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MARIA OLIVIA DAS ROSAS

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEUS REFLEXOS NA EDUCAÇÃO


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MARIA OLIVIA DAS ROSAS

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEUS REFLEXOS NA EDUCAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como neuropsicopegaga
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RESUMO

A violência familiar cometida contra crianças e adolescentes é a finalidade


deste trabalho, posto que se trata de um problema muito delicado e recorrente
em diversos lares. Especificamente, analisar o impacto causado na relação
com o âmbito escolar, local onde o aluno violentado pode ser observado e
acolhido por profissionais capacitados. Este é um tema que, infelizmente,
resiste em sair de cena. Ainda hoje, vem sendo bastante pesquisado e
discutido em debates de estudiosos, em campanhas eleitorais, artigos teóricos
entre outros. O trabalho aponta um histórico e as formas de violência e ressalta
o papel do estado, da sociedade e da escola diante deste quadro. Portanto,
dentro das suas possibilidades, esta pesquisa também procura contribuir para
gerar reflexão e, oxalá, ações de precaução e cuidados mais contundentes.
Para a realização deste projeto, foram consultados artigos científicos, livros,
blogs, sites especializados no tema, ou seja, uma pesquisa estritamente
bibliográfica.

PALAVRAS CHAVES: violência doméstica, profissionais da educação, crianças


e adolescentes.
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Sumário
Sumário........................................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
CAPITULO I A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA.............................................................................6
1.1 A história da violência doméstica.................................................................................6
1.2 O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA............................................................9
CAPÍTULO II A VIOLÊNCIA NAS FAMILIAS E SUAS FORMAS........................................................11
2.1 Motivos da violência no ambiente familiar................................................................11
2.2 As formas de violência................................................................................................13
CAPÍTULO III A ESCOLA E AS CONSEQUENCIAS DA VIOLÊNCIA...................................................15
3.1 Consequências na aprendizagem das crianças e adolescentes..................................15
3.2 O papel da equipe escolar frente à violência familiar.................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................19
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................19

INTRODUÇÃO
O tema escolhido para a realização deste trabalho surgiu após a
constatação de que, embora muito estudada e divulgada de maneira massiva,
a violência doméstica continua presente em nosso quotidiano. Isto pode ser
observado nas diversas revisões bibliográficas, em canais de mídia como as
tevês, rádios, blogs, redes sociais e, comumente, em conversas informais do
dia a dia. Esta forma de violência se manifesta de variadas formas atingindo
entes diferentes. As mulheres na figura de mães, companheiras e esposas, os
idosos e as crianças são as partes mais frágeis deste flagelo.

Especificamente, será dada atenção as crianças e adolescentes que


frequentam as salas de aulas e, que por desventura, tenham sido vítimas de
agressões. Ainda, neste sentido, o propósito também é reforçar o tema para a
reflexão dos profissionais da educação e seu papel em tal contexto. Esta
relação é importantíssima, uma vez que é preciso uma equipe preparada,
atenta para, entre outras ações, por exemplo, identificar e lidar com qualquer
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sinal que possa ser conseqüência de violência cometida no lar. A partir disto,
sugerir como a equipe escolar pode interferir de modo mais assertivo possível
no combate a violência contra a criança e o adolescente para minimizar ou
evitar maiores traumas para essas vitimas.

É gritante o número de casos de violência infantil reportados e o pífio ou


mesmo o não enfrentamento tanto na teoria como na prática. Infelizmente, este
comportamento quase que indiferente com a causa contribui para a
naturalização da violência intrafamiliar que varias vezes acontecem por motivos
banais.

Durante o desenrolar deste estudo serão tratados quatro tipos de


violência intrafamiliar, a saber: violência física, sexual, psicológica e
negligência.

A organização da escrita dessa monografia busca no primeiro capitulo


contextualizar a historia da violência domestica abordando origem, evolução e
ações que foram tomadas para o seu enfrentemaento com o intuito de observar
como esse problema vem sendo tratado ao longo do tempo.

