dia me contou esse romance... Mas, acha
H, **¦¦
¦ **' b1 bPybI B bb bb bb?^I bb*^'^ fltit> -*bb bb que sou tão tolo a ponto de dar minha filha a um
homem que nào tem officio nem beneficio?
E, vendo que o rapaz ficara envergonhado,
accrescentou logo :
Olhe. Quero mostrar que sou seu, amigo e
vou dar-lhe... ura conselho. Tente a fortuna ... se
I^B*VwB1 BYBk*''"V*' ''^jBB BW^;- 1,~^^^'fl^HBÉK^jMBB BBb¦'>*'''H Bmt^Vv '"* VBtBBWí Bh3^'^ ¦ ^'^fÇBwflfl dentro de um anno fôr míllionariOj Ignez será sua
esposa.
E acha isso possível? v
Porque não. Na America, tudo é possível,
meu caro. Trabalhe, ou antes faça trabalhar os
outros, que é muito mais pratico. Economise,
junte, tfiultiplique, e appareça quando fôr tempo.
E,disse ainda: :
Um outro conselho... eu hoje estou env
maré de liberalidade. Faça-sè mendigo... E' úm
caminho segurei e certo de fazer fortuna.
0 bohemio sahiu levando o desespero no co-
.
'** >J ¦ -!¦ ^-—' ' ^fr'' .iifÍ«^MMMiw>-^ > —-^¦¦¦-" *• ----¦¦ -^' ¦ '¦ '
ração.
IMMHBBBBBlElglBBllBBB^
E passou-se o anno sem que elle voltasse.
¦ w '1
OS VENCEDORES DO CAMPEONATO DE 9 DO CORRENTE
' .'
Ignez morria de saudades por elle, e o próprio
banqueiro ficou sensibilisado com a constância
daquelle amor. y ,
imaginou o autor destas linhas, aliás a única pessoa Expediu agentes por toda a parte, em procura
A UM POETA que partilhava da confiança do Pinto.
do infeliz namorado.
Succederá o mesmo com a Inana ? Um bello dia, porém, recebeu da Florida a
Li, reli a mimosa poesia Folgamos de acreditar que sim. seguinte carta :
Sonhada no teu tempo de criança; A companhia Lucinda-Christiano está dando «Segui o seu conselho. Fui mendigo. Depois
Em cada verso canta uma alegria, os seus últimos espectaculos e infelizmente vae fundei uma agencia de pedir esmolas,, que.actual-
Em cada estrophe brinca uma esperança. deixar um claro bem difficil de ser preenchido. mente possue dez mil filiados que mendigam por
Agradou extraordinariamente a grande compa- minha conta. Possuo hoje vinte milhões. Espero
E' doce como aragem fresca e mansa
Quando a face da terra acaricia... nhia eqüestre e zoológica Holmer, que é decidida- que a fortuna de sua filha seja egual á minha. No
Deves guardàl-a bem como lembrança, mente digna de nota por seu elenco, pela origina- caso contrario dou-lhe o prazo de um anno para
Como eterna e saudosa melodia. lidade dos trabalhos e pela importância da bella que alcance esse désideratum ».'QH;í-:;;\Felipra.-;;te
collecção de animáes amestrados. . :
Também eu, sonhador, cantei outr'ora
No longínquo paiz do meu passado,
Quando da vida me raiava a aurora,
Mas hoje do que fiz n'aquella edade,
Como,espectro em castello abandonado,
Só me resta no peito uma saudade. ' ,
Ed. Machado.

