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O próprio valor do capital fixo é dado pelo fato de que ele só é usado como meio
no processo e existe apenas como agente para a transformação da matéria-prima em
produto. Pode ser uma tecnologia em si ou uma condição para permitir a produção. Só
tem sentido próprio, servindo exclusivamente da e para a produção, sem valor exterior.
(pag. 484)
O capital fixo não pode ser visto da mesma forma que o capital circulante,
principalmente se tratando dos valores de uso de cada tipo de capital. E como era
considerada diferente, as suas diferenças qualitativas fazem com que sua inter-relação
permaneça e fortaleça o movimento do capital, seu movimento total. Os elementos do
capital fixo são considerados como valor de uso do próprio capital nas diferentes fases.
(pag. 485)
O meio de trabalho sofre uma mudança formal, e não aparece apenas como meio
de trabalho em si, mas como um modo de existência particular dele, determinado pelo
capital fixo, e assimilando processos de produção do capital, o próprio meio de trabalho
se transforma em um sistema automático da máquina, um autômato que possui
movimento próprio, que possui diversos órgão mecânicos e intelectuais, onde o trabalho
vivo são apenas membros conscientes dele. O valor de uso dele é transformado, sua
existência material se adequa ao capital fixo, e a forma que foi assimilada ao meio de
trabalho no processo de produção se torna uma posta pelo próprio capital e a ele
corresponde. Nenhuma maquina aparece como meio de trabalho de um trabalhador
individual. A diferença é que a maquina não media a atividade do trabalhador sobre o
objeto, na verdade é ela própria que vai ao objeto, enquanto o trabalhador vivo se reduz
a supervisionar e a manter livre de falhas. Na produção por maquinaria, a apropriação
do trabalho vivo é posta como caráter do próprio processo de produção. O processo de
produção agora não é mais o processo de trabalho, no sentido de processo que o
trabalho domina, agora o trabalho é o órgão consciente, disperso nos diversos pontos do
sistema mecânico. (pag. 485-486)
Sobre o meio de produção, a sua durabilidade é uma condição básica, pois será
exigido dele uma incessante repetição, o que uma baixa durabilidade seria sinônimo de
recorrentes manutenções, o que tornaria caro o seu uso. “Sua duração é aumento de sua
força produtiva”. Já o capital circulante, não existe a preocupação anterior sobre sua
duração no momento da produção, pois não pode ser transformado em capital fixo. (pag.
495-496)