No capitulo seguinte, serão explorados os motivos e as formas de


violência mais frequentes. O último capítulo do desenvolvimento abordará as
mais diversas consequências dessas violências na aprendizagem e como a
escola pode interferir de modo significativo e combatê-la.

Para a realização desse trabalho, a fim de ampliar o horizonte do


conhecimento e de orientar as pesquisas, os conteúdos foram extraídos a partir
de artigos, sites confiáveis e livros.

CAPITULO I A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA

1.1 A história da violência doméstica

O termo “violência” vem do latim, que significa ato de violentar,


constrangimento físico ou moral, ao qual pode acrescentar a coação ou
coerção psicológica (LEVISKY, 2000).
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Retrocedendo na história, é notória a falta de proteção às crianças e aos


adolescentes, sendo esse fenômeno associado ao contexto histórico, social,
cultural e político em que se insere. Exemplos são colhidos ao longo da
história, assinalando-se que:

“Por mais que recuemos no tempo, a violência está rotineiramente


presente. Além do mais, a cada aparecimento ela sempre acaba por
revelar-se e em suas várias faces” (ODÁLIA, 1983, p.14).

Esta afirmação ajuda a corroborar o fato de a violência não ser um


fenômeno com recortes no tempo, pelo contrário, ela sempre existiu e sempre
desenvolveu novas formas de coexistir e afligir a humanidade.

Day (2003), diz que no oriente antigo, o código de Hamurabi (1728/1686


a.C.) em seu art.192 previa o corte da língua do filho que ousasse a dizer aos
pais adotivos que eles não eram seus pais, assim como a extração dos olhos
do filho adotivo que aspirasse voltar à casa dos pais biológicos, afastando-se
dos pais adotantes. (DAY, et, al, p.11). Em Roma o livro das XVII Tábuas
permitia ao “pai matar o filho que nascesse disforme, mediante o julgamento de
cinco vizinhos” (DAY, et.al. 2003).

O século XVIII marcou para sempre a história da humanidade. Este


período foi palco de grandes descobertas tecnológicas, desenvolvimento dos
meios de produção e de mudança radical nas relações sociais. Até então, as
famílias viviam no campo, ala as crianças auxiliavam seus pais nos mais
variados tipos de serviços e ainda assim sobrava tempo para convívio em
família, festas e celebrações. No entanto, o êxodo para as cidades, em busca
de vida melhor, mudou drasticamente este quadro. Com a chegada das
fábricas, outra forma de violência surgiu:

O longo tempo de trabalho gerava cansaço nas crianças, o que


acabava diminuindo o ritmo das atividades. Castigos como socos e
outras agressões eram aplicados para punir a desatenção. As
crianças que chegavam atrasadas ou que conversavam durante o
trabalho também eram castigadas. As que fugiam eram procuradas

pela polícia e fichadas quando encontradas. (SANTOS, 2020)


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Ainda, segundo o mesmo autor, estas crianças eram obrigadas, a partir


dos seis anos de idade, a trabalhar em atividades repetitivas que duravam até
quatorze horas diárias seguidas. Observa-se o quão desumano e cruel era o
tratamento dado aos trabalhadores que primava pela exploração tanto dos
adultos como das crianças.

Em Berlim ao menos 547 membros de um coral de meninos católicos


alemão sofreram abusos físicos ou sexuais entre 1945 e 1992, revela relatório
divulgado nesta terça-feira. (GLOBO, 2017).

O caso veio à tona em 2010 e cinco anos depois, o advogado Ulrich


Weber foi indicado para produzir um relatório, apresentado agora. Segundo
Weber, os meninos eram alunos do coral entre a pré-escola e o ensino médio.
Nos depoimentos aos advogados, as vítimas relataram que o período em que
elas viveram no Regensburger Domspatzen foram “os piores das suas vidas,
marcados pelo medo, pela violência e pela falta de ajuda”.

