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Galere falei bastante sobre os pontos factuais e sobre os componentes da

demanda, incerteza e propensão marginal a consumir. Estou vendo que falta


falar sobre alguns pontos importante como a não neutralidade da moeda,
demanda efetiva e planejada poderia ser melhor descutidas porém estou
esgotadita e não sai mais nada dessa caixola.

Na Macroeconomia de Keynes, a economia tem ciclos e flutuações sendo necessárias


intervenções anticiclicas para promover o equilíbrio, sendo uma das teorias mais
requisitadas em épocas de crise, como a de 2008. A crise financeira mundial de 2008
afetou o Brasil a partir de Setembro no governo Lula. Segundo os indicadores
econômicos retirados do Bacen, em comparação com o terceiro trimestre desse
mesmo ano, o PIB sofreu uma redução de 3,6% e uma retração na Formação Bruta de
Capital Fixo de 9,8%, mas mesmo assim houve uma variação positiva no PIB de
aprox. 5,1%.

Tais resultados foram alcançados através de uma política intervencionista por parte do
governo brasileiro - o que estava em conformidade com a teoria de Keynes já que para
ele o Estado estabiliza a economia de acordo com os gastos do governo. Sendo esses
conquistados via incentivos da economia interna com foco no consumo das famílias
(60,7% do PIB) atrelada à evolução do rendimento médio do trabalhador juntamente
com a diminuição da taxa de desocupação; aumento das operações de crédito que
embora tenha existido um aumento nas taxas de juros, não afetou a disponibilização
do crédito que teve sua ofeta ampliada; e pelos investimentos empresariais (18,9% do
PIB) com crescimento da FBCF e uma elevação, também, nos gastos do governo que
não se deu através do aumento dos tributos o que diminuiu o impacto na renda das
empresas e dos consumidores.

Apesar das grandes potências enfretarem graves dificuldades em decorrência da crise


de 2008, o Brasil é lembrado até hoje como um dos países que melhor lidou com a
instabilidade do período ficando entre os seis melhores do mundo em desempenho
econômico. No ano seguinte, a queda do PIB foi uma das menores em comparação
aos países do G20, segundo o IBGE, sendo sua variação de -0,2%.

No final de 2008 houve como consequência a modificação da sua tendência de gastos


que em comparação ao ano anterior havia sido negativa, ou seja, o Brasil voltou a
aumentar seus gastos públicos com política anticiclica para lidar com a crise (Bacen).
Além disso, a taxa de desemprego foi igual a de 2008 e o rendimento médio passou
de R$ 1.290,50 em 2008 para R$ 1.344,90 em 2009 junto a isso a elevação da
participação das operações de crédito foram um fator de destaque.

Segundo Keynes, a demanda por investimento é algo instável e acreditava ser ela a
responsável pela instabilidade da renda gerando os tais ciclos econômicos. Mediante a
isso, aumentar e incentivar investimentos proporciona a elevação da demanda, ação
pouco feita no governo Lula durante a passagem da crise já que os criadores de
políticas públicas focaram na oferta de crédito e no consumo das famílias através da
diminuiçao dos tributos, principalmente, nos setores de automóveis, móveis e
eletrodomésticos já que é o foco das famílias com maior propensão marginal de
consumo e também seu eleitorado.
Mesmo focando em consumo para aumentar a demanda, o governo Lula também se
ateve, mesmo que pouco, ao investimento e a taxa de risco em investir no país que se
elevou em 2008 afastando os investidores por conta não só do alto risco, mas também
da incerteza que esse período trazia consigo tornando qualquer decisão baseada em
probabilidade não tão confiável. Esse fatores alteram a demanda, pois mexem com as
expectativas que são uma das condições básicas para que as empresas e
consumidores tomem suas decisões.

Ainda em 2008, houve a volta dos investidores e o capital externo para o país
gerando, no ano seguinte, uma resposta do governo de uma alíquota de 2% para IOF
para reduzir a valorização do real em relação a moeda estrangeira, além disso,
algumas políticas de liberação de crédito foram criadas para impulsionar as
exportações. Dentro das mesmas medidas ocorreu o aumento da liquidez no mercado
reduzindo as taxas de depósito compulsório, diminuindo a taxa de juros real.

https://portal.tcu.gov.br/tcu/paginas/contas_governo/contas_2008/Textos/CG_2008_Si
ntese.pdf

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