CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ – PC-PA-2021___________________________PROF.
ROGÉRIO SILVA
1. REALIDADE ÉTNICA:..................................................................
No Pará a população é miscigenada, formada a partir de
índios, negros e descendentes de imigrantes asiáticos e europeus.
Na sua formação, o Pará teve um elevado número de imigrantes
portugueses, espanhóis, italianos e japoneses. Além das muitas
influências africanas e indígenas.
A composição étnica do Pará está classificada da seguinte
forma:
1. Branca: 21,6%
2. Preta: 7%
3. Amarela (de origem Oriental): 0,9 %
4. Parda: 69,9%
5. Indígena: 0,5 %
 Indígenas:
Conforme dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o
território do Pará concentra 31 etnias indígenas espalhadas em 298
povoações. Também possui comunidades negras remanescentes de
antigos quilombos.
Segundo o governo do Pará, o Estado possui cerca de 70 mil
indígenas, 58 povos e 40 línguas. Os troncos linguísticos: Karib,
Macro jê, Pano, Nheengatu, Tupi, Juruna, Munduruku, entre outras.
Os povos indígenas ocupam mais de 25% (vinte e cinco por cento)
do território paraense e estão distribuídos em torno de 77 terras
indígenas, em 52 municípios.
Os povos e comunidades com seus territórios afastados
dos centros urbanos seguem articulando a agricultura, coleta e
outras atividades com base no uso sustentável dos recursos
naturais. Esses povos, atualmente, enfrentam os grandes interesses
de madeireiros, mineradores, hidrelétricas e outros grandes
empreendimentos; povos e comunidades não contatados
(autônomos ou em isolamento voluntário), que deveriam ser
protegidos através das garantias do acesso e conservação dos
recursos naturais, dos quais dependem suas vidas.
Cada povo ou comunidade indígena do Pará têm suas
organizações próprias, sua forma de viver e de decidir sobre ela,
seja através de organizações de representações jurídicas ou não, as
mais comuns de organizações estão nos modelos de associações
comunitárias, associações de produtores, grupos, cooperativas,
conselhos e outras formas de organização indígenas, tradicionais e
não tradicionais. Na dimensão do território estadual os povos
indígenas, recentemente, criaram a Federação dos Povos Indígenas
do Pará – FEPIPA que articula o movimento indígena em defesa dos
seus direitos de forma conjunta, porém no modelo que alcance a
maior diversidade de povos possível. Com esse propósito a FEPIPA
atua em oito regiões : Altamira, Belém, Itaituba/Jacaraeacanga,
Marabá/Tucuruí, Oriximiná, Novo Progresso, Tucumã/São Félix e
Santarém.
Principais terras indígenas do Pará: Parque Nacional do
Xingu, Parque do Tumucumaque, Menkragnoti (MT/PA);
Indígenas em Belém: diferentes etnias ocupam a capital,
tais como: Juruna, Sateré-Mawé, Gavião, Munduruku, Karipuna,
Cambeba, Amanayé, Tembé, Galibi e Apalai.
Os deslocamentos de famílias ou de indivíduos indígenas
para Belém ocorrem de diversos modos e podem ser feitos
diretamente da aldeia para a cidade, ou da aldeia para uma ou mais
cidades intermediárias que se localizam entre ela e Belém.
A principal razão para a migração é a busca da educação, que
explica não apenas o deslocamento das famílias para as cidades,
como também a permanência nestas para que os filhos possam ter
acesso à educação escolar de qualidade. Em alguns casos, ainda
crianças, os índios são levados para áreas urbanas para serem
encaminhados à escola. Outras razões são a busca de emprego; o
casamento com membros da sociedade nacional; os problemas
1
familiares na aldeia e outros. (Fonte: Laura Arlene Saré Ximenes
PonteI).
- Algumas Reservas Indígenas:
 Zoé: área de 668572.9867ha, situação declarada, na cidade de
Óbidos;
 Parque do Tumucumaque: área de 3071067.8764 ha,
situação regularizada e fica na região das cidades:
Alenquer, Almeirim, Óbidos, Oriximiná e Laranjal do
Jari(AM),
 Rio Paru D´Este: área de 1195785.7917ha, Regularizada nas
cidade de Alenquer, Almeirim, Monte Alegre.
 Andirá-Marau: área de 788528 ha, regularizada, região de
Aveiro, Itaituba, Barreirinha(AM), Maués(AM), Parintins(AM);
 Munduruku com área de 2381795.7765 ha, regularizada, na
cidade de Jacareacanga
 Negros:
Estado colonizado por portugueses, negros e índios, o
Pará fechou a primeira década do século XXI com uma população
em que os negros representam a maioria, com mais de 76% do total
de habitantes, número registrado pelo Censo 2010, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, em termos percentuais o Pará tem o
maior número de negros em todo o país, e em números absolutos
ocupa a quinta posição. No entanto, mesmo sendo a maior parcela
da população, os negros ainda sofrem com o tratamento desigual. O
estudo aponta que trabalhadores negros recebem 60% menos do
que os brancos.
Nas Regiões de Integração do Pará – espaços com
semelhanças de ocupação, nível social e dinamismo econômico, nos
quais os 144 municípios formam grupos que mantém a integração
entre si, física e/ou economicamente -, os negros são maioria. A
maior proporção é observada na Região de Integração Rio Caeté
(nordeste do Estado), onde os negros totalizam mais de 82% da
população. A região com menor percentual, porém não menos
expressivo, é a do Tapajós (no oeste), com uma população negra
superior a 70%.
Rendimentos – O Censo de 2010, realizado quando o
Salário Mínimo era R$ 510,00, aponta que, em se tratando de
rendimentos, a situação do Pará é inferior à renda média nacional,
principalmente para os negros. Enquanto o rendimento médio de um
trabalhador branco, no país, é de R$ 1.019,65, no Pará a média é de
R$ 665,42. Para o trabalhador negro, a situação é ainda mais
desigual. No Brasil, a média de rendimentos é de R$ 517,44 para
esse segmento, e no Pará fica em R$ 405,24.
Ao analisar os dados conforme o gênero, o resultado é
mais preocupante. Enquanto no país a mulher branca recebe
remuneração de R$ 745,73 – valor superior até ao recebido pelo
homem negro -, a mulher negra ganha em média R$ 387,89. No
Pará, segundo o estudo, as trabalhadoras brancas recebem R$
485,69, e as negras ganham R$ 292,51.(Fernanda Graim – Idesp)
 Populações Quilombolas
O Pará é o estado brasileiro com o maior número de
comunidades quilombolas tituladas no país: 62 no total. A titulação é
o último estágio da regularização dos quilombos e implica no
reconhecimento pleno do território. A política de regularização
fundiária de quilombos está vinculada à Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
(SEPPIR) que, por sua vez, é parte do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
O processo de regularização começa com o cadastro das
famílias. Passa por um estudo de levantamento de informações e
georreferenciamento da área, desapropriação (quando há imóveis
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privados sobrepondo o território, é feita a avaliação em valores de
mercado e pagos previamente) e assinatura do título do quilombo
pelo governador. Além dessas 62 comunidades quilombolas já
tituladas, o Pará tem, ainda, quatro territórios quilombolas
parcialmente titulados.
De acordo com estimativas de Raimundo Magno, morador
da comunidade quilombola África (no município de Moju), o Pará
tem entre 50 mil a 70 mil famílias quilombolas. Contudo, não
existe uma base de dados com um perfil sociodemográfico dos
quilombolas brasileiros. Isso dificulta o acesso a informações e,
também, a elaboração de políticas públicas específicas a essas
comunidades. Segundo informações da Agência Brasil, de 2018, a
ausência da posse legal da terra gera dificuldades em áreas como o
acesso a serviços básicos de saúde, educação e transporte, bem
como rede de energia e água. Isso é um agravante nos conflitos
entre povos tradicionais, latifundiários e madeireiros, porque utilizam
os mesmos recursos das áreas em disputa.
