6 A 10 DE DEZEMBRO DE 2021 | EDIÇÃO 59
PESQUISA
MODALMAIS/AP EXATA
Pesquisa de tendência orientada por dados (média móvel de 5 dias)
POPULARIDADE
DO GOVERNO
A avaliação do governo pouco
se alterou ao longo da
semana, registrando apenas
pequenas mudanças decimais
em relação à semana passada,
o que demonstra uma
estabilização da imagem
negativa, mas também do
apoio à gestão. O percentual
de pessoas que avaliam o
governo como Ruim/Péssimo,
nesta sexta-feira, é de 54%.
23,5% consideram a gestão
Boa/Ótima e 22,4% avaliam
como Regular.
A blindagem eleitoral
de Bolsonaro
Nos últimos dias, Bolsonaro apresentou uma alta no índice de confiança
medido pelo sistema Hórus Político, da AP Exata, que analisa os
sentimentos referentes às publicações sobre os presidenciáveis, com
base em Inteligência Artificial. Essa tendência está se consolidando este
mês.
Apesar disso, o índice de rejeição ao governo segue em patamares acima
dos 50%. Nesse cenário, pode-se concluir que a melhora na confiança se
deu entre admiradores de Bolsonaro, que estão mais mobilizados na
defesa do PR. Na prática, isso significa uma blindagem política, uma
barreira que dificulta a corrosão do capital eleitoral de Bolsonaro.
O maior afetado nesse contexto é Sérgio Moro, que surgiu como
fenômeno eleitoral de rápida ascensão, com um discurso mais
conservador e com uma boa aceitação entre os que buscam uma terceira
via, mas ainda distante de ocupar o amplo espaço que Bolsonaro abarca
entre eleitores da Direita.
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O PR tem gerado conteúdos virais aptos ao trabalho da sua

militância nas redes, radicalizando novamente o discurso,
rechaçando novas medidas contra a Covid, voltando aos ataques
ao STF e reforçando as pautas evangélicas. Ele também está
alcançando êxito, entre seus apoiadores, na tarefa de colocar em
Moro um selo de “incompetente” e “traidor”.
Dessa forma, Bolsonaro colocou um freio na migração de votos
dele para o ex-juiz - algo que parecia iminente - e vai garantindo,
ao menos por enquanto, sua passagem para o segundo turno.
Cabe a Moro reverter isso e mostrar que teria capacidade de gerir
o país, o que requer que ele agregue outras bandeiras além da
defesa da Lava Jato e, consequentemente, do combate à
corrupção.
Lembramos que a confiança no PR começou a descer no final de
2020 quando os índices de inflação subiram de forma
acentuada, sendo superada pelos sentimentos de medo, tristeza
e, eventualmente, raiva, conforme revela o gráfico a seguir, que
mostra a variação de emoções referentes a Bolsonaro, desde o
início do governo.
Pressão sobre
Ciro Gomes
Iniciou-se um processo, via redes, para
desestimular a candidatura de Ciro
Gomes. O argumento é que Moro ocupou
o espaço da terceira via, tornando o nome
do pedetista pouco atrativo. No entanto,
ciristas reagiram fortemente a essas
especulações e o presidenciável cresceu
em menções e também em popularidade,
nesta sexta-feira. Ele chegou a 43% de
menções positivas no Twitter durante a
manhã – o maior índice entre os
presidenciáveis mais mencionados.
Ciro revela resiliência e um eleitorado fiel,
que o vê como alternativa da centro-
esquerda. No entanto, uma vez que a
esquerda tem se reunido em torno do
nome de Lula, o pedetista tem
encontrado dificuldades em expandir seu
capital político. Já pela via do Centro,
encontra em Moro seu maior obstáculo

Menções aos presidenciáveis

A semana termina com a manutenção da polarização entre
Bolsonaro e Lula e com uma disputa de visibilidade entre Sérgio
Moro e Ciro Gomes. João Dória conseguiu algum destaque, ao
entrar no tema dos passaportes de vacina. Simone Tebet, apesar
de ter lançado sua pré-candidatura, segue irrelevante entre os
internautas, bem como Rodrigo Pacheco, Cabo Daciolo e Felipe
D’Ávila, que são meros figurantes da corrida eleitoral, ao menos
nas redes.
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Orçamento Secreto
O orçamento secreto seguiu forte nas redes, com muitos pedidos
de transparência e solicitações da oposição ao governo para que
o STF tome providências para garantir que os beneficiados com
as emendas de relator fossem revelados.

Bolsonaro reagiu editando medidas que garantem mais

transparência na aplicação dos recursos, conseguindo agradar sua
base, apesar de manter o sigilo sobre o parlamentar que será
beneficiado.

A ideia de que o Congresso tem sido manipulado com esses

recursos ficou mais forte. Domina também a narrativa de que
Rodrigo Pacheco e Arthur Lira resistem à transparência porque,
além de se beneficiaram, também não querem que os
parlamentares saibam quanto os colegas receberam.

Polaridade de sentimentos: As menções positivas ao PR no

Twitter, continuam muito mais negativas do que positivas, ainda
sem conseguir romper a barreira de 40% de aprovação. No
entanto, cabe ressaltar que os picos negativos se atenuaram.
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MEtodologia
A AP Exata trabalha com uma tecnologia de análise de
sentimentos, baseada em redes neurais artificiais, e no
conceito de emoções da psicologia evolutiva.

No caso da pesquisa de popularidade do Governo, ela

também é medida por A.I., mas com base na média das
principais pesquisas brasileiras. As análises contemplam
informações geolocalizadas, em 145 cidades de todos os
estados brasileiros.

O trabalho AP Exata utiliza dados abertos, de perfis

públicos. Dados de usuários não são armazenados em
nossa base, conforme orienta a Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD).

EQUIPE MACROSALES E
RESEARCH/AP EXATA
Ronaldo
Guimarães
Sócio Diretor

José
Dezene (“Jota”)
Head of Securities Services
Direto ao Ponto modalmais
Felipe
Sichel
Estrategista-Chefe
https://t.me/modalmaisanalises
AP Exata

Sérgio Denicoli
Sócio Diretor

Mariana Pereira
Sócio Diretor

Fabiano Rodrigues
Sócio Diretor

Carla Gomes
Analista de Dados