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ABNT/CB–02

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15575–1


JUL 2012

Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

APRESENTAÇÃO

1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Desempenho de


Edificações (CE-02:136.01) do Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB–02), nas
reuniões de:

19.01.2012 02.02.2011 16.02.2011 02.03.2011 16.03.2011 06.04.2011


20.04.2011 04.05.2011 18.05.2011 01.06.2011 15.06.2011 06.07.2011
03.08.2011 24.08.2011 14.09.2011 28.09.2011 19.10.2011 26.10.2011
09.11.2011 23.11.2011 18.01.2012 01.02.2012 15.02.2012 29.02.2012
01.03.2012 13.03.2012 14.03.2012

2) Este Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior


(ABNT NBR 15575–1:2012), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma
continua em vigor;

3) Não tem valor normativo;

4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT


quando de sua publicação como Norma Brasileira.

6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

ABDI Claudio Leite


ABECE Augusto G. Pedreira de Freitas
ABILAJE Daniel de Lucas
ABIPLAR Carlos E. Mariotti
ABNT Alvaro Almeida
ABNT Claudio Guerreiro
ABNT/CB-02 Paulo Eduardo Fonseca de Campos
ABNT/CB-02 Rose de Lima
ABNT/CB-18 Inês Battagin
ABILAJE Daniel de Luccas

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ABRAFATI Gisele Bonfim


ABRAMAT Melvyn Fox
ABRAMAT Laura Marcelino

ABRAVIDRO Silvio R. B. de Carvalho


AC&D Antonio B. Cardoso
ACITAL Rafel Schmitt
ACUSTICA Schaia Akkermam
ADALUME Domingos Cordeiro
ADEMI/BA Luciano Muricy Fontes
ADEMI-DF Eduardo Almeida
ADERIS Roberto Cesar
AFEAÇO Robson C. Souza
AFEAÇO André Luis F. Silva
AFEAL Fabiola Rago Beltrame
AGESC PETRA ARQUITETURA Monserrat D. Peña
F H AIDAR ENGENHARIA Fernando Henrique Aidar
ALCOA ALUMINIO S/A Cíntia Figueiredo
ALFAGRES Celio R. de Souza
ANAMACO Rubens Morel N. Reis
ANFACER Alaís Coluchi
ANFACER Maria Luiza Salomé
ANFACER Antonio Carlos Kieling
ANICER Osinis José de Lima Jr.
ANICER Cesar V. O. Gonçalves
ANPM Ariel de Andrade
APEOP Patricia Soares Barreto
APEOP Carlos José Novaes
ASBEA Luiz Frederico Rangel
ASPACER Maria Fernanda dos Santos
ASPACER Luis Fernando
ASSOCIAÇÃO DRYWALL Carlos Roberto de Luca
ASSOCIAÇÃO DRYWALL Luiz Antonio Martins
ASTRA-SA Alexandre Miranda

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ASTRA-SA Fernando Pacheco


ASTRA-SA Lucas Padovan
ASULCER ELIANA S A Juliano Constante
ASULCER ELIANA S A Otmar Josef Muller
AUTÔNOMA Ana Maria Onone Gialaino
AUTÔNOMA Maria de Fátima Neto
AUTÔNOMO Renato Ventura
AUTÔNOMO Fernando Henrique Aidar
AUTÔNOMO Mario Newton Leme
AUTÔNOMO Paulo Grandiski
BAIRRO NOVO EMPREEND. Rodrigo V. Mattiello
BASF S/A André Luis Berioni
BETUMAT Elton de Souza Góes
BETUMAT Wanessa Nucali Vitor
BIOSPHERA Mario Coelho
BKO CONSTRUTORA Mauricio Bianchi
BKO CONSTRUTORA Loreta Falck
BLOCO BRASIL Carlos A. Tauil
BRASKEN S.A Antonio Rodolfo Jr.
BRASKEN S.A Ivan F. fontes
BRASKEN S.A Marcelo Majonos
BRASKEN S.A Rafael Segatto
BROOKFIELD INCORPORAÇÕES Rafaela Vilela Machado
BUSCHINELLI Ademilson A. Demorchi
BUSCHINELLI Vinicius L.
CAIXA Luiz Zigmantas
CAIXA Celita Fernandes
CBIC Geórgia G. Bernardes
CBIC Maria Henriqueta A. F. Alves
CCB Adriane P. de Matos
CCB Ana Paula Menegazzo
CCB André Giroto Milani
CCB Lilian Lima Dias
CCB Marcelo Dias Caridade

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CCDI Marcelo Chiasso


CCDI Lucimara Correia
CCDI Ângela Son
CECAFI Darci F. Junior
CECAFI Junior Peruane
CECRISA S/A Moacir de Souza
CECRISA Roberto Basso
CEDASA MAJOPAR Miguel Felippe
CEDASA MAJOPAR Eraldo P. da Silva
CEF CERAMICA Lucas Segalla
CERAMICA F. Juarez Barbosa
CERÂMICA BATISTELLA Fernando A. Camillo
CERAMICA PORTO FERREIRA Mateus R. Fernandes
CERAMICA PORTO FERREIRA Denilson Bonadia
CERAMICA ROCHA FORTE Adriano da Silva Moreira
CLARIS P.J. PVC Ana Paula Elias
CCDM/UFSCAR Anna Elisa Barbosa Santos
CCDM/UFSCAR Merilin C. S. Fernandes
CYRELA CONSTRUTORA Domenico Bernardes
CYRELA CONSTRUTORA Alexandre Britez
CYRELA CONSTRUTORA Maria Livia Costa
CYRELA CONSTRUTORA Luana Sato
CYRELA CONSTRUTORA Alexandre Britez
CONCIMA Fábio Ribeiro
CONCREMAT José Lepoldo
CONSTUTORA RAMBO Mário Luiz Rambo
CONSTRUTORA ÉPURA Camila T. Veneziano
CONX Yormi Estefan
CPS COLOR Wagner Sander
CTE Iara Santos
DELTA CERÂMICA Celso G. A. Franchito
DELTA CERÂMICA Bruno G.
DENVER Flávio de Camargo

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DENVER Camila C. Jacinavicius


DOCOL Plinio Z. Grisolia
DOW CORNING Luiz H. Mendes
DUPONT Ricardo Abrahão
DURATEX S.A. Anderson Patricio
DURATEX S.A Regis Romera
DURATEX S.A Eduardo Egidio Seabra
DURATEX S.A Glauco Duran
DURATEX S.A Luiz Otávio Vianna
ELIANE S/A REV. CERAMICOS Daniel Duarte
ELIANE S/A REV. CERAMICOS Mauricio César Borges
EMPRESAS RV Renato Ventura
EMBRAMACO Edmilson
EMBRAMACO João Carlos Belem
ENGELUX Claudio Salatiel
ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Mercia Bottura Barros
ETERNIT Andre L. Q. Gomes
ETERNIT Luciano R. Rocco
ETERNIT Vivyan Chaves de Araújo
EUCATEX Marcos Scarpelli
EUCATEX Rafael Ricardo
EZTEC Airton Nunes Oliveira
FALCAO BAUER Luis A. B.
FA OLIVA Gregory Lacerda
FERMAX Patricia P. Stefanini
GAFISA S.A Priscila de França Pinheiro
GAFISA S.A Cynthia B. Diezel Munhoz
GAIL GUARULHOS Amanda de A.
GAIL GUARULHOS Rodrigo de O. do Vale
GAIL GUARULHOS Roberto G. Dias
GERDAU Daniel Castro
GERDAU Fabio Domingos Pannoni
GERDAU Fernando O. Filho
GINER AUDIO José Carlos Giner

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GRUPO CERAL Claudinei Corte


GRUPO CERAL Carlos Bruno
HERVY Isabel C. Siqueira
HEXAGRAMA João de Valentin
IABR Fernando Matos
IFBQ Antonio Carlos da Costa
IFBQ Marcelo Luis
ICASA Rowilson Alves Pereira
ICASA Luciano Ribeiro
INCEPA ARTIGOS CERÂMICOS Patricia Uchida
INCEPA ARTIGOS CERÂMICOS Roberto O. Teixeira
INCEFRA Antonio Carlos Fernandes
INCOPISOS Edilson B. Falcão
INCOPISOS Luiza Martini
IAB/r Joel C. F. de Souza
IPT Ercio Thomaz
IPT Peter J. Barry
IPT Claudio Mitidieri
ISOVER Fernando Neves
INSTAL FLOOR Aleksandro Alencar
INSTITUTO FALCÃO BAUER Luis A. Borin
J. CABRAL PERÍCIAS DE ENGENHARIA Jerônimo Cabral Neto
JRPF ARQUITETURA José Roberto Pimenta Farah
JHSF Rafael de Andrade
JOÃO FORTES ENG. S/A Leila Magalhães de A. Santos
KNAUFF DO BRASIL Omair Zorzi
LANZI CERÂMICA Fabiana da Silva
LANZI CERÂMICA Arnaldo Canavesi
LEP CERAMICA Rafael Pereira da Silva
LEP CERAMICA Jovani Paulo Sousa
LEF CERÂMICA Rafael Pereira da Silva
LENC Silvia Barbosa
LENC Rita Moura Fortes
LINEART Paulo Cezar de C. Garcia

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LIVING CONSTRUTORA Sung A.


LIVING CONSTRUTORA Rodrigo Nogueira
LIVING CONSTRUTORA Marcelo Cristobal da Fontoura
LWART Carlos Bacellar
MAJOPAR CERÂMICA Eraldo da Silva
METODO Renan Morettini
METRON ACÚSTICA Krisdany Cavalcante
MG CONSULT Marco Antonio Gullo
MELNICKEVEN-POA Hugo A. F. Mogetti
MIRANDA CANTON ENGENHARIA Mário Luiz de Miranda
MZT Claudio Mazzetti
NGI Maria Angelica Covelo Silva
NGK DO BRASIL Antonio Carlos S. Prata
NGK DO BRASIL Fábio Hirari Mion
NGK DO BRASIL Rodrigo Ribeiro Rocha
OTSUKA Cristina Barros
OTSUKA CHEMICAL Francisco B.
PAREX BRASIL Thiago Alvez
PAREX BRASIL Jefferson Venhasque
PAREX BRASIL Marcio da Silva Soares
PORTOBELLO S.A Luis Morcelli
PROACUSTICA Davi Akkerman
PURATEX S. A. Regis de C. Romera
ROSSI RESIDENCIAL Erica Borges da Silva
ROSSI RESIDENCIAL Valcir Brunhari
ROCKWOOD BRASIL Marta de Albuquerque Kimura
RVE Regina Ribeiro
SAINT-GOBAIN Fernando Neves
SENAI Bianca Masumoto Costa
SENAI Tatiana C de Almeida Ferraz
SEBRAE Paulo Baciuk
SEBRAE-DF Daniel Hunson Senna
SECOVI Carlos Alberto de Moraes Borges

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SECOVI Ronaldo Sá
SIAMFESP Roney Honda Marguthi
SINAPROCIM Daniel de lucoas
SINAPROCIM Anderson Oliveira
SINCER Luis Fernando
SINCO ENGENHARIA Paulo Rogério Luongo Sanchez
SINDICERAM Angela Waterkemper Vieira
SINDUSCON-AM Maria Livia Costa
SINDUSCON-BC Mário Luiz Rambo
SINDUSCON-BA Marcos Galindo Pereira Lopes
SINDUSCON-BA Carlos Marden Passos
SINDUSCON CAXIAS Oliver Chies Viezzer
SINDUSCON-CE Aldo de Almeida da Oliveira
SINDUSCON-CE Alexandre Araújo Bertini
SINDUSCON-CE Antonio Eduardo Cabral
SINDUSCON-CE José Ramalho Torres
SINDUSCON-CE Eduardo B. Cabral
SINDUSCON-CE Aldo de Almeida da Oliveira
SINDUSCON-DF Dionyzio Klaydianos
SINDUSCON-DF Cândida Maciel
SINDUSCON-GO Renato de Sousa
SINDUSCON-MG José Maria Paula
SINDUSCON-MG Roberto Matozinhos
SINDUSCON-MT Sheila R. Marcon Mesquita
SINDUSCON-NOR MARINGÁ José Maria Soares
SINDUSCON-NORTE-PR Mariana Martins Pedrão
SINDUSCON-PR Renato C. Keinert Jr.
SINDUSCON-PR Ivanor Fantin Junior
SINDUSCON-PR Mariana Martins
SINDUSCON-PR João Carlos Perussolo
SINDUSCON-RIO Lydio Bandeira de Mello
SINDUSCON-RIO Roberto Lira
SINDUSCON-RS Gabriel Rodrigues

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SINDUSCON-SP Ricardo S. Pina


SINDUSCON-SP Sergio Watanabe
SINDUSCON-SP Carlos P. Del Mar
SOBRAC Dinara Paixão
SOBRAC Gilberto de Jesus Fuchs
TAPETES SÃO CARLOS Altair Francisco
TAPETES SÃO CARLOS Claudio Henrique Geraldo
TARKETT Aleksandro Alencar
TARKETT Wallace Ortiz
TECNISA Leandro Nakamura
TECNISA Fabio Villas Bôas (coordenador)
TECNISA Luiz H. Manetti
TECNUM Jorge Batlouni Neto
TF QUÍMICA Flavio Benozatti
TÉGULA Eduardo Tavares Carneiro
TESIS Vera Fernandes Hachich
TESIS Maíse Vasques Ribeiro
TESIS Marcelo G. Martins
TESIS Maria Cristiana Guimaraes
TIGRE Paulo Afonso Bertoldi
TRIE ARQUITETOS Paulo Segall
TRIE ARQUITETOS Lúcio Mauro Olivier
TRIUNFO / ROCHA Adriano da Silva Moreira
TRIUNFO CERÂMICA Marcio Roberto de Souza
UFSCAR Anselmo O. Boschi
ULLIAN Edvaldo Costa
UNICAMP Stelamaris Rolla Bertoli
UNIGRÉS Carlos Alberto Arthur
URBITEC Grégory Lacerda
USP João G. de A. Baring
VEKA BRASIL Rodrigo Fontana
VIBRASOM Ailton Fernandes
VIAPOL Elaneos Stonte

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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VIAPOL Marcos Storte


VIAPOL Cirene P. Tofanetto
VILLAGRES Rafael L. M. Gama
VILLAGRES Paulo C. C. Garcia
VILLAGRES Erika Buschinelli Ferri
VILLAGRES Valdinei Ap. da Silva
WEBER SAINT-GOBAN Luiz Carlos B. Junior
W TORRE Yolanda da R. Fernandes
WILSON MARCHI EGC ARQUITETURA Ricardo Hariki
YKK AP Flavio de Morais

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais


Residential buildings – Performance – Part 1: General requirements

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

Esta Norma, sob o título geral "Edificações habitacionais – Desempenho", tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This part of ABNT NBR 15575 provides the requirements and performance criteria that are applied to
residential buildings, as a whole integrated, as well as be evaluated in an isolated way for one or more
specific systems.

This part of ABNT NBR 15575 is not applicable to works in progress or to completed buildings up to the
date of entry into force of this Standard. Also, it is not applicable to repair works nor "retrofit" nor
temporary buildings.

This part of ABNT NBR 15575 is used as a procedure for performance evaluation of constructive
systems.