Mesmo em situação tão delicada, o orçamento federal
destinado à regularização de terras quilombolas teve redução de
90% nos últimos 10 anos e apenas 7,2% dos processos de titulação
abertos no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária) foram concluídos em 25 anos. Essa situação mostra o
descaso público com os povos tradicionais e também os deixam
expostos à violência decorrente dos processos de disputa sobre o
território.
Segundo dados do IBGE de 2019 o Estado do Pará possui
87 territórios oficialmente delimitado nos municípios: Abaetetuba,
Acará, Alenquer, Ananindeua, Baião, Bragança, Bragre, Bujarú,
Cachoeira do Piriá, Cametá, Capitaão Poço, Colares, Concordia do
Pará, Gurupá, Igarape Açu, Inhangapi, Mocajuba, Moju (maior
concentração), Obidos, Oeiras do Pará, Oriximiná, Ourém, Porto de
Moz, Salvarterra, Santa Izabel do Pará, Santarém, São Miguel do
Guamá, Tracuateua, Viseu.
O Total de 528 comunidades quilombolas (oficialmente
delimitados, identificados por registros administrativos e
agrupamentos), com cerca de 400 mil pessoas.
- JAPONESES:
A imigração japonesa na Amazônia foi iniciada 21 anos
depois da vinda dos primeiros imigrantes do Kasato Maru, cujo
centenário foi comemorado em 18 de junho de 1908. Os primeiros
colonos vieram para Tomé-Açu* (1929), no Estado do Pará
(destacam-se os esforços de Hachiro Fukuhara (1874-1943) e Sanji
Muto (1867-1934), no Estado do Pará) e, em Maués (1930) e
Parintins (1931), no Estado do Amazonas.
2
No Pará as primeiras famílias, compostas por 189
pessoas, foram instaladas em uma colônia agrícola implantada por
uma empresa japonesa no município de Tomé-Açu. A migração ao
Pará integrava a política expansionista japonesa realizada por meio
de companhias de colonização, que compravam terra e
propiciavam a infra-estrutura para instalação de pequenos
proprietários. Até o início da Segunda Guerra Mundial, cerca de
2.104 imigrantes japoneses haviam migrado para Tomé-Açu.
Na Amazônia, a época em que foi iniciada a imigração a
economia regional era essencialmente extrativista e em estagnação,
devido à crise da borracha, que chegou a participar como terceiro
produto de exportação do País. O sucesso da colonização japonesa
decorreu do modelo baseado na introdução de recursos da
biodiversidade exógena, numa época em que era um
comportamento normal. Recursos genéticos da Amazônia eram
levados para outras partes do País e do mundo e por sua vez os
migrantes trouxeram de outros locais para a região.
A influência política das atividades produtivas introduzidas
pelos imigrantes japoneses se fez sentir na criação de legislações
específicas para os diversos produtos que passaram a ser
desenvolvidos. Estas legislações, além de estabelecerem padrões
normativos, dando vida jurídica para as atividades produtivas, fazem
parte do controle capitalista visando apropriar o excedente do
processo produtivo. A presença de descendentes de japoneses na
vida política da região amazônica se faz sentir na ocupação de
cargos de secretários de Estado, como de Agricultura, Indústria e
Comércio, deputado estadual, presidentes de estatais estaduais e
federais sediadas nos Estados, prefeitos e vereadores dos
municípios, principalmente nos locais onde se destaca a presença
de agricultores nipo-brasileiros. (adaptado Alfredo Kingo Oyama
Homma, D.S)
Os Japoneses atualmente estão muito presente na
sociedade paraense, em parceria com o Japão, o governo do Pará
desenvolve uma das mais importantes obras o estado: o BRT
Metropolitano, a linha expressa de ônibus que vai ligar Belém à
Marituba e também foi aprovada a lei do ―Dia da Imigração
Japonesa no Pará‖, instituído pela Lei 7.319, de 15 de outubro de
2009.
* O município tem a terceira maior colônia japonesa do Brasil.
2. SOCIAL: ........................................................................................
- População do Estado - estimada: 8.690.745 pessoas [2020]
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou na manhã desta quarta-feira, 28, que cerca de 8, 6 milhões
de pessoas vivem atualmente no Pará. Além disso, o Pará possui a
maior população entre os estados da Região Norte, superando o
estado do Amazonas e Rondônia.
Entre os municípios paraenses, os três maiores em
quantidade de moradores são Belém, seguido de Ananindeua, com
e Santarém. Entre estes, Belém foi o que mais teve aumento
populacional, com cerca de 7 mil pessoas a mais se comparado ao
ano anterior.
O maior crescimento de população foi registrado em São
Félix do Xingu, município do sudeste paraense, com aumento de 3%
se comparado a 2018. A cidade foi seguida por Canaã dos Carajás,
sudoeste do Estado, com crescimento de 2,9% e Ulianópolis,
sudeste, com 2,7%.
Em relação a quedas populacionais, o município de
Jacareacanga, sudoeste do Estado, teve a maior redução entre os
municípios paraenses, com população estimada em 8,2 mil pessoas,
enquanto em 2018, eram 8,2 mil moradores. Os dados representam
uma queda de -7,4% em apenas um ano de diferença.
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As estimativas da população do IBGE fornecem dados
para o Tribunal de Contas da União - TCU que distribui o Fundo de
Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE e o Fundo de
Participação dos Municípios - FPM.
Essa estimativa também influencia na quantidade de vagas
no poder legislativo para cada estado e na porcentagem de verba
repassada. A pesquisa também incorpora atualizações da divisão
político-administrativa do País, as quais influenciam em alterações
nos limites territoriais dos Municípios. (romanews.com.br/28.07.19)
Maiores populações:
1. Belém --------------------1.499.641
2. Ananindeua -------------535.547
3. Santarém ----------------306.480
4. Marabá--------------------283.542
5. Parauapebas-------------213.576.
6. Castanhal-----------------203.251
7. Abaetetuba---------------159.080.
8. Cametá-------------------139.364
9. Marituba------------------133.685
10. São Felix do Xingu----132.138
- IDH no Estado: 0,646 [2010] 24º do país. IDHM-2019: 0,698, o
pior da Região norte.
O IDH permite comparar a qualidade de vida entre os
países, levando em consideração não só aspectos econômicos,
mas também sociais, visto que não é apenas o parâmetro de riqueza
que indica o desenvolvimento de uma nação.
O cálculo do IDH tem como resultado não só um número,
mas também uma possibilidade de analisar as possíveis deficiências
em alguns setores, como a saúde e a educação. Sendo assim, é
uma forma de o governo concentrar medidas para melhoria dessas
áreas a fim de atingir melhores índices socioeconômicos.
Pesquisados pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) para elaboração do "Atlas do
Desenvolvimento Humano 2013", apenas Belém apresentou Índice
de Desenvolvimento Humano melhor que a média nacional.
3
Belém, com um índice de 0,746, é considerada um lugar
de alto desenvolvimento humano. Porém, os demais municípios do
estado tiveram avaliações bem mais baixas. Além de ter Melgaço
( 0,418,) como a cidade com desenvolvimento humano mais baixo
do país, o Pará apresenta 13 municípios entre os 50 piores do Brasil
nos quesitos avaliados pelo Pnud.
