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1' 1 framos@uc.pt
Resumo
As interacções entre alimentos e medicamentos ocorrem com alguma frequência e é na população idosa que
mais repetidamente acontecem. Os idosos sofrem alterações fisiológicas relacionadas com a idade que podem
influenciar a farrnacocinética dos fánnacos desde a absorção até à eliminação passando pelas etapas de distri-
buição e de metabolização. Além disso as múltiplas doenças crônicas que muitas vezes apresentam, a polifar-
rnácia a que estão sujeitos e o estado de má nutrição em que frequenternente se encontram, tornan1-nos tuun
grupo predisposto para a ocorrência deste tipo de interacções. O estado nutricional é fundamental na resposta
a urna terapia farmacológica e consequcntementc tem um forte impacto na qualidade de vida do idoso. Assim,
no presente artigo, são breven1ente descritas algutnas interacçóes entre rnedicarnentos e alirnentos, corrente-
mente utilizados por idosos.
interacções entre medicamentos e alimentos devido promovendo a sua maior eficácia e eficiência. É neste
às diversas doenças crônicas e cumulativas que apre- sentido que o conhecimento das interacções entre ali-
sentam, à elevada utilização de medicamentos e ao mentos e medicamentos se destaca pois a adequação
estado de má nutrição em que muitas vezes se encon- da dieta à terapêutica farmacológica é fundamental
tram. para este objectivo de racionalização.
As terapêuticas medicamentosas instituídas nos ido-
sos visam não só tratar a doença mas também manter
2. A população idosa- breves notas
a independência e a qualidade de vida. Porém, facil-
mente os idosos se encontram numa situação de po- A Organização Mundial de Saúde classifica como
lifarmácia, definida como a toma diária de cinco ou idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em
mais medicamentos por um indivíduoi'i. A maioria '
países desenvolvidos e com mais de 60 em países em
dos estudos realizados na comunidade idosa sugere
desenvolvimento. Em Portugal, a esperança média de
que estes utilizam entre 2 a 6 medicamentos prescri-
vida é de 75,80 anos para os homens, de 81,80 para
tos por médicos e entre 1 a 3 medicamentos não su-
as mulheres e de 78,88 para ambos os sexosl61. Numa
jeitos a receita médica151.
sociedade cada vez mais envelhecida e onde a espe-
As interacções entre alimentos e medicamentos
rança média de vida tem tendência a aumentar, as in-
devem ser bem conhecidas não só pelos profissionais
teracções entre alimentos e medicamentos revelam-se
de saúde como também pelos próprios doentes, com
de extrema importância nesta faixa etária.
vista a garantir a eficácia terapêutica dos fármacos e
Os idosos apresentam alterações fisiológicas canse-
a prevenir a ocorrência dessas tnesmas interacçóes.
quentes do envelhecimento (Tabela 1), são polime-
No entanto, muitos idosos manifestam problemas de
dicados e muitas vezes têm carências nutricionais. A
adesão à terapêutica e grandes dificuldades em gerir
prescrição de uma medicação ou o aconselhamento de
toda a sua medicação. É aqui que o Farmacêutico en-
um medicamento de venda livre são actos de grande
contra um espaço óptimo de intervenção. As interac-
responsabilidade e devem ser específicos para a pessoa
ções entre alimentos-medicamentos nos idosos têm
a que se destinam. Quando em causa está um cidadão
grande aplicabilidade na Farmácia Comunitária por-
com mais de 65 anos de idade, impõe-se a necessida-
que o Farmacêutico aconselha na cedência de medi-
de de conhecer as alterações fisiológicas decorrentes
cação, dá informações específicas quanto à posologia,
interacções e possíveis reacções adversas que possam da idade, toda a medicação que está a ser feita pela
surgir e tem tempo e espaço apropriado para dialogar pessoa, bem como as doenças que apresente.
