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Coordenador Municipal de Proteção Civil

Comunicações
Eutíquio Costa
ejc@iscia.edu.pt
+351 961780225

2
1. Organização das Comunicações

2. Redes de Proteção Civil

3. Procedimentos operacionais

#CMOS

3
Objetivos

• Propocionar aos alunos os conceitos, métodos e


instrumentos essenciais da gestão operacional, exploração e
manutenção das comunicações em cenários de emergência.

• Garantir a aprendizagem de gestão das comunicações em


contexto de emergência, assegurando as competências
essenciais nesta matéria.

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2. A Organização das comunicações
QUAL O OBJETIVO?
QUE LIMITAÇÕES?
AS OPORTUNIDADES?

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OBJETIVOS

• Informar as populações e organizações


• Gestão da informação e operações
• Partilha de informação e comunicação

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LIMITAÇÕES

• Humanas;
• Tecnológicas;
• Geográficas.

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AS OPORTUNIDADES

• Maior informação e comunicação com a população em


geral;
• Maior partilha de informação/comunicação entre todos
os agentes de proteção civil;
• Planos de comunicações integrados.

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As ações comunicativas direcionadas aos vários
públicos devem ser fundamentadas e
verídicas, para que levem à credibilidade das
organizações.

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Fire 911 Audio

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A organização das comunicações em Proteção
Civil

• Receção da informação
• Informar a população
• Coordenação operacional
• Interligação

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A organização das comunicações em Proteção Civil

• Planeamento
• Sensibilização
• Operações
• Comunicações

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Mensagem

• Compreensível
• Importante
• Fiável
• Forte

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Durante um incidente, a comunicação com a
comunidade torna-se especialmente crítica.

As comunicações de emergência podem incluir


alertas e avisos; diretrizes sobre evacuação e
medidas de autoproteção.

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• Desafio
• Novas tecnologias

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3. Redes de Comunicações
O tempo não perdoa a quem não sabe trabalhar com ele. 18
Equipamentos por rádio frequência

• Rapidez nos contactos;


• Fiabilidade;
• Segurança;
• Interligação;
• Tecnologia.
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DIGITAL vs ANALÓGICO

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• Em trânsito
• Teatro de operações (Amplitude variável)
• Coordenação (Distâncias variáveis)

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• Alimentação
• Emissor/Recetor
• Sistema Radiante
• Interligação

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Equipamentos por rádio frequência

• Comunicações de emergência;
• Comunicações críticas;
• Comunicações de teatros de operações.
• SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e
Segurança de Portugal)

• REPC (Rede Estratégica de Proteção Civil)


• ROB (Rede Operacional de Bombeiros)
• RASA (Rede Alternativa do Serviço de Amador)
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DIGITAL

(2015), SIMOS-STUTTGART-GERMANY

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O SIRESP adotou o TETRA (Terrestrial Trunked Radio), uma
norma europeia de trunking digital, desenvolvida pelo
Instituto Europeu de Normalização das Telecomunicações
(ETSI), sob a égide da União Europeia.

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Trata-se de um sistema único, baseado numa só
infraestrutura de telecomunicações nacional, partilhado,
que deve assegurar a satisfação das necessidades de
comunicações das forças e serviços de emergência e de
segurança, satisfazendo a interoperabilidade entre as
diversas forças e serviços, em caso de emergência.

C3 COMANDO, CONTROLO E COMUNICAÇÕES


DL 167/2006 de 16 Agosto.

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SIRESP

• TETRA-TERRESTRIAL TRUNKED RADIO

• UHF-FM-DIGITAL

• 380-410 MHZ

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• Sistema único satisfazendo a intercomunicação
entre as diversas forças e serviços em caso de
emergência;

• Intervenientes: EP-SG/MAI, a Entidade


Operadora SIRESP e as Entidades Utilizadoras;

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TETRA é um sistema 100% digital que permite alta qualidade
de voz e serviços de dados.

Fornece tempos de estabelecimento de chamadas fast-call na


ordem dos 300 ms, um valor muito abaixo comparado com
tecnologias celulares como o GSM que demora 900 ms.

Esta propriedade é crucial para serviços de emergência.

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EFICIÊNCIA ESPECTRAL

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DIGITAL

TETRAPOL TETRA GSM


P 25 DMR 2G/3G
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40
• TMO/WAT – TRUNKING MODE OPERATION

• DMO – DIRECT MODE OPERATION

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TMO-WAT

• Ligação entre comutadores regionais;


• Estações base;

ENB 2017

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TETRA

• SISTEMA DE VOZ DIGITAL;


• DADOS;
• GEOREFERENCIAÇÃO.