Entre 2016 e 2017, o IDHM do Brasil seguiu a tendência
de avanço e apresentou crescimento de 0,002. Dentre as 27 UFs, 6
apresentaram redução no IDHM entre os anos de 2016 e 2017. Acre
(-0,010) e Roraima (-0,006), ambos estados da macrorregião Norte,
registraram as maiores quedas no índice, respectivamente, seguidos
por Rio Grande do Norte (-0,005), São Paulo (-0,005) e Distrito
Federal (-0,004).
Além disso, Alagoas e Paraná mantiveram os valores
inalterados entre 2016 e 2017. As maiores tendências de avanços
foram observadas no Amazonas (0,017) e na Paraíba (0,013); .
Em 2018 o Brasil tinha IDHM de 0,761. 79ª posição no ranking do
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
- Mortalidade Infantil:
O Brasil volta a ter alta nas taxas de mortalidade infantil
após décadas de queda. O País não registrava crescimento desde a
década de 1990, segundo dados compilados pelo jornal Folha de
São Paulo, extraídos de relatórios do Ministério da Saúde.
E o Pará está entre os seis estados que apresentaram
juntos a maior média de mortalidade de bebês: foram 19,6 mortes a
cada mil nascidos em 2016; um aumento de 14,6% em relação a
2015, o que equivale a quase três vezes o aumento da taxa nacional
que foi de 4,8%.
Entre as principais causas do crescimento da mortalidade
infantil apontadas pela pasta estão a epidemia do vírus da zika e a
crise econômica. Os dados mostram que 20 estados brasileiros
apontaram alta na mortalidade infantil no ano de 2016.
Junto com o Pará estão, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí e
Roraima com a maior alta. Apenas Rondônia, Acre, Rio Grande do
Norte, Alagoas, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal
apresentaram redução de taxas em 2016. São Paulo ficou com a
quinta menor taxa de mortalidade infantil do país, com 11,09. Porém,
figura entre os que interromperam a tendência de queda, com alta
de 2,7% contra a redução média anual de 4,1% entre 1991 e 2015.
Desde 1990, o país apresentava queda na média anual de
4,9% na mortalidade. Nos anos 80, segundo o Instituto brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil chegou a registrar 82,8
mortes por mil nascimentos. Em 94, a taxa chegou a 37,2; e a 21,5
em 2004.
Em 2015 e 2016 houve uma alta de 12% nas mortes de
menores de cinco anos por diarréia, passando de 532 para 597. O
Centro Oeste, Norte e Nordeste foram às regiões que se destacam:
48%, 25% e 8% de crescimento, respectivamente. Juntas, elas
correspondem por 74% das mortes.
Mais uma vez a crise econômica pode estar relacionada à
elevação da taxa, tendo em vista que essas causas estão muito
ligadas aos determinantes sociais. A redução de emprego e de
renda em geral podem ter contribuído para o aumento de casos de
doenças. Em 2017 houve redução com taxa de 15,40.
- Educação:
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é
um indicador de qualidade do ensino fundamental e do ensino
médio. Foi criado em 2005 pelo MEC, que o divulga, desde então, a
cada dois anos.
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) divulga o Ideb de cada escola, município e
estado. Além de calcular as médias, o órgão detalha o desempenho
das redes municipais, estaduais, públicas e privadas.
Os índices são sempre calculados em três etapas da
educação básica:
 anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano);
 anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano);
 ensino médio.
Das séries iniciais do 1º ao 5º ano, o Pará recebeu a nota
5, o que deixou o estado acima da média nacional estabelecida para
2019, que era de 4,7. Já nos anos finais, que compreende do 9º do
fundamental, o Pará foi, entre todos os estados da federação, o que
mais cresceu, entre 2017 e 2019;
O Pará registrou 3,4 no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) 2019 do ensino médio, sendo que meta
era de 4,4. No ranking nacional, o estado fica na 26ª posição, atrás
somente do Amapá, que teve Ideb de 3,4 e cuja meta era de 4,5.
Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Educação
(MEC), o Pará não atinge a meta do ensino médio desde 2009, mas
teve crescimento em relação a 2017.
O índice considera a aprovação de alunos e desempenho
nas provas de matemática e português. Em todo o País, o ensino
médio não atinge nível esperado de qualidade desde 2013. No
ensino fundamental, o Brasil atingiu as metas nas séries iniciais,
mas falhou nos anos finais.
Nos anos iniciais do ensino médio no Pará, todas as
metas foram alcançadas desde 2009. O índice em 2019 foi de 4,9 e
a meta era 4,7. Já nos anos finais, a meta não é atingida desde
2007. Este ano, a etapa atingiu Ideb 4,1 bem distante da meta de
5,1.
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2018, a taxa
de analfabetismo no Pará é de 6,6% da população com mais de 15
anos que não sabem ler ou escrever, ultrapassando o limite máximo
estipulado pelo Plano Nacional de Educação (6,5%). Isso significa
que mais de 500 mil paraenses são analfabetos.
- Segurança:
TAXA DE HOMICIDIOS: 2008: 39,1; 2017:54,7; 2018; 53,2;
Taxa de Homicídios -2018: Negros: 60,0; Não Negros: 18,6
Números de homicídios: 2008: 2.860; 2018: 4.528.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
divulgou, (05.08.19), uma análise das estatísticas de homicídios em
310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Os
números são referentes a 2017 e compõe o “Atlas da Violência
– Retrato dos Municípios Brasileiros 2019”, elaborado em
parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados mostram aumento de mortes violentas nas
regiões Norte e Nordeste.
Aqui no Norte, os casos se concentraram no sudeste do
Acre; no norte do Amazonas, Roraima e Acre; e no centro-sul do
Pará, onde as maiores taxas de homicídios se concentram no
município de Altamira, com 133,7 mortes por 100 mil habitantes.
Com isso, Altamira, é o segundo município brasileiro com
mais mortes por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de
Maracanaú, no Ceará, onde a taxa era de 145,7 homicídios por 100
mil habitantes.
Segundo o Ipea, Altamira forma ―um cluster de territórios
com alta prevalência de violência letal, onde as taxas estimadas de
homicídios situaram-se sempre acima de 56 homicídios estimados
por 100.000 habitantes‖.
O Sudeste Paraense apresentou dois dos cinco municípios
com taxa maior que 100,0: Curionópolis (126,7) e Canaã dos
4
Carajás (114,9). Esses municípios fazem limite entre si e também
com outros que apresentam altas taxas estimadas de homicídios.
A mesorregião Metropolitana de Belém teve a maior taxa
em Benevides (106,6) e, ao seu redor, apresentou uma quantidade
significativa de municípios com uma taxa superior a 70 homicídios
por 100.000 estimados.
No Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que
conspirou a favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017,
em alguns estados, sobretudo do Norte e do Nordeste, foi a guerra
desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil
(Primeiro Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e
seus parceiros locais, que eclodiu em meados de 2016, gerando
número recorde de mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceara,
Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Em maio de 2020 foram divulgados dados pelo Monitor da
Violência apontam o Pará entre os sete estados do Brasil que
reduziram casos de homicídios, ao comparar os dois primeiros
meses dos anos de 2019 e 2020. O Pará também está entre os
quatro que mais reduziram o número de assassinatos, enquanto
Roraima registrou a maior queda nacional: 47,5%. 20 unidades da
Federação apresentaram aumento, totalizando um crescimento de
8%.
O Monitor da Violência, uma parceria entre o G1, o Núcleo
de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo) e o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública;
Trabalho integrado - O secretário de Estado de Segurança
Pública e Defesa Social, disse que no final de 2019 todos os estados
apresentaram redução, principalmente por conta do trabalho
integrado.
