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FAESA – CENTRO UNIVERSITÁRIO ESPÍRITO-SANTENSE GRADUAÇÃO EM

TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - EAD

RENAN DE CARLI

BREVE CONTEXTO SOBRE MODEL CANVAS E PROTOTIPAGEM RÁPIDA

VITÓRIA
2021
FAESA – CENTRO UNIVERSITÁRIO ESPÍRITO-SANTENSE GRADUAÇÃO EM
TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - EAD

RENAN DE CARLI

BREVE CONTEXTO SOBRE MODEL CANVAS E PROTOTIPAGEM RÁPIDA

Atividade avaliativa apresentada a


disciplina de Empreendedorismo do Centro
Universitário FAESA, sob tutoria do
professor Euzébio Brito

VITÓRIA
2021
INTRODUÇÃO

Com o crescimento exponencial das empresas e as exigências do mercado frente


aos serviços prestados por cada companhia, as empresas buscaram métodos de
documentar passo a passo o seu negócio.

Atualmente podemos destacar dois modelos de negócio que são comumente


utilizados e que estruturam o negócio de uma empresa sendo o Model Canvas e a
Prototipagem rápida. A partir disso, trataremos a seguir sobre ambas as
ferramentas, como são utilizadas pelos empreendedores, suas aplicações e
benefícios frente a estrutura de negócio.

Model Canvas

Desenvolvido por Alexander Osterwalder, o Canvas trata-se de uma ferramenta para


que empreendedores e executivos consigam discutir e visualizar como o negócio
seria executado de forma sistêmica e integrada.

O Canvas auxilia no desenvolvimento da percepção para entendimento do


funcionamento de uma empresa. Quando uma empresa tem sua organização e
ganhos bem definidos isso facilita compreender o melhor modo da empresa se
tornar bem sucedida.

Aplicação

O canvas é dividido em 9 campos de atuação dentro de uma organização. Ele


compõe a infraestrutura, a oferta, os clientes e as finanças da empresa. São estes:

● Segmento de clientes
A definição de segmento implica na escolha de uma fatia do mercado, ou seja, é
necessário definir um nicho de clientes. Sem deixar de levar em consideração que o
modelo de negócio deve ser desenvolvido com foco no ponto de vista do cliente.

● Proposta de Valor
A proposta de valor diz respeito àquilo que a empresa oferece ao mercado e gera
valor ao seu público-alvo, fazendo com que ele escolha a sua organização e não a
concorrência. Nesse bloco, devem ser levadas em consideração questões como
preço, design e status.

É o fator motivacional que faz o cliente escolher entre uma empresa ou outra. Os
valores que serão gerados atendem uma necessidade específica do segmento em
questão, sendo que podem ser qualitativos ou quantitativos visando o benefício do
segmento atendido.
● Canais

Em canais é possível descrever o modo como a empresa faz para comunicar-se e


alcançar seus segmentos de clientes com o objetivo de entregar sua proposta de
valor. É a interface da empresa e desempenha um importante papel na sua
experiência geral pois este é o ponto de contato dos clientes.

● Relacionamento com Clientes

O relacionamento com clientes, estabelece o tipo de relação que uma empresa visa
obter com o segmento de clientes específicos, esta relação pode ser pessoal e até
mesmo automatizada. A relação entre cliente e empresa pode ser guiada por ter
modelos de motivação: a conquista do cliente, retenção do cliente e ampliação das
vendas

● Fontes de Receita

Nesse bloco, a empresa define quais são as formas pelas quais ela adquire a sua
receita de cada segmento de cliente, a partir da sua proposta de valor. Como ela
será remunerada por seus produtos ou serviços? Pagamentos únicos? Prestações?
Mensalidades? Anuidades? Aluguéis? Licenças? Assinaturas?

É importante definir esse fator pensando não apenas nos lucros da empresa, mas
também na comodidade do consumidor. Alguns restaurantes, por exemplo, têm
cobrado o cliente por tempo de permanência, e não por quilo ou por prato
específico. É possível, portanto, ser inovador nesse aspecto, desde que a
comodidade seja priorizada.

● Recursos Principais

Quais são os principais recursos que tornam possível a realização das


atividades-chave, sejam eles, físicos, financeiros ou intelectuais? Basicamente, essa
área do canvas deve listar tudo aquilo que é necessário para que a empresa
funcione.

Aqui, é preciso incluir todos os profissionais a serem contratados, o espaço físico,


as ferramentas, os equipamentos, as máquinas, os departamentos em que a
empresa estará estruturada, enfim, uma noção geral de tudo aquilo que é
fundamental para que a organização produza.

● Atividade Chave
O espaço das atividades-chave é a definição de quais são os processos que a
empresa realiza e que fazem com que ela esteja presente no mercado e entregue a
sua proposta de valor.

Por exemplo, se uma empresa vende sapatos, as suas atividades-chave serão:


pesquisa de mercado, desenvolvimento de produto, design, confecção, produção e
vendas. Além desses exemplos, a prestação de serviços, as vendas consultivas, a
resolução de problemas, a gestão de plataformas, as atividades de manutenção e a
disseminação do conhecimento também podem ser citadas como atividades-chave
em outras empresas. Naturalmente, cada organização terá as suas atividades
particulares.

● Parcerias principais

As parcerias principais são definidas pelos fornecedores e parceiros que auxiliam a


empresa, garantindo que ela realize as suas atividades com excelência, sempre
tendo como objetivo a satisfação total do cliente.

Qualquer fornecedor, investidor, acionista ou parceiro precisa estar listado nesse


campo. Aqui, entram as empresas terceirizadas na prestação de serviços
específicos e as que entregam matérias-primas para que a empresa funcione.