The requirements provided in this part of ABNT NBR 15575 (Clauses 4 to 17) are supplemented by the
requirements provided in ABNT NBR 15575-1 to ABNT NBR 15575-6.

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The electrical systems of residential buildings are part of a broader set of Standards based on ABNT
NBR 5410 and, therefore, the performance requirements for these systems are not provided in this part
of ABNT NBR 15575.

This part of ABNT NBR 15575 provides criteria for thermal, acoustic, luminous and fire safety
performance, that shall be met individually and alone by the conflicting nature itself of the measurements
criteria, e.g., acoustic performance (window closed) versus ventilation performance (open window).

Requirements applicable only for buildings up to five floors will be specified in their respective Clauses.

Introdução
Normas de desempenho são estabelecidas buscando atender aos requisitos dos usuários, que, no caso
desta Norma, referem-se a sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente dos
seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado.

O foco desta Norma está nos requisitos dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas,
quanto ao seu comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos.

A forma de estabelecimento do desempenho é comum e internacionalmente pensada por meio da


definição de requisitos (qualitativos), critérios (quantitativos ou premissas) e métodos de avaliação, os
quais sempre permitem a mensuração clara do seu atendimento.

As Normas assim elaboradas visam de um lado incentivar e balizar o desenvolvimento tecnológico e, de


outro, orientar a avaliação da eficiência técnica e econômica das inovações tecnológicas.

As Normas requeridas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou


procedimentos, buscando o atendimento aos requisitos dos usuários de forma indireta.

Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem os requisitos dos usuários em requisitos e critérios, e
são consideradas como complementares às Normas requeridas, sem substituí-las. A utilização
simultânea delas visa atender aos requisitos do usuário com soluções tecnicamente adequadas.

No caso de conflito, diferença ou divergência de critérios ou métodos entre as Normas requeridas e esta
Norma, deve-se atender a todos os critérios e métodos de todas as Normas.

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas
requeridas específicas, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o
conforto tátil e antropodinâmico dos usuários.

Todas as disposições contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõem edificações
habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que
atendam às instruções específicas do respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados em suas
respectivas seções.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em


cada parte desta Norma.

Esta parte da ABNT NBR 15575 refere–se aos requisitos dos usuários e aos requisitos gerais comuns
aos diferentes sistemas, estabelecendo as diversas interações e interferências entre estes.

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1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que aplicam–
se às edificações habitacionais, como um todo integrado, bem como serem avaliados de forma isolada
para um ou mais sistemas específicos.

1.2 Esta parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas
até a data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de
“retrofit” nem edificações provisórias.

1.3 Esta parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho
de sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575 (Seções 4 a 17) são
complementados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6.

1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de
Normas com base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas
não são estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575.

1.6 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico,
lumínico e de segurança ao fogo, que são atendidos individual e isoladamente pela própria natureza
conflitante dos critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus
desempenho de ventilação (janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados em
suas respectivas seções.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5382, Verificação de iluminância de interiores

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5413, Iluminância de interiores

ABNT NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas

ABNT NBR 5629, Execução de tirantes ancorados no terreno

ABNT NBR 5649, Reservatório de fibrocimento para água potável – Requisitos

ABNT NBR 5671:1990, Participação dos intervenientes em serviços obras de engenharia e arquitetura

ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimento

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6122, Projeto e execução de fundações

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/XX


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ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos

ABNT NBR 6479, Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 6488, Componentes de construção – Determinação da condutância e transmitância térmica


– Método da caixa quente protegida

ABNT NBR 6565, Elastômero vulcanizado – Determinação do envelhecimento acelerado em estufa

ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira

ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a quente – Verificação da
aderência do revestimento – Método de ensaio

ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a quente – Verificação
da uniformidade do revestimento – Método de ensaio

ABNT NBR 8044, Projeto geotécnico – Procedimento

ABNT NBR 8094, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina
– Método de ensaio

ABNT NBR 8096, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição ao dióxido de
enxofre – Método de ensaio

ABNT NBR 8491, Tijolo maciço de solo-cimento – Especificação

ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento

ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios

ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado

ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios

ABNT NBR 9457, Ladrilho hidraúlico – Especificação

ABNT NBR 9575, Impermeabilização – Seleção e projeto

ABNT NBR 10151, Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento

ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico – Procedimento

ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Especificação

ABNT NBR 10898, Sistema de iluminação de emergência

ABNT NBR 11173, Projeto e execução de argamassa armada – Procedimento

ABNT NBR 11682, Estabilidade de encostas

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ABNT NBR 12693, Sistemas de proteção por extintores de incêndio

ABNT NBR 12722, Discriminação de serviços para construção de edifícios – Procedimento

ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos

ABNT NBR 13434-1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto

ABNT NBR 13434-2, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores

ABNT NBR 13438, Blocos de concreto celular autoclavado – Especificação

ABNT NBR 13523, Central de gás liquefeito de petróleo – GLP

ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

ABNT NBR 13858-2, Telhas de concreto – Parte 2: Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14037:2011, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das
edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos

ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio –


Procedimento

ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações –


Procedimento

ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificação

ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto e seus acessórios – Parte 1:
Classificação e requisitos

ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da
iluminação natural em ambientes internos

ABNT NBR 15220-2:2005, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da


transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e
componentes de edificações

ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro
e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social

ABNT NBR 15220-4, Desempenho térmico de edificações – Parte 4: Medição da resistência térmica e
da condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida

ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seção circular, para cravação – Requisitos e métodos de
ensaio

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/XX


ABNT/CB–02
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15575–1
JUL 2012

ABNT NBR 15526, Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e
comerciais – Projeto e execução

ABNT NBR 15961-1, Alvenaria estrutural - blocos de concreto - parte 1 - Projeto

ABNT NBR 15961-2, Alvenaria estrutural - blocos de concreto - parte 2 - Execução e controle de obras

ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento
e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos

ISO 7726, Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities

ISO 8302, Thermal insulation – Determination of steady-state thermal resistance and related properties
– Guarded hot plate apparatus

ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service
equipment sound – Survey method

ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles and
framework

ISO 15686-2, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 2: Service life prediction
procedures

ISO 15686-3, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 3: Performance audits and
reviews

ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing

ISO 15686-6, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 6: Procedures for
considering environmental impacts

ISO 15686-7, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 7: Performance evaluation
for feedback of service life data from practice

ISO 16032, Acoustics – Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings –
Engineering method

UNE – EN 410 – 1998, Vidrio para la edificación – Determinación de las características luminosas y
solares de los acristalamientos

UNE – EN 12898, Vidrio para la edificación – Determinación de la emisividad

ANSI/ASHRAE 74, Method of Measuring Solar-Optical Properties of Materials

ASHRAE Standard 140, American Society Of Heating, Refrigerating And Airconditioning Engineers. New
ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007

ASTM C1371, Standard Test Method for Determination of Emittance of Materials Near Room
Temperature Using Portable Emissometers

ASTM C177, Standard Test Method for Steady-State Heat Flux Measurements and Thermal
Transmission Properties by Means of the Guarded-Hot-Plate Apparatus

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/XX


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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15575–1
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ASTM C351-92B, Standard Test Method for Mean Specific Heat of Thermal Insulation

ASTM C518, Standard Test Method for Steady-State Thermal Transmission Properties by Means of the
Heat Flow Meter Apparatus

ASTM E424-71, Standard Test Methods for Solar Energy Transmittance and Reflectance (Terrestrial) of
Sheet Materials

ASTM G154-06, Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV Exposure of
Nonmetallic Materials

ASTM D1413-07, Standard Test Method for Wood Preservatives by Laboratory Soil-Block Cultures

BS 7453, Guide to durability of buildings and building elements, products and components

JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter

Eurocode 2, Design of concrete structures

Eurocode 3, Design of steel structures

Eurocode 4, Design of composite steel and concrete structures

Eurocode 5, Design of timber structures

Eurocode 6, Design of mansory structures

Eurocode 9, Design of aluminium structures

3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
agente de degradação
tudo aquilo que age sobre um sistema que contribui para reduzir seu desempenho

3.2
absortância à radiação solar
quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente
sobre esta mesma superfície (ver ABNT NBR 15220-1)

3.3
capacidade térmica
quantidade de calor necessária para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em kJ/(m 2.K)
calculada conforme 4.3 da ABNT NBR 15220-2:2005

3.4
componente
unidade integrante de determinado elemento da edificação, com forma definida e destinada a atender
funções específicas (por exemplo, bloco de alvenaria, telha, folha de porta)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/XX


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3.5
condições de exposição; ações
conjunto de ações atuantes sobre a edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações
externas e ações resultantes da ocupação

3.6
construtor
pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento, de acordo
com o projeto e em condições mutuamente estabelecidas

3.7
critérios de desempenho
especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades
mensuráveis, a fim de que possam ser objetivamente determinados

3.8
custo global
custo total de uma edificação ou de seus sistemas, determinado considerando-se, além do custo inicial,
os custos de operação e manutenção ao longo da sua vida útil

3.9
desempenho
comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas

3.10
degradação
redução do desempenho devido à atuação de um ou de vários agentes de degradação

3.11
dia típico de verão
definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa
do ar, velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais quente do
ano segundo a média do período dos últimos 10 anos. A Tabela A.2 apresenta os dados para algumas
cidades

3.12
dia típico de inverno
definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa
do ar, velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais frio do ano
segundo a média do período dos últimos 10 anos. A Tabela A.3 apresenta os dados para algumas
cidades

3.13
durabilidade
capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob
condições de uso e manutenção especificadas

NOTA O termo "durabilidade" é comumente utilizado como qualitativo para expressar a condição em que a
edificação ou seus sistemas mantém seu desempenho requerido durante a vida útil

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/XX


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3.14
elemento
parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de
componentes (por exemplo, parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura
de cobertura)

3.15
empresa especializada
organização ou profissional liberal que exerce função na qual é requerida qualificação técnica específica
e cujo controle e disciplina são deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais

3.16
especificações de desempenho
conjunto de requisitos e critérios de desempenho estabelecido para a edificação ou seus sistemas. As
especificações de desempenho são uma expressão das funções requeridas da edificação ou de seus
sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta Norma, referem-se ao uso
habitacional de edificações

3.17
requisitos do usuário
conjunto de necessidades do usuário da edificação habitacional a serem atendidas por este (e seus
sistemas), de modo a atender às suas funções

3.18
estado da arte
estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação a
produtos, processos e serviços, baseado em descobertas científicas, tecnológicas e experiências
consolidadas e pertinentes

3.19
falha
ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior ao
requerido

3.20
fornecedor
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços

3.21
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto
adquirido, conforme legislação vigente

3.22
garantia certificada
condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos,
recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/XX


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3.23
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora não efetuando a construção, compromisse
ou efetive a venda de frações ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades
autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que
meramente aceita propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a
incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo, preço e
determinadas condições das obras concluídas

3.24
inovação tecnológica
aperfeiçoamento tecnológico, resultante de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produção
do edifício, objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema

3.25
inspeção predial de uso e manutenção
verificação, através de metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e
corretiva da edificação

3.26
manual de uso, operação e manutenção
documento que reúne apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades
de operação, uso e manutenção da edificação

NOTA Também conhecido como manual do proprietário, quando aplicado para as unidades autônomas, e
manual das áreas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as áreas de uso comum.

3.27
manutenção
conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou
recuperar a sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender às necessidades e
segurança dos seus usuários

3.28
operação
conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos com a finalidade de manter a
edificação em funcionamento adequado

3.29
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no
qual possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a
manutenção é executada sobre condições determinadas, procedimentos e meios prescritos

3.30
norma de desempenho
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificação habitacional e seus sistemas, com
base em requisitos do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes

3.31
norma requerida
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com
base na consagração do uso ao longo do tempo

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/XX


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3.32
patologia
não conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na
instalação, na execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem como problemas que não
decorram do envelhecimento natural

3.33
pé-direito
distância entre o piso de um andar e o teto desse mesmo andar

3.34
prazo de garantia legal
período de tempo previsto em lei que o consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos)
verificados na compra de produtos duráveis

3.35
prazo de garantia certificada
período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor
(incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para
que o consumidor possa reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Este
prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto a critério do fornecedor

3.36
requisitos de desempenho
condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas
devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuário

3.37
retrofit
remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias e
conceitos, normalmente visando valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil,
eficiência operacional e energética

3.38
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação acima
dos limites de estado-limite último estabelecido em normas

3.39
sistema
maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a atender com uma
macrofunção que a define (por exemplo, fundação, estrutura, vedações verticais, instalações
hidrossanitárias, cobertura)

NOTA As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da
edificação.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/XX


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3.40
transmitância térmica
transmissão de calor em unidade de tempo e através de uma área unitária de um elemento ou
componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas e
coberturas, incluindo as resistências superficiais interna e externa, induzida pela diferença de
temperatura entre dois ambientes. A transmitância térmica deve ser calculada utilizando o método de
cálculo da NBR 15220-2 ou determinada através do método da caixa quente protegida da
ABNT NBR 6488

3.41
usuário
pessoa que ocupa a edificação habitacional

3.42
vida útil
VU
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram
projetados e construídos considerando a periodicidade e a correta execução dos processos de
manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode
ser confundida com prazo de garantia legal e certificada)

NOTA Interferem na vida útil, além da vida útil de projeto, das características dos materiais e da qualidade da
construção como um todo, o correto uso e operação da edifícação e de suas partes, a constância e efetividade
das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças
no entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura, expansão urbana, etc.). O
valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de Vida Útil de Projeto devidamente
influenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da sua vizinhança. As negligências no
atendimento integral dos programas definidos no Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação, bem
como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo
teórico calculado como Vida Útil de Projeto.

3.43
vida útil de projeto
VUP
período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de
desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas
aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da
periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual de
Uso, Operação e Manutenção (a VUP não pode ser confundida com tempo de vida útil, durabilidade,
prazo de garantia legal e certificada)

NOTA A VUP é uma estimativa teórica de tempo que compõe o tempo de vida útil. O tempo de VU pode ou
não ser confirmado em função da eficiência e registro das manutenções, de alterações no entorno da obra, fatores
climáticos, etc.

4 Requisitos do usuário
4.1 Generalidades

Para os efeitos desta Norma, apresenta-se uma lista geral de requisitos dos usuários, descrita em 4.2 a
4.4 e utilizada como referência para o estabelecimento dos requisitos e critérios. Sendo atendidos os
requisitos e critérios estabelecidos nesta Norma, considera-se para todos os efeitos que estejam
atendidos os requisitos do usuário.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 12/XX


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4.2 Segurança

Os requisitos do usuário relativos à segurança são expressos pelos seguintes fatores:

 segurança estrutural;

 segurança contra o fogo;

 segurança no uso e na operação.

4.3 Habitabilidade

Os requisitos do usuário relativos à habitabilidade são expressos pelos seguintes fatores:

 estanqueidade;

 desempenho térmico;

 desempenho acústico;

 desempenho lumínico;

 saúde, higiene e qualidade do ar;

 funcionalidade e acessibilidade;

 conforto tátil e antropodinâmico.

4.4 Sustentabilidade

Os requisitos do usuário relativos à sustentabilidade são expressos pelos seguintes fatores:

 durabilidade;

 manutenibilidade;

 impacto ambiental.

