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Tais resultados foram alcançados através de uma política intervencionista por parte do
governo brasileiro - o que estava em conformidade com a teoria de Keynes já que para
ele o Estado estabiliza a economia de acordo com os gastos do governo. Sendo esses
conquistados via incentivos da economia interna com foco no consumo das famílias
(60,7% do PIB) atrelada à evolução do rendimento médio do trabalhador juntamente
com a diminuição da taxa de desocupação; aumento das operações de crédito que
embora tenha existido um aumento nas taxas de juros, não afetou a disponibilização
do crédito que teve sua ofeta ampliada; e pelos investimentos empresariais (18,9% do
PIB) com crescimento da FBCF e uma elevação, também, nos gastos do governo que
não se deu através do aumento dos tributos o que diminuiu o impacto na renda das
empresas e dos consumidores.
Segundo Keynes, a demanda por investimento é algo instável e acreditava ser ela a
responsável pela instabilidade da renda gerando os tais ciclos econômicos. Mediante a
isso, aumentar e incentivar investimentos proporciona a elevação da demanda, ação
pouco feita no governo Lula durante a passagem da crise já que os criadores de
políticas públicas focaram na oferta de crédito e no consumo das famílias através da
diminuiçao dos tributos, principalmente, nos setores de automóveis, móveis e
eletrodomésticos já que é o foco das famílias com maior propensão marginal de
consumo e também seu eleitorado.
Mesmo focando em consumo para aumentar a demanda, o governo Lula também se
ateve, mesmo que pouco, ao investimento e a taxa de risco em investir no país que se
elevou em 2008 afastando os investidores por conta não só do alto risco, mas também
da incerteza que esse período trazia consigo tornando qualquer decisão baseada em
probabilidade não tão confiável. Esse fatores alteram a demanda, pois mexem com as
expectativas que são uma das condições básicas para que as empresas e
consumidores tomem suas decisões.
Ainda em 2008, houve a volta dos investidores e o capital externo para o país
gerando, no ano seguinte, uma resposta do governo de uma alíquota de 2% para IOF
para reduzir a valorização do real em relação a moeda estrangeira, além disso,
algumas políticas de liberação de crédito foram criadas para impulsionar as
exportações. Dentro das mesmas medidas ocorreu o aumento da liquidez no mercado
reduzindo as taxas de depósito compulsório, diminuindo a taxa de juros real.
https://portal.tcu.gov.br/tcu/paginas/contas_governo/contas_2008/Textos/CG_2008_Si
ntese.pdf