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Costa, Eutíquio CDOS PORTO 2014

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TETRA

• CHAMADAS DE GRUPO;
• CHAMADAS DE EMERGÊNCIA
• CHAMADAS EM MODO PRIVADO;
• INTEROPERABILIDADE;
• SEGURANÇA.
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TMO-WAT
• ANPC NACIONAL
 PC GPC 1 NC
• ANPC DISTRITAL
 DISTRITO AV-VS
 DISTRITO OP 900 GC
• INTERENTIDADES PCIVIL (IOP)
 DISTRITO AV-VS 54 GC
• OP MUNICIPAIS
 DISTRITO AV-VS 54 GC

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ANPC-TMO

• INTERENTIDADES P CIVIL (IOP)


 DISTRITO AV-VS 54 GC

PT 3

AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL

• OP MUNICIPAIS

 DISTRITO AV-VS 54 GC
SMPC 1 PT

SMPC-BOMBEIROS

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CM-TMO

• ENTIDADE
 CM X
 CM OP X
• INTERENTIDADES
 DISTRITO AV-VS (6 GC)

• OP MUNICIPAIS
 DISTRITO AV-VS (6 GC)

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CM
REDE SIRESP

Policia
SMPC
Municipal
Terminais PM Terminais PC

POLICIA OP
SMPC P. CIVIL/IOP SMPC P. CIVIL/IOP
MUNICIPAL MUNICIPAIS
PASTA PASTA PASTA PASTA PASTA PASTA

CM PM CM PC CM PC
PT 1 SMPC 1 PT PT 1
OP 1 M GROUP M GROUP
TG TG TG TG TG TG
GRUPOS DE CONVERSAÇÃO

CM PM CM PC CM PC
PT 2 SMPC 2 PT PT 2
CORES OPERACIONAIS

OP 2 CMD CMD
TG TG TG TG TG TG

CM PC CM PC
PT 3 SMPC 3 PT PT 3
COORDENA COORDENA
TG TG TG TG TG

CM PC CM PC
AV 1 SMPC 1 AV AV 1
OP 1 OP 1
TG TG TG TG TG

CM PC CM PC
AV 2 SMPC 2 AV AV 2
OP 2 OP 2
TG TG TG TG TG

CM CM
AV 3 SMPC 3 AV AV 3
RESERVA 1 RESERVA 1
TG TG TG TG TG

CM CM
RESERVA 2 RESERVA 2
TG TG

CM CM
MONITOR MONITOR
TG TG

CM CM Eutíquio Costa
PATCH PATCH
TG TG
MODO LOCAL

• Ligação entre estação base;

• LST.

ENB 2017

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MODO DIRETO

• Sem suporte da rede;

• Simplex.

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DMO-DIRECT MODE OPERATION

MODO DIRETO

55
DMO

• ANPC NACIONAL
 DMO EURO 10
 DMO NACIONAL 2

• ANPC DISTRITAL
 DISTRITO AV-VS 6 X 18 = 108 TG´S

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REPEATER MODE OPERATION

MODO DIRETO-REPETIDOR LOCAL

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TETRA CASE SUPPORT

MODO GATEWAY OU REPEATER

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59
GATEWAY MODE OPERATION

MODO DIRETO-REDE
TMO X DMO

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Mobile Emergency Response Support

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• Alimentação (1)
• Emissor/Recetor (2)
• Sistema Radiante (3)
• Interligação (4)

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64
Consolas Móveis/Fixos Portáteis

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NUMERO DE SERIE- NUMERO DE FÁBRICA

TEI-TERMINAL EQUIPAMENT IDENTITY

ISSI-INDIVIDUAL SHORT SUBSCRIVE IDENTITY

ALIAS- RADIO USER

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ISSI-INDIVIDUAL SHORT SUBSCRIBER
IDENTITY

3 1 2 X X X X

PORTO PC CB -- CMD - PT

3 2 0 X X X X

PORTO CM

67
Sepura SRG 3500
Sepura STP 9038

68
Motorola MTH 800

Motorola MTM 5400 Motorola MTP 850 S

MOTOROLA
MTP 3250/3550
69
70
SIRESP

71
LTE

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73
VHF BANDA-ALTA

PC VALONGO

REPC
REDE ESTRATÉGICA DE PROTECÇÃO CIVIL
ANEPC estabelece critérios e normas técnicas para
a utilização pelos Corpos de Bombeiros e agentes
de Protecção Civil, das redes de radiocomunicações
de emergência na banda alta de VHF.