OS THE ATROS
L^T. .iM^m ml "^BBr tBT B^líB BI l jê^ •'fH ! • .^^^ _^^. ¦ •_. , B^BiK^Wfc ^
'¦ *'V'^^''^'vlra •
'^Bfl '^B BÉLLiflBkPunfe.. 'vmS^BíbI^B- ¦ ¦' 'BI
¦nfl L_-flv fl^^ ^^'' i •!¦' ^^B^ ^djl ||v^|Va| ¦
empreza do Recreio fez sabbado passado uma
^=1-*¦ reprise bW BT>víBk^B1I>Bb Bafl VmB*^B^M»!^' ^BTÍ^í ** %«BB?" ' -!^^B»^ vHiPbBmIIíÍ^mI I

J .do legendário Rio Nu, com grande re-


ducçAo no preço dos bilhetes. EJ9 B9 . r9 BI BB^II Pil B
IB/flfl
BBktfMB '_^__^^b^I
BW^BBBBB. vI^fll b^bb^BS
B^b%Bl B7#bB
BBBfl BVtf BVfi^flfl bV^BI BV^V^BBWl b\^BBuS3bV^ iBfl bVTI
0 theatro encheu-se á cunha e não duvidamos LbI ItffJ b\^ ^bVbVbv bB™*í bT^^bV^Jm H^ bW^b^bVTbbwI b^bc
assegurar que, para mais de dous terços dos es-
pectadores, à íamosa peça de Moreira Sampaio era "•~úsU
l j] B1
r- "jjib'^ ™
WTé": Jfr&
iuB KlS^u^I B...' ¦ • ^^BB ^{'^SS BB
lul ^^^1 wífiii!iB!Nl
B^^Bfl b^^BB
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uma verdadeira novidade.
O successo foi enorme. RB B«^I ^1 HÉ bv' - '^BaiS
O maxixe da sogra, as interessantes metamor- ^mW^\S^mt ¦¦^^^><^Bfc^B B^^B»".•>' v
*•'•
^5Bj ^^^^nBkk^. v^':iíB I
phoses da archi-graeiosa Pepa, a inexgotavel verve B^;-íB "-^
aT^ r'
^ '¦" ^y ** -viBÃMi fl.»fl JfcWA^a&aaKiKfeJfl fl
do Brandão, o Pinto, toda aquella série de qua-
dros populares que passam ligeiramente como em
um cinematographo, os banhistas, as cartas, e as bB\^H
^^Wmt^m Br
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mt B i Ww tmtm ~ ,^B(MHRRPvMls"a
i A^BB BHi'; ^yT*'^ í *.'BB»^Í*I%BB BB^\BB™?^B
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BBBBBBBBBBBBBBBBBBBB^^jBbBBBBBBBBBB v^H^ Bf'.''':"ivBl
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fazendas—tudo, emfim, causou qua si tanto en- B:V'^a BB Bktm rBIB BBwSBiMJr- 9'- ' <«^-7\vfi
BBV#BBBBLL*>^tL2^^BBl
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thusiasmo, como naquelles bellos tempos da sua ¦1 IIh^B>BT;f* ix;.'AiBwBmJMi B^B Br BBkBBBB]
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época primitiva. ^B bbt^bI
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Nâo admira, porém, que os que ainda não co- BBBbV* B^'',; BB .^BBW^^lMBBftí^B^ r^^

nheciam o Rio Nú se divirtissem a valer, quando


nós mesmos achamos extraordinário prazer em K^B KébíJ^^ b ^B H Bj P-v''-'"^}B [ iS K^lra
reouvil-a talvez que pela centésima vez.
E ao nosso espirito acudiu toda alonga hislo- R^^^-^^^B
^¦f»- '!^Kb,ii>k-.,.BB^TBfl BBBB
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ria da peça. A confiança que n'ella tinha o operoso BhBBBBm^^BÉB ^_JH^^^^BsB/H BT-"-"' A«<>."^fcjB • •' ¦"4*c/*<5W£3 Bi.
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emprezario Silva Pinto, que não duvidou sacrificar Brl Br^3^ tofl BBT *Ji^kS BB* V wÃl BT^SfaflBl

em sua mise-en-scène um bom par de contos de réis;


e o reparo que isso merecia a uns tantos pessimis- ÜRwI B&^U
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tas a farejar um fiasco; e as peripécias que se bb^t.<B LJ.* v^i l^fl
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deram antes da primeira representação; e depois BrJ
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o sucesso sensacional, constante, seguido, como '^MwMMkmI BB BI
bem poucos deve contar este século que passa aqui BÜH BilB Bktx:íá.víí.':'-'íBx.B B '* B
no Rio de Janeiro; successo com que nem o pro-
prio emprezario sonhou nunca,como também nunca GRUPO DE CONVIDADOS POR OGCASIÃO DA FESTA DO 4° ANMVERSARIO DO CLUB