Agora, na história do Brasil a violência contra as crianças e os


adolescentes inicia-se com a chegada das primeiras embarcações, estas
traziam crianças para trabalhar a bordo, órfãs do rei ou para se casarem com
os súditos da coroa. Durante as viagens ambos sofriam todo o tipo de abuso e
maus tratos. Vale ressaltar que a tripulação era composta predominantemente
de homens.

Durante o período colonial, quando o Brasil era território de Portugal, os


jesuítas introduziram o castigo e ameaças na educação, às crianças que não
frequentavam e não seguiam as regras da escola e de seus pais eram
severamente castigadas. Este tipo de “disciplinar” instituído nos primórdios do
que se pode chamar de educação no Brasil, acaba naturalizando e validando o
embrião da violência infantil para além das salas de aula.

Viviane Nogueira Guerra (2011, p. 77) confirma esta idéia quando nos
convida a lembrar:

das histórias dos filhos que desde cedo se acostumavam à imposição


de castigos físicos extremamente brutais. Os espancamentos com
palmatórias, varas de marmelo (com alfinetes nas pontas), cipós,
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galhos de goiabas etc., tinham como objetivo ensinar as crianças que

a obediência aos pais é à única forma de escapar da punição .

Embora a sentença da citação acima esteja no pretérito perfeito, ou


seja, uma ação que parou de acontecer, ainda hoje testemunhamos tanto
adultos falando do seu passado como crianças que ainda sofrem este tipo de
tratamento como se fosse algo corriqueiro.

Por outro lado, há teorias que não dão margem exatamente as tradições,
como as jesuítas, por exemplo, como originárias de violência infantil. Margarido
(2010, p 23) aponta para multiplicidade de fatores:

“Ao nos perguntarmos a origem desses atos violentos; se e genética,


psíquica ou psicológica, se são atitudes decorrentes de traumas de
infância ou qual a influencia familiar, podemos encontrar múltiplos
fatores; os de ordem social, econômica e familiar; o meio em que o
individuo interage, como encara seu modo de vida e suas mudanças,
associados à crise de valores vivida pelas famílias em situação de
risco, onde a ausência de dialogo e relação de poder são
determinantes para a perpetuação desse fenômeno chamado
violência.”

A violência desconhece barreias geográficas, sociais e econômica sendo


hoje uma das principais causas de morte de crianças e adolescentes a partir
dos cinco anos de idade, de acordo com relatório elaborado, em 2018, pela
Secretaria Nacional de Proteção dos Direitos da Criança e Adolescente.

Como pode ser observado até aqui, o mau trato contra crianças e
adolescentes é um artifício que foi institucionalizado, naturalizado. Seja no
campo do trabalho, como ferramenta pedagógica, na disciplina familiar sem
falar em outras formas gratuitas de violação de direitos deste público alvo.

“Somente no século XIX que surge o interesse em investir nos filhos


no campo afetivo, econômico, educativo e existencial, surgindo
interesse em auxiliar as crianças provenientes de famílias pobres.
Sobretudo, somente no final do século XX, que a medicina, a
psicologia, a pedagogia e o direito começam a pensar em um novo
conceito de atendimento às crianças” (FELIZARDO e RIBEIRO, 2011,
p. 1- 2 ).
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Os próximos tópicos irão tratar desta preocupação, da atenção aos


direitos da criança e do adolescente, no Brasil especificamente, bem como
descrever outras formas de manifestação da violência contra estas tenras
vidas.

1.2 O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA

O Estatuto da Criança e do Adolescente faz parte da Cultura dos Direitos


Humanos, direcionado para a criança e ao adolescente, os considerando
indivíduos de dignidade e de direitos, tanto quanto os demais indivíduos de
outras faixas etárias.

O Estatuto surgiu para diferenciar a criança de um adulto ou de uma


pessoa idosa, superou a visão da criança como “algo” insignificante.