O trabalho integrado está sendo desenvolvido, por
exemplo, com servidores da área de Segurança Pública do Estado e
agentes dos municípios, polícias de ostensividade e judiciária, e da
Força Nacional - por meio do Projeto Em Frente Brasil, em
Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), iniciado em agosto de
2019. A partir da implantação das medidas é possível notar a
diminuição de crimes, como redução de 64% no número de
homicídios;
Há também integração no Programa Territórios pela Paz
(TerPaz), desenvolvido pelo governo estadual, que desenvolve
ações em sete bairros da Região Metropolitana de Belém,
escolhidos pelo histórico de vulnerabilidade social e alta
criminalidade. As ações enfatizam os eixos de segurança pública e
social, este último reunindo ações de educação, lazer, qualificação
profissional e geração de renda, entre outras. Os bairros
contemplados pelo TerPaz são Benguí, Cabanagem, Terra Firme,
Guamá e Jurunas, em Belém; Centro, em Marituba, e Ícui, em
Ananindeua. Nesses locais também é constatada a redução de
Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e roubos.
- Expectativa de Vida:
O indicador EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER
representa o número médio de anos que um recém-nascido poderá
viver se submetido às taxas de mortalidades observadas no ano em
análise. Para a construção desse indicador é levado em conta a
população residente e os óbitos registrados no período analisado.
Sua fórmula de cálculo é a razão entre o número de pessoas/anos
vividos a partir do nascimento e o número de sobreviventes,
conforme a Lei nº 8.327/2015.
Nesse mapa, os resultados se referem aos anos de 2013 a
2018 para o estado do Pará e 2017 a 2018, quando desagregados
por Região de Integração. O Gráfico 1 corresponde à série histórica
que vai de 2013 a 2018 e demonstra a evolução do indicador
expectativa de vida ao nascer da população paraense ao longo
desse período. Observa-se que de 2013 a 2016 ocorreu decréscimo
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no indicador e, a partir de 2016, o indicador apresentou crescimento.
Nota-se que essa variação ocorreu na média de idade de 72 anos
de expectativa de vida ao nascer, o que representa diferença de
meses de idade de um ano para o outro.
- Saneamento Básico:
O presente diagnóstico da prestação de serviços de
Saneamento Básico no Estado do Pará foi construído a partir da
análise dos indicadores ―Percentual de Domicílios com Água Geral
em Rede Geral‖, ―Percentual de Domicílios com Esgotamento
Sanitário (rede coletora e fossa séptica)‖ e ―Percentual de Domicílios
com Coleta de Lixo (direta)‖. Os dados de 2016, 2017 e 2018 foram
obtidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc) do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).
Os dados foram analisados para três áreas geográficas:
―Pará‖ (representando a totalidade do estado); Região Metropolitana
de Belém (―RMB‖) - municípios de Belém, Ananindeua, Marituba,
Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará – e ―Fora
da RMB‖‖ – demais municípios.
No estado do Pará o percentual de Domicílios com Água
Geral em Rede Geral foi de 51,44% no ano de 2016; de 50,03% em
2018. O percentual de Domicílios com Esgotamento Sanitário (rede
coletora e fossa séptica) foram de 11,50% no ano de 2016 e 15,27%
em 2018, com média de 13,08% ao ano. O percentual de Domicílios
com Coleta de Lixo (direta) foi de 75,55% no ano de 2016; 76,62%
em 2018;
“Fora da RMB” o percentual de Domicílios com Água
Geral em Rede Geral foi de 45,13% em 2018.O percentual de
Domicílios com Esgotamento Sanitário (rede coletora e fossa
séptica) foi de 5 8,25% em 2018. O percentual de Domicílios com
Coleta de Lixo 69,84% em 2018.
- Proporção de Domicílios com Acesso à internet
O quantitativo de domicílios paraenses com acesso à internet
obteve crescimento entre os anos analisados e em todos os
territórios destacados, Pará, Região Metropolitana de Belém (RMB)
e Fora da RMB. Considerando a dimensão do estado, observa-se
que 66,40% dos domicílios registraram ter acesso à internet, em
2017.
3. HISTÓRICA: ................................................................................
 Colonização e Principais Cidades:
Fora durante o período conhecido como ―União Ibérica‖
(1580-1640), no qual ocorrera a unificação das monarquias ibéricas
sob a direção da Coroa espanhola, que os luso-brasileiros fundaram
a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Após a expulsão
dos franceses de São Luís, o comandante português Alexandre de
Moura determinara que fosse realizada uma expedição militar para
ocupar as terras do rio Amazonas, chefiada por Francisco Caldeira
Castelo Branco.
Iniciada em 25 de dezembro de 1615, penetrando no rio
Pará (braço do rio Amazonas), Castelo Branco e seus companheiros
adentraram a baia de Guajará e desembarcaram em uma ponta de
terra da margem direita da baía, construíram um forte de madeira
chamado de Presépio, portanto, fundado em 12 de janeiro de 1616
a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
Após a instalação do Forte do Presépio, os portugueses
trataram de dar início à colonização da nova conquista. Oficialmente,
a primeira rua a ser aberta foi a do Norte, hoje Siqueira Mendes,
paralela à baía do Guajará, que ia daquela fortificação até a casa do
capitão-mor Bento de Maciel Parente, onde hoje se localiza a Igreja
do Carmo.
5
Em 1627, com a construção do Convento de Santo
Antônio, pelos frades da mesma ordem, que do igarapé do Una se
transferiram para ali, começou a ―conquista‖ do bairro da Campina.
Com a expansão urbanística, a cidade ficou dividida em
dois bairros: o da Cidade e o da Campina. O igarapé do Piri servia
de limite entre as duas aglomerações urbanas. Com a chegada de
colonos açorianos, em 1676, tiveram de abrir uma nova rua para
abrigá-los. Eram cerca de 234 pessoas de ambos os sexos. A rua
aberta foi chamada de São Vicente. Depois, prolongaram-na até o
Piri com o nome de Nova de Santana (é a atual Manoel Barata).
Em 1751, com a expansão para o oeste, cria-se o Estado
Colonial Português do Grão-Pará, que além da Capitania do Grão
Pará abrigará também a Capitania de São José do Rio Negro (hoje o
estado do Amazonas).
Fundação de Algumas Cidades
 BRAGANÇA (1613): foi a primeira povoação instalada no Pará
em conseqüência da ocupação militar francesa feita por La
Ravardiére, mais tarde derrotado pelos portugueses.
 VIGIA (1615): antigo aldeamentos dos índios tupinambás, surgiu
em conseqüência da ação missionária dos jesuítas.
 GURUPÁ (1623): Nasceu da ocupação militar dos holandeses,
depois expulsos pelos portugueses.
 CAMETÁ (1623): foi aldeamento indígena dos camutás e surgiu
da ação missionária dos frades capuchinhos.
 SANTARÉM (1661): pertenceu a um grupo de assentamentos
humanos com profundas raízes pré-cabralinas, em 22 de junho
de 1661 ocorreu a instalação da missão dos jesuítas na região do
Tapajós.
 MARABÁ (1913): Somente a partir de 1892 é que, de fato, o
espaço foi ocupado, mas somente em 05 abril de 1913 o
município só foi instalado formalmente.
 CASTANHAL (1932): A ocupação começou a partir do momento
em que o Governo decidiu dar início ao Projeto de construção da
ferrovia, autonomia municipal, através do Dec de 28-01-1932.
 Cabanagem:
O Brasil da primeira metade do século XIX passava por
momentos muito tensos, após a abdicação de D. Pedro Primeiro foi
instalada a Regência , Nesse período, também tivemos várias outras
revoltas no Maranhão a Balaiada, na Bahia a Sabinada e no Rio
Grande do Sul a Farroupilha.