e esclarecer as dúvidas dos idosos, maiores frequenta- A confusão mental, a dificuldade em compreender
-Alteração da dentição
Boca
- Dificuldades em engolir
lização diminui quando se ingerem conjuntamente Os alimentos podem ser responsáveis por alterações
alimentos capazes de inibir enzimas responsáveis pela brmacocinéticas e farmacodinâmicas dos Hrmacos,
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sendo estas alterações intensificadas nun1 organistno quando adtninistrados con1 alirnentos, pcnnancccn1
debilitado pela idade. tnais tempo no tracto gastrointestinal o que pennite
As interacçóes farmacocinéticas ocorrem por In- uma maior solubilização do Hrmaco no estômago,
terferência dos alimentos nos processos de absorção, antes de passar para o intestino. A hidroclorotiazida,
distribuição, metabolismo e eliminação dos fármacos por exemplo, se administrada com alimentos gordos,
e são mais frequentes do que as interacções farmaco- permanece tnais ternpo em contacto con1 a superfície
dinâmicas. absorvente, aumentando a sua solubilidadclli
A absorção de um fármaco é um processo complexo Após serem absorvidos, os fármacos são transportados
pois depende das condições fisiológicas e bioquímicas e distribuídos pelos seus locais de acção. A biodistri-
do organismo e depende também das características buição nos idosos é condicionada pela diminuição da
físico-químicas do medicamcntol'i. O aumento do massa muscular, pelo aumento da massa gorda, pela
pH gástrico, a diminuição do fluxo sanguíneo gas- perda de água corporal e pelo estado de desnutrição
trointestinal e a alteração do tempo de esvaziamento que frequentemente apresentam c que é responsável
gástrico são alterações fisiológicas que influenciam o por situações de hipoproteinémia1 91. Uma vez que
processo de absorção e condicionam as etapas sub- a fracção livre dos fármacos é a que exerce o efeito
sequentes do percurso farmacocinético do fármaco. farmacológico mais pronunciado, a hipoproteinémia
A ingestão de alimentos estimula a produção de se- traduz-se num aumento da fracção livre e no risco
creções gástricas e intestinais que tnuitas vezes possi- de ocorrerern fenón1enos tóxicos com administrações
bilitam a dissolução do fármaco c facilitam a sua ab- de doses normais de Hrmacos. A administração con-
sorçãoiHJ. Porétn, os alirnentos podctn tatnbétn actuar comitante de alimentos e Hrmacos pode, por outro
como uma barreira física que impede a dissolução do lado, conduzir ao deslocamento do fármaco por um
fármaco e o seu acesso à n1ucosa do tracto gastrointes- nutriente, da sua ligação às proteínas plastnáticas,
tinal191, sendo tatnbén1 responsáveis pela ocorrência uma vez rnais aun1cntando a fracção livre de f.-ínnaco.
de fenômenos de quelação c adsorção que dificultam A varfarina é um exemplo de fánnaco que circula no
o processo de absorção de Hrmacos e, por consequên- organismo ligado às proteínas plasmáticas mas cuja
cia, a sua biodisponibilidade. Este tipo de interacções actividade depende da fracção livre de fármaco pelo
é ainda mais pronunciado com formulações orais de que, um estado de hipoproteinémia pode potenciar o
libertação moditlcada 191. seu efeito anticoagulante.