4.5 Nível de desempenho

4.5.1 Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e de economia, são
estabelecidos para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser
considerados e atendidos.

4.5.2 Os valores relativos aos níveis intermediário (I) e superior (S) estão indicados no Anexo E das
ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR 15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4 e
no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/XX


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5 Incumbências dos intervenientes


5.1 Generalidades

As incumbências técnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 5.5 e na


ABNT NBR 5671:1990.

5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema

Cabe ao fornecedor de sistemas caracterizar o desempenho de acordo com esta Norma.

Convém que fabricantes de produtos, que sem Normas Brasileiras específicas ou que não tenham seus
produtos com o desempenho caracterizado, forneçam resultados comprobatórios do desempenho de
seus produtos com base nesta Norma ou em Normas específicas internacionais ou estrangeiras.

5.3 Projetista

Os projetistas devem estabelecer a Vida Útil de Projeto (VUP) de cada sistema que compõe esta
Norma, conforme a Seção 14.

Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam ao desempenho
mínimo estabelecido nesta Norma com base nas normas requeridas e no desempenho declarado pelos
fabricantes dos produtos a serem empregados em projeto.

Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou quando não existirem
normas específicas, ou quando o fabricante não publicar o desempenho de seu produto, é
recomendável ao projetista solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de
especificação.

Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta Norma, estes
devem constar dos projetos e/ou memorial de cálculo.

5.4 Construtor e incorporador

5.4.1 Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos
projetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competências, e não da empresa construtora, a
identificação dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso,
providenciar os estudos técnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informações
necessárias. Como riscos previsíveis, exemplifica-se: presença de aterro sanitário na área de
implantação do empreendimento, contaminação do lençol freático, presença de agentes agressivos no
solo e outros riscos ambientais.

5.4.2 Ao construtor ou incorporador cabe elaborar o Manual de Uso, Operação e Manutenção, ou


documento similar, conforme 3.26, atendendo às ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 5674, que deve ser
entregue ao proprietário da unidade quando da disponibilização da edificação para uso, cabendo
também elaborar o manual das áreas comuns, que deve ser entregue ao condomínio.

5.4.3 O Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação (3.26) deve atender ao disposto na
ABNT NBR 14037, com explicitação pelo menos dos prazos de garantia aplicáveis ao caso, previstos
pelo construtor ou pelo incorporador e citados no Anexo D.

NOTA Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no Manual de Uso, Operação e Manutenção,
ou documento similar, sejam iguais ou maiores que os apresentados no Anexo D.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 14/XX


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5.5 Usuário

Ao usuário ou seu preposto cabe realizar a manutenção, de acordo com o estabelecido na


ABNT NBR 5674 e o Manual de Uso, Operação e Manutenção, ou documento similar (ver 3.26).

O usuário não pode efetuar modificações que piorem o desempenho original entregue pela construtora.

6 Avaliação de desempenho
6.1 Generalidades

6.1.1 A avaliação de desempenho busca analisar a adequação ao uso de um sistema ou de um


processo construtivo destinado a atender uma função, independentemente da solução técnica adotada.

6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliação do desempenho é realizada uma investigação
sistemática baseada em métodos consistentes, capazes de produzir uma interpretação objetiva sobre o
comportamento esperado do sistema nas condições de uso definidas. Em função disso, a avaliação do
desempenho requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto
funcional de uma edificação, sobre materiais e técnicas de construção, bem como sobre os diferentes
requisitos dos usuários nas mais diversas condições de uso.

6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigação sistemática, que orientaram a realização
do projeto, sejam registrados por meio de documentação fotográfica, memorial de cálculo, observações
instrumentadas, catálogos técnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansão de serviços
públicos ou outras formas conforme conveniência.

6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todos os requisitos dos usuários podem resultar em
uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o número de requisitos a serem
considerados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Seções 7 a 17 são estabelecidos os
requisitos e critérios que devem ser atendidos por edificações habitacionais.

6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os
respectivos métodos de avaliação explicitados nas suas diferentes partes.

6.1.5 Todas as verificações devem ser realizadas com base nas condições do meio físico na época do
projeto e da execução do empreendimento.

6.2 Avaliação do desempenho

6.2.1 Generalidades

A avaliação do desempenho de edificações ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve ser
realizada considerando as premissas básicas estabelecidas nesta Seção.

NOTA Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa,
laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida
capacidade técnica.

6.2.2 Relatório da avaliação

O relatório deve ser elaborado pelo responsável pela avaliação e deve atender aos requisitos
estabelecidos em 6.7.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/XX


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6.3 Diretrizes para implantação e entorno

6.3.1 Implantação

Para edifícios ou conjuntos habitacionais com local de implantação definido, os projetos de arquitetura,
da estrutura, das fundações, contenções e outras eventuais obras geotécnicas devem ser
desenvolvidos com base nas características do local da obra (topográficas, geológicas, etc.), avaliando-
se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, erosões, vibrações transmitidas por vias
férreas, vibrações transmitidas por trabalhos de terraplenagem e compactação do solo, ocorrência de
subsidência do solo, presença de crateras em camadas profundas, presença de solos expansíveis ou
colapsíveis, presença de camadas profundas deformáveis e outros.

Devem ainda ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de
aterros sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências
necessárias para que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra.

6.3.2 Entorno

Os projetos devem ainda prever as interações entre construções próximas, considerando-se


convenientemente as eventuais sobreposições de bulbos de pressão, efeitos de grupo de estacas,
rebaixamento do lençol freático e desconfinamento do solo em função do corte do terreno.

Tais fenômenos também não podem prejudicar a segurança e a funcionalidade da obra, bem como de
edificações vizinhas.

O desempenho da edificação está intimamente associado a todos os projetos de implantação e ao


desempenho das fundações, devendo ser atendidas as disposições das Normas aplicáveis,
particularmente das ABNT NBR 8044, ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682, ABNT NBR 6122 e
ABNT NBR 12722.

6.3.3 Segurança e estabilidade

Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo da vida útil da estrutura, devem ser
consideradas as condições de agressividade do solo, do ar e da água na época do projeto, prevendo-
se, quando necessário, as proteções pertinentes à estrutura e suas partes.

6.4 Métodos de avaliação do desempenho

6.4.1 Os requisitos de desempenho devem ser verificados aplicando-se os respectivos métodos de


ensaio previstos nesta Norma.

6.4.2 Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios


laboratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou em campo, simulações e
análise de projetos. A realização de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamente
referenciadas, em cada caso, nesta Norma.

6.5 Amostragem

6.5.1 No caso de sistemas construtivos já utilizados em outras obras, pode-se considerar na avaliação
a realização de inspeções de campo, atendendo aos requisitos e critérios de desempenho
estabelecidos nesta Norma, desde que se comprove que a edificação habitacional ou o sistema seja
igual ao da avaliação que se deseja proceder e que a amostragem seja representativa.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 16/XX


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6.5.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliações de campo somente devem ser aceitas se a
construção ou instalação tiver ocorrido há pelo menos dois anos.

6.5.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a máxima precaução para, com base nas análises de
campo, não se inferir ou extrapolar resultados para condições diversas de clima, implantação,
agressividade do meio e utilização.

6.5.4 Sempre que a avaliação estiver baseada na realização de ensaios de laboratório, a amostragem
deve ser aleatória.

6.6 Relação entre normas

6.6.1 Quando uma Norma Brasileira requerida contiver requisitos suplementares a esta Norma, eles
devem ser integralmente atendidos.

6.6.2 Na ausência de Normas Brasileiras requeridas para sistemas, podem ser utilizadas Normas
Internacionais requeridas relativas ao tema.

6.7 Documento com os resultados da avaliação do sistema

6.7.1 O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunir informações que caracterizem o
edifício habitacional ou sistema analisado.

6.7.2 Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, o relatório de avaliação


deve conter a solicitação para realização desses ensaios, com explicitação dos resultados pretendidos e
a metodologia a ser seguida, de acordo com as normas referenciadas nesta Norma.

6.7.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informações que a
caracterizem, considerando sua participação no sistema.

6.7.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho,
baseado nos requisitos e critérios avaliados de acordo com esta Norma.

7 Desempenho estrutural
7.1 Generalidades

De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados-limites de uma estrutura estabelecem as condições a
partir das quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção.

O manual do proprietário, ou documento similar (ver 3.13 da ABNT NBR 14037:2011), deve conter as
informações relativas às sobrecargas limitantes no uso das edificações.

7.2 Requisito – Estabilidade e resistência estrutural

Evitar a ruína da estrutura pela ocorrência de algum estado-limite último.

Os estados-limites últimos (ELU) determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção,


por sua simples ocorrência.

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7.2.1 Critério – Estado-limite último

As estruturas devem ser projetadas, construídas e montadas de forma a atender aos requisitos
estabelecidos na ABNT NBR 15575-2, consideradas as especificidades registradas nas Normas
Brasileiras vigentes.

No estado-limite último, o desempenho estrutural de qualquer edificação deve ser verificado pelas
Normas Brasileiras de projeto estrutural específicas.

7.2.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto estrutural, verificando sua conformidade com as Normas Brasileiras específicas e
com as premissas de projeto indicadas em 7.2.3 e na ABNT NBR 15575-2.

Dessa forma, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas seguintes Normas:

 ABNT NBR 6118, para estruturas de concreto;

 ABNT NBR 6122, para fundações;

 ABNT NBR 7190, para estruturas de madeira;

 ABNT NBR 8800, para estruturas de aço ou mistas;

 ABNT NBR 9062, para estruturas de concreto pré-moldado;

 ABNT NBR 15961-1, para o projeto de alvenaria estrutural de blocos de concreto;

 ABNT NBR 15961-2, para a execução e controle de obras de alvenaria estrutural de blocos de
concreto;

 ABNT NBR 14762, para estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio;

 ou outras Normas Brasileiras de projeto estrutural vigentes.

7.2.3 Premissas de projeto

Devem ser considerados em projeto os estados-limites últimos caracterizados por:

 perda de equilíbrio, global ou parcial, permitida a estrutura como um corpo rígido;

 ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;

 transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático;

 instabilidade.

Em casos particulares, pode ser necessário considerar outros estados-limites últimos, conforme as
Normas Brasileiras específicas de projeto estrutural.

Devem ser previstas nos projetos considerações sobre as condições de agressividade do solo, do ar e
da água na época do projeto, prevendo-se as proteções aos sistemas estruturais e suas partes.

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7.3 Requisito – Deformações, fissuras decorrentes de outras falhas

Circunscrever as deformações resultantes das cargas de serviço e as deformações impostas ao edifício


habitacional ou sistema a valores que não causem prejuízos ao desempenho de outros sistemas e não
causem comprometimento da durabilidade da estrutura (ver Seção 14).

7.3.1 Critério – Estados-limites de serviço

O edifício habitacional ou o sistema deve ser projetado, construído e montado de forma a atender aos
requisitos e critérios especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

7.3.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto estrutural conforme Norma Brasileira específica e verificações estabelecidas nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

7.3.3 Premissas de projeto

O comportamento em serviço da edificação habitacional ou do sistema deve ser previsto em projeto, de


forma que os estados-limites de serviço (ELS), por sua ocorrência, repetição ou duração, não causem
efeitos estruturais que impeçam o uso normal da construção ou que levem ao comprometimento da
durabilidade da estrutura.

8 Segurança contra incêndio


8.1 Generalidades

Os requisitos desta Norma relativos à segurança contra incêndio são pautados em:

 proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;

 dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;

 proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;

 dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são:

 possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;

 garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita o acesso
operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as
atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (rescaldo e extinção);

 evitar ou minimizar danos à própria edificação, às outras adjacentes, à infraestrutura pública e ao


meio ambiente.

De forma a atender aos requisitos do usuário quanto à segurança (ver 4.2), devem ser atendidos os
requisitos estabelecidos na legislação pertinente e na ABNT NBR 14432.

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8.2 Requisito – Dificultar o princípio do incêndio

Dificultar a ocorrência de princípio de incêndio por meio de premissas adotadas no projeto e na


construção da edificação.

8.2.1 Critérios para dificultar o princípio do incêndio

8.2.1.1 Proteção contra descargas atmosféricas

Os edifícios multifamiliares devem ser providos de proteção contra descargas atmosféricas, atendendo
ao estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicáveis, nos casos previstos na
legislação vigente.

8.2.1.2 Proteção contra risco de ignição nas instalações elétricas

As instalações elétricas das edificações habitacionais devem ser projetadas de acordo com a ABNT
NBR 5410 e Normas Brasileiras aplicáveis.

NOTA Especial atenção deve ser dada para evitar o risco de ignição dos materiais em função de curto-
circuitos e sobretensões.

8.2.1.3 Proteção contra risco de vazamentos nas instalações de gás

As instalações de gás devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13523 e
ABNT NBR 15526.

8.2.2 Métodos de avaliação da segurança relativa ao princípio do incêndio

A comprovação do atendimento ao requisito de 8.2, pelos critérios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3,


deve ser feita pela análise do projeto ou por inspeção em protótipo.

8.2.3 Premissas de projeto

Quando houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas
Brasileiras aplicáveis.

8.3 Requisito – Facilitar a fuga em situação de incêndio

Facilitar a fuga dos usuários em situação de incêndio.

8.3.1 Critério – Rotas de fuga

As rotas de saída de emergência dos edifícios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.

8.3.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto ou por inspeção em protótipo.

8.4 Requisito – Dificultar a inflamação generalizada

Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem de eventual incêndio.

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8.4.1 Critério – Propagação superficial de chamas

Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termoacústico empregados na face interna dos


sistemas ou elementos que compõem a edificação devem ter as características de propagação de
chamas controladas, de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 a
ABNT NBR 15575-5.

8.4.2 Métodos de avaliação da segurança à inflamação generalizada de incêndio

A comprovação do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspeção em
protótipo ou ensaios conforme Normas Brasileiras específicas.

8.5 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio

Dificultar a propagação de incêndio para unidades contíguas.

Caso não seja possível o atendimento ao critério de isolamento de risco à distância ou proteção (8.5.1),
a edificação não é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteção contra
incêndio deve ser feito considerando o conjunto de edificações como uma única unidade.

8.5.1 Critérios

8.5.1.1 Isolamento de risco à distância

A distância entre edifícios deve atender à condição de isolamento, considerando-se todas as


interferências previstas na legislação vigente.

8.5.1.2 Isolamento de risco por proteção

As medidas de proteção, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo, devem
possibilitar que o edifício seja considerado uma unidade independente.

8.5.1.3 Assegurar estanqueidade e isolamento

Os sistemas ou elementos de compartimentação que integram os edifícios habitacionais devem atender


à ABNT NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio, assegurando estanqueidade e
isolamento.

8.5.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto ou inspeção em protótipo, aplicando a ABNT NBR 6479 para a determinação da
resistência ao fogo de portas e selos corta-fogo, bem como atendendo à legislação vigente.

8.6 Requisito – Segurança estrutural

Minimizar o risco de colapso estrutural da edificação em situação de incêndio.

8.6.1 Minimizar o risco de colapso estrutural

A edificação habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e às normas específicas para o tipo de
estrutura conforme mencionado em 8.6.2.

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8.6.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto estrutural em situação de incêndio.