Em Belém houve a tomada do poder pelos Cabanos
ocorreu no dia 7 de janeiro de 1835, nesse período, ainda
funcionava a regência Trina, mas, em abril de 1835, a grande
missão de sufocar o movimento caiu nas mãos do primeiro Regente
único, o Padre Antônio Feijó, que depois renunciou em setembro de
1937, outro regente assumiu o poder, Araújo Lima, o qual foi o
responsável pela derrota da revolução em 1840.
Já que o movimento foi plural socialmente,
automaticamente, suas causas e objetivos também foram diversos:
Liberdade para os escravos; Questões Sociais; Luta contra a
Regência; Eventos da Adesão do Pará e exploração secular;
Conflitos entre elites; Autoritarismo do Presidente Provincial;
Vingança pela Morte de Batista Campos;
A história do movimento e sua interpretação começaram
anos antes. Bernardo Lobo de Sousa chegou ao Grão-Pará para
tomar posse da província em 1833. Aportava acompanhado do
comandante das Armas, o tenente-coronel Joaquim José da Silva
Santiago. Chegavam a uma província tumultuada política e
financeiramente. Meses antes de sua posse, um antigo presidente,
havia sido deposto publicamente, por autoridades e tropas locais
compostas por soldados rebeldes, alistados à força na província
paraense ou fora dela.
 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ – PC-PA-2021___________________________PROF. ROGÉRIO SILVA
O ano de 1834 teve inicio dentro de uma tentativa
governamental de colocar a província em ordem fiscal e militar. Por
exemplo, lobo de Sousa soube que os comerciantes locais – a
maioria portugueses – continuavam cobrando dizimo sobre o
pescado, sendo que, desde 15 de novembro de 1831, esta
contribuição havia sido abolida. Desta feita, decretou que se
cumprisse a lei imperial, dispondo-se com os varejistas que
recebiam este imposto. Também decretou que a canoas pudesse
circular livremente pelo interior da província, pois havia tomado
ciência de que em alguns pontos colocavam-se destacamentos para
fiscalizar os transeuntes. No entanto, a medida mais polêmica de
Lobo de Sousa foi o pagamento aos soldados. Ele ordenou ao
inspetor da tesouraria que pagasse aos soldados pontualmente, de
dez em dez dias.
O inspetor informou que isto era impossível, pois a carestia
de moedas era enorme. Assustado com a alta de numerários e suas
funestas conseqüências, Lobo de Sousa requisitou ao Conselho
Provincial que o autorizasse a emitir papeis provinciais como medida
emergencial. Todos sabiam, entretanto, do pouco valor dessa
moeda, que, a cada troca de presidente provincial ou ao sabor da
Corte carioca, podia perder o valor. (adaptado: A Cabanagem: Suas
Línguas, Cores e Interpretações. Do Patriotismo a Revolução. História da Cabanagem
na Amazônia. Contando a História do Pará).
Os Governos Cabanos: 1-Felix Malcher (janeiro 1835 a
fevereiro 1835); 2-Francisco Vinagre (Março a Jun.-1835); 3-
Eduardo Angelim (Agosto de 1835 a Maio de 1836);
O monumento: representa a luta heróica da Cabanagem,
aniquilada pelas forças da reação, mas ainda de pé na memória do
nosso povo com uma inclinação acentuada, apontando para um
ponto sem fim representando o caminho da História, tendo ao meio
uma ―fratura‖, um pedaço do monumento que jaz ao chão,
representado a ruptura do processo revolucionário da cabanagem a
sua derrocada.
Mas como a cabanagem continuava viva na memória do
povo paraense, o bloco continuava subindo para o infinito. O museu-
cripta, abriga os restos mortais de B. Campos, E. Angelim, F.
Vinagre, A. Vinagre e F. Malcher.
(Adaptado de Carlos Roque História Geral de Belém e do Pará).
 República:
No dia 15 de novembro de 1889 como sabemos veio a
ocorrer a queda do Ministro Ouro Preto e da Monarquia, e agora
como ficaria o Estado do Pará? Estava preparada a queda do novo
presidente, os militares formaram uma comissão que exigiu a
renuncia do mesmo, reza a lenda que Silvino teria dito: - Só saio a
força! Mas isso não teria passado de uma pequena demonstração
de coragem, pois logo depois não agüentando as pressões do
militares, inclusive com uma iminente guerra civil, o Dr. Silvino
renunciou sob protesto. No dia 23 de novembro de 1889 forma-se o
novo governo, homens nomeados pelo novo presidente da
República Deodoro de Mendonça, eram eles: Justo chermont, para
o governo do Estado; e para 1º vice-governador Paes de carvalho,
2º; Manoel Barata e Gentil Bittencourt.
6
Chermont tomou posse a 17 de dezembro e governou por
mais de um ano, pois a 22 de janeiro de 1891 Deodoro nomeou
ministro das relações Exteriores. Como os dois primeiros vices
tinham sido eleitos senadores, Gentil Bittencourt tomou posse e
governou por cinqüenta dias.
No dia 25 de março chega um novo governador nomeado,
dessa vez o individuo era de fora do Estado, ―alienígena‖, Duarte
Huet de Bacelar. Essa nomeação logicamente não agradou a
classe política paraense.
Logo, e novamente, os militares se organizaram para dar
um golpe, liderados por Francisco Xavier da Veiga Cabral na
madrugada do dia 11 julho mobilizou-se mais de cem soldados nas
ruas da capital, levando até a banda de música, depois de alguns
tiros na casa do Monarquista Vicente Chermont (grande chefe
militar que ficaria no lugar do ‗alienígena‘), o sucesso do golpe
estava garantido.
Depois de todos esses eventos aprovou-se uma
Constituição para o Estado, incluído um artigo que determinava só
paraenses natos poderiam se eleger para governador.
No dia 24 de junho de 1891 tomou posse como primeiro
governador constitucional Lauro Sodré, de 32 anos, tendo como
seu vice Gentil Bittencourt.
Nesse momento, Sodré, realizou uma boa administração
(duradoura, 6 anos), até mesmo porque tinha recursos para isso, era
o momento da Borracha Amazônica. Principais medidas: Promoveu
a colonização da zona bragantina; triplicou a arrecadação do
Estado; contratou Emilio Goeldi e Carlos Gomes; fundou a
Academia de Belas Artes; reformou o Teatro da Paz, enfrentou com
energia a Questão do Amapá etc.
 Bela Época:
Já no final do século XIX e inicio do XX o período de apogeu
da borracha produziu em Belém, um processo de transformação,
adotando as feições urbanas de suas pretensas congêneres às
margens do Tamisa e Sena.
A capital paraense passou a ser, na época do Boom
gomífero, o porto por onde saía a maior parte da produção
amazônica da borracha para ser exportada para o exterior tanto que,
em 1906, o Pará exportou 5.259.000 libras do produto dos quais
15.000.000 de libras exportadas por toda a região. Essas condições
fizeram de Belém o maior centro cosmopolita da região: os
personagens que circulavam na cidade, revestidas de fachadas Art
Noveau trajavam-se segundo o melhor figurino do Deandy e bely-
anti e, durante o período da guerra, cumprimentavam-se quando se
cruzavam tocando as abas das cartolas, e saldando-se com um
leve, porém, enfático, Vive La France!
Belém, portanto, tornou-se sobre certos aspectos uma
capital agitada, bem mais européia que brasileira, dominando o
francesismo especialmente no aspecto intelectual, reflexo da
dependência européia na Amazônia durante o período gomífero. De
um lado, a dependência financeira e comercial da Inglaterra e, uma
relação cultural intensa pela França.
