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Renal/ Fleumático

A Energia aqui é fluida, latente e inercial. Como a semente que


durante o inverno aguarda o momento de brotar, a essência da água
reside na não-ação, flui por qualquer buraquinho, não tem forma
própria, conforma-se àquilo que a contém. Pode solidificar-se e virar
gelo, ou desfazer-se em vapor, recondensar e chover gotas que se
juntam aos riachos. Conduz o sal da terra para o mar, assim como
conduz metal para a madeira. Representa o fim do ciclo da vida,
quando o que já foi espera para novamente ser.

Nós também somos água, pois quase oitenta por cento do nosso
organismo são líquidos. Os rins controlam o nível de líquidos no nosso
corpo, a bexiga armazena e elimina os excessos, já os rins retém os
minerais (os metais) para que o fígado possa aproveitá-los. Através da
água nos renovamos constantemente, sangue, linfa, secreções, urina,
suor, saliva, leite da mãe, nada funciona sem água, com ela tudo flui,
nós também fluimos com ela.

Quando nos sentimos letárgicos, sem vontade e/ou determinação,


desanimados, desistindo diante da menor dificuldade, com medo da
vida e das pessoas, com frio, rosnando por qualquer coisa, cheios de
ansiedade, angústia, sensação de sufoco, como se o fluxo da vida
estivesse cercado de obstáculos e as paredes se fechassem ao nosso
redor, estamos com desequilíbrio em água.

Tem se observado a relação entre o Biotipo Renal e o Tipo de caráter


Uretral da psicanálise. A ambição é um traço de caráter, produto do
erotismo uretral. É aceito também que no desenvolvimento uretral da
libido a ideia está centrada em torno da capacidade de urinar. A
psicanálise entende que o conflito central do erotismo uretral está
relacionado com o desejo de buscar prazer erógeno resultante da
descarga excretora, bem como a satisfação narcisista obtida por conta
do controle exercido no âmbito do esfincter vesical. A satisfação então
ocorre, em contraposição a todo o fracasso que a criança
corriqueiramente experimentou até lograr o controle desse esfincter.

Não se sabe exatamente em qual momento inicial se faria a


vinculação entre o erotismo uretral e a vergonha, mas pode-se dizer
que assim como a ideia de ser comido é o medo oral específico e a
ideia de ser despojado de seus conteúdos do corpo é o medo anal
específico. A vergonha é a força específica dirigida contra as tensões
erótico-uretrais.
Observa-se no Renal uma tendência a fazer os seus relatos com certo
exagero, bem como uma propensão a teatralizar as suas vivências,
além de uma sensibilidade particularmente exacerbada. Pode ser
possuidor de uma variedade de caráter patológico conhecida como
histérico, o qual apresenta os seguintes traços básicos constituintes: a
sugestionalidade, a mitomania (tendência mórbida à mentira) e as
patologias sexuais.

A teatralidade excessiva das suas emoções frequentemente contrasta


com as grandes inibições sexuais das quais é portador, daí o
"donjuanismo" e o "messalinismo" que por vezes dissimulam nesses
indivíduos a impotência ou a frigidez.

Existe uma semelhança entre o Biotipo Renal e o Tipo Sentimento de


Jung. Quando prevalece o excesso de água, a pessoa é do Tipo
Sentimental Introvertido. O Biotipo Renal pode então ter quadro
mental estrutural na seguinte forma: Sentimento – Intuição –
Percepção – Pensamento.

Sendo considerado um homem velho em um corpo de homem ou


mulher, apresenta as seguintes características comportamentais:
enérgico, determinado, forte nas atitudes sociais, frágil afetivamente,
macho por natureza e quando desafiado nos seus conceitos, ignora.
É reservado ao sentir seu espaço invadido e a aventura sexual pode
ou não se transformar em relação estável. Por sentir a sexualidade de
forma fisiológica, sua tendência é vivenciar primeiro o sexo e depois o
romance, mas não obrigatoriamente. Pode ter vários orgasmos sem
interrupção e se tiver amante a preocupação é não deixar
transparecer. É rabugento, crítico moralista; conservador, apegado a
antigos costumes, ideias e objetos; possui espírito velho e disparates
próprios do velho.

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