I'ármacos com elevada solubilidade e permeabilida- As principais rcacçõcs químicas nos processos de
de têm como único f.~ctor limitativo da absorção o metabolização de Hrmacos e nutrientes podem ser
tetnpo de esvaziarnento g~lstrico. Portanto, a sua ad- classificadas em reacções de fase I, que incluem as
Ininistraçáo cotn alitnentos resulta 1111111 atunento reacções de oxidação, redução e hidrólise, e em re-
desse tempo de esvaziatnento gástrico con1 canse- acções de bsc II também conhecidas por reacções de
quente atraso na chegada do fármaco ao seu lugar de conjugaçãoi 11 1. Na metabolização de fármacos estão
absorçãol' 0 ] É o caso de detenninados anti-inflama- envolvidas as enzimas do complexo citocromo P 450
tórios não esteróides como o diclofenac ou analgési- (CYP) que assumem um papel muito importante
cos como o paracetatnol. Por outro lado, fánnacos nesta f.~se, não só pela quantidade de reacções que
com baixa solubilidade e elevada permeabilidade, catalisam mas tan1bén1 por estarem envolvidas en1
lmeracçón entre alí111mtos e medic<llllentos no idoso i 9
muitas interacções que ocorren1 entre tnedicatnentos via renal. A quantidade de fármaco excretada pode ser
e alimentosl11. As principais enzimas no metabolis- influenciada por alimentos que alcalinizam ou acidi-
mo de fármacos são as CYP3A4, CYP2D6, CYP2C, ficam a urina e assim condicionar a reabsorção tubu-
CYPJA2 e CYP2EJI 11l. Estas enzimas podem ser in- lar e, consequentemente, a excreção de determinados
duzidas ou inibidas por nutrientes sendo que no caso ácidos e bases fracas. Para além desta situação, podem
de indução ocorre nnütas vezes um autnento no me- também ocorrer interacções ao nível do transporte
tabolismo dos fármacos que pode conduzir à perda de activo de fármacos eliminados por secreção tubular,
eficácia do tnesmo, ou ao seu aumento, no caso de se por competição dos alimentos e dos fármacos pelos
tratar de um pró-fármaco. Em situações de inibição mesmos transportadores.
pode aumentar a concentração plasmática do !arma- A carne de aves, o peixe e as uvas são exemplo de
co, com possível risco de toxicidade para o doente. alimentos que acidificam a urina enquanto o leite,
Nos idosos, o metabolismo dos fármacos é afectado manteiga e frutos (excepto uvas) são responsáveis pela
pela diminuição do tamanho do fígado (principal sua alcalinizaçãof 101.
órgão de metabolização) na ordem dos 20-30%, bem Com o envelhecimento verifica-se uma diminuição
como do sistema enzimático e do fluxo sanguíneo he- da quantidade de nefrónios funcionais e também
páticos de aproximadamente 20-40%1 11 1. um decréscimo da taxa de filtração glomerular, o que
Os constituintes do sumo de toranja podem for- condiciona o processo de eliminação de fármacos.
mar complexos estáveis com a CYP3A4 conduzin- As interacções farmacodinâmicas são menos fre-
do a uma inactivação desta enzima nos enterócitos e quentes e acontecem quando o efeito do fármaco é
consequentemente a uma inibição não reversível do alterado pela presença de alimentos, ou dos seus nu-
metabolismo de vários fármacos, incluindo, entre ou- trientes. As interacções podem ser aditivas se o ali-
tros, a ciclosporina,l 121a atorvastatina e a sertralinal 81. mento potencia o efeito do fármaco ou antagônicas
Por outro lado, alguns estudos demonstraram que a se o efeito fica reduzido, ficando em causa a eficácia
confecção de alimentos na brasa origina múltiplos terapêutica pretendida com o fármaco.
tipos de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos Um exemplo de interacçáo farmacodinâmica aditiva
(PAHs) e de aminas aromáticas (HAs), em conse- verifica-se com a administração concomitante de fár-
quência de uma combustão incompleta. Estes com- macos que são depressores ao nível do sistema nervo-
postos são potentes indutores das enzimas CYPIAI so central (SNC) com o álcool, também com activi-
e JA21 1'i o que se traduz numa aceleração enzimáti- dade depressora.
com a mesma quantidade de carne cozida no vapor, A varfarina é um anticoagulante oral indicado para
induz a actividade CYP lA I e 1A2 dependente no profilaxia e tratamento de afecções tromboembóli-
intestino, din1inuindo, consequenten1ente, a concen- cas1131. Alguns estudos realizados com idosos revelam
1
tração plasmática da fenacetina em 75%1 1. que estes são mais sensíveis à acção e aos efeitos adver-
A eliminação de fármacos ocorre principalmente pela sos deste anticoagulante do que os jovens e adultos,
1O l Aaa FtiTIIItlCêutira l'ortugues,z H· \'o!. 1 N." I
pelo que geralmente necessitam de ajuste posológico, licos. Outros alimentos ricos em vitamina K como os
no sentido de uma menor dose, para alcançarem tem- bróculos e chá verde são consumidos ao longo de todo
pos de protrombina normalizados (entre 11 a 14,6 o ano, com tnais outnenos frequência, e são tan1bén1
segundos). A utilização de varfarina em idosos requer passíveis de causar interacçóes com a varfarina, se in-
especial atenção pela necessidade de um controlo ri- geridos em doses elevadas. Na tabela 2 apresenta-se o
goroso destes tempos de protrombina através de aná- teor em vitamina K de alguns alimentos.
lises da Relação Internacional Normalizada (INR) e
também pelo maior risco de quedas e consequentes Tabela2- Teores em vitamina Kde alguns alimentos.
hemorragias1 141.