 Baratismo:
Magalhaes Barata foi empossado na Interventoria do
Estado no dia 12 de novembro de 1930, dando início ao período
mais importante do Populismo no Pará. O Decreto nº 19.398, de 11
de novembro de 1930, que estabeleceu normas para a
reorganização do Estado Brasileiro após a Revolução, no seu artigo.
11º, definia as funções dos interventores federais, atribuindo-lhes
plenos poderes, da mesma forma como havia atribuído ao Governo
Provisório. Assim como o chefe do governo provisório, os
interventores federais concentravam em suas mãos os poderes
Executivo e Legislativo.
 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ – PC-PA-2021___________________________PROF. ROGÉRIO SILVA
Em 1930, a situação financeira do Estado do Pará era
extremamente grave, pois o crescimento de suas dividas interna e
externa havia tornado-o praticamente insolvente. Tal crise traduzia-
se numa grande elevação do custo de vida, que afetava as famílias
assalariadas, agredidas principalmente, pelos constantes aumentos
de alugueis e os salários baixíssimos. Diante disso, Barata decretou
a redução de 25 % dos alugueis na faixa de 150$000 (cento e
cinqüenta mil reis) a 300%000, congelando-os pelo período de um
ano. Medida de cunho nitidamente populista, que trouxe grandes
dividendos políticos para Magalhães Barata, cuja popularidade
cresceu no seio das camadas populares paraenses, garantindo que
pessoalmente fiscalizaria a execução do decreto.
Administrativamente, Barata anulou o poder dos prefeitos,
retirando de suas alçadas os assuntos policiais, proibindo-lhes a
organização partidária e submetendo as autoridades policiais e
judiciárias que atuavam nos municípios ao governo do Estado.
O Falso moralismo também constituiu-se numa das
características do governo de Magalhães Barata. Com a justificativa
de combater o habito do alcoolismo, proibiu a venda de cachaça a
retalho, estabelecendo que a mesma só poderia ser vendida pelos
engenhos para fins industriais e farmacêuticos.
A reconstitucionalização do país, a partir de 1934,
estabeleceu uma nova ordem política que confrontava-se com a
prática até então seguida pela Interventoria de Magalhães Barata; o
autoritarismo de Barata e violências de rua levou o Supremo
Tribunal de Justiça a solicitar ao presidente da República, no dia 6
de abril de 1935, a nomeação de outro interventor, Barata foi
substituído por José Carneiro da Gama Malcher.
 Novos Rumos:
Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio uma
angustiante estagnação, da qual o Pará só saiu na década de 1960,
com o desenvolvimento de atividades agrícolas no sul do Estado. A
partir da década de 1960, mas principalmente na década de 1970, o
crescimento foi acelerando com a exploração de minérios
(principalmente na região sudeste do estado), como o ferro na Serra
dos Carajás e do ouro em Serra Pelada.
4. CULTURAL: ................................................................................
 Círio de Nazaré:
A maior celebração popular do país reúne quase dois
milhões de pessoas em festejos religiosos e profanos que tomam
conta de Belém do Pará por todo o mês de outubro. A devoção a foi
introduzida no Pará pelos jesuítas.
Segundo a tradição paraense, por volta de 1700 Plácido
José dos Santos (agricultor, caçador ou lenhador ou pescador) ao
caminhar pela mata nas proximidades da estrada do Utinga – onde
hoje é a Avenida Nazaré, em Belém –, encontrou uma pequena
imagem da Virgem de Nazaré às margens do igarapé Murutucu.
Recolheu-a e levou-a para sua humilde cabana. No dia seguinte, ao
acordar, percebeu que a imagem havia sumido. Correu então até o
local onde a encontrara e constatou que a santa havia retornado
para lá. Este fato se repetiu muitas vezes, até que, chegando ao
conhecimento do governador da época, que ordenou que a imagem
fosse levada para a capela do Palácio do Governo, onde
permaneceu durante a noite sob a guarda dos soldados. Nem a
vigilância impediu a santa de tornar a sumir e, no dia seguinte, ser
novamente encontrada às margens do igarapé, no lugar habitual.
O governador João Pereira de Caldas chamou a si a
responsabilidade de enviá-la a Portugal em 1773 para restaurara
(retornou em 1774). Em outubro do mesmo ano D. João Evangelista,
Bispo do Pará, voltou a casa de Plácido, com a finalidade de benzer
o inicio dos trabalhos da futura capela.
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Com o retorno da Imagem o Bispo convocou toda a
irmandade e fieis pra com ele em procissão transportarem a Santa
para o seu nicho, na primeira lua de outubro daquele ano. E
domingo, dia 4 de outubro, realizou-se a transladação acompanhada
pelo povo e autoridades, o próprio bispo levou a imagem
entregando-a a Plácido que recebeu de volta na capelinha.
Em 1793, no governo do capitão geral do Rio Negro e
Grão-Pará D. Francisco de Souza Coutinho determinou que
estabelecesse uma feira geral nos fins de setembro de cada ano, e
que a imagem da Santa, na véspera do primeiro dia da novena fosse
depositada na capela do Palácio do governo, a fim de ser
transferida no dia seguinte, de tarde, em uma berlinda para a norma
ermida, muitos historiadores reconhecem 8 de setembro de 1793
como o primeiro Círio. Estavam presentes o próprio capitão, o
Cabido Diocesano, os vereadores da Câmara, todos os integrantes
das Casas Civil e Militar e uma multidão de devotos, entre brancos,
indígenas e negros que se estima entre 5 e 10 mil pessoas. A partir
de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a
procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de
outubro.
 Carimbó:
Esse bem imaterial e os outros bens culturais a ele
associados incidem em diversas práticas de lazer, religiosidade,
manifestações artísticas, festas públicas e familiares, em torno de
uma das mais significativas formas de expressão musical paraense.
Tal forma de expressão manifesta-se durante todo o ano e sua
história remonta ao século XVII, na região da Amazônia que
corresponde ao atual Estado do Pará. De acordo com os registros
existentes, o Carimbó foi trazido ao Brasil por escravos africanos e
incorporou influências indígenas e ibéricas, dando origem a uma
manifestação singular, representada por grupos que se espalham
por vários municípios.
O carimbó, embora comumente concebido (conforme se
observa em recorrentes referências difusas) como gênero musical
específico, compõe-se de práticas e relações simbólicas, estéticas e
sociais que compreendem não apenas os contornos rítmicos,
estilísticos e coreográficos desta manifestação. Sendo assim,
observa-se a reprodução do carimbó também a partir de sua
dimensão festiva, na qual o caráter ritual se apresenta como
indissociável, envolvendo uma das facetas desta expressão cultural:
as festas de carimbó.
As festas de carimbó, como dito, participam do conjunto de
práticas e relações que constituem esta manifestação cultural, onde
estão presentes elementos de sociabilidade que dão suporte à
manutenção desta atividade em diversos contextos em que se
reproduz. Sua conformação celebrativa aparece principalmente nos
festejos em homenagens aos santos católicos, notadamente São
Benedito, pela sua associação à devoção de escravos negros
trazidos para a Amazônia desde o século XVIII, indicando uma
temporalidade que delineia um ciclo determinado no qual tocam,
cantam, dançam e, principalmente, ―fazem‖ o carimbó (geralmente
entre os meses de dezembro e janeiro).
Frisa-se que, sobretudo a partir de meados do século XX,
em decorrência, principalmente, de uma notória iconização desta
expressão, associada, em diferentes níveis, à sua midiatização
como gênero musical, os grupos de carimbó passaram a se
apresentar ao vivo em festivais de música e demais eventos locais e
regionais, incluindo programas de rádio da capital e adjacências.