A lei 8.069, de 1990, denominada Estatuto da Criança e do


Adolescente e carinhosamente apelidada de ECA, é um documento
de suma importância porque assegura às pessoas entre 0 e 18 anos
de idade uma série de direitos, ao mesmo tempo em que determina a
um conjunto de instituições a responsabilidade para assegurar e
efetivar esses direitos, dentre os quais o direito a não trabalhar.
(ALBERTO,2012 p. 1267)

No inicio dos tempos à criança não possuía nenhum direito, uma vez
que era vista como adulto em miniatura ela tinha o dever de aprender um oficio
desde muito cedo.

O ECA alterou o relacionamento da sociedade e das crianças e


adolescentes, hoje ambos são cidadãos em desenvolvimento que necessitam
de saúde, ensino, lazer, proteção entre outros.

Composto por 267 artigos, o Estatuto tem por princípio a prioridade


absoluta da criança e do adolescente, o que reporta ao previsto no art. 227 da
Constituição Federal.

Ficou estabelecido no artigo 227, caput :

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,


ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
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negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e


opressão.”

De acordo com o Art. 18 do ECA: É dever de todos os membros da


sociedade cuidar da dignidade da criança e do adolescente, mantendo os a
salvo de qualquer abordagem desumana, violenta, aterrorizante, vexatório ou
constrangedora.

 Azambuja (2003 p.118-124) afirma que na atualidade, a Constituição


Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente passaram a ser os novos
modelos para o sistema de justiça, para a sociedade e para o Brasil. A nova
legislação, signatária da Doutrina de Proteção integral, reconhece direitos à
criança e ao adolescente, respeitando seu estágio de desenvolvimento.

Para os casos de violência doméstica a fim de proteger a criança e o


adolescente, o Brasil conta com o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), visto que na Lei 8.069, de 13/07/1990 dispõe
sobre a proteção da criança e adolescente, contra qualquer forma de
maus tratos e determina penalidade, não apenas para os que
praticam o ato, mas também para aqueles que se omitem. (BRASIL,
1990)

O problema da violência infantil é antigo, vem desde os primórdios, e se


agrava a cada dia, apesar dos esforços das áreas competentes, várias
questões são responsáveis pela crescente dessa. A sociedade precisa se
comprometer e eliminar qualquer vestígio que aflija, maltrate ou amedronte a
criança.

O Estatuto da criança e do adolescente está atingindo três décadas


desde sua promulgação. Ainda assim, ele é ineficaz em diversas áreas, mesmo
sendo reconhecido mundialmente há muito que avançar. O que impede que ele
seja totalmente posto em prática é o modo como as políticas públicas são
conduzidas no que diz respeito ao tema na pauta deste trabalho.

A criação do ECA, trouxe diversos avanços significativos como a


ampliação do acesso de crianças e adolescentes às escolas, o aparecimento
dos Conselhos Tutelares e de Varas da Infância e Juventude e diversos outros
programas estabelecendo obrigações e responsabilização dos familiares e dos
poderes públicos que não as cumpra.
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Boa parte do ECA não foi implementada até os dias atuais, a lei acaba
sendo tratada por prefeituras e governos estaduais, apenas como uma carta de
intenções o que, de certa maneira, torna impotente parte dos esforços
destinados quando da criação do Estatuto.

Situações de negligência, violência sexual ou de adolescentes infratores


eram intervindos pelos adultos e pelo estado, considerados como “sujeitos de
direitos”, muitas vezes encaminhados para as Febems. Ao invés de serem
protegidos e educados eram “excluídos” da sociedade, independentemente de
serem vítimas ou autores dos crimes. Com a promulgação do ECA, em
situações como essas quem está irregular é a família negligente, colocando-os
a salvo de qualquer violação de seus direitos fundamentais.

Fica notório que a prevenção, a partir de políticas sociais, custaria muito


menos que a repressão. Possuímos uma lei avançada, mas um país atrasado e
com tradição de desrespeito aos direitos humanos. Na verdade, espera-se
muito do Estado, como deve ser, mas a sociedade também precisa fazer sua
parte seja cuidando, denunciando e participando de ações de conscientização
fortalecendo ainda mais a rede de proteção.