● Estrutura de custos

Por fim, o último campo do canvas a ser preenchido inclui a estrutura de custos, que
é a estruturação de quais despesas (fixas e variáveis) são necessárias para que a
empresa funcione de forma eficaz.

Tudo aquilo que causa impactos financeiros na instituição deve estar listado nessa
área. Por isso, para preenchê-la, é importante consultar novamente aquilo que foi
definido nos campos recursos, atividades e parcerias-chave. Os custos de canais
também devem ser considerados, pensando em divulgações publicitárias,
pagamentos de comissões aos vendedores, e por aí vai.

A ferramenta canvas é uma excelente maneira para que o empreendedor obtenha


uma visão holística do seu negócio e, assim, aprimore os processos da sua
empresa a partir de ideias diferenciadas e inovadoras. Todo esse processo gera
orientação de ações, redução de falhas e diferenciação de mercado, permitindo
também que a organização conquiste o seu público-alvo e obtenha o retorno
financeiro que deseja.

A partir dessas variáveis, compreendemos a amplitude dessa ferramenta para a


estruturação do negócio. Ela oferece uma visão completa numa “piscada de olho”
de uma gestão certa, a identificação lógica das ligações de processo da gestão,
facilitando a aplicação estruturada e efetiva de ideias.
Prototipagem Rápida

O sucesso do projeto de um novo produto está vinculado à eficácia e eficiência de


seu processo de desenvolvimento, uma vez que a capacidade de projetar com
rapidez e qualidade é fator decisivo para a sobrevivência no mercado.

Em vista disso, surge a necessidade de implementar um modelo de negócio que


organiza e estrutura o desenvolvimento de um produto. Neste cenário, a
prototipagem rápida ganha espaço pois permite a construção de modelos físicos
dos produtos, que auxiliam a equipe de desenvolvimento na avaliação e tomada de
decisões dirigidas em várias fases antes da conclusão do projeto.

A Prototipagem Rápida tem uma importante participação no projeto de produto,


como forma eficaz de comunicação entre a equipe de projeto e auxílio no processo
de decisão, assim como na antecipação de testes que indicam erros cometidos no
projeto ainda nas fases iniciais de desenvolvimento.

Trata-se de uma realidade para muitas empresas que precisam produzir mock-ups
(unidades de teste) dos seus produtos com agilidade para avaliação antes de lançar
um determinado item no mercado.

O grande objetivo é criar um produto de alta fidelidade mas com baixo custo e a
partir desse produto avaliar toda a viabilidade, os erros, mensurar os custos e
compreender os setores que estarão envolvidos com a produção. Isso pode ser feito
utilizando dois métodos: Manufatura Aditiva ou Manufatura Subtrativa.

Enquanto a manufatura aditiva descreve um processo de produção que começa do


zero para construir o objeto, na manufatura subtrativa a construção do objeto é
iniciada a partir de um bloco do material que é, então, esculpido até termos o
protótipo nas dimensões descritas pelo projeto.

Aplicação

Para exemplificar a PR, podemos pensar numa fintech financeira. A empresa deseja
criar um cartão de crédito que atenda as necessidades de uma fatia do mercado. A
partir disso, uma unidade do cartão é desenvolvida usando a prototipagem rápida.

Dessa forma a equipe utiliza o modelo de testes para estimar os custos, corrigir os
erros sistêmicos e definir o produto final a ser lançado para toda base de clientes.

Já a prototipagem utilizando o método de manufatura subtrativa acaba sendo mais


demorada do que a manufatura aditiva, assim como mais cara, já que a quantidade
de insumos desperdiçados é maior, além de outros fatores como mão de obra e
investimento que precisam ser considerados.

Entretanto, os benefícios de aplicação desse modelo são muito significativos para o


desenvolvimento do negócio e a retenção dos lucros.

Um dos principais motivos que as fábricas têm para investir na prototipagem rápida
é que ela é capaz de reduzir os desperdícios de maneira significativa.

Isso porque possibilita que a equipe de criação visualize no mock-up eventuais


defeitos que, se chegassem até a produção massiva, poderiam comprometer lotes
inteiros. Assim, a empresa economiza tempo, dinheiro e também uma quantidade
considerável de insumos.

Além de evitar a fabricação equivocada de itens defeituosos, a prototipagem rápida


garante também que a empresa conseguirá manter entregas de alto nível. Ao se
certificar de que tudo está como deveria antes de iniciar a produção destinada ao
consumidor, a equipe assegura mais qualidade para o produto final.

E, claro, todo esse cuidado com os detalhes da mercadoria deve resultar em


maiores níveis de satisfação do cliente.

CONCLUSÃO

Não é atoa que tais modelos de negócio foram aos poucos sendo implementados
nos processos de desenvolvimento de empresas. Tais modelos oferecem uma
organização, melhor distribuição dos recursos e uma visão ampla da entrega final
de um produto e sua reverberação no mercado.

Além disso, o desenvolvimento de uma empresa não se encontra apenas na


obtenção do lucro de seu produto final, mas também na geração de bons impactos
em outros setores, sejam estes socioeconômicos, socioeducativos, de saúde ou
ambientais. Por isso, qualquer ramo de negócio que tenha a intenção de se manter
e desenvolver no mercado precisa compreender a importância do uso desses
modelos e como eles refinam a entrega de suas demandas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SERRA, M. A.; MAIA, L. D. M.; ARAÚJO FILHO, P. M.; PINHEIRO, E. M.


Prototipagem rápida no desenvolvimento de produtos: construção de protótipo de
um adaptador para escrita. Projética, Londrina, v. 11, n. 1, p 108-133, 2020.

BROWN, Tim. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das
velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

AJZENTAL, Alberto; CECCONELLO, Antônio Renato. A construção do plano de


negócio. São Paulo: Saraiva, 2008.

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