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COLÉGIO MARISTA SÃO FRANCISCO

RADIAÇÃO DE APARELHOS CELULARES: CONSEQÜÊNCIAS AO SER


HUMANO

Grazianne Guimarães Bertuol n° 16 turma:212

Laiz Coutelle Honscha n° 18 turma:211

Lísia Amorim Pinheiro n° 20 turma:211

Rio Grande, 31 de maio de 2007


RESUMO

O desenvolvimento tecnológico proporciona diversas facilidades. Uma

dessas, é a telefonia celular que apresentou uma rápida expansão na última

década. Este sistema faz uso de equipamentos móveis e fixos que geram ondas

eletromagnéticas. A relação dessas ondas, com o desenvolvimento de doenças

como o câncer, é sugerida por certos pesquisadores embora seja contrariada por

outros. Neste estudo, observa-se a falta de consenso em relação ao risco

potencial da radiação aos seres humanos e conclui-se que o uso racional desta

tecnologia é uma importante forma de prevenção aos possíveis danos causados

pelas ondas eletromagnéticas geradas pelos diferentes equipamentos.


INTRODUÇÃO

A rápida expansão do mercado de telefonia celular alavancada por forte

trabalho publicitário, facilita o contato permitindo que as pessoas sejam

encontradas a qualquer momento em qualquer lugar. Diferentes planos comerciais

e equipamentos disponibiliza esta tecnologia a grande parte da população.

No Brasil, são mais de 100 milhões de assinantes,12.291.049 novos

assinantes nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul apresenta a segunda

melhor densidade, índice 69.85 (0,69 aparelho para cada habitante), atrás apenas

do Distrito Federal que apresenta um índice de 112,09 (ANATEL, 2007).

O telefone celular é um rádio transmissor e receptor que usa um sinal de

microondas de 0,6 watts e concentra um campo de radiação em um diâmetro de

12cm a volta da antena. O aparelho é responsável pela emissão de ondas

eletromagnéticas de 10 MHz a 300 GHz (CONSEMA 2003).

Apesar das facilidades ofertadas pelo sistema, o aparecimento de doenças

como o câncer podem estar relacionadas com a exposição à radiação. A relação

radiação/doença é defendida por alguns pesquisadores enquanto, para outros,

não existe a possibilidade da existência da radiação como causa para a ocorrência

de doenças (CONSEMA 2003).

Este estudo tem como objetivo avaliar as possíveis conseqüências do uso

de aparelhos celulares ao ser humano.


DESENVOLVIMENTO

A telefonia celular tem contribuído fortemente para a polemica sobre os efeitos

da radiação a saúde humana. As ondas eletromagnéticas quando interagem com

o corpo humano dependendo da freqüência e da potência, podem produzir algum

tipo de efeito biológico.

A radiação das ondas eletromagnéticas é classificada em duas categorias:

Radiação Ionizante e Não-Ionizante.

A Radiação Ionizante – corresponde a campos de freqüências mais elevados

que os das emissões de luz, como por exemplo, os raio X e os raios gama. Esse

tipo de radiação mais elevada pode danificar o material genético das células;

levando a doenças como por exemplo o câncer.

Os fenômenos físicos responsáveis pelo compartilhamento da energia entre as

células devido a irradiação são a ionização e a excitação dos átomos, atingindo a

parte externa do corpo.

Os fenômenos químicos surgem em seguida e provoca a ruptura das ligações

entre os átomos ou moléculas formando radicais livres surgindo os fenômenos

biológicos, que alteram as funções especificas da célula, diminuindo a atividade da

substancia viva do organismo, ou ate mesmo a morte imediata da célula.

A Radiação Não-Ionizante – é a radiação que possui freqüência mais baixa

que as da emissão da luz; os campos eletromagnéticos não possuem energia

suficiente ( 10 eV ) para provocar a quebra das ligações químicas.


No caso dos telefones celulares (que possuem radiação Não-Ionizante, a

maioria dos efeitos biológicos conhecidos esta associados aos efeitos não

térmicos como resultado da interação dos campos eletromagnético.

Efeitos térmicos – são aquele cuja as alterações são causadas pelo

aquecimento do organismo como conseqüência da absorção de parte da onda

incidente.

Efeitos não-térmicos – são devido a interação direta do campo

eletromagnético com o organismo.

Os telefones celulares geram ondas eletromagnéticas que atingem o canal do

ouvido chegando ao cérebro e o uso freqüente ao longo prazo pode ser prejudicial

a saúde. Estudos estão sendo feitos para afirmar que a exposição à radiação

celular provoca câncer cerebral. Outro importante gerador de radiação no sistema

de telefonia são as torres cujas radiações vão de 20 a 50 mil watts

(howstuffworks).

No estado de Carolina do Norte, pesquisadores verificaram a ocorrência de

danos nas células de tecidos submetidos a uma radiação de 5 á 10 watts durante

24 horas, também foram observados danos em células sangüíneas expostas a

1,25 watts de radiação durante três horas (Dietanet).