CAPÍTULO II A VIOLÊNCIA NAS FAMILIAS E SUAS FORMAS

2.1 Motivos da violência no ambiente familiar

Entende-se por violência doméstica, segundo (SIGNIFICADOS, 2011):


aquela se refere à todas as formas de abuso que acontecem entre os membros
que habitam um ambiente familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas
com laços de sangue (como pais e filhos) ou unidas de forma civil (como
marido e esposa ou genro e sogra) envolvidos em uma relação de abuso que
incluem condutas de uma das partes em prejudicar a outra.

Entre os tipos de violência doméstica, a infantil é determinada como


aquela que acontece dentro da família ou no ambiente onde a criança convive;
realizada por algum parente ou pessoa que exerça tal função. Essa espécie de
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violência pode ser caracterizada de diferentes formas como: física, sexual,


psicológica e por negligência.

A violência doméstica é um fenômeno complexo em que suas causas


são múltiplas e de difícil definição, suas consequências são
devastadoras para as crianças e adolescentes, definidas como ações
hostis: A violência doméstica contra crianças e adolescentes
representam todo o ato ou omissão praticados por pais, parentes ou
responsáveis contra crianças e adolescentes que, sendo capaz de
causar dano sexual e psicológico á vitima; implica de um lado uma
transgressão do poder/dever de proteção do adulto e de outro uma
coisificação da infância, isto é uma negação do direito que as
crianças e adolescentes tem de ser tratados como sujeitos e pessoas
em condições peculiares de desenvolvimento (GUERRA, 1998, p.
32).

No meio familiar acontecem situações que podem e mudam a vida de


um indivíduo. Os pais ou responsáveis que tem por obrigação zelar, cuidar e
amar, acabam se tornando os vilões da história, havendo sempre uma
desculpa que são “métodos ou formas” de educar. As crianças e os
adolescentes estão em uma fase de pleno desenvolvimento físico e
psicológico. Nesta fase da vida, os mais diversos tipos de abusos, ameaçadas,
negligencia, podem gerar danos graves, irreversíveis e muitas vezes, até
mesmo imperceptíveis.

GUERRA (2002, p. 75) declara que:

Crianças e adolescentes que precisam de cuidados por se encontrar


em face especial de desenvolvimento são surradas, queimadas,
ameaçadas, menosprezados, abusadas sexualmente, entre outras
barbarias (...). Pais, padrastos, parentes responsáveis por crianças e
adolescentes tem utilizado diferentes formas de violência física:
desde um simples tapa até torturas impensáveis, justificando tais
procedimentos como forma de “bem educar”.

Questões de aspecto social, político e econômico influenciam


negativamente as famílias. A falta de infraestrutura e de programas de apoios
na ajuda básica da alimentação, o desemprego, falta de moradia, vícios em
drogas, a miséria, são fatores que contribuem de forma relevante, isto quando
não são os principais estopins no aumento da violência infantil.

Desta forma as crianças e os adolescentes que estão iniciando a vida,


sonhando e idealizando, acabam sendo coagidos e subjugados a vontades de
outros, vivendo à sombra do medo diariamente. A violência infantil destrói
sonhos, destrói a inocência, deixando marcas por toda vida.
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Como dito anteriormente, a violência tem várias formas de manifestar-se


afligindo a sociedade em geral e as crianças e adolescentes em especial. O
próximo capitulo trata de algumas destas formas de desrespeito objeto desta
pesquisa.

2.2 As formas de violência

A violência infantil possui várias facetas, podendo subdividir-se em


quatro grandes categorias violência física, sexual, psicológica e negligência.

A violência doméstica pode manifestar-se por maus-tratos, que vão


desde negligência até formas mais intensas de abuso físico e exploração
sexual. (Secretaria Municipal de Saúde, São Paulo, 2007. p.11).

 Violência Física:
É o ato de ferir, machucar e deixar marcas corporais. Vem geralmente
através de tapas, murros agressões com objetos e queimaduras.

