Você está na página 1de 11

Cuidando de quem Cuida

Se você não der atenção suficiente


ao autocuidado,
você tem grandes chances de desenvolver
estresse do cuidado, ansiedade e depressão

Fonte: sbgg-sp.com.br
Distúrbio psíquico

Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico
de caráter depressivo, precedido de
esgotamento físico e mental intenso, definido
por Herbert J. Freudenberger como "(…) um
estado de esgotamento físico e mental cuja
causa está intimamente ligada à vida
profissional
burnout

uma síndrome de esgotamento mental,
emocional e físico

O burnout do cuidador interfere com a sua
capacidade de funcionamento

também aumenta o risco de depressão crônica
e outras doenças físicas e mentais, de
hipertensão e gripe a diabetes, acidente
vascular cerebral, ou até mesmo a morte
prematura
Estágios

Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz

Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia
(imediatismo);

Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;

Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando
ocorrem as manifestações físicas;

Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer,
casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;

Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com
desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;

Recolhimento e aversão a reuniões (recusa à socialização);

Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom
humor);

Despersonalização (evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);

Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;

Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;

E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e
mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência
Sintomas

Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de
concentração e problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar
Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. O
professor de Psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento
de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta
de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um
transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.[1]


Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para
recuperação. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que Burnout refere-
se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso
especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).


Trabalhadores da área de saúde são frequentemente propensos ao burnout. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de
burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de
burnout). Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem frequentes interações intensas
ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.


Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente,
este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, mas com o estudo intenso continuado com privação do lazer, de actividades lúdicas,
ou de outro equivalente de fruição hedónica. Talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos
níveis de stress ou consumição podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais de stress ou esforço.
Profissionais de TI, cientistas, policiais, taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, músicos, professores e artistas
parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais.
efeitos do estresse
Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa,
como:


Sentimento de exaustão;

Sentimento de frustração;

Sentimento de incapacidade;

Carregar o estresse para casa;

Sentir-se culpado por não fazer o bastante;

Irritabilidade.

lidar com o estresse


Realizar atividades de relaxamento;

Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;

Manter uma dieta equilibrada ou balanceada e fazer
exercícios;

Discutir os problemas com colegas de profissão;

Tirar o dia de folga;

Procurar ajuda profissional na medicina convencional
ou terapias alternativas.
mix de fatores pessoais,
profissionais e sociais

Entre as causas individuais destacam-se o perfeccionismo, que leva à
busca de uma excelência às vezes impossível, e o idealismo em relação à
profissão, cobrando um engajamento pessoal para além dos limites. Uma
revisão de estudos feita pela equipe da psiquiatra Telma Trigo, no Instituto
de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
em 2007, apontou ainda competitividade, impaciência, necessidade
exagerada de controlar as situações e dificuldade para tolerar frustração,
delegar tarefas e trabalhar em grupo. Os fatores laborais que servem de
gatilho são: demandas excessivas que ultrapassam a capacidade de
realização, baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, falta
de apoio das chefias, sentimento de injustiça, impossibilidade de promoção,
conflitos com colegas e isolamento. “A pessoa nunca é convidada para
happy hours e só fica sabendo dos churrascos depois”, exemplifica Ana
Maria. Outro fator comum é a sensação de que é preciso contrariar os
próprios valores para se dar bem na carreira
fugir da síndrome de burnout


Abandone o lema “Meu nome é trabalho”. Não coloque todos os ovos numa cesta só. Diversifique as
fontes de gratificação e descubra seus hábitos de prazer. Leia mais, vá ao cinema, curta os amigos e os
pets.

Faça uma avaliação sobre custo e benefício: o que a atraiu nesse emprego e a mantém aí? A
possibilidade de ajudar as pessoas?

O salário? Seja qual for a motivação, focalize no que é positivo em vez de olhar os aspectos negativos
que, em geral, são muitos.

Restabeleça contatos profissionais. Faça networking, procure novas chances no mercado ou em outro
setor da empresa se o que você faz, no momento, significa exaustão.

Atenção aos sinais emitidos por seu corpo. A exaustão pode ser sintoma de várias doenças, de anemia a
distúrbios da tireoide. Na dúvida, consulte um médico. Se for stress, procure desacelerar o ritmo e faça uma
coisa de cada vez.

Cuide de seu estilo de vida. Alimente- -se bem, em horários regulares, sem exagerar no álcool e na
cafeína. Durma o necessário para acordar reanimada.

Inclua exercícios físicos na rotina. Eles ativam a circulação, estimulam o metabolismo, energizam e
ajudam a administrar o stress.

Conte com o apoio da família, dos amigos ou de uma prática espiritual.

Fontes

Adaptado por Jorge Mello, analista de sistemas
e a décadas cuido do meu pai, idoso com
problemas mentais, …,

pt.wikipedia.org/wiki/Síndrome_de_burnout

http://claudia.abril.com.br/saude/burnout-os-
sinais-da-sindrome-que-e-causada-pelo-
esgotamento-no-trabalho/

Você também pode gostar