Com isso, esses grupos passaram também a adotar nomes
específicos, tais como ―Canarinhos‖, ―Bico de Arara‖, ―Paramaú‖, etc,
apresentando-se com performances para o espetáculo e delimitando
uma separação maior entre público e artista.
 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ – PC-PA-2021___________________________PROF. ROGÉRIO SILVA
Desde então surgiram inúmeros festivais que atualmente
se inserem no universo de reprodução do carimbó, atraindo
conjuntos de várias localidades. Estes eventos são geralmente
organizados em um formato concorrencial, com a disputa entre os
grupos pelos troféus e premiações. Inseridos como parte destes
festivais, há ainda, em alguns casos, a realização de oficinas,
palestras, encontros e demais atividades voltadas para a temática
do carimbó. Dentre os mais conhecidos, destacam-se o ―Festival de
Carimbó de Marapanim‖, o ―FestRimbó‖ de Santarém Novo, o
―Folclorimbó‖ em Curuçá e o ―Carimbó-Fest‖ em Maracanã.(IPHAN)
O Carimbó foi inscrito no Livro de Registro das Formas de
Expressão, pelo Iphan, em setembro de 2014 e recebeu o título de
Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Considerado o rei do
carimbó, Augusto Gomes Rodrigues, nome de batismo do mestre
Verequete, completaria 100 anos no dia 26 de agosto de 2016. Esta
data, em Belém, é comemorado o Dia Municipal do Carimbó.
 Boi- Bumbá:
Conta-se que na Belém da segunda metade do século XIX,
o Boi-Bumbá reunia negros e escravos em um folguedo que
misturava, ao ritmo forte, a representação de um motivo
surpreendente para a época: a luta de classes dentro da sociedade
colonial. Apesar da repressão o boi tornou-se uma das mais
importantes representações da cultura local.
A estória encenada no Boi - Bumbá é quase sempre a
mesma, com pequenas alterações. Um boi foi comprado para a festa
de aniversário da esposa do fazendeiro. Quando o animal chegou, o
feitor recebeu ordem para tratá-lo bem. Ao lado dessa fazenda
morava uma família composta pelo pai Francisco, "Chico", sua
mulher Catarina, seu compadre Casumba e mãe Guiomar. Mãe
Catarina, grávida, desejava comer língua ou coração de um boi. Pai
"Chico" então resolveu procurar um. O primeiro que encontrou
matou. Só que, antes que mãe Catarina realizasse seu desejo,
apareceu o dono do boi falando que o bicho era de estimação e que
desejava seu boi vivo.
Todos saíram à procura de um pajé para ressuscitar o boi.
O pajé foi logo pedindo cachaça, defumação e tabaco. Sentou-se no
seu banco, passou cachaça nos braços, acendeu um cigarro e abriu
os trabalhos.
Assim que o boi foi ressuscitado todos cantaram e
dançaram. É aí que o animal começa a fazer investida contra as
pessoas que assistem à encenação. A composição do elenco varia
de grupo para grupo e de região para região.
A seguir alguns dos grupos de Bois-Bumbás encontrados
em Belém: Boi-Bumbá "Pai da Malhada"(fundado em 1935), Boi-
Bumbá "Caprichoso"(1947), Boi-Bumbá "Tira Fama"(1958), Boi
Malhadinho Mirim do Guamá. Um dos mais importantes
personagens ligados à história do Boi-Bumbá, morreu em 1997,
Elias Ribeiro da Silva, o "seu" Setenta, durante mais de 40 anos
zelou pela manutenção do boi em Belém.
As Quadrilhas Juninas, de origem portuguesa são
centenas em todo o Estado. Hoje, as quadrilhas são tão importantes
para a cultura, que a Prefeitura de Belém organiza um festival anual
muito concorrido, um dos eventos mais esperados da cidade. Na
capital paraense, existem cerca de 120 quadrilhas organizadas, que
cada vez mais se aprimoram em coreografias criativas.
 Marujada:
As fitas coloridas circundam o santo preto, durante o mês
de dezembro, no município de Bragança, nordeste paraense,
mobilizando a comunidade, o comércio e o turismo durante
a Marujada de São Bendito, umas das maiores festas populares da
Amazônia. O cotidiano das folias do santo, o ritmo do xote e do
retumbão, que compõem a devoção a São Benedito.
8
Fundada por um grupo de africanos escravizados do então
governo-geral do Grão-Pará e Maranhão, a Marujada tem seu
primeiro registro no ano de 1789, no período colonial, quando nasce
a Irmandade de São Benedito, festividade em 1798. A irmandade
tinha o propósito de realizar uma festa em louvor ao santo, com
música e dança nas casas da região.
Não há dramatização de qualquer feito marítimo. A
Marujada é caracterizada pela dança, cujo ritmo principal é o
retumbão. A organização e a disciplina são exercidas por uma
"capitoa" e uma "sub-capitoa". É a "capitoa" quem escolhe a sua
substituta, nomeando a "sub-capitoa", que somente assumirá o
bastão de direção por morte ou renúncia daquela.
A maruja traja saia vermelha, bem rodada, blusa de
cambraia branca bordada e, sobre esta, uma faixa larga de fita
vermelha de gorgorão, com uma grande rosa do mesmo material. A
parte mais vistosa é o chapéu. Este, é de palha, forrado de tecido
branco, com uma espécie de armação de arame onde ficam as
flores feitas de penas de pato, brancas. Essas flores cobrem
inteiramente o chapéu, com abas que pendem fitas largas, de cores
diversas, bem compridas. A ―Capitoa‖, sempre a mais velha do
grupo, carrega na mão um bastão dourado, o símbolo da sua
autoridade. Homens e mulheres dançam sempre descalços. Os
homens, músicos e acompanhantes, são dirigidos por um capitão.
Eles se apresentam de calça e camisa brancas ou de cor, chapéu de
folha de carnaúba revestido de pano, sendo a aba virada de um dos
lados.
Depois de quase 220 edições da Marujada, em 2009, a
festa foi declarada patrimônio cultural e artístico do Pará. As
comemorações começam em 18 de dezembro e vão até 26 do
mesmo mês.
5. POLÍTICA: ...................................................................................
 Principais Governadores do Pará:
1. Justo Chermont: início da República
2. Lauro Sodré (1891-97): Eleito pelo congresso.
3. Paes de Carvalho;
4. Lauro Sodré (1917-21): Eleito pela Assemb. Legislativa.
5. Eurico Vale: 1929 – 1930;
6. Magalhães Barata (1930-35) Interventor nomeado por Vargas.
7. Magalhães Barata (1943-45): Interventor nomeado.
8. Zacarias de Assumpção (1945): Interventor nomeado.
9. Luís de Moura Carvalho (1947-50): eleito p voto popular.
10. Magalhães Barata (1956-59): eleito pelo voto popular.
11. Luís de Moura Carvalho (1959-61): Vice governador.
12. Aurélio do Carmo (1961-64);
13. Alacid Nunes (1966-71): eleito pelo voto popular.
14. Alacid Nunes (1979-83): eleito pelo colégio eleitoral.
15. Jader Barbalho (1983-87): eleito pelo voto popular.
16. Hélio Gueiros:
17. Jader Barbalho (1991-94)
18. Almir Gabriel
19. Simão Jatene: (2003-07)
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20. Ana Julia Carepa devem assumir o cargo a partir de janeiro 2021. Com a definição,
21. Simão Jatene. (2011-19) suplentes ocupam as vagas dos prefeitos eleitos.
22. Helder Barbalho Segundo o Poder Legislativo Estadual, Dr. Daniel e Renato, atuais
No primeiro turno em 2018 existiam cinco candidatos ao presidente e 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa do Pará
governo estadual, Cleber Rabelo PSTU, Fernando Carneiro PSOL, (Alepa), respectivamente, precisam renunciar aos cargos até o dia
Paulo Rocha PT, Márcio Miranda DEM e Helder Barbalho MDB. 31 de dezembro de 2020. Após a renúncia, os suplentes devem
Helder Barbalho venceu o segundo turno na disputa ao assumir a partir de janeiro.
governo do Pará, com 55,43% dos votos válidos. O candidato do O primeiro suplente da coligação do deputado Dr. Daniel é
MDB deixou para trás Márcio Miranda, do DEM, com 44,57% dos o vereador Adriano Coelho (PDT). O vereador não tentou reeleição.
votos. Com as eleições do dia 15 de novembro, a transferência de Adriano
Helder foi duas vezes ministro no governo Dilma e uma no para a Alepa não altera a futura composição da Câmara Municipal
governo Temer, dirigindo as pastas da Pesca e Aquicultura, a de Belém.