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• As redes de comunicações constituem um dos
pilares base de Protecção Civil;

• Considerando as frequências atribuídas pela


ANACOM à ANEPC, é importante conhecer os
procedimentos operacionais para a sua utilização;

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ANEPC é a entidade detentora da rede de
radiocomunicações de emergência na banda alta em
VHF.

152MHZ
168MHZ
173MHZ

77
Rede Estratégica de Proteção Civil

• Simplex
• Semi-dúplex
• Link

78
Rede Estratégica de Proteção Civil

Territorialmente cobre a totalidade do continente


e divide-se por 18 canais em simplex.

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• 18 Distritos
• 18 Canais em simplex.

PC SX PORTO

80
Rede Estratégica de Proteção Civil

Os 18 canais em simplex, 1 por cada distrito


instalados nas bases para interligação de agentes de
proteção civil, em caso de falha dos repetidores.

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NÍVEL DISTRITAL

CB

HOSPITAIS SMPC

REFINARIAS
CDOS CVP

AEROPORTOS PSP

GNR

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Rede Estratégica de Proteção Civil

Territorialmente cobre a totalidade do continente


e divide-se por 42 canais em semi-dúplex.

83
84
Tem acesso à rede:

• CM-SMPC
• Corpos de bombeiros
• Entidades com especial dever de cooperação
devidamente autorizadas pela ANPC.

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Aos corpos de bombeiros a REPC encontra-se
acessível só às centrais e comandos.

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NÍVEL DISTRITAL

CB

HOSPITAIS CVP

REFINARIAS
CDOS SMPC

AEROPORTOS PSP

GNR

87
A REPC encontra-se interligada por link´s que
permitem a comunicação emitida em simultâneo e
em vários canais.

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• Gestão operacional
• Interligação de agentes de proteção civil
• Reserva

90
91
VHF BANDA-ALTA

ROB BAIAO

ROB
REDE OPERACIONAL DE BOMBEIROS
ANEPC estabelece critérios e normas técnicas para
a utilização pelos Corpos de Bombeiros e agentes
de Protecção Civil, das redes de radiocomunicações
de emergência na banda alta de VHF.
Considerando as frequências atribuídas pela
ANACOM à ANEPC, é importante conhecerem os
procedimentos operacionais para a sua utilização;
ANEPC é a entidade detentora da rede de
radiocomunicações de emergência na banda alta em
VHF.

152MHZ
168MHZ
173MHZ
Subdivide-se nos seguintes canais

• Comando Distrital;
• Comando;
• Tático;
• Manobra.
Rede Operacional de Bombeiros

• Simplex
• Semi-dúplex
Rede Operacional de Bombeiros

Territorialmente cobre a totalidade do continente e


divide-se por 15 canais em simplex.
Rede Operacional de Bombeiros

• Canais comando (3)


• Canais táticos (5)
• Canais de manobra (7)
Rede Operacional de Bombeiros

Para efeitos de normalização, os pontos de trânsito


(PT), devem utilizar o canal Comando 03 ROB/
SIRESP.
Rede Operacional de Bombeiros

O canal Manobra 04 está reservado para


operações com meios aéreos.
Rede Operacional de Bombeiros

Territorialmente cobre a totalidade do continente


e divide-se por 49 canais em semi-dúplex.
Tem acesso à rede:

• Corpos de bombeiros
• Entidades com especial dever de cooperação
devidamente autorizadas pela ANEPC.
Procedimentos operacionais:

Nos TO organizados em setores, o plano de comunicações a cargo da

célula de logística ou do COS, determina que quando o nível superior

pretende estabelecer ligação com o nível inferior, passa ao nível inferior

e determina que este passe ao canal de nível superior.


• Gestão operacional.
• Reserva.
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RASA
REDE ALTERNATIVA DO SERVIÇO DE AMADOR
MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Decreto-Lei n.º 53/2009 de 2 de Março

Artigo 18.º Situações de emergência


1 — As entidades competentes podem recorrer às suas próprias estações de amador, bem como aos amadores
e às respetivas estações se e nos termos em que tal esteja definido nos sistemas nacional e regionais de
planeamento civil de emergência.
2 — Nas situações de emergência, se tal for considerado necessário pelas entidades competentes, as estações
de amador podem estabelecer ligação a estações de outros serviços de radiocomunicações, com recurso à
transmissão em frequências distintas das destinadas ao serviço de amador e ao serviço de amador por satélite.
3 — Nas situações mencionadas no número anterior o ICP -ANACOM pode, a pedido das entidades
competentes no âmbito do sistema nacional de planeamento civil de emergência, determinar a suspensão, no
todo ou em parte, da utilização das faixas de frequências atribuídas aos serviços de amador e de amador por
satélite.
4 — Em situações de emergência, bem como no caso de ocorrência ou perigo de ocorrência de acidente grave,
catástrofe ou calamidade, as estações de amador podem ser utilizadas para o envio de pedidos de socorro,
designadamente para a transmissão de mensagens relativas à salvaguarda da vida humana, devendo ser
utilizadas as faixas de frequências dos serviços de amador e de amador por satélite.