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23 i»f., Dez ivM nu o de 1900 REVISTA DA SEMANA N. 32 - 259

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. Parecia-lhes que a única ventura na terra '.'.•'-¦7'" ¦V w- -V. ,?í •* |'£
fava dessa affeição louca, ardente, desvairada
Smavam-se ¦'¦','¦''''"¦»¦',, ",'"'• ', ''£¦''• '"'/'7* <V-;:, ¦;.Á: .>..»" '¦''''•"••'¦« -1 :';.:í \ ¦' ¦ '->"'¦ :• •".-
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que os attrahia, como se tivessem nascido um para #¦ -i,>;>¦;-.r-.v; ;,r .>• •."• ;* ¦'A7y$,'7í,//<7V'n -7 :;/*%v'^#*
o outro, se completassem e sentissem as pulsações '^|' ;¦¦¦.¦•'
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de dous corações n'um só, pequeno de mais para ¦'¦.'/'¦'¦:"•/'./ :>>:,'¦ /7 :^% fe'#^
conter o grande amor que ir-èHe crepitava, como
labaredas surgidas de um brazeiro, onde ardessem
resinas de aromas embriagadores.
Serei tua para sempre !
,r,'— Para sempre te pertencerei!
u ! > E assim sellaram o compromisso eterno de uma
alliança, que só a morte poderia despedaçar.
Certo dia houve entre elles uma scena de ar-
rufos.
Foi depois de um baile, em que a gentil Mar-
garida, apezar das admoestações do seu apaixo-
nado, presa talvez pela magia da voz cantante
de um bacharel recentemente formado, que era o
Adonis. da reunião, requestado por quasi todas
as moças presentes, nfio pensou nas conseqüências
da sua irretlexão e com elle dansóu três quádri-
lhas seguidas, provocando isso reparo de todos os
á lesta.
presentesFingida!
Pérfida! O teu amor não era mais
do que hypocrisia!...
São tolices... Nada fiz para que estejas tão
irritado. Porque dansei muito? Ora! Queres por
acaso que eu vá a um baile e fique toda a noite a
teu lado? Isso dá na vista e é ridículo...
Mais ridículo é o namoro ás escancaras com
aquelle pelintra ... Ah ! mas hei de vingar-me!
Na primeira occasião que o encontrar lhe mos- '' '
trarei para quanto presto! i -, 7*- 7."ik 7:
O arrufo durou um mez,pouco mais ou menos.
Fizeram as pazes depois de explicações mutuas
i '-V '.'íf.'
e tornaram-se ainda mais apaixonados. . ..,
' ,, ,.í"a.''-.v. í í"-í.
¦. ¦ •
.:•'.'¦
Para attestarem a impetüosidade.da sua paixão,
,