Atendimento às seguintes Normas de projeto estrutural:

 ABNT NBR 14323, para estruturas de aço;

 ABNT NBR 15200, para estruturas de concreto;

 para as demais estruturas, aplica-se o Eurocode correspondente, em sua última edição.

8.7 Requisito – Sistema de extinção e sinalização de incêndio

Dispor de sistemas de extinção e sinalização de incêndio.

8.7.1 Critério – Equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência

O edifício habitacional deve dispor de sinalização, iluminação de emergência e equipamentos de


extinção de incêndio conforme as ABNT NBR 17240, ABNT NBR 10898, ABNT NBR 12693,
ABNT NBR 13434 (Partes 1 e 2) e ABNT NBR 13714, atendendo à legislação vigente.

8.7.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto ou por inspeção em protótipo.

9 Segurança no uso e na operação


9.1 Generalidades

A segurança no uso e na operação dos sistemas e componentes da edificação habitacional deve ser
considerada em projeto, especialmente no que diz respeito a agentes agressivos (por exemplo,
proteção contra queimaduras e pontos e bordas cortantes).

9.2 Requisito – Segurança na utilização do imóvel

Assegurar que tenham sido tomadas medidas de segurança aos usuários da edificação habitacional.

9.2.1 Critério – Segurança na utilização dos sistemas

Os sistemas não podem apresentar:

a) rupturas, instabilidades, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade física
dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;

b) partes expostas cortantes ou perfurantes;

c) deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a
ABNT NBR 15575-6.

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9.2.2 Método de avaliação

Análise do projeto ou inspeção em protótipo.

9.2.3 Premissas de projeto

Devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar, durante o uso da edificação, o risco
de:

a) queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da
construção;

b) acessos não controlados aos riscos de quedas;

c) queda de pessoas em função de rupturas das proteções as quais devem ser ensaiadas conforme
ABNT NBR 14718 ou possuírem memorial de cálculo assinado por profissional responsável que
comprove seu desempenho;

d) queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT
NBR 15575-3;

e) ferimentos provocados por ruptura de subssistemas ou componentes, resultando em partes


cortantes ou perfurantes;

f) ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, tais como
janelas, portas, alçapões e outros;

g) ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de materiais ou


componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou
sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes;

h) ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de vazamento ou de confinamento de


gás combustível.

9.3 Requisito – Segurança das instalações

Evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em condições normais de uso.

9.3.1 Segurança na utilização das instalações

A edificação habitacional deve atender aos requisitos das Normas pertinentes, tais como,
ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526 e ABNT NBR 15575-6.

9.3.2 Método de avaliação

Análise do projeto ou inspeção em protótipo.

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10 Estanqueidade
10.1 Generalidades

A exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da


edificação habitacional, devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de
deterioração e acarreta a perda das condições de habitabilidade e de higiene do ambiente construído.

10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificação

Assegurar estanqueidade às fontes de umidades externas ao sistema.

10.2.1 Critério – Estanqueidade à água de chuva e à umidade do solo e do lençol freático

Atender aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.2 Método de avaliação

Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.3 Premissas de projeto

Devem ser previstos nos projetos a prevenção de infiltração da água de chuva e da umidade do solo
nas habitações, por meio dos detalhes indicados a seguir:

a) condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a água


de chuva incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno próximo ao conjunto;

b) impermeabilização de porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em


contato com o solo, ou pelo direcionamento das águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e
dos sistemas correlatos e sem comprometer a segurança estrutural. No caso de haver sistemas de
impermeabilização, estes devem seguir a ABNT NBR 9575;

c) impermeabilização de fundações e pisos em contato com o solo;

d) ligação entre os diversos elementos da construção (tais como paredes e estrutura, telhado e
paredes, corpo principal e pisos ou calçadas laterais).

10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificação

Assegurar a estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel em condições


normais de uso.

10.3.1 Critério – Estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel

Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que
tenham a possibilidade de ficar em contato com a água gerada na ocupação ou manutenção do imóvel,
devendo ser verificada a adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos ou águas
pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulações não venham a ser rompidas ou
desencaixadas por deformações impostas.

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10.3.2 Método de avaliação

Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

11 Desempenho térmico
11.1 Generalidades

A edificação habitacional deve reunir características que atendam aos requisitos de desempenho
térmico, considerando-se a zona bioclimática definida na ABNT NBR 15220-3.

Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir com um
procedimento informativo mostrado no Anexo A para avaliação da adequação de habitações:

a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e critérios para os sistemas


de vedação e coberturas, conforme ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5. Para os casos em
que a avaliação de transmitância térmica e capacidade térmica, conforme os critérios e métodos
estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho térmico
insatisfatório, o projetista deve avaliar o desempenho térmico da edificação como um todo pelo
método da simulação computacional conforme 11.2.

b) Procedimento 2 – Medição (informativo, Anexo A): verificação do atendimento aos requisitos e


critérios estabelecidos nesta Norma, por meio da realização de medições em edificações ou
protótipos construídos. Este método é de caráter meramente informativo e não se sobrepõe aos
procedimentos descritos no item a), conforme disposto na Diretiva 2:2011 da ABNT.

11.2 Simulação computacional – Introdução

Para a avaliação de desempenho térmico por simulação computacional os requisitos, critérios e


métodos são detalhados em 11.3 e 11.4.

Para a realização das simulações computacionais devem ser utilizadas como referência as Tabelas A.1,
A.2 e A.3 apresentadas no Anexo A, que fornecem informações sobre a localização geográfica de
algumas cidades brasileiras e os dados climáticos correspondentes aos dias típicos de projeto de verão
e de inverno.

Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitação, recomenda-se utilizar os dados
climáticos de uma cidade próxima com características climáticas semelhantes, na mesma Zona
Bioclimática brasileira (conforme indicado na ABNT NBR 15220-3). Se o clima na cidade não for
semelhante ao de nenhuma outra que tenha dados disponíveis, recomenda-se evitar o método da
simulação computacional.

Para a realização das simulações computacionais recomenda-se o emprego do programa EnergyPlus.


Outros programas de simulação podem ser utilizados, desde que permitam a determinação do
comportamento térmico de edificações sob condições dinâmicas de exposição ao clima, sendo capazes
de reproduzir os efeitos de inércia térmica e sejam validados pela ASHRAE Standard 140.

Para a geometria do modelo de simulação, deve ser considerada a habitação como um todo,
considerando cada ambiente como uma zona térmica. Na composição de materiais para a simulação,
deve-se utilizar dados das propriedades térmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:

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 obtidos em laboratório, através de método de ensaio normalizado. Para os ensaios de laboratório,


recomenda-se a utilização dos métodos apresentados na Tabela 1;

 na ausência destes dados ou na impossibilidade de obtê-los junto aos fabricantes, é permitido


utilizar os dados disponibilizados na ABNT NBR 15220-2 como referência.

Tabela 1 — Métodos de medição de propriedades térmicas de materiais e elementos


construtivos

Propriedade Determinação

Condutividade térmica ASTM C518 ou ASTM C177 ou ISO 8302

Calor específico Medição ASTM C351 – 92b


Medição conforme método de ensaio preferencialmente
Densidade de massa aparente
normalizado, específico para o material

Emissividade Medição JIS A 1423/ASTM C1371 – 04a


Medição ANSI/ASHRAE 74/88
Absortância à radiação solar
ASTM E1918-06, ASTM E903-96
Medição conforme ABNT NBR 6488 ou cálculo
conforme ABNT NBR 15220-2, tomando-se por base
Resistência ou transmitância térmica de elementos valores de condutividade térmica medidos
ASTM E903-96
Características fotoenergéticas (vidros) EN 410 – 1998/EN 12898

11.3 Requisitos de desempenho no verão

Apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional melhores ou iguais às do ambiente


externo, à sombra, para o dia típico de verão, conforme 11.3.1.

11.3.1 Critério – Valores máximos de temperatura

O valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, tais como,
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros
equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor máximo diário da temperatura do ar
exterior.

O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.3.1 mostrado na
Tabela 2:

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Tabela 2 — Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão


Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,máx.  Te,máx. Ti,máx.  Te,máx.
Ti,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E.1 apresenta a caracterização para os níveis de desempenho I (intermediário) e S (superior)


opcionais.

11.3.2 Método de avaliação

Simulação computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.4 Requisitos de desempenho no inverno

Apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional melhores que do ambiente externo, no
dia típico de inverno, conforme 11.4.1, nas zonas bioclimáticas 1 a 5. Nas zonas 6, 7 e 8 não é
necessário realizar avaliação de desempenho térmico para inverno.

11.4.1 Critério – Valores mínimos de temperatura

Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, tais


como, salas e dormitórios, no dia típico de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais à temperatura
mínima externa acrescida de 3 °C.

O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.4.1 mostrado na
Tabela 3:

Tabela 3 — Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

Nível de Critério
desempenho Zonas bioclimáticas 1 a 5 Zonas bioclimáticas 6, 7 e 8
Nestas zonas, este critério não
M Ti,mín.  (Te,mín. + 3 °C)
pode ser verificado.
Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E.2 apresenta a caracterização para os níveis de desempenho I (intermediário) e S (superior)


opcionais.

11.4.2 Método de avaliação

Simulação computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.5 Edificações em fase de projeto

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A avaliação deve ser feita para um dia típico de projeto, de verão e de inverno.

Para unidades habitacionais isoladas, seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

Para conjuntos habitacionais ou edifícios multipiso, selecionar unidades habitacionais representativas


conforme estabelecido a seguir:

a) conjunto habitacional de edificações térreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior
número de paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2;

b) edifício multipiso: selecionar uma unidade do último andar, com cobertura exposta, e seguir o
procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

11.5.1 Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas térmicas entre os
seus ambientes e avaliar os resultados dos recintos dormitórios e salas, considerando as condições
apresentadas abaixo.

Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades habitacionais,


separados, portanto, por paredes de geminação ou entrepisos, apresentem a mesma condição térmica
do ambiente que está sendo simulado.

A edificação deve ser orientada conforme a implantação. A unidade habitacional desta edificação
escolhida para a simulação deve ser a mais crítica do ponto de vista térmico.

Caso esta orientação da edificação não esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a
unidade a ser avaliada tenha a condição mais crítica do ponto de vista térmico.

Como condição crítica do ponto de vista térmico, recomenda-se que:

a) verão: janela do dormitório ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para
norte. Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste;

b) inverno: janela do dormitório ou da sala de estar voltada para sul e a outra parede exposta voltada
para leste. Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para sul;

c) obstrução no entorno: considerar que as paredes expostas e as janelas estão desobstruídas, ou


seja, sem a presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência
de sol e/ou vento. Edificações de um mesmo complexo, por exemplo um condomínio, podem ser
consideradas, desde que previstas para habitação no mesmo período. Esta informação deve
constar na documentação de comprovação de desempenho;

d) obstrução por elementos construtivos previstos na edificação: dispositivos de sombreamento (por


exemplo, para-sóis, marquises, beirais) devem ser considerados na simulação.

Adotar uma taxa de ventilação do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovação da cobertura deve ser a
mesma, de 1 ren/h.

A absortância à radiação solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as
características das superfícies externas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientações
descritas a seguir:

a) cobertura: valor especificado no projeto, correspondente, portanto, ao material declarado para o


telhado ou outro elemento utilizado que constitua a superfície exposta da cobertura;

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b) parede: assumir o valor da absortância à radiação solar correspondente à cor definida no projeto.
Caso a cor não esteja definida, simular para três alternativas de cor:

 cor clara:  = 0,3;

 cor média:  = 0,5;

 cor escura:  = 0,7.

11.5.2 A unidade habitacional que não atender aos critérios estabelecidos para verão deve ser
simulada novamente considerando-se as seguintes alterações:

 ventilação: configuração da taxa de ventilação de cinco renovações do volume de ar do ambiente


por hora (5,0 Ren/h) e janelas sem sombreamento;

 sombreamento: inserção de proteção solar externa ou interna da esquadria externa com


dispositivo capaz de cortar no mínimo 50 % da radiação solar direta que entraria pela janela, com
taxa de uma renovação do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h);

 ventilação e sombreamento: combinação das duas estratégias anteriores, ou seja, inserção de


dispositivo de proteção solar e taxa de renovação do ar de 5,0 ren/h.

11.5.3 O Anexo A apresenta dados climáticos brasileiros de referência.

12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades

A edificação habitacional deve apresentar isolamento acústico adequado das vedações externas, no
que se refere aos ruídos aéreos provenientes do exterior da edifícação habitacional, e isolamento
acústico adequado entre áreas comuns e privativas.

12.2 Requisito – Isolação acústica de vedações externas

Propiciar condições mínimas de desempenho acústico da edificação, com relação a fontes


normalizadas de ruídos externos aéreos.

12.2.1 Critério – Desempenho acústico das vedações externas

A edificação deve atender ao limite mínimo de desempenho conforme estabelecido nas ABNT NBR
15575-4 e ABNT NBR 15575-5.

12.2.2 Método de avaliação

Especificado nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.

12.3 Requisito – Isolação acústica entre ambientes

Propiciar condições de isolação acústica entre as áreas comuns e ambientes de unidades habitacionais
e entre unidades habitacionais distintas.

12.3.1 Critério – Isolação ao ruído aéreo entre pisos e paredes internas

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Os sistemas de pisos e vedações verticais que compõem o edifício habitacional devem ser projetados,
construídos e montados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 e
ABNT NBR 15575-4.

12.3.2 Método de avaliação

Métodos especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-4.

12.4 Requisito – Ruídos de impactos

Propiciar condições mínimas de desempenho acústico no interior da edificação, com relação a fontes
padronizadas de ruídos de impacto.

12.4.1 Critério – Ruídos gerados por impactos

Os sistemas que compõem os edifícios habitacionais devem atender aos requisitos e critérios
especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5.

12.4.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto e atendimento aos métodos de ensaios especificados nas ABNT NBR 15575-3 e
ABNT NBR 15575-5.

13 Desempenho lumínico
13.1 Generalidades

Durante o dia, as dependências da edificação habitacional listadas na Tabela 4 devem receber


iluminação natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos
adjacentes.

Para o período noturno, o sistema de iluminação artificial deve proporcionar condições internas
satisfatórias para ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.

13.2 Requisito – Iluminação natural

Durante o dia, as dependências da edificação habitacional listadas na Tabela 4 devem receber


iluminação natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos
adjacentes.

13.2.1 Critério – Simulação: Níveis mínimos de iluminância natural

Contando unicamente com iluminação natural, os níveis gerais de iluminância nas diferentes
dependências das construções habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 4.

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Tabela 4 — Níveis de iluminância geral para iluminação natural*

Iluminância geral (lux) para o nível mínimo de


Dependência
desempenho M

Sala de estar
Dormitório
 60
Copa/cozinha
Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios) Não requerido
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação de 13.2.2.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos para as dependências situadas no pavimento térreo ou em
pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima
(diferença máxima de 20 % em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender às condições mínimas requeridas pela legislação local.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.