A varfarina interage com vários medicamentos e com vitamina K
Alimento
(mg/100 g)
diversos alimentos, em particular com os alimentos
Chá verde 1,60
ricos em vitamina K que antagonizam a acção deste
Espinafres 0,40
fánnaco. A vitamina K é um co-factor da síntese do
ácido y-carboxiglutâmico, necessário à activação dos Bróculos 0,27
no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS1' 5i, Al- administrado juntamente com alimentos, estes con-
guns estudos têm revelado que a terapêutica a longo dicionam o contacto do fármaco com a superfície
prazo com metformina pode ser responsável pela má da mucosa gastrointestinal com elevada redução na
absorção da Vitamina Bl2, sendo este défice assinto- velocidade de absorção, na quantidade total de fár-
mático, na maioria dos casosl71. Várias hipóteses expli- maco absorvida e consequentemente na biodisponi-
cativas têm já sido avançadas, desde uma possível al- bilidade do mesmolll. Deste modo, a administração
teração da motilidade intestinal, um efeito directo ao da furosemida deve ser feita trinta minutos antes ou
nível da absorção, um supercrescimento bacteriano duas horas após as refeições para evitar uma redução
ou alterações na absorção do factor intrínseco B12. na sua biodisponibilidade e manter o efeito diurético
A absorção de vitamina B 12 requer a secreção, pelas pretendido.
células estomacais, de uma glicoproteína, conheci-
3.2.4. Medicamentos anti-infecciosos
da como factor intrínseco, juntamente com o ácido
fólico (substância encontrada em todas as verduras Apesar da terapêutica com anti-infecciosos não ser
escuras, hortaliças em geral, oleaginosas, nos cereais utna terapêutica crónica e portanto não ter os riscos
integrais e algumas frutas). O complexo Bl2-factor de interacção como as terapêuticas prolongadas no
intrínseco é então absorvido no íleo, na presença de tempo, importa que seja uma terapêutica eficaz uma
cálcio171. Baseado nesta última hipótese explicativa, vez que os idosos apresentam uma diminuição da
a ingestão de cálcio pode diminuir a deficiência em imunidade celular pelo que estão mais susceptíveis a
vitamina Bl2 ou a própria administração de vitami- infecçõesl71.
na B12 pode ser solução para reverter o défice. Num A amoxicilina, por ser uma molécula lábil em meio
estudo com doentes europeus, com uma média de ácido, sofre maior degradação quando administrada
idades de 69 anos e uma duração média da toma de com alimentos devido ao atraso do esvaziamento gás-
metformina de 9 anos, que apresentavam deficiên- trico. A presença de alimentos determina o decrésci-
cia em vitamina B12, procedeu-se á administração de mo na quantidade de fármaco absorvida e da sua bio-
doses orais ou injectáveis de vitamina Bl2, até 1000 disponibilidade. Consequentemente há risco e falha
ftg, tendo-se verificado que os níveis de vitamina B12 terapêutica e possível desenvolvimento de resistência
norn1alizaratn etn 3 mesesl71. Assim, e neste caso, ve- bacteriana ao antibiótico[ll. Por este motivo, também
rifica-se que uma alimentação rica em vitamina B12 se recomenda a sua administração 30 minutos antes
pode ser aconselhada aos doentes que tomam metfor- ou duas horas depois das refeições.