Secretaria Nacional dos Portos e da Integração Nacional. Antes O primeiro suplente do partido de Ogawa, do PL, é José
disso, ele foi duas vezes vereador e prefeito de Ananindeua, no Maria Tapajós. José é o atual vice-prefeito de Santarém, na chapa
Pará. Helder já tinha sido candidato ao governo do estado em 2014, de Nélio Aguiar (DEM) e tenta se reeleger ao cargo no 2º turno, a
mas perdeu no segundo turno para Simão Jatene (PSDB). ser definido nas eleições deste domingo (29). O próximo suplente
A vitória de Barbalho marca o retorno do MDB ao governo depois de José Tapajós é Renato Paiva de Oliveira, vereador de
do estado. A última vez que o partido comandou o Pará foi de 1991 Bragança.
a 1994, na gestão de seu pai. Helder é filho e herdeiro político de Com a saída de Daniel e Ogawa da Alepa, a eleição para
Jader Barbalho (MDB), senador e ex-governador do estado. escolha da nova mesa diretora será em dezembro, mas ainda sem
dia definido. Com a renúncia do presidente e vice-presidente até 31
 Deputados Estaduais: de dezembro, a presidência da Alepa vai ser ocupada pela deputada
Nas eleições de 2018 dos 41 deputados estaduais eleitos Michele Begot (PSD), até fevereiro, quando a nova composição
no Pará, seis são do MDB (em 2020 temos algumas modificações eleita assume. (Por G1 PA — Belém 25/11/2020)
partidárias), partido do candidato a governador mais votado no 1º
turno, Helder Barbalho, que irá disputar a vaga com o candidato  DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS EM 2018:
Márcio Miranda (DEM). O mais votado, no entanto, foi Dr. Daniel Os eleitores do Pará definiram, na eleição a composição
(PSDB), eleito com 113.588 votos. Ao todo, 18 deputados foram da bancada do estado na Câmara Federal, que contará com 17
reeleitos. deputados federais, a mesma quantidade das últimas eleições. O
O segundo maior partido com representatividade na partido PSD teve o maior número de eleitos, três deputados, seguido
Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) no próximo pleito será o pelos PT, PSDB, DEM, MDB, com dois representantes cada.
PSDB, que elegeu cinco deputados, seguido pelo DEM, PT, PSD e Oito deputados foram reeleitos: Edmilson Rodrigues,
PR com três eleitos cada. A Alepa tem 23 novos nomes compondo a Elcione, Priante, Beto Faro, Cássio Andrade, Hélio Leite, Nilson
plenária. Pinto e Joaquim Passarinho.
Deputados em 2020:
Dep Alex Santiago PL Dep Ana Cunha PSDB  SENADO:
Dep Angelo Ferrari PTB Dep Antônio Tonheiro PL Os eleitores paraenses elegeram Jader Barbalho (MDB) e
Dep Bordalo PT Dep Chamonzinho MDB Zequinha Marinho (PSC) para as vagas de senadores em 2018. Eles
Dep Chicão MDB Dep Cilene Couto PSDB foram eleitos com 95,83% das urnas apuradas, às 20h50. Jader teve
19,68% do total de votos e Zequinha, 19,62% . Os dois candidatos
Dep Delegado Caveira PP Dep Del. Nilton Neves PSL
pertencem a mesma coligação.
Dep Delegado Toni Cunha PTB Dep Diana Belo DC Neste ano o eleitor escolheu dois candidatos ao Senado
Dep Dilvanda Faro PT Dep Dirceu Ten Caten PT porque o mandato é de oito anos, mas as eleições ocorrem de
Dep Dr Daniel Santos MDB Dep Dr. Galileu PSC quatro em quatro anos. Assim, a cada eleição, a Casa renova,
Dep Dr. Jaques Neves PSC Dep Dra. Heloisa DEM alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras. Neste
Dep Eliel Faustino DEM Dep Eraldo Pimenta MDB ano, 54 vagas estavam em disputa no país.
Dep Fábio Figueiras PSB Dep Fábio Freitas REP Zequinha é aliado políticio de Jader nessas eleições.
Dep Gustavo Sefer PSD Dep Hilton Aguiar DEM Atualmente é vice-governador do Pará, eleito na chapa de Simão
Dep Igor Normando PODE Dep Júnior Hage PDT Jatene (PSDB), com quem rompeu para apoiar o MDB no pleito do
Dep Luth Rebelo PSDB Dep Marinor Brito PSOL Pará. Ele também pertence à Convenção de Ministros e Igrejas
Assembleia de Deus do Estado do Pará
Dep Martinho Carmona MDB Dep Michele Begot PSD
Jader fez campanha ao lado de seu filho, candidato ao
Dep Miro Sanova PDT Dep Orlando Lobato PMN Governo do Pará, Helder Barbalho. O candidato eleito liderou as
Dep Ozório Juvenil MDB Dep Paula Gomes PSD pesquisas de intenções de votos desde o início da campanha. O
Dep Professora Nilse REP Dep Raimundo Santos PATR. senador se reelege para o cargo, de onde exerce mandato desde
Dep Renato Ogawa PL Dep Renilce Nicodemos MDB 2011. Com 100% das urnas apuradas, Jader Barbalho (MDB)
Dep Thiago Araújo CIDA Dep Victor Dias PSDB recebeu 1.383.306 votos, que correspondem a 19,74% do total.
Dep Wanderlan MDB Zequinha teve 1.374.956 votos, 19,62% do eleitorado do Pará.
*Presidente da Assembleia do Estado em 2020: Dr. Daniel. Resultado da eleição para senador do Pará:
Jader Barbalho (MDB): 19,74%; Zequinha Marinho (DEM):
 Presidente e vice-presidente da Alepa são eleitos prefeitos e 19,62%; Flexa Ribeiro (PSDB): 16,25%; Zé Geraldo (PT): 11,51%
suplentes ocupam cargos Sidney Rosa (PSB): 9,17%; Ursula Vidal (PSOL): 8,35%; Jarbas
Eleitos prefeitos de Ananindeua e Barcarena, os Vasconcelos (PV): 6,29%; Osmar Nascimento (PDT): 4,63%;
deputados estaduais Dr. Daniel Santos (MDB) e Renato Ogawa (PL) Professor Gerson Dourão (PCdoB): 1,80%; Bogo (PRP): 1,78%
 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ – PC-PA-2021___________________________PROF. ROGÉRIO SILVA 10

Benedita do Amaral (PSTU): 0,54%; Xaropinho do Povo (PPL):

0,31%; Prado Sá (PSB): 0,00% e Wlad (SD): 0,00%
 Jader Barbalho MDB: 2019-27
 Paulo Rocha PT: 2015-23
 Zequinha Marinho PSC: 2019-27