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• CNOS
• CDOS
• VCOC´S

110
111
• HF/VHF/UHF
• SSB/AM/FM
• ANALÓGICO
• DIGITAL

112
• TERRESTRE
• SATELÍTE

113
Rede de Emissores Portugueses

114
?
115
SATCOM

• SIRESP
• REPC
• ROB
• RASA
• SATCOM
ICOM PTT IRIDIUM

116
SATCOM BRIDGE

117
118
4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
DISCIPLINA-BREVIDADE-CLAREZA-PRECISÃO-SERENIDADE-

CONHECIMENTO

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121
122
• Indicativo de chamada;

• Mensagem;

• Fim da mensagem.

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A Alfa J Juliet S Sierra
B Bravo K Kilo T Tango
C Charlie L Lima U Uniform
D Delta M Mike V Victor
E Echo N November W Whiskey
F Foxtrot O Oscar X Xray
G Golf P Papa Y Yankee
H Hotel Q Quebec Z Zúlú
I India R Romeo

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• Rede livre;

• Rede dirigida;

• Capacidade de manutenção controlo.

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Planos de comunicações

• Primários

• Secundários
CMOS
INTRODUÇÃO

• Desafio
• Inovação
• Gestão Integrada
• Melhoria contínua

129
A Relevância da Gestão Integrada
O disposto no artigo 16.º-A da Lei 44/2019 de 1 de abril, Diário da República, 1.ª série
— N.º 64 — 1 de abril de 2019

Central municipal de operações de socorro

1 - Pode ser criada a nível municipal, pela câmara municipal, uma central municipal de
operações de socorro (CMOS), no âmbito do SMPC, nos municípios com mais do que um
corpo de bombeiros.
2 - Nos termos do número anterior, a CMOS, a partir da data da sua criação, substitui as
centrais de despacho de corpos de bombeiros existentes no município, bem como as das
estruturas municipais que a integrem.
3 - Os operadores da CMOS pertencem às estruturas que o integram.
4 - O funcionamento da CMOS é regulado pela câmara municipal, através do SMPC.

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Objetivos

• Implementar os sistemas de gestão integrada a nível


Municipal;
• Desenvolver um modelo conceptual para a criação das
Centrais Municipais de Operações de Socorro;
• Observação Natural/ Científica.

131
O ESTADO DA ARTE

SIMOS-STUTTGART CISEM-MADRID

132
A Relevância da Gestão Integrada

Aspetos fundamentais:

• Diminuir os tempos de resposta;


• Disponibilidade conjunta e informação integrada;
• Capacidade efetiva de resposta integrada;
• Visão única e integrada entre todos os agentes de proteção civil.

133
A Relevância da Gestão Integrada

CB
AAP

CB
CODU/CDOS
CONOR

DISPONIVEL
112

CB
CMOS DISPONIVEL

CB
DISPONIVEL

CB
OUTRA ENTIDADE
DISPONIVEL

CAPACIDADE DE MONITORIZAÇÃO EFECTIVA DO SOCORRO A NÍVEL MUNICIPAL

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GONDOMAR

• 132 Km2
• 180.000 Habitantes
• SMPC
• 5 Corpos de Bombeiros
• 1 CVP
• 2 INEM/SAE

135
ANÁLISE SWOT

ANÁLISE SWOT POSITIVOS NEGATIVOS

 Partilha de informação;
 A resistência à mudança;
INTERNOS

 Monitorização da capacidade efetiva de


 Disponibilidade para o investimento;
socorro;
 Dificuldades na adaptação inicial.
 Gestão operacional conjunta de entidades.

 Melhoria nos tempos de resposta no


socorro ao cidadão;  Sentimento de perda de poder;
EXTERNOS

 A otimização ao nível dos recursos  Ameaça à identidade dos diversos APC;


humanos / materiais / financeiros;  Necessidade de uma primeira resposta
 Uma visão integrada da atividade da exclusivamente profissional.
Proteção Civil.

136
Considerações finais

 Gestão integrada
 Fortalecer o patamar Municipal
 Novos métodos com espaço para progressão
 Maior profissionalização no setor
 Mais eficiência

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Considerações finais

Não podemos continuar a fazer as mesmas


coisas e esperar resultados diferentes…

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