Definida como o uso de força física de forma intencional, não


acidental. Estatísticas nacionais revelam que o principal agressor,
para os casos de violência física, tem sido a mãe. Objetiva ferir, lesar
ou destruir a pessoa, deixando ou não, marcas evidentes em seu
corpo: tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, estrangulamento,
queimadura, perfurações, mutilações, etc. (BRASIL, 2002).

Neste contexto, os pais ou os responsáveis com o intuito de “educar”,


empregam castigos corporais ou força física descontrolada, deixando marcas
visíveis ou não, ultrapassando os limites e acabam ferindo as crianças. Muitos
acreditam que sem esses ”leves castigos” torna-se impossível educar seus
filhos. Guerra (2001, p. 47) destaca:

Os adultos que foram espancados quando crianças destinam-se a


ensinar da mesma forma que foram “ensinados”, os sentimentos dos
mesmos estão associados a angustia, raiva, ansiedade, medo, terror,
ódio e hostilidades.

Por melhor que seja a intenção dos familiares dessas crianças que
sofrem de violência física, deixam marcas irreversíveis e refletem em toda a
vida desses indivíduos, como a humilhação, os sentimentos adversos,
dificuldades em se relacionar ou até mesmo a dificuldade na aprendizagem.
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 Violência Sexual:

De acordo com o Código Penal Brasileiro (art. 224), a violência é sempre


presumida em menores de 14 anos, deficientes mentais ou quando a pessoa
não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência.

São considerados atos de violência sexual: violência sexual verbal,


exibicionismo, ato sexual, sadismo, pornografia, exploração sexual infantil,
tráfico para propósitos sexuais, incesto, estupro, etc. (Margarido, 2010, p.63).

Cavalcante e Schenker, (2007) Afirmam que em maior parte dos casos


de violência sexual, o agressor é uma pessoa que a criança conhece, ama ou
em quem confia. Este indivíduo, quase sempre, possui um parentesco com a
vítima e tem certa influência sobre ela, podendo ser os pais, padrastos, avós,
tios, primos ou irmãos. É uma forma de violência que pode vir acompanhada de
agressão física, psicológica e negligência pela indiferença de quem sabe da
situação e não toma iniciativa.

Esse tipo de violência também pode ocorrer fora do meio familiar, o


agressor pode ser um vizinho, amigos da família, médicos, padres, pastores
entre outros, podendo ser também pessoas desconhecidas, como nos casos
de estupros.

Forçar conversas telefônicas ou a vídeos de forma obscena, tirar a


roupa, tocar as partes intimas da criança, levá-la a ver ou participar de relações
sexuais são exemplos de violência sexual. Os abusos sem contato físicos
também podem gerar danos irreparáveis, interferindo diretamente no
desenvolvimento psicológico, social e moral das vítimas.

 Violência Psicológica
É ocasionada por ameaças, intimidações, rejeição e desrespeito, sendo
que na maioria dos casos as mesmas nem são percebidas e podem ser mais
graves do que a violência física, deixando traumas na vida da criança e aos
adolescentes. Ela ocorre quando o adulto ameaça de abandono, deprecia,
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discrimina, impossibilita a liberdade de expressão, ou sobrecarrega as crianças


e os adolescentes de forma geral como pode ser corroborado abaixo:

Toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima,


à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Incluem – se nesse
sentido: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem,
isolamento de amigos e familiares, ridicularizarão, exploração,
ameaças, etc. (BRASIL 2002).

A violência psicológica pode surgir de forma isolada, mas esta sem


dúvida alguma esta presente em todos os outros tipos de violências. Trata-se
de um tipo de violência muito singela em suas intenções, por não deixar
marcas visíveis, entretanto causa grande sofrimento mental para suas vítimas.
Fica evidenciada a devastação que a violência causa nas vítimas
refletindo na sua vida pessoal e, não diferente, interferindo no seu
comportamento e rendimento na escola. Este reflexo na educação, aliás, é a
preocupação do próximo capitulo.