13.2.2 Método de avaliação

As simulações para o plano horizontal, períodos da manhã (9:30 h) e da tarde (15:30 h),
respectivamente, para os dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliação deve ser realizada com
emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215–3, atendendo às seguintes condições:

 considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade média (índice de
nuvens 50 %);

 supor desativada a iluminação artificial, sem a presença de obstruções opacas (janelas e cortinas
abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc.);

 simulações para o centro dos ambientes, na altura de 0,75 m acima do nível do piso;

 simulações nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade, a 0,75 m do nível do
piso;

 para escadarias, simulações nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central
de cada lance, a 0,75 m acima do nível do piso;

 para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientações típicas das diferentes unidades;

 para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso considerar, além das
orientações típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos
andares;

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 em qualquer circunstância, considerar os eventuais sombreamentos resultantes de edificações


vizinhas, taludes, muros e outros possíveis anteparos, desde que se conheçam o local e as
condições de implantação da obra.

13.2.3 Critério – Medição in loco: Fator de Luz Diurna (FLD)

Contando unicamente com iluminação natural, o Fator de Luz Diurna (FLD) nas diferentes
dependências das construções habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 5. (Ver ISO 5034–1).

Tabela 5 — Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitação*

Dependência FLD (%) para o nível mínimo de desempenho M

Sala de estar
Dormitório
 0,50 %
Copa/cozinha
Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios) Não requerido
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação de 13.2.4.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos para as dependências situadas no pavimento térreo ou em
pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados na
tabela acima.
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação natural.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.

13.2.4 Método de avaliação

Realização de medições no plano horizontal, com o emprego de luxímetro portátil, erro máximo de ± 5
% do valor medido, no período compreendido entre 9 h e 15 h, nas seguintes condições:

 medições em dias com cobertura de nuvens maior que 50 %, sem ocorrência de precipitações;

 medições realizadas com a iluminação artificial desativada, sem a presença de obstruções opacas
(janelas e cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc.);

 medições no centro dos ambientes, a 0,75 m acima do nível do piso;

 medições nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

 para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central
de cada lance;

 para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientações típicas das diferentes unidades;

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 para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso considerar, além das
orientações típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos
andares;

 na ocasião das medições não pode haver incidência de luz solar direta sobre os luximetros, em
nenhuma circunstância;

 o Fator de Luz Diurna – FLD é dado pela relação entre a iluminância interna e a iluminância externa
à sombra, de acordo com a seguinte equação:

Ei
FLD  100 
Ee

onde

Ei é a iluminânica no interior da dependência;

Ee é a iluminância externa à sombra.

13.2.5 Premissas de projeto

Os requisitos de iluminância natural podem ser atendidos mediante adequada disposição dos cômodos
(arquitetura), correta orientação geográfica da edificação, dimensionamento e posição das aberturas,
tipos de janelas e de envidraçamentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc.),
inserção de poços de ventilação/iluminação, eventual introdução de domus de iluminação, etc.

A presença de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstáculos do gênero não podem
prejudicar os níveis mínimos de iluminância especificados.

Nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantação relativa dos prédios, de eventuais
caixas de escada ou de outras construções, não podem prejudicar os níveis mínimos de iluminância
especificados.

13.2.6 Comunicação com o exterior

Recomenda-se que a iluminação natural das salas de estar e dormitórios, seja provida de vãos de
portas ou de janelas. No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada no
máximo a 100 cm do piso interno, e a cota da testeira do vão no máximo a 220 cm a partir do piso
interno, conforme Figura 1.

Figura 1 — Sugestão de alturas de janelas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 33/XX


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13.3 Requisito – Iluminação artificial

Propiciar condições de iluminação artificial interna satisfatórias, segundo as Normas Brasileiras


vigentes, para ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.

13.3.1 Critério – Níveis mínimos de iluminação artificial

Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por
iluminação artificial devem atender ao disposto na Tabela 6.

NOTA Para iluminação de emergência, consultar ABNT NBR 10898:1999.

Tabela 6 — Níveis de iluminamento geral para iluminação artificial


Iluminamento geral para o nível
Dependência mínimo de desempenho
lux
Sala de estar
Dormitório
 100
Banheiro
Área de serviço
Copa/cozinha  200*
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios)
 75*
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos internos e cobertos
Garagens/estacionamentos descobertos  20*
* Valores obtidos da ABNT NBR 5413.
NOTA Deve-se verificar e atender às condições mínimas requeridas pela legislação local.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.

13.3.2 Método de avaliação

Análise de projeto ou inspeção em protótipo, utilizando um dos métodos estabelecidos no Anexo B, para
iluminação artificial.

14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades

A durabilidade do edifício e de seus sistemas é um requisito econômico do usuário, pois está


diretamente associado ao custo global do bem imóvel. A durabilidade de um produto se extingue
quando ele deixa de atender às funções que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação que o
conduz a um estado insatisfatório de desempenho, quer seja por obsolescência funcional. O período de
tempo compreendido entre o início de operação ou uso de um produto e o momento em que o seu
desempenho deixa de atender aos requisitos do usuário preestabelecidos é denominado vida útil. No
Anexo C, faz-se uma análise mais abrangente dos conceitos relacionados com a durabilidade e a vida
útil, face à importância que representam para o desempenho do edifício e seus sistemas.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 34/XX


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Projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos de Vida Útil de
Projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento às normas Brasileiras ou Internacionais
(por exemplo, ISO e IEC) ou Regionais (por exemplo, Mercosul) e não havendo estas, podem ser
consideradas normas estrangeiras na data do projeto. Não obstante, não podem prever, estimar ou se
responsabilizar pelo valor atingido de Vida Útil (VU) uma vez que este depende de fatores fora de seu
controle, tais como o correto uso e operação do edifício e de suas partes, a constância e efetividade das
operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local, mudanças no
entorno ao longo do tempo (trânsito de veículos, rebaixamento do nível do lençol freático, obras de
infraestrutura, expansão urbana, etc.).

O valor final atingido de Vida Útil (VU) será uma composição do valor teórico calculado como Vida Útil
de Projeto (VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas ações de manutenção, intempéries
e outros fatores internos de controle do usuário e externos (naturais) fora de seu controle.

O Anexo D apresenta sugestão de diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia.

O prazo de garantia da solidez e segurança das edificações é fixado por lei.

14.2 Requisito – Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõem

Projetar os sistemas da edificação de acordo com valores teóricos preestabelecidos de Vida Útil de
Projeto.

14.2.1 Critério – Vida Útil de Projeto

O projeto deve especificar o valor teórico para a Vida Útil de Projeto (VUP) para cada um dos sistemas
que o compõem, não inferiores aos estabelecidos na Tabela 7, e deve ser elaborado para que os
sistemas tenham uma durabilidade potencial compatível com a Vida Útil de Projeto (VUP).

Tabela 7 — Vida Útil de Projeto (VUP)*


Sistema VUP mínima em anos
 50
Estrutura
segundo ABNT NBR 8681-2003
Pisos internos  13
Vedação vertical externa  40
Vedação vertical interna  20
Cobertura  20
Hidrossanitário  20
* Considerando periodicidade e processos de manutenção especificados no respectivo Manual de
Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à ABNT NBR 5674.

Na ausência de indicação em projeto da VUP dos sistemas, é permitido que os valores adotados
correspondem aos relacionados na Tabela 7 para o desempenho mínimo.

Para os casos não abrangidos pela Tabela 7, a determinação da Vida Útil de Projeto VUP mínima pode
basear-se nas recomendações da Tabela C.4.

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14.2.2 Método de avaliação

Análise do projeto.

O projeto do edifício deve atender os parâmetros mínimos de VUP indicados na Tabela 7. Caso sejam
adotados valores superiores aos da Tabela 7, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas do
edifício devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar a
avaliação da sua Vida Útil de Projeto. É desejável conhecer as especificações dos elementos e
componentes empregados, de modo que possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em função da
Vida Útil de Projeto VUP estabelecida para o sistema.

Na análise do projeto, a avaliação do atendimento à Vida Útil de Projeto VUP pode ser realizada pela
utilização da metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7.
Complementarmente, esta Norma relaciona a Bibliografia recomendada para avaliação do atendimento
à Vida Útil de Projeto (VUP).

O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida útil deve ser sempre a data de
conclusão do edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expedição do Auto de
Conclusão de Edificação ou “Habite-se”, documento legal que atesta a conclusão das obras.

A avaliação da Vida Útil de Projeto VUP de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser
substituída pela garantia por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.

Decorridos 50 % dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) conforme Tabela 7, contados a partir do auto
de conclusão da obra, sem a necessidade de intervenções com custo de manutenção e reposição
iguais ou superiores à categoria D conforme Tabela C.3, desde que não previstas no Manual de Gestão
de Manutenção, considera-se atendido o requisito de Vida Útil de Projeto (VUP), salvo prova objetiva
em contrário.

Os valores de Vida Útil de Projeto também podem ser comprovados por verificações de atendimento
das Normas Brasileiras requeridas na data do projeto, bem como constatações em obra do atendimento
integral do projeto pela construtora.

14.2.3 Critério – Durabilidade

O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com a Vida Útil de Projeto VUP
preestabelecida em 14.2.1.

14.2.4 Método de avaliação

A avaliação pode ser realizada:

a) através da verificação do atendimento dos requisitos estabelecidos em Normas Brasileiras que


estejam relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edifício. São exemplos de Normas com
estas características as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 14762;

b) pela comprovação da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de sua
correta utilização, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificação dos
elementos e componentes, sua aplicação e métodos de ensaios específicos, como ABNT NBR
5649, ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173,
ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438, ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1, ABNT NBR
15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398; ABNT NBR 7400; ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e
outras Normas Brasileiras específicas, conforme o caso;

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c) na inexistência de Normas Brasileiras, através do atendimento dos requisitos estabelecidos em


Normas estrangeiras específicas e coerentes com os componentes empregados na construção e
sua aplicação, tais como as ASTM G154-06, ASTM E424-71, ASTM D1413-07 e outras;

d) por análise de campo do sistema através de inspeção em protótipos e edificações, que possibilite a
avaliação da durabilidade por conhecimento das características do sistema obedecendo ao tempo
mínimo de comprovação da durabilidade (ver Seção 6) e considerando a vida útil pretendida;

e) pela análise dos resultados obtidos em estações de ensaios de durabilidade do sistema, desde que
seja possível comprovar sua eficácia.

A Bibliografia constante nesta Norma pode auxiliar na avaliação da durabilidade.

14.2.5 Premissas

As condições de exposição do edifício devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma
análise da Vida Útil de Projeto(VUP) e da durabilidade do edifício e seus sistemas.

As especificações relativas à manutenção, uso e operação do edifício e seus sistemas que forem
considerados em projeto para definição da Vida Útil de Projeto(VUP) devem estar também claramente
detalhadas na documentação que acompanha o edifício ou subsidia sua construção.

14.3 Manutenibilidade

14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas

Manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais, bem
como as intervenções de manutenção previstas no Manual de Uso, Operação e Manutenção, conforme
responsabilidades estabelecidas na Seção 5.

14.3.2 Critério – Facilidade ou meios de acesso

Convém que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham
o favorecimento das condições de acesso para inspeção predial através da instalação de suportes para
fixação de andaimes, balancins ou outro meio que possibilite a realização da manutenção.

14.3.3 Método de avaliação – Análise de projeto

O projeto do edifício e de seus sistemas deve ser adequadamente plenejado, de modo a possibilitar os
meios que favoreçam as inspeções prediais e as condições de manutenção.

A incorporadora ou construtora (no caso de não haver incorporação) deve fornecer ao usuário um
manual que atenda a ABNT NBR 14037.

Na gestão de manutenção, deve-se atender a ABNT NBR 5674, para preservar as características
originais da edificação e evitar a perda de desempenho decorrente da degradação de seus sistemas,
elementos ou componentes.

NOTA Salvo manutenções de rotina (por exemplo, limpeza), intervenções na estrutura devem ser feitas sob
responsabilidade de profissional ou empresa especializada, podendo o manual substituir instruções específicas
por recomendação de literaturas especializadas.

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15 Saúde, higiene e qualidade do ar


15.1 Generalidades

Os requisitos relativos à saúde devem atender à legislação vigente.

Além estabelecido acima, recomenda-se que sejam atendidos os requisitos de 15.2 e 15.3.

15.2 Requisito – Proliferação de microorganismos

Propiciar condições de salubridade no interior da edificação, considerando as condições de umidade e


temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas utilizados na construção.

15.2.1 Critério

O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.

15.2.2 Método de avaliação

Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

15.3 Requisito – Poluentes na atmosfera interna à habitação

Os materiais, equipamentos e sistemas empregados na edificação não podem liberar produtos que
poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de poluição acima daqueles verificados no
entorno. Enquadram-se nesta situação os aerodispersóides, gás carbônico e outros.

15.3.1 Critério

O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.

15.3.2 Método de avaliação

Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

15.4 Requisito – Poluentes no ambiente de garagem

Gases de escapamento de veículos e equipamentos não podem invadir áreas internas da habitação.

O sistema de exaustão ou ventilação de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos.

15.4.1 Critério

O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.

15.4.2 Método de avaliação

Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

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16 Funcionalidade e acessibilidade
16.1 Requisito – Altura mínima de pé direito

Apresentar altura mínima de pé-direito dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades
humanas.

16.1.1 Critério – Altura mínima de pé direito

A altura mínima de pé-direito não pode ser inferior a 2,50 m.

Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas é permitido que o pé-direito seja
reduzido ao mínimo de 2,30 m.

Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes na altura piso
a piso e ou o pé-direito mínimo, devem ser mantidos, pelo menos, em 80 % da superfície do teto,
permitindo-se na superfície restante que o pé-direito livre possa descer até o mínimo de 2,30 m.

16.1.2 Método de avaliação

Análise de projeto.

16.2 Requisito – Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação

Apresentar espaços mínimos dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades humanas.

16.2.1 Critério – Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação

Para os projetos de arquitetura de unidades habitacionais, sugere-se prever no mínimo a disponibilidade


de espaço nos cômodos do edifício habitacional para colocação e utilização dos móveis e
equipamentos-padrão listados no Anexo G informativo.

16.2.2 Método de avaliação

Análise de projeto.

16.3 Requisito – Adequação para pessoas com deficiências físicas ou pessoas com
mobilidade reduzida

A edificação deve prever o número mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com
mobilidade reduzida estabelecido na legislação vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 9050. As áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com
mobilidade reduzida e idosos.

16.3.1 Critério – Adaptações de áreas comuns e privativas

As áreas privativas devem receber as adaptações necessárias para pessoas com deficiência física ou
com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislação, e as áreas de uso comum sempre
devem atender ao estabelecido na ABNT NBR 9050.

16.3.2 Método de avaliação

Análise de projeto.

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16.3.3 Premissas de projeto

O projeto deve prever para as áreas comuns e, quando contratado, também para as áreas privativas, as
adaptações que normalmente referem-se a:

a) acessos e instalações;

b) substituição de escadas por rampas;

c) limitação de declividades e de espaços a percorrer;

d) largura de corredores e portas;

e) alturas de peças sanitárias;

f) disponibilidade de alças e barras de apoio.

16.4 Requisito – Possibilidade de ampliação da unidade habitacional

Para unidades habitacionais térreas e assobradadas de caráter evolutivo já comercializadas com


previsão de ampliação, a incorporadora ou construtora deve fornecer ao usuário projeto arquitetônico e
complementares juntamente com o Manual de Uso, Operação e Manutenção com instruções para
ampliação da edificação, recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais e técnicas
construtivas do imóvel original.