O campo de radiação dos telefones celulares se concentra num diâmetro de

12cm em volta da antena. Recentemente, nos Estados Unidos, a Food and Drug

Administration (FDA) estabeleceu, como medida de segurança, que a specific

absorption rate (SAR), porcentagem específica de absorção, da radiação emitida

pelos telefones celulares não devia ultrapassar 1,6 watt por quilo, tomando-se por

base 1 grama de tecido corporal. Agora, a FDA está questionando se este limite
protege os usuários (Dietanet).

O crânio protege o cérebro, mas o canal auditivo pode servir para a penetração

da radiação. Observa-se entretanto, que grande parte da radiação e do calor

difundem-se na mão do usuário (Dietanet).

Entre os possíveis danos associados aos efeitos térmicos da radiação emitida

pelos aparelhos celulares e as antenas de transmissão, estão a exaustão, choque

térmico, estresse, queda no desempenho de tarefas, pressão cardíaca, alterações

em funções neurais e neuromusculares e ocorrência de catarata. Embora ainda

não exista consenso acerca do tema, estudos sugerem que esta radiação possa

interferir nas ondas cerebrais, alterando a pressão sangüínea, reduzindo

respostas imunológicas e provocando enxaqueca, insônia, síndrome de fadiga

com prejuízo da memória de curto prazo e epilepsia.

Pela falta de consenso sobre a influência da radiação emitida pelo sistema de

telefonia celular aos seres vivos, recomenda-se cuidados básicos como forma de

prevenção às possíveis doenças que possam ser causadas pelas ondas

eletromagnéticas (Howstuffworks; Prometeu, 2002; CONSEMA, 2003).

O aquecimento é resultado da absorção do campo eletromagnético em meio

dissipativo ( o corpo humano possui grande quantidade de água ).

A absorção acontece principalmente em função dos movimentos dos dipolos

da água e de íons dissolvidos.

Em situação normais, os vasos sangüíneos se dilatam e o aquecimento e

reduzido ou removido pela corrente sangüínea. Desta forma o principal risco de

dano térmico se concentra nas áreas de baixa vascularização, como por exemplo,

os olhos e as têmporas.
As principais recomendações são:

1) Não coloque o aparelho celular perto do ouvido de crianças e bebes muito

pequenos;

2) Fale durante 6 min, no máximo, durante uma ligação;

3) Transfira a ligação do celular para o aparelho fixo sempre que possível;

4) Uso de aparelhos digitais que são menos tóxicos que os analógicos;

5) Atenção aos sintomas como dores de cabeça, náuseas, azia, problema de

vista, impotência sexual que podem indicar exposição a radiação celular em

excesso (Vestibular1).
CONCLUSÕES

Em um mundo globalizado e tecnológico, como o que vivemos hoje, não

podemos ignorar as vantagens e facilidades que a tecnologia apresenta podendo

salvar vidas em situações de emergência.

Esperamos alertar aos usuários de telefones celulares para o risco

potencial da radiação como causa de doença e a necessidade do uso racional

desses equipamentos diante das divergências de opiniões dos pesquisadores.


RECURSOS

Para apresentação do presente trabalho, serão distribuídos folhetos

informativos sobre possíveis danos ao organismo humano provocados pela

radiação emitida pelos aparelhos de telefonia celular e dicas de uso racional

como forma de prevenção.

Pretende-se demonstrar, com o auxílio de maquete, as áreas de maior risco

da radiação emitida pelas torres do sistema.

O trabalho será apresentado em forma de pôster ou cartaz.


BIBLIOGRAFIA

ANATEL – Agência nacional de Telecomunicações – telefonia móvel cresce


0,71% e alcança 102,9 milhões de assinantes- 2007, disponível em:
<http://www.anatel.gov.br/> acesso em 29/05/2007

CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo –


Especialistas debatem efeitos da radiação eletromagnética da telefonia celular –
2003, disponível em:
<http://www.ambiente.sp.gov.br/destaque/141103_seminario.htm> acesso em
29/05/2007

Howstuffworks – Como funciona a radiação dos telefones celulares – disponível


em: <http://www.eletronicos.hsw.com.br/radiacao-dos-telefones-celulares2.htm>
acesso em 29/05/2007

Prometeu – Noticias de Universidades e Centros de Pesquisa – Nova técnica


aumenta em cinco vezes a capacidade de medição dos efeitos do telefone celular
no corpo humano – 2002. Disponível em:
http://www.prometeu.com.br/noticia.asp?cod=482 acesso em 29/05/2007

Vestibular1 – Alerta de radiação – torres de celular, de TV e FM provocam


radiações perigosas Disponïvel em:
http://wwwvestibular1.com.br/revisao/alerta_radiacao.doc acesso em 29/05/2007

Dietanet – Telefone celular pode provocar câncer no cérebro? Disponível em:


http://www.dietanet.hpg.com.br acesso em: 29/05/2007.

Efeitos biológicos da irradiação celular - http://www.maxwell.lambda.ele.puc-


rio.br/cgi-bin/prg_0599.exe/8044_4.pdf?nrocosis=23766&cdlinprg=pt

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