CAPÍTULO III A ESCOLA E AS CONSEQUENCIAS DA VIOLÊNCIA

3.1 Consequências na aprendizagem das crianças e adolescentes.

A criança não conhece o que é certo ou errado. Como analisou John


Locke, de acordo com Ferrari (2008) o cérebro humano é como um livro em
branco. Na infância que é formado o caráter, se trata de uma fase de
desenvolvimento. Por isso que a violência infantil se manifesta negativamente
de alguma forma na idade adulta.

Segundo Habigzang & Koller (2012) pesquisas mostram que crianças e


adolescentes que sofreram algum tipo de violência doméstica trazem consigo
consequências severas. Os estudos revelam ainda que a violência afeta o
desenvolvimento emocional, comportamental, social, sexual e cognitivo,
interferindo no bem-estar, qualidade de vida, além de deixar sequelas que
podem persistir ao longo da fase adulta.
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Toda e qualquer violência aturada pela criança deixa consequências,


seja ela física ou psicológica, podendo ocasionar problemas de saúde como
obesidade, incontinência urinaria, depressão, ansiedade, problemas na
aprendizagem entre outros. Os impactos podem ser transitórios ou perdurar
longo prazo.

O comportamento da criança vitima de violência é geralmente


explicado como mau gênio, difícil comportamento ou distúrbio mental.
É comum também a criança apresentar sintomas físicos, como
anorexia (falta de apetite e recusa de se alimentar), diurese noturna
(xixi na cama), problemas intestinais ou respiratórios. Alguns autores
citam como consequência da violência física contra criança e
adolescente: autoestima negativa, comportamentos agressivos e
dificuldades de relacionamentos (ALBERTON, 2005, p. 87).

Diante destes sintomas, dentro do contexto escolar, os professores,


diretores e os demais membros não apenas podem como deve interferir a fim
de identificar quadros de agressão contra alunos, bem como ajudar a prevenir
a violência intrafamiliar, considerando que o maior índice de violência é
realizado por membros da família. O olhar dos profissionais da educação é
privilegiado por passarem uma considerável fração do dia com essas crianças.

A violência deixa rastros. Os educadores devem ficar atentos às


mudanças de hábitos, rendimento em sala de aula, afastamento dos colegas
de classe, comportamentos que revelem raiva ou ansiedade, tentativa ou
comportamento suicida, entre muitos outros sinais de mudanças que a criança
pode apresentar.

Segundo pesquisa da Organização Mundial de Saúde (2002) existem


sinais que são bem específicos no caso de violência infantil que levantam
alguma suspeita. São hematomas em partes do corpo como, por exemplo, nas
regiões genitais, peito, olhos ou boca; pequenas queimaduras que podem ser
causadas por cigarros, fraturas mal explicadas pela vítima ou qualquer sinal
que seja estranho ligado com a mudança de comportamento do aluno.

A influência da violência e suas consequências na vida das crianças


irão depender das condições de se reestabelecer socialmente e
superar da própria vítima, da duração do abuso, do vínculo com o
agressor e do devido acompanhamento que esta criança terá.
(ALLENDER, 1999)
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Algumas medidas podem ser tomadas pelos educadores para tentarem


de alguma forma evitar ou minimizar que essas agressões e abusos ocorram,
tais como: informar os responsáveis e a comunidade sobre as necessidades da
criança e adolescentes, reafirmar e esclarecer sobre os direitos dos mesmos,
proporcionar grupos de debates com profissionais de outras áreas, formarem
redes de proteção, etc.

O diagnóstico pode ser difícil, é um assunto complexo e polêmico, afeta


toda estrutura familiar, por isso a violência doméstica acaba ficando dentro de
casa, devem-se quebrar os paradigmas e vencer os medos, denunciar e tentar
vencer esse mal que assombra diversos lares.

A escola exerce um papel fundamental na vida do sujeito, sendo um dos


melhores espaços para se fomentar o combate à violência. O capítulo seguinte
explora a maneiras a partir das quais os profissionais da educação podem agir
diante de registros violentos contra indivíduos da clientela escolar.