16.4.1 Critério – Ampliação de unidades habitacionais evolutivas

No projeto e na execução das edificações térreas e assobradadas de caráter evolutivo, deve ser
prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de ampliação, especificando-se os detalhes
construtivos necessários para ligação ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalações.

NOTA Edificações de caráter evolutivo são aquelas comercializadas já com previsão de ampliações.

O incorporador ou construtor deve anexar ao Manual de Uso, Operação e Manutenção (3.26) as


especificações e detalhes construtivos necessários para ampliação do corpo da edificação, do piso, do
telhado e das instalações prediais, considerando a coordenação dimensional e as compatibilidades
físicas e químicas com os materiais disponíveis regionalmente sempre que possível.

As especificações e detalhes construtivos fornecidos devem permitir no mínimo a manutenção dos


níveis de desempenho da construção não ampliada, relativos ao comportamento estrutural, segurança
ao fogo, estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho acústico e durabilidade.

As propostas de ampliação devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo
atender aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.

16.4.2 Método de avaliação

Análise de projeto.

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17 Conforto tátil e antropodinâmico


17.1 Generalidades

As diretrizes para verificação dos requisitos dos usuários com relação a conforto tátil e antropodinâmico
são normalmente estabelecidas nas respectivas Normas requeridas dos componentes, bem como nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuários com deficiências físicas e pessoas com
mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alças e outros equipamentos devem
atender às prescrições da ABNT NBR 9050.

17.2 Requisito – Conforto tátil e adaptação ergonômica

Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar,
apoiar, limpar, brincar e ações semelhantes.

Não apresentar rugosidades, contundências, depressões ou outras irregularidades nos elementos,


componentes, equipamentos e quaisquer acessórios ou partes da edificação.

17.2.1 Critério – Adequação ergonômica de dispositivos de manobra

Os elementos e componentes da habitação (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser
projetados, construídos e montados de forma a não provocar ferimentos nos usuários.

Relativamente às instalações hidrossanitárias, devem ser atendidas as disposições da ABNT NBR


15575-6.

Os elementos e componentes que contam com Normalização específica (portas, janelas, torneiras e
outros) devem ainda atender aos requisitos das respectivas Normas.

17.2.2 Métodos de avaliação

Análise de projetos, métodos especificados nas Normas Brasileiras de cada componente.

17.3 Requisito – Adequação antropodinâmica de dispositivos de manobra

Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Não requerer esforços excessivos para a
manobra e movimentação.

17.3.1 Critério – Força necessária para o acionamento de dispositivos de manobra

Os componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construídos e


montados de forma a evitar que a força necessária para o acionamento não exceda 10 N nem o torque
ultrapasse 20 N.m.

17.3.2 Métodos de avaliação

Análise de projetos, métodos de ensaio relacionados às Normas Brasileiras específicas dos


componentes.

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18 Adequação ambiental
18.1 Generalidades

18.1.1 Técnicas de avaliação do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da
construção ainda são objeto de pesquisa e, no atual estado da arte, não é possível estabelecer critérios
e métodos de avaliação relacionados à expressão desse impacto.

18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infraestrutura (arruamento, drenagem, rede de água,
gás, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a minimizar as
alterações no ambiente.

18.1.3 A ABNT NBR 15575-6 estabelece requisitos relativos ao consumo de água e à deposição de
esgotos sanitários.

18.2 Projeto e implantação de empreendimentos

A implantação do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo,


deslizamentos de taludes, enchentes, erosões, assoreamento de vales ou cursos d’água, lançamentos
de esgoto a céu aberto, contaminação do solo ou da água por efluentes ou outras substâncias, além de
outros riscos similares.

Independentemente dessas recomendações, devem ser atendidos os requisitos das ABNT NBR 8044 e
ABNT NBR 11682, bem como da legislação vigente.

18.3 Seleção e consumo de materiais

18.3.1 Recomenda-se que os empreendimentos sejam construídos mediante exploração e consumo


racionalizado de recursos naturais, objetivando a menor degradação ambiental, menor consumo de
água, de energia e de matérias-primas. Na medida do possível, devem ser privilegiados os materiais
que causem menor impacto ambiental, desde as fases de exploração dos recursos naturais à sua
utilização final.

18.3.2 Recomenda-se a utilização de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante
apresentação de certificação legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos órgãos
ambientais.

18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espécies alternativas de madeiras que não estejam
enquadradas como madeiras em extinção, sendo que as características destas espécies podem ser
encontradas na Bibliografia.

18.3.4 Durante a construção, deve-se implementar um sistema de gestão de resíduos no canteiro de


obras, de forma a minimizar sua geração e possibilitar a segregação de maneira adequada para facilitar
o reuso, a reciclagem ou a disposição final em locais específicos.

18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventários de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a
tomada de decisão na avaliação do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.

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18.4 Consumo de água e deposição de esgotos no uso e ocupação da habitação

18.4.1 Requisito – Utilização e reuso de água

As águas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitários devem ser encaminhadas às redes
públicas de coleta e, na indisponibilidade destas, deve-se utilizar sistemas que evitem a contaminação
do ambiente local.

NOTA É recomendado para as instalações hidrossanitárias privilegiarem a adoção de soluções, caso a caso,
que minimizem o consumo de água e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da água da rede pública de
abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso reduzir a satisfação
do usuário ou aumentar a probabilidade de ocorrência de doenças.

18.4.2 Critério

No caso de reuso de água para destinação não potável, esta deve atender aos parâmetros
estabelecidos na Tabela 8:

Tabela 8 — Parâmetros de qualidade de água para usos restritivos não potáveis


Parâmetro Valor
Coliformes totais Ausência em 100 mL
Coliformes termotolerantes Ausência em 100 mL
a
Cloro residual livre 0,5 mg/L a 3,0 mg/L
b
< 2,0 uT , para usos menos restritivos
Turbidez
< 5,0 uT
Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum c
< 15uH
corante, ou antes da sua utilização)
Deve prever ajuste de pH para proteção das redes pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de aço
de distribuição, caso necessário carbono ou galvanizado

NOTA Podem ser utilizados outros processos de desinfecção além do cloro, tal como a aplicação de raio
ultravioleta e aplicação de ozônio.
a
No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção.
b
uT é a unidade de turbidez.
c
uH é a unidade Hazen.

18.4.3 Método de avaliação

Análise de projetos, métodos de ensaio relacionados às Normas Brasileiras específicas.

18.5 Consumo de energia no uso e ocupação da habitação

As instalações elétricas devem privilegiar a adoção de soluções, caso a caso, que minimizem o
consumo de energia, entre elas a utilização de iluminação e ventilação natural e de sistemas de
aquecimento baseados em energia alternativa.

Tais recomendações devem também ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados durante a
execução da obra e no uso do imóvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminção,
eletrodomésticos, elevadores, sistemas de refrigeração etc.).

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Anexo A
(informativo)

Desempenho térmico de edificações – metodologia e dados técnicos

A.1 Avaliação do desempenho térmico de edificações por meio de medição


A.1.1 A avaliação do desempenho térmico de edificações, via medições in loco, deve ser feita em
edificações em escala real (1:1), seguindo o procedimento apresentado em A.2 a A.7.

A.1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitórios e salas, a 1,20 m do
piso. Para as medições de temperatura, seguir as especificações de equipamentos e montagem dos
sensores, apresentadas na ISO 7726.

A.1.3 Para avaliar edificações existentes, considerar as situações apresentadas a seguir e realizar a
avaliação conforme A.6.4 a A.6.7:

a) no caso de uma única unidade habitacional, medir nos recintos indicados em A.6.2, tal como se
apresentam;

b) em conjunto habitacional de unidades térreas e edifícios multipiso, escolher uma ou mais unidades,
que possibilitem a avaliação nas condições estabelecidas a seguir:

 verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para
norte;

 inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta voltada
para leste;

 no caso de edifício multipiso, selecionar unidades do último andar;

 caso as orientações das janelas dos recintos não correspondam exatamente às especificações
anteriores, priorizar as unidades que tenham o maior número de paredes expostas e cujas
orientações das janelas sejam mais próximas da orientação especificada.

A.1.4 Para avaliação em protótipos, recomenda-se que eles sejam construídos considerando-se as
condições estabelecidas a seguir:

 nas regiões bioclimáticas 6 a 8 (ABNT ABNT NBR 15220-3), protótipo com janela do dormitório ou
sala voltada para oeste;

 nas regiões bioclimáticas 1 a 5 (ABNT ABNT NBR 15220-3), construir um protótipo que atenda aos
requisitos especificados a seguir:

 condição de inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede
exposta voltada para leste;

 condição de verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta
voltada para norte.

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A.1.5 Obstrução por elementos externos: quando possível, as paredes e as janelas dos protótipos
devem ser desobstruídas (sem presença de edificações ou vegetação nas proximidades que
modifiquem a incidência de sol e/ou vento).

NOTA No caso de avaliação em protótipo, este deve reproduzir as condições mais semelhantes possíveis
àquelas que serão obtidas pela edificação real, evitando-se desvios de resultados causados por sombreamentos
ou ventilação diferentes da obra real.

A.1.6 Período de medição: O dia tomado para análise deve corresponder a um dia típico de projeto, de
verão ou de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes. Recomenda-
se, como regra geral, trabalhar com uma sequência de três dias e analisar os dados do terceiro dia.
Para efeito da avaliação por medição, o dia típico é caracterizado unicamente pelos valores da
temperatura do ar exterior medidos no local.

A.1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias típicos de verão e inverno de diversas
localidades são apresentados nas Tabelas A.2 e A.3. Caso a cidade não conste nestas tabelas, utilizar
os dados climáticos da cidade mais próxima, dentro da mesma região climática, com altitude de mesma
ordem e grandeza.

A.2 Dados climáticos brasileiros


A.2.1 Mapa das zonas bioclimáticas brasileiras

Figura A.1 – Mapas das zonas climáticas brasileiras

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Figura A.1 (continuação)

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Figura A.1 (continuação)

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Tabela A.1 – Dados de algumas cidades brasileiras


UF Zona bioclimática Cidade Latitude Longitude [m] Altitude
SE 8 Aracajú 10.92 S 37.05 W 5
PA 8 Belém 1.45 S 48.47 W 10
MG 3 Belo Horizonte 19.93 S 43.93 W 850
DF 4 Brasília 15.78 S 47.93 W 1 160
MS 6 Campo Grande 20.45 S 54.62 W 530
MT 7 Cuiabá 15.55 S 56.12 W 151
PR 1 Curitiba 25.42 S 49.27 W 924
SC 3 Florianópolis 27.58 S 48.57 W 2
CE 8 Fortaleza 3.77 S 38.6 W 26
GO 6 Goiânia 16.67 S 49.25 W 741
PB 8 João Pessoa 7.1 S 34.87 W 7
AP 8 Macapá 0.03 N 51.05 W 14
AL 8 Maceió 9.67 S 35.7 W 65
AM 8 Manaus 3.13 S 60.02 W 72
RN 8 Natal 5.77 S 35.2 W 18
TO 1 Palmas 10.21 S 48.36 W 330
RS 3 Porto Alegre 30.02 S 51.22 W 47
RO 8 Porto Velho 8.77 S 63.08 W 95
PE 8 Recife 8.05 S 34.92 W 7
AC 8 Rio Branco 9.97 S 67.8 W 161
RJ 8 Rio de Janeiro 22.92 S 43.17 W 5
BA 8 Salvador 13.02 S 38.52 W 51
MA 8 São Luiz 2.53 S 44.3 W 51
SP 3 São Paulo 23.5 S 46.62 W 792
PI 7 Teresina 5.08 S 42.82 W 74
ES 8 Vitória 20.32 S 40.33 W 36

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Tabela A.2 – Dados de dias típicos de verão de algumas cidades brasileiras

Temperatura Amplitude diária Temperatura de


Radiação solar Nebulosidade
Cidade máxima diária de temperatura bulbo úmido 2
Wh/m décimos
°C °C °C

Aracajú 30,9 5,4 24,9 6 277 6


Belém 33,4 10,5 26,1 4 368 6
Belo Horizonte 32 10,3 21,7 4 641 6
Boa Vista 35,3 9,8 25,8 6
Brasília 31,2 12,5 20,9 4 625 4
Campo Grande 33,6 10 23,6 5 481 6
Cuiabá 37,8 12,4 24,8 4 972 6
Curitiba 31,4 10,2 21,3 2 774 8
Florianópolis 32,7 6,6 24,4 7
Fortaleza 32 6,5 25,1 5 611 5
Goiânia 34,6 13,4 21 4 455 4
João Pessoa 30,9 6,1 24,6 5 542 6
Macapá 33,5 9 25,8 7
Maceió 32,2 8,2 24,6 5 138 6
Manaus 34,9 9,1 26,4 5 177 7
Natal 32,1 8 24,8 6 274 6
Porto Alegre 35,9 9,6 23,9 5 476 5
Porto Velho 34,8 12,5 26 6 666 7
Recife 31,4 7,4 24,7 5 105 6
Rio Branco 35,6 12,7 25,4 6 496 7
Rio de Janeiro 35,1 6,4 25,6 5 722 5
Salvador 31,6 6,1 25 5 643 5
São Luís 32,5 7,4 25,4 5 124 5
São Paulo 31,9 9,2 21,3 5 180 6
Teresina 37,9 13,2 25,1 5 448 5
Vitória 34,6 7,4 25,9 4 068 5

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Tabela A.3 – Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades brasileiras

Temperatura Amplitude diária Temperatura de


Radiação solar Nebulosidade
Cidade mínima diária de temperatura bulbo úmido 2
Wh/m décimos
°C °C °C

Aracajú 18,7 5,1 21,5 5 348 6


Belém 20,4 10,0 25,5 4 161 6
Belo Horizonte 8,7 12,6 16,0 3 716 3
Boa Vista 20,7 8,4 24,9 7
Brasília 10,0 12,2 14,8 4 246 3
Campo Grande 13,7 11,5 17,3 4 250 4
Cuiabá 11,4 14,3 20,1 4 163 4
Curitiba 0,7 11,6 11,0 1 666 6
Florianópolis 6,0 7,4 13,4 6
Fortaleza 21,5 7,0 24,0 5 301 5
Goiânia 9,6 14,9 16,2 1 292 3
João Pessoa 19,2 6,5 22,4 4 836 6
Macapá 21,8 6,5 24,9 8
Maceió 17,8 7,5 21,7 4 513 6
Manaus 21,4 7,9 25,0 4 523 7
Natal 19,1 7,8 22,5 5 925 5
Porto Alegre 4,3 8,6 12,1 2 410 6
Porto Velho 14,1 14,1 23,6 6 670 5
Recife 18,8 6,7 22,1 4 562 6
Rio Branco 11,9 14,9 22,1 6 445 6
Rio de Janeiro 15,8 6,3 19,1 4 030 5
Salvador 20,0 5,0 21,7 4 547 5
São Luís 21,5 6,9 24,9 4 490 6
São Paulo 6,2 10,0 13,4 4 418 6
Teresina 18,0 12,6 22,9 5 209 4
Vitória 16,7 6,9 20,4 2 973 5

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Anexo B
(normativo)

Procedimento de avaliação do desempenho lumínico artificial

B.1 Generalidades
A verificação do atendimento aos requisitos e critérios de desempenho lumínico deve ser efetuada por
meio de um dos métodos propostos a seguir, considerando que o uso dos métodos de cálculo resultará
em valores de iluminância média com no máximo 10 % de erro sobre os valores medidos in loco.