certa noite, elle,,que era estudante de medicina, GRUPO DE PARALELAS - AULA DE GYMNASTICA
quando estavam a sós na sala de visitas, serviu-se
ae um bisturi, golpeou o braço e com o sangue
encantadora
gottejante escreveu o nome delia em um pedaço
de papel encontrado a esmo. *
quinas e ella mãe de uma galante dae sua
menina, que copiara a formosura progeni- SOLITÁRIA!
A joven imitou-o e traçou o nome.delle sobre tora. ,. no
0 mesmo papel, pelo mesmo processo. Talvez essas duas crianças possam um dia,
futuro, provar aos pães que o amor não é um sen- dia a dia.
timento ephemero e banal... Befinhava Pallida, muito pallida, abatida como uma
Três annos depois: ',' '
Ambos estão casados.. , J Talvez... flor que brotasse sem ter recebido as caricias do
Elle é pae de um pequenito rosado, louro, tra- Flavio Roberto. sol, occulta na ramagem densa, assemelhava-se a
um sonho que pouco a pouco se dissipasse ao ro-
sicler«de uma aurora amortecida, desmaiada...
A's vezes quedava-se triste, sosinha, o olhar
languido, sem vida, fixo no espaço a contemplar
o vácuo, como se sonhos mysteriosos lhe appare-,
cessem, escravisando-lhe a attenção, attrahindo-lhe
a phantasia que divagava inconsciente, arrastada
por uma tristeza inexprimivel.
Tinha apenas 15 annos e, pelo seu abatimento
physico, apparentava maior edade. com extraor-
Apezar da sua debilidade, comia
dinano appetite.
Seus pães não podiam adivinhar a causa da
sua magreza e pallidez de figura de cera.
Attribuiam a sua constante melancholia a uma
paixão amorosa e infeliz que lhe minava a alma,
arruinando-lhe o organismo. m
Mas por quem? Qual seria o moço que a havia
captivado,a ponto de transformal-a completamente,
a ella que era risonha, infantil, alegre, brincalhona,
quando menina?
Era necessário sabel-o, e, se para realisar o seu
casamento com o escolhido de seu coração, fosse
necessário qualquer sacrifício, os seus progeni-
tores estavam dispostos a fazel-o.
Interrogaram-n'a a respeito.
Não! não gostava de pessoa alguma.
Porque, então, vivia triste e definhava ?
Ella mesma não sabia, mas não era por
paixão...Não fallava a verdade, escondia alguma
cousa...
Resolveram chamar um medico.
Talvez fosse uma moléstia orgânica...
O esculapio,depois de ligeiro exame a que sub-
metteu a enterma, garantiu que não havia novi-
dade e receitou-lhe banhos.
De mar?
Não; de egreja...
Heitor Cordovilt
n~i i—i i~i_mii J"x/xQQ/X'* " ^ '

O PRIMEIRO BEIJO

1\ ão caminho tão depressa; tenha em conta a


^fraqueza das minhas pernas que é a prova das
J
minhas forças.
E o bom do velhinho apoiado ao hombro da
GRUPO DE ESCADAS — AULA DE GYMNASTICA neta tremia ao passar da ponte do riacho que os

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ywfimhtwf-tfv*^^ ^mai^uiv^M- '*. twiywwBrt^rfwi ,#!t*i*k*.».

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REVISTA DA SEMANA 23 de Dezembro de 190t>


260 — N. 32

vou pedir aos santos que


faça o seu primeiro bis-
neto receber dos seus la-
bios o primeiro beijo.
O meu primeiro
BB BffAftii É^i_ J ¦¦ BKbc^fl IKflBBfl iBflfl BBuftn bisneto ? perguntou es-
pantado o bom do velhi-
nho. E com que santo
^B B.^ir ** I BB^^Bjr*".
* ^^Pt^Bpw^^^P^tJit
WWBPwBWB^^BBBffrBB vaes tu te apegar, rapa-
riga?
BeSp'Mjif.y^^B ByBW By''-^BB Br*jSB HBaj^JSwlB
Com S. Lucas,
respondeu a moça persi-
BBBBBBBBBvv fUI BiSffWwiH^BAB?»***^^ ^^^B gnando-se e transpondo
' ' <« a porta do templo.
k rui Laifll B52.% ^^ ¦•••^,^B
"TtlIBBBBflBBl
< E Juracy disse a ver-
fl IGil
Bra *nfl Br ãM EP
^j I
ÜÊÊT 'WrnÊm B dade porque emquanto
m Wy durou a missa ella não
Jfl I desviou os olhos do altar
d'aquelle santo junto ao
^r <3rJ '^^VBBBBBBBjB&
BB ^iiÉr .Jjjfl qual estava o seu noivo
^r ^V^^w ^—B ^É^^^^BBB I encostado á columna
BllÍlfp ^^B Ei que sustentava o nicho
B BBflHiÉÉíáÉiÉ^^teMtebuu.à^h.^,.. •
• -v— '?iy--• '7^^r'^*^HBBfl|fljBBBBBB onde se achava a ima-
^toMÉM^^uMi^^aai^^., ..-¦¦.¦ :¦: . ,.,_J.-'.:ir gem de Nossa Senhora
da Conceição.
Jiialto.