3.2 O papel da equipe escolar frente à violência familiar

A violência intrafamiliar está presente em vários lares, no entanto, muitos


casos não chegam ao conhecimento por não serem denunciados, a maior parte
das famílias decide resolver esse problema dentro de casa.

FOLGATO (2007, p. 03) destaca: A criança e o adolescente passam a


maior parte do tempo na escola. Os educadores podem perceber, sem maiores
esforços, sinais e graus de vitimização no aluno.

Os profissionais da educação precisam ser capacitados para proteger as


vítimas de violência doméstica, colaborando para o cumprimento do Estatuto
da Criança e adolescente (ECA)

A Lei n. 8.069 (1990), artigo 245, diz:

Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de


atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de
comunicar à autoridade competente os casos de que tenha
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos
contra criança ou adolescente: Pena – multa de três a vinte salários
de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
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Quando os educadores possuem a preparação adequada e são


devidamente capacitados aumentam as chances de reconhecer as mudanças
que as crianças apresentam.

Segundo a pesquisa realizada por VAGOSTELLO (2006 p. 87):

A violência doméstica nessas escolas é tratada da mesma forma


como são resolvidos os problemas escolares, por meio da
convocação e da orientação dos pais, o que indica que os
profissionais da educação além de não estarem preparados para
abordar adequadamente essa questão, podem estar colocando em
risco seus alunos.

Diante de casos de violência o professor deve se aproximar da família,


conversar com o aluno a fim de abstrair o maior número possível de
informações relevantes para entender o que está acontecendo. Diante da
constatação ou da simples suspeita de violência, deve comunicar a equipe
pedagógica que dará prosseguimento a investigação, comunicando o conselho
tutelar, sem jamais esquecer-se de manter em sigilo a identidade da vítima.

... professores e professoras deste nosso Brasil brasileiro, lembrai-vos


que muito mais do que “transmissores de conhecimento”, precisamos
ser educadores! E o educador é aquele que conhece, que acolhe que
compreende que é sensível e solidário. Que ama! Que protege, que
respeita, que ajuda a crescer que acima de tudo acredita na palavra
da criança e tudo isso é indispensável para que o professor perceba
uma situação de violência vivida pelo educando na família ou na
comunidade e, a partir daí , possa agir com determinação para
protegê-lo e ampará-lo. ALBERTON (2005, p. 101-102).

Na instituição escolar é onde a criança cria vínculos com os professores


e colegas de classe. Esse ambiente, então, se torna propÍcio para detectar se a
criança vem sofrendo algum tipo de violência. Uma grande parte do número de
vítimas não fala abertamente sobre o que vem acontecendo. Entretanto
mostram sinais, é nesse momento que o profissional deve estar qualificado e
preparado para abordar da melhor forma o assunto, conduzindo de modo que
não constranja e não coloque em risco a segurança do aluno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Infelizmente, a rotina de violência que acontecem nos lares se repete


desde os primórdios da humanidade. Além de ser uma atitude covarde e
inaceitável, torna-se ainda pior quando o explorado, o abusado, o humilhado é
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um individuo incapaz de se defender, se voz, frágil, como é o caso de crianças


e adolescentes. Sexual, laboral, psicológica, física, são algumas das formas
pelas quais a violência infantil e adolescente se manifesta.

Os educadores e profissionais da educação, de maneira geral, precisam


estar capacitados e ter o apoio da equipe multidisciplinar para lidarem com os
casos de violência doméstica. Toda a tomada de decisão deve ser rápida e,
acima de tudo, com cuidado devido para resguardar direitos, como por
exemplo, do anonimato, a fim de defender a honra, dignidade para evitar o
constrangimento das vitimas.

Diante dessa problemática torna-se fundamental que as instituições


públicas de defesa das crianças e adolescentes, de ensino e a sociedade civil
organizada procurem integrar seus trabalhos, tecendo uma rede capaz de
proteger estas crianças para, na impossibilidade de extinguir o problema, ao
menos diminuir a cada ano as estatísticas.

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