B.2 Medição in loco para iluminação artificial


Realização de medições no período noturno, no plano horizontal, a 0,80 m acima do nível do piso, com
o emprego de luxímetro portátil com erro máximo de ± 5 % do valor medido, nas seguintes condições:

 medições sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

 medições realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de
obstruções opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);

 medições no centro dos ambientes;

 medições nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

 para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.

B.3 Método de cálculo para iluminação artificial


De acordo com a ABNT NBR 5382, para o período noturno, calculando o nível de iluminamento para o
plano horizontal sempre a 0,80 m acima do nível do piso, nas seguintes condições:

 cálculos sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

 cálculos realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de
obstruções opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);

 cálculos no centro dos ambientes;

 cálculos nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

 para escadarias, cálculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de
cada lance.

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Anexo C
(informativo)

Considerações sobre durabilidade e vida útil

C.1 Conceituação
A vida útil (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes
(sistemas complexos, do próprio sistema e de suas partes: subssistemas; elementos e componentes).

A Vida Útil de Projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietário e projetista, e expressa
previamente.

Conceitua-se ainda a vida útil estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista para
um dado produto, inferida a partir de dados históricos de desempenho do produto ou de ensaios de
envelhecimento acelerado.

A Vida Útil de Projeto (VUP) é basicamente uma expressão de caráter econômico de um requisito do
usuário.

A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificação é através de pesquisa de
opinião entre técnicos, usuários e agentes envolvidos com o processo de construção. Em países
europeus, isto foi feito durante as décadas de 60 e 70 para a regulamentação dos valores das VUP
mínimas requeridas.

A VUP pode ser ainda entendida como uma definição prévia da opção do usuário pela melhor relação
custo global versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua óptica particular. Para produtos de
consumo ou para bens não duráveis, o usuário faz suas opções por vontade própria e através de
análise subjetiva, tendo por base as informações que lhe são disponibilizadas pelos produtores, o efeito
do aprendizado (através de compras sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim, para regular
o mercado de bens de consumo, é suficiente que se imponha um prazo mínimo (dito “de garantia” e de
responsabilidade do fornecedor do bem), para proteção do usuário, somente contra defeitos “genéticos”.

No entanto, para bens duráveis, de alto valor unitário e geralmente de aquisição única, como é a
habitação, a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que o
custo inicial prevaleça em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a
comprometer o valor do bem e a prejudicar o usuário. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da
VUP mínima configura-se como o principal referencial para edificações habitacionais, principalmente
para as habitações subsidiadas pela sociedade e as destinadas às parcelas da população menos
favorecidas economicamente.

A VUP é uma decisão de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo
de produção do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a
impermeabilização de uma laje), é possível escolher entre uma infinidade de técnicas e materiais.
Alguns, pelas suas características, podem ter Vida Útil de Projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenção,
e outros não mais que 5 anos. Evidentemente, as soluções têm custo e desempenho muito diferentes
ao longo do tempo.

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Definida a VUP, estabelece-se a obrigação de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir
o elemento com as técnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este
balizamento, quem produz o bem pode adotar qualquer uma das técnicas disponíveis e empregar
qualquer produto normalizado sem que ele esteja errado, do ponto de vista técnico. É evidente que a
tendência é optar pelo produto de menor custo inicial, ou seja, sem a definição da VUP, a tendência é
de se produzir bens de menor custo inicial, porém menos duráveis, de maior custo de manutenção e
provavelmente de maior custo global.

A VU pode ser normalmente prolongada através de ações de manutenção. Na Figura C.1 este
comportamento é esquematicamente representado. Quem define a VUP deve também estabelecer as
ações de manutenção que devem ser realizadas para garantir o atendimento à VUP. É necessário
salientar a importância da realização integral das ações de manutenção pelo usuário, sem o que se
corre o risco de a VUP não ser atingida.

Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP de
25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos, no máximo. Se o usuário não realizar a
manutenção prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por consequência,
as eventuais patologias resultantes podem ter origem no uso inadequado e não em uma construção
falha.

Manutenção
desde a entrega

Vida útil sem manutenção

VUP (manutenção obrigatória pelo usuário)

C.1 – Desempenho ao longo do tempo

O impacto no custo global da VUP é fator determinante para definição da durabilidade requerida. O
estabelecimento da VUP é, conceitualmente, resultado do processo de otimização do custo global. O
sistema de menor custo global não é normalmente o de menor custo inicial nem o de maior
durabilidade; é um dos sistemas intermediários. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimização
destes dois conceitos conflitantes, isto é, deve-se procurar estabelecer a melhor relação custo x
benefício. Atualmente, sem que o usuário tenha se conscientizado de suas escolhas, a opção por
construções de menor custo, porém menos duráveis, está necessariamente transferindo o ônus desta
escolha para as gerações futuras.

O usuário de uma edificação tem limitações econômicas no momento de sua aquisição, porém pode
não tê-las no futuro. Então, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 53/XX


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investimento inicial, porém esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual não é aceitável do ponto
de vista social, pois esta situação impõe custos exagerados de reposição no futuro para toda a
sociedade. Assim, considerando-se tanto as limitações de recursos da sociedade de investimento na
infraestrutura habitacional do País, quanto às necessidades de proteção básica do usuário, é que se
estabelece nesta Norma o conceito de VUP mínima.

Outros países estabeleceram somente o conceito de VUP mínima e deixaram para o mercado o
estabelecimento da vida útil de projeto além do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6
propõe-se uma classificação da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma VUP além do mínimo se
justifica, neste momento, por diversas razões:

 como um balizador do que é possível de ser tecnicamente obtido;

 como estímulo à concorrência e à competição no mercado empreendedor;

 para caracterizar que existe a opção pela minimização de custos de operação e manutenção ao
longo do tempo através de uma VUP maior;

 para induzir o mercado a buscar soluções de melhor custo-benefício além das que atendam à VUP
mínima.

C.2 Determinação da vida útil de projeto


Para a determinação da VUP mínima pode-se adotar diversas metodologias. A prevista nas ABNT NBR
15575-1 a ABNT NBR 15575-6 incorpora três conceitos essenciais:

 o efeito que uma falha no desempenho do subssistema ou elemento acarreta;

 a maior facilidade ou dificuldade de manutenção e reparação em caso de falha no desempenho;

 o custo de correção da falha, considerando-se inclusive o custo de correção de outros


subssistemas ou elementos afetados (por exemplo, a reparação de uma impermeabilização de
piscina pode implicar a substituição de todo o revestimento de piso e paredes, e o custo resultante
é muito superior ao custo da própria impermeabilização).

Para parametrização da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já
consolidados internacionalmente, principalmente os da BS 7453.

As Tabelas C.1, C.2 e C.3 relacionam os parâmetros adotados para a determinação da VUP.

Tabela C.1 – Efeito das falhas no desempenho


Categoria Efeito no desempenho Exemplos típicos
A Perigo à vida (ou de ser ferido) Colapso repentino da estrutura
B Risco de ser ferido Degrau de escada quebrado
C Perigo à saúde Séria penetração de umidade
D Interrupção do uso do edifício Rompimento de coletor de esgoto
E Comprometer a segurança de uso Quebra de fechadura de porta
F Sem problemas excepcionais Substituição de uma telha
NOTA Falhas individuais podem ser enquadradas em duas ou mais categorias.

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Tabela C.2 – Categoria de Vida Útil de Projeto para partes do edifício


Categoria Descrição Vida útil Exemplos típicos
Muitos revestimentos de
Vida útil mais curta que o edifício, sendo sua
1 Substituível pisos, louças e metais
substituição fácil e prevista na etapa de projeto
sanitários
São duráveis, porém necessitam de manutenção
Revestimentos de
2 Manutenível periódica, e são passíveis de substituição ao longo
fachadas e janelas
da vida útil do edifício
Devem ter a mesma vida útil do edifício por não Fundações e muitos
3 Não manutenível
possibilitarem manutenção elementos estruturais

Tabela C.3 – Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil


Categoria Descrição Exemplos típicos
A Baixo custo de manutenção Vazamentos em metais sanitários
B Médio custo de manutenção ou reparação Pintura de revestimentos internos
Médio ou alto custo de manutenção ou reparação Pintura de fachadas, esquadrias
C Custo de reposição (do elemento ou sistema) equivalente ao de portas, pisos internos e
custo inicial telhamento
Alto custo de manutenção e/ou reparação
Custo de reposição superior ao custo inicial Revestimentos de fachada e
D
Comprometimento da durabilidade afeta outras partes do estrutura de telhados
edifício
Alto custo de manutenção ou reparação
E Impermeabilização de piscinas
Custo de reposição muito superior ao custo inicial

A Tabela C.4 foi construída com base nos parâmetros descritos nas Tabelas C.1, C.2 e C.3.

Tabela C.4 – Critérios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício

Valor sugerido de VUP para os sistemas, Efeito da falha Categoria de VUP Categoria de custos
elementos e componentes (Tabela C.1) (Tabela C.2) (Tabela C.3)
Entre 5 % e 8 % da VUP da estrutura F 1 A
Entre 8 % e 15 % da VUP da estrutura F 1 B
Entre 15 % e 25 % da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25 % e 40 % da VUP da estrutura D, E, F 2 D
Entre 40 % e 80 % da VUP da estrutura qualquer 2 D, E
Igual a 100 % da VUP da estrutura qualquer 3 qualquer
NOTA 1 As VUPs entre 5 % e 15 % da VUP da estrutura podem ser aplicáveis somente a componentes. As demais VUPs
podem ser aplicáveis a todas as partes do edifício (sistemas, elementos e componentes).
NOTA 2 Existem internacionalmente diversas e variadas proposições para determinação da VUP do edifício. No entanto,
em relação aos edifícios habitacionais, observa-se que elas apresentam notável convergência, situando a VUP destes
edifícios entre 50 e 60 anos.

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A entidade europeia de certificação técnica de processos e componentes inovadores – European


Organization for Technical Approvals (ver CIB Report Publication 294, 2004) – ao estabelecer classes
de VUP para edificações, estabeleceu para a VUP normal o período de 50 anos.

Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforme consta na
Tabela C.6, adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a
compatibilizar, para a construção de habitações de interesse social (HIS), as limitações quanto ao custo
inicial com os requisitos do usuário em relação à durabilidade e aos custos de manutenção e de
reposição, visando garantir, por um prazo razoável, a utilização em condições aceitáveis do edifício
habitacional.

Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6 em função das condições socioeconômicas existentes atualmente e pode ser
modificado quando da sua revisão, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela
C.4. Deve-se atentar que um período de vida útil de 50 anos implica que anualmente devem ser
construídas mais de 1,2 milhão de habitações somente para repor o estoque habitacional existente hoje
no País, número bastante expressivo diante da realidade atual.

Para a VUP superior do edifício, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver Tabela C.5), de modo a balizar
o setor da construção de edificações em relação ao que é tecnicamente possível de ser obtido,
empregando os materiais e componentes e as técnicas e processos construtivos hoje disponíveis.

A VUP do edifício habitacional, estabelecida em comum acordo entre os empreendedores e os


projetistas, e também os usuários, quando for o caso, ainda na fase de concepção do projeto, propicia
seu atendimento. Porém, para que possa ser atingida é necessário que sejam atendidos
simultaneamente todos os seguintes aspectos:

a) emprego de componentes e materiais de qualidade compatível com a VUP;


b) execução com técnicas e métodos que possibilitem a obtenção da VUP;
c) atendimento em sua totalidade dos programas de manutenção corretiva e preventiva;
d) atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer um uso correto do edifício;
e) utilização do edifício em concordância ao que foi previsto em projeto.

Dentre os aspectos previstos acima, os itens a) e b) são essenciais para que o edifício construído tenha
potencial de atender integralmente a VUP e sua implementação depende do projetista, incorporador e
construtor. Já Os itens c), d) e e) são essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem
dos usuários. No entanto, para que possam ser atendidos, é fundamental que estejam informados no
Manual de Uso, Operação e Manutenção do edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuários.

A definição da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada um
dos sistemas, com base na Tabela 7, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos. Na
ausência destas especificações, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 permitem que foram
adotadas as VUP mínimas estabelecidas na Tabela 7. O projetista pode especificar também a VUP de
partes do edifício não contemplados na Tabela 7, atendendo aos requisitos do usuário e pode tomar
como base o que se recomenda neste Anexo.

Convém que os fabricantes de componentes a serem empregados na construção desenvolvam


produtos que atendam pelo menos a VUP mínima obrigatória e informem em documentação técnica
específica as recomendações para manutenção corretiva e preventiva, contribuindo para que a VUP
possa ser atingida.

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Aos usuários é incumbido realizar os programas de manutenção, segundo ABNT NBR 5674,
considerando as instruções do Manual de Uso, Operação e Manutenção e recomendações técnicas das
inspeções prediais.

A inspeção predial configura-se como ferramenta útil para verificação das condições de conservação
das edificações em geral, para atestar se os procedimentos de manutenção adotados são insuficientes
ou inexistentes, além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenção, através
das recomendações técnicas indicadas no documento de inspeção predial (ver Bibliografia).

Tabela C.5 – Vida Útil de Projeto mínima e superior (VUP)*


VUP
Sistema anos
Mínimo Superior
Estrutura  50  75

Pisos internos  13  20
Vedação vertical externa  40  60
Vedação vertical interna  20  30
Cobertura  20  30
Hidrossanitário  20  30
* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT
NBR 5674 e especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e
Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à ABNT NBR
14037.