O valente RIACHUELO, victima da sanha policial na noite de 18 do corrente,


AS NOSSAS GRAVURAS
antes de ser autopsiado, no Necrotério JEANNE. CAYOT
Actualldade lirasilel-
ra. — A peregrinação. A Estrella do Jardim da Guarda Velha
devia levar a cnpellinha onde ia se celebrara missa edificante peregrinação que no dia 14 do corrente reali-
domingueira. zou-se, a convite de S. Ex. Revma. o Sr. Arcebispo, aos
santuários de N. s. da Apparecida e do Senhor Bom ctricos em S. Paulo. Representam a partida de um bond
— Tu tens dezoito annos, minha Juracy, e eu electrico do largo de S. Francisco, onde está situada a
Jesus de Tremembé mereceram especiaes cuidados da
já agarrei os meus setenta e cinco. Olha, quando Revista da Semana. Faculdade de Direito de S. Paulo, e as ofílcinas de
nasceste, o primeiro beijo que recebeste foi o de As gravuras que a respeito publicamos reprodu- electricidade durante a sua trabalhosa construcção. j
tua mãe, a minha santa filha ! Mas o segundo, ai, zem tquellas duas bellas egrejas e a imponente procis- Palácio do Governo e antiga Egreja dos Jesuítas
e~segundo foi meu; já foi um beijo de perto de ses- são dos peregrinos e irmandades nâo somente em em S. Paulo.—Photographia do palácio do governo de
senta janeiros, más ipi meu o segundo beijo nessas Apparecida, como também á sua chegada n'esta Capi- S. Paulo e da antiga egreja do Collegio dos Jesuítas,
tal, ao sahir da Estação Central e em caminho da edificada em 1554 è demolida em 1896. A' frente desses
tuas faces. edifícios vè-se o bello jardim do palácio, onde costu-
E Juracy rindo-se cio que o velho dizia nem egreja de S. Joaquim.
Seminário Episcopal de S. Paulo. — No dia 9 do mam realizar-se as retretas das bandas militares.
mais se recordava que elle pedira para caminhar mez passado realizou-se neste Seminário uma im- Cllb de Natação e Regatas. — Quatro nitidas gra-
mais devagar. portante festa para solemnisar a inauguração da esta- vuras reproduzindo: Os vencedores dos pareos^e nà-
„., — Ah! o avô ainda ostá forte, disse ella su- tua de D. Antônio de Mello, seu fundador. tacão por occasiâo do grande campeonato realizado á
bindo a ribanceira onde estava a capellinha. Eu As duas gravuras que publicamos representam a 9 do corrente; grupo de convidados por occasiâo da
bella estatua inaugurada festa do 4o anniversario do Club; grupo de escadas da
. .,„.....;. e a sua solemne inaugu- bem organisada aula de gymnastica do mesmo Club;
ração pelo actual bispo grupo de parallelas na aula de gymnastica do mesmo
de S. Paulo, D. Joaquim Club,
de Alvarenga. O valente Riachuelo, no Necrotério. — As sce-
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¦'.<¦¦'".. . • " '¦ -.¦• "¦,' ¦ ¦>-''. OS BONDS ELECTRICOS
*
nas de selvageria que com assombro presenciou esta
cidade na noite de 18 do corrente, tiveram como epi- i
... "'¦'
em s. Paulo. — Publica-
mos ainda hoje duas ' logo o fusilamento do infeliz Riachuelo pelas, sangui-
bellas gravuras sobre a sedentas praças de policia, que o procuravam prender.
imponente festa da inau- A gravura representa o valente Riachuelo, no Necrote-
guração dos bonds ele- rio, antes de ser autopsiado.

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^«ID^sbX^SÈMANA - ÚLTIMOS FIGURINOS — Daqui a um punhado de horas podemos dizer que entramos emlim no sec ^lo que vem..
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