n1ina. As tetraciclinas e algumas fluoroquinolonas intera-
gem com alimentos ricos em cálcio, alumínio, mag-
3.2.3. Furosemida nésio e ferro por fenômenos de quelação resultando
A furosemida é um diurético da ansa indicado na re- numa menor absorção dos fármacos, pelo que não se
moção do edema causado por insuficiência cardíaca e deve ingerir leite ou derivados durante a toma destes
13
por doenças hepáticas ou renais1 1. É o 14° princípio antibióticos, com particular gravidade quando se uti-
activo com maior número de embalagens no SNSIISJ lizam leites suplementados em cálcio[ll.
e é muito utilizado na população geriátrica duran- Por outro lado, e em sentido contrário, verifica-se que
te períodos de tempo muito prolongados. Quando o cálcio diminui o efeito nefrotóxico e ototóxico da
12 l Acttl F'tlfllltldutic,t /'ortuguna ~~ Vo/. I i V N. 0 I
gentamicina, sem interferir na sua biodisponibilida- Tabela 3- Teores em potássio de alguns alimentos.
de, pelo que é aconselhável uma dieta rica em sais
minerais, especialmente em cálcio, durante a toma Potássio
Alimento
deste fármaco. (mg/100 g*ml)
Azeitonas verdes 1500
3.2.5. Estatinas
Banana 1491
As estatinas são inibidores da 3-Hidroxi-3-Metil- Bacalhau seco 1458
-Glutaril Coenzima A redutase (HMG-CoA reduta-
Sumo de laranja 670
se) utilizadas no tratamento das disli pidémias e em
Polvo 623
particular da hipercolesterolémia.
Batata 505
A CYP3A4 é a principal enzima utilizada no metabo-
Carne de porco 363
lismo dos inibidores da HMG-CoA redutase como
Carne de vaca 263
a atorvastatina, Iovastatina, pravastatina e sinvastati-
na. O sumo de toranja contém substâncias que for- Tomate 209
tensina (JECAs) são anti-hipertensores de primeira Se administrado com refeições hiperlipídicas, ocorre
linhaP 3l. Deste grupo de fánnacos merece especial diminuição na libertação e dissolução do princípio
atenção o captopril uma vez que os alimentos redu- activo com consequente diminuição na velocidade e
zem a sua biodisponibilidade, pelo que a sua adminis- na extensão da absorçãoP 1• Aconselha-se portanto a
tração deve ocorrer fora das refeições. Por vezes este
toma de paracetamol 30 minutos antes ou 2 horas
fármaco é tomado concomitantemente com diuréti-
após as refeições.
cos poupadores de potássio e, nestas situações deve
O álcool interfere com a metabolização do paraceta-
ter-se especial cuidado com os alimentos ricos em po-
mol podendo originar fenômenos de toxicidade he-
tássio, con1o são, por exemplo, as azeitonas verdes, a
banana, o bacalhau seco, o sumo de laranja e o polvo. pática de grande gravidade, pelo que deve evitar-se a
Na tabela 3 apresenta-se o teor em potássio de alguns ingestão de álcool durante a terapêutica com parace-
alimentos. tamol.
IIJtenlc(Óf> cntr,· alime/Jto~ f nudicmnentos no idoso i 13
idosos sobre a varfarina, incluindo interacções deste [2] - AKAMINE Dirce; FILHO Michel K.; PERES Car-
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fármaco com alimentos, é efectiva na prevenção de
Current Opinion in Clinicai Nutrition and Metabolic
hemorragias e outras complicações associadas1 71.
Care 10 (2007) 304-31 O.
A ausência de prescrições médicas limitadas à medi-
[3]- McDONALD Laura; FOSTER Brian C.; AKHTAR
cação essencial e por curtos períodos, tanto quanto
Humayoun. Food and Therapeutic Product Interactions-
possível, a falta de reavaliações periódicas das tera- A Therapeutic Perspective. Journal ofPharmacy & Phar-
pêuticas e os desajustes nos regimes alimentares são maceutical Sciences, 12: 3 (2009) 367-377.
também factores que contribuem para a existência [4]- McCABE Bevcrly J. Prevcntion ofFood-Drug lntcr-
das interacções alimento-medicamento 181. actions with Special Emphasis on Older Adults. Current
14 i Act'1 Fam111d:utica f>ortttgttn,t H VO!. 1 li N." 1
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