Tabela C.6 – Exemplos de VUP aplicando os conceitos deste Anexo


VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Fundações, elementos estruturais (pilares, vigas, lajes
Estrutura principal e outros), paredes estruturais, estruturas periféricas,  50  75
contenções e arrimos
Estruturas auxiliares Muros divisórios, estrutura de escadas externas  20  30
Paredes de vedação externas, painéis de fachada,
Vedação externa  40  60
fachadas-cortina
Paredes e divisórias leves internas, escadas internas,
Vedação interna  20  30
guarda-corpos
Estrutura da cobertura e coletores de águas pluviais
embutidos  20  30
Telhamento  13  20
Cobertura Calhas de beiral e coletores de águas pluviais 4 6
aparentes, subcoberturas facilmente substituíveis
Rufos, calhas internas e demais complementos (de 8  12
ventilação, iluminação, vedação)
Revestimento de piso, parede e teto: de argamassa,
 13  20
Revestimento interno aderido de gesso, cerâmicos, pétreos, de tacos e assoalhos e
sintéticos

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 57/XX


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Tabela C.6 (continuação)


VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Revestimentos de pisos: têxteis, laminados ou
Revestimento interno não aderido 8  12
elevados; lambris; forros falsos
Revestimento de fachada aderido Revestimento, molduras, componentes decorativos e  20  30
e não aderido cobre-muros
Piso externo Pétreo, cimentados de concreto e cerâmico  13  20
Pinturas internas e papel de parede
3 4
Pintura Pinturas de fachada, pinturas e revestimentos
8  12
sintéticos texturizados
Componentes de juntas e rejuntamentos; mata-juntas,
sancas, golas, rodapés e demais componentes de 4 6
Impermeabilização manutenível arremate
sem quebra de revestimentos Impermeabilização de caixa d’água, jardineiras, áreas 8  12
Impermeabilização manutenível externas com jardins, coberturas não utilizáveis,
somente com a quebra dos calhas e outros
revestimentos Impermeabilizações de áreas internas, de piscina, de
áreas externas com pisos, de coberturas utilizáveis,  20  30
de rampas de garagem etc.
Janelas (componentes fixos e móveis), portas-balcão,
Esquadrias externas gradis, grades de proteção, cobogós, brises. Inclusos
 20  30
(de fachada) complementos de acabamento como peitoris, soleiras,
pingadeiras e ferragens de manobra e fechamento
Portas e grades internas, janelas para áreas internas,
boxes de banho
Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de 8  12
proteção a espaços internos sujeitos à queda > 2 m  13  20
Esquadrias internas
Complementos de esquadrias internas, tais como
ferragens, fechaduras, trilhos, folhas mosquiteiras, 4 6
alisares e demais complementos de arremate e
guarnição
Portas e grades internas, janelas para áreas internas,
boxes de banho
Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de 8  12
proteção a espaços internos sujeitos à queda > 2 m  13  20
Esquadrias internas
Complementos de esquadrias internas, tais como
ferragens, fechaduras, trilhos, folhas mosquiteiras, 4 6
alisares e demais complementos de arremate e
guarnição

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 58/XX


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Tabela C.6 (continuação)


VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Tubulações e demais componentes (inclui registros e
válvulas) de instalações hidrossanitários, de gás, de  20  30
combate a incêndio, de águas pluviais, elétricos
Instalações prediais embutidas
Reservatórios de água não facilmente substituíveis,
em vedações e manuteníveis
redes alimentadoras e coletoras, fossas sépticas e
somente por quebra das  13  20
negras, sistemas de drenagem não acessíveis e
vedações ou dos revestimentos
demais elementos e componentes de difícil
(inclusive forros falsos e pisos
manutenção e ou substituição
elevados não acessíveis)
Componentes desgastáveis e de substituição
periódica, tais como gaxetas, vedações, guarnições e 3 4
outros
Tubulações e demais componentes
4 6
Aparelhos e componentes de instalações facilmente
substituíveis como louças, torneiras, sifões, engates 3 4
Instalações aparentes ou em flexíveis e demais metais sanitários, aspersores
espaços de fácil acesso (sprinklers), mangueiras, interruptores, tomadas,
disjuntores, luminárias, tampas de caixas, fiação e
outros
8  12
Reservatórios de água
Equipamentos de recalque, pressurização,
Equipamentos Médio custo de
aquecimento de água, condicionamento de ar, 8  12
funcionais manutenção
filtragem, combate a incêndio e outros
manuteníveis e
Alto custo de Equipamentos de calefação, transporte vertical,
substituíveis  13  20
manutenção proteção contra descargas atmosféricas e outros
* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo
Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.

Para se atingir a VUP, os usuários devem desenvolver os programas de manutenção segundo ABNT
NBR 5674. Os usuários devem seguir as instruções do Manual de Uso, Operação e Manutenção, as
instruções dos fabricantes de equipamentos e recomendações técnicas das inspeções prediais. A
inspeção predial configura-se como ferramenta útil para avaliação das condições de conservação das
edificações em geral, para atestar se os procedimentos de manutenção adotados são insuficientes ou
inexistentes, além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenção, através das
recomendações técnicas indicadas no documento de inspeção predial (ver Bibliografia).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 59/XX


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Anexo D
(Informativo)

Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia

D.1 Introdução
O desempenho dos sistemas que compõem o edifício habitacional durante a sua Vida Útil (VU) está
atrelado às condições de uso para o qual foi projetado, à execução da obra de acordo com as Normas,
à utilização de elementos e componentes sem defeito de fabricação e à implementação de programas
de manutenção corretiva e preventiva no pós-obra.

D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos prazos mínimos de garantia para os
elementos, componentes e sistemas do edifício habitacional.

D.2.2 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e não do desempenho de elementos e
componentes, encontram-se indicados alguns prazos de garantia, usualmente praticados pelo setor da
construção civil, para que os elementos e componentes que usualmente compõem os sistemas
contemplados atendam condições de funcionabilidade.

D.3 Instruções
D.3.1 Generalidades

D.3.1.1 Convém que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos e
componentes de baixo valor e de fácil substituição (por exemplo, engates flexíveis, gaxetas
elastoméricas de caixilhos e outros).

D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos, próprios
de cada empreendimento, não estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se ao
construtor ou incorporador fazer constar, em seu Manual de Uso, Operação e Manutenção ou de áreas
comuns, os prazos de garantia desses itens.

D.3.2 Prazos

D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expedição do
“Auto de Conclusão”, denominado “Habite-se”.

D.3.2.2 Para os níveis de desempenho I e S, recomenda-se que os prazos de garantia constantes na


Tabela D.1 sejam acrescidos em 25 % ou mais, para o nível I, e 50 % ou mais, para o nível S.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 60/XX


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Tabela D.1 – Prazos de garantia

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Segurança e
estabilidade
Fundações, estrutura principal,
global
estruturas periféricas, contenções
Estanqueidade
e arrimos
de fundações e
contenções
Paredes de vedação, estruturas
auxiliares, estruturas de
cobertura, estrutura das Segurança e
escadarias internas integridade
ou externas, guarda-corpos,
muros de divisa e telhados
Equipamentos industrializados
(aquecedores de passagem ou
acumulação, motobombas, filtros, Instalação
interfone, automação de portões, Equipamentos
elevadores e outros)
Sistemas de dados e voz,
telefonia, vídeo e televisão
Sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, sistema Instalação
de combate a incêndio,
Equipamentos
pressurização das escadas,
iluminação de emergência,
sistema de segurança patrimonial
Integridade de
Porta corta-fogo Dobradiças e molas
portas e batentes
Instalações elétricas
tomadas/interruptores/disjuntores/ Equipamentos Instalação
fios/cabos/eletrodutos/caixas e
quadros
Instalações hidráulicas e gás -
colunas de água fria, colunas de Integridade e
água quente, tubos de queda de vedação
esgoto, colunas de gás
Instalações hidráulicas e gás
coletores/ramais/louças/caixas de
descarga/bancadas/metais
Equipamentos Instalação
sanitários/sifões/ligações
flexíveis/
válvulas/registros/ralos/tanques
Impermeabilização Estanqueidade
Empenamento
Esquadrias de madeira Descolamento
Fixação

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Tabela D.1 (continuação)

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Fixação
Esquadrias de aço
Oxidação
Partes móveis Perfis de
Borrachas,
(inclusive alumínio,
escovas,
recolhedores de fixadores e
Esquadrias de alumínio e de PVC articulações,
palhetas, motores e revestimentos
fechos e
conjuntos elétricos em painel de
roldanas
de acionamento) alumínio

Sistemas, elementos, Prazos de garantia mínimos


componentes e instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Funcionamento
Fechaduras e ferragens em geral
Acabamento
Revestimentos de paredes, pisos Má aderência do
Estanqueidade
e tetos internos e externos em revestimento e
de fachadas e
argamassa/gesso liso/ Fissuras dos
pisos
componentes de gesso componentes do
molháveis
acartonado sistema
Revestimentos Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos
soltos, gretados, de fachadas e
e tetos em
desgaste pisos
azulejo/cerâmica/pastilhas
excessivo molháveis
Revestimentos Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos
soltos, gretados, de fachadas e
e teto em pedras naturais
desgaste pisos
(mármore, granito e outros)
excessivo molháveis
Empenamento,
Pisos de madeira – tacos,
trincas na madeira
assoalhos e decks
e destacamento
Destacamentos,
Estanqueidade
Piso cimentado, piso acabado em fissuras,
de pisos
concreto, contrapiso desgaste
molháveis
excessivo
Revestimentos especiais (fórmica, Aderência
plásticos, têxteis, pisos elevados,
materiais compostos de alumínio)
Fissuras por
acomodação dos
Forros de gesso elementos
estruturais e de
vedação
Empenamento,
Forros de madeira trincas na madeira
e destacamento

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Tabela D.1 (continuação)

Sistemas, elementos, Prazos de garantia mínimos


componentes e instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Empolamento,
descascamento,
esfarelamento,
Pintura/verniz (interna/externa)
alteração de cor
ou deterioração
de acabamento
Selantes, componentes de juntas Aderência
e rejuntamentos
Vidros Fixação

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Anexo E
(Informativo)

Níveis de desempenho

E.1 Generalidades
E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de
desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos.

E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor
da relação custo/benefício dos sistemas, neste Anexo são indicados os níveis de desempenho
intermediário (I) e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.

E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas
que compõem o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

E.2 Desempenho térmico


E.2.1 Valores máximos de temperatura

O valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, tais como,
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros
equipamentos em geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.3.1. Para maior conforto
dos usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores apresentados na
Tabela E.1.

Tabela E.1 – Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão


Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,máx.  Te,máx. Ti,máx.  Te,máx.
I Ti,máx.  (Te,máx. – 2 °C) Ti,máx.  (Te,máx. – 1 °C)
Ti,máx.  (Te,máx. – 2 °C) e
S Ti,máx.  (Te,máx. – 4 °C)
Ti,mín.  (Te,mín. + 1 °C)
Ti,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os métodos de avaliação estão estabelecidos em 11.3.

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E.2.2 Valores mínimos de temperatura

Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, tais


como, salas e dormitórios, em um dia típico de inverno, devem ser sempre maiores do que o
estabelecido em 11.4.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I)
e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.2.

Tabela E.2 – Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

Nível de Critério
desempenho Zonas bioclimáticas 1 a 51 Zonas bioclimáticas 6, 7 e 8
M Ti,mín.  (Te,mín. + 3 °C)
Nestas zonas, este critério não
I Ti,mín.  (Te,mín. + 5 °C)
precisa ser verificado
S Ti,mín.  (Te,mín. + 7 °C)
Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os métodos de avaliação são estabelecidos em 11.4.

E.3 Desempenho lumínico


E.3.1 Iluminação natural

Contando unicamente com iluminação natural, os níveis gerais de iluminamento nas diferentes
dependências do edifício habitacional devem atender ao disposto para iluminação em 13.2.1 e 13.2.2.
Para maior conforto dos usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S) os
valores apresentados na Tabela E.3 e Tabela E.4.

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Tabela E.3 – Níveis de iluminamento natural


Iluminamento geral para os níveis de desempenho
Dependência lux
M* I S
Sala de estar
Dormitório
 60  90  120
Copa/cozinha
Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à
unidade
Não requerido  30  45
Corredor de uso comum (prédios)
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.2.1.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos para as dependências situadas no pavimento
térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos
valores especificados na tabela acima (diferença máxima de 20 % em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham
iluminação natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender às condições mínimas requeridas pela legislação local.

Os métodos de avaliação e premissas de projeto requeridos são estabelecidos em 13.2.1.

Tabela E.4 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitação


FLD (%) para os níveis de desempenho
Dependência
M* I S
Sala de estar
Dormitório
 0,50 %  0,65 %  0,75 %
Copa/cozinha
Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Não
Corredor de uso comum (prédios)  0,25 %  0,35 %
requerido
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.2.2.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos para as dependências situadas no
pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância ligeiramente
inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferença máxima de 20 % em qualquer
dependência).
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham
iluminação natural.

Os métodos de avaliação e premissas de projeto requeridos são estabelecidos em 13.2.2.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 66/XX


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E.3.2 Iluminação artificial

Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por
iluminação artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuários,
recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.5.

Tabela E.5 – Níveis de iluminamento geral para iluminação artificial


Iluminamento geral para os níveis de desempenho
Dependência lux
M* I S
Sala de estar
Dormitório
Banheiro
 100  150  200
Área de serviço
Garagens/estacionamentos internos e
cobertos
Copa/cozinha  200  300  400
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios)  100  150  200
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos descobertos  20  30  40
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.3.1.

E.4 Durabilidade e manutenibilidade


E.4.1 Generalidades

As recomendações relativas aos níveis de desempenho mais exigentes que o mínimo para a vida útil de
projeto estão detalhadas no Anexo C.

E.5 Desempenho acústico


E.5.1 Ruídos gerados por equipamentos prediais

Este item visa informar em caráter não obrigatório níveis de desempenho acústico aos ocupantes
quando são operados equipamentos instalados nas dependências da edificação. Equipamentos
individuais cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (por exemplo, caixa d’água em
habitações unifamiliares, trituradores de alimento em cozinha, etc.) não podem ser avaliados por esse
requisito; trata-se somente de equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros que não o
próprio usuário da unidade habitacional a ser avaliada.

O método consiste em medir o nível de pressão sonora durante um ciclo de operação do aparelho
hidrossanitário. A avaliação deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou
abaixo do local onde o equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do
aparelho (ruído emitido). A medição deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de
entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas.

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Este requisito visa proporcionar adequação acústica aos ocupantes quando são operados
equipamentos instalados nas dependências da edificação, tais como elevadores e suas casas de
máquinas, sistemas coletivos de exaustão/ventilação e pressurização de “shafts”, sistemas de
refrigeração e calefação, geradores (quando não emergenciais) e portões automatizados. Ruídos de
equipamentos hidrossanitários são tratados na ABNT NBR 15575-6.

Equipamentos individuais cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (por exemplo,
trituradores de alimento em cozinha, persianas elétricas, exaustão de banheiros ou lavabos, etc.) não
podem ser avaliados por esse requisito; trata-se somente de equipamentos de uso coletivo ou
acionados por terceiros que não o próprio usuário da unidade habitacional a ser avaliada.

A medição do desempenho acústico deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado,
acima ou abaixo do local onde o equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o
acionamento do equipamento (ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos
banheiros, dormitórios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais
fechadas.

NOTA Geradores de emergência, sirenes, bombas de incêndio e outros dispositivos com acionamento em
situações de emergência não podem ser contemplados neste requisito.

E.5.2 Descrição dos métodos: Método de engenharia e método simplificado de campo

O método de engenharia determina, em campo, de forma rigorosa, os níveis de pressão sonora de


equipamento predial em operação. O método é descrito na ISO 16032.

O método simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressão sonora de
equipamento predial em operação em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para
medir o tempo de reverberação no ambiente de medição, ou quando as condições de ruído ambiente
não permitem obter este parâmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10052.

E.5.2.1 Parâmetros de avaliação

Os parâmetros de verificação utilizados nesta Norma constam na Tabela E.6.

Tabela E.6 – Parâmetros acústicos de verificação


Símbolo Descrição Norma Aplicação
Nível de pressão sonora equivalente, Ruído gerado durante a operação de
LAeq,Nt ISO 16032
padronizado de equipamento predial equipamento predial
Nível de pressão sonora máximo, Ruído gerado durante a operação de
LASmáx.,nT ISO 16032
padronizado de equipamento predial equipamento predial
Nível de pressão sonora equivalente
Nível de ruído no ambiente, com o
LAai no ambiente interno, com ISO 16032
equipamento fora de operação
equipamