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São um organismo social dirigido à realização de uma finalidade lícita a que o direito atribui
personalidade jurídica. É considerada como um sujeito de relações jurídicas, estando
suscetível a determinados direitos e vínculos.
Por vezes, o Direito cria um regime análogo ao da pessoa singular para personificar
juridicamente num único sujeito os interesses coletivos ou os fins institucionais. Daí
resultam as pessoas coletivas. Nestas, podemos distinguir as de carácter associativo (associações e
sociedades) das de carácter fundacional ou institucional (fundações).
Apoiantes do iluminismo voluntarista liberal defendem que antes de tudo o resto está a
pessoa no seu singular – o Homem. É da sua dignidade e capacidade jurídica – personalidade
– que podemos partir para uma outra realidade, agora coletiva. Partimos do particular para o
coletivo.
PEDRO PAIS DE VASCONCELOS: só a pessoa humana tem uma dignidade própria
originária, autónoma e extrajurídica, que o Direito se limita a reconhecer. A personalidade
coletiva, por sua vez, é uma construção do Direito que não pode ser equiparada à
personalidade singular. Tem, sim, uma natureza análoga à personalidade singular.
O normativismo formalista peca por não dar relevância à dimensão humana, económica e
social da personalidade coletiva nas sociedades de hoje em dia. É, no entanto, assertivo
relativamente à descrição que faz dos mecanismos com os quais o Direito constrói a
personalidade coletiva. A realidade social da personalidade coletiva não pode ser descartada.
Uma vez criadas, as pessoas coletivas vão-se tornando mais e mais autónomas das pessoas
que primeiramente lhes deram origem, ganhando individualidade própria na vida de relação e
na sociedade. Tornam-se titulares de interesses próprios que se autonomizam dos seus
fundadores ou membros e que com eles podem até entrar em conflito.
Consideramos as pessoas coletivas como centros de imputação de situações jurídicas, de
direitos e de vinculações. Não as podemos considerar meras construções do Direito ou pura
ficção. Apesar disso, também não as podemos colocar nunca ao nível das pessoas humanas,
dadas as diferenças que existem entre ambas as realidades serem demasiado fortes. As
pessoas coletivas não têm a qualidade humana, não têm a dignidade originária que nos
assiste, nem assumem uma posição central no Direito. A sua personalidade jurídica é-lhes
atribuída e não meramente reconhecida, como é no caso das pessoas singulares. As
pessoas coletivas não deixam de ser mais um meio das pessoas humanas para a prossecução
dos seus fins. Dado isto, não podemos nunca dizer que pessoas singulares e coletivas se
encontram no mesmo plano horizontal. Há ainda diferenças que nos são impostas pela
natureza das coisas: as pessoas coletivas não têm emoções nem ambições, não nascem e
não morrem, não sentem, não constituem família e não procriam, (...). Não possuem o
que faz dos humanos, humanos. Dado isto, são-lhes impostas grandes limitações ao nível
da capacidade de gozo.
ELEMENTOS ESSENCIAIS = São aqueles que são essenciais para o surgimento da pessoa
coletiva. (Ato Constitutivo e Estatutos).
ATO CONSTITUTIVO
se em 2 elementos:
- pessoal → substrato
constituído por um
grupo de pessoas.
- patrimonial →
quando é
de modo a tomar-se um
particular.
personalidade → Por
último é fundamental
acrescentar à realidade
jurídica (substrato) e à
vista à prossecução de um
ordem jurídica).
ASSOCIAÇÕES
Oliveira Ascensão – define o objectivo das fundações como sendo “assegurar que uma
finalidade do instituidor é prosseguida, mediante o suporte duma massa patrimonial que é a
isso afectada”
Fundações privadas → criadas por uma ou mais pessoas de direito privado, em conjunto
ou não com pessoas colectivas públicas, desde que estas não exerçam uma influência
dominante na fundação
Fundações públicas e de direito privado → criadas por uma ou mais pessoas colectivas
públicas, em conjunto ou não com pessoas de direito privado, desde que estas não
Art. 980º CC → Uma sociedade é um conjunto de duas ou mais pessoas que se obrigam a
económica, que não seja a mera fruição, a fim de repartirem os lucros económicos.
Art. 981º, nº1 CC → Contrato que origina a constituição da sociedade não está sujeito a
forma especial, salvo se assim o exigirem os bens em jogo. Qualquer forma serve pelo que
pode surgir nos contextos mais informais, ou de uma forma mais estruturada e solene
Art. 981º, nº2 CC → a lei prevê para a inobservância de forma esquemas reforçados de
redução e conversão
Art. 983º CC → Entrada para a sociedade é o bem ou conjunto de bens que o sócio entra
convencionar livremente, caso tal não aconteça, a lei presume que a entrada é igual para
todos.
Art. 985º CC → A sociedade sendo embora uma organização incipiente tem no mínimo
Este regime rege os casos de sociedades civis simples, bem como daquelas às quais
não foi atribuída personalidade jurídica por não cumprirem com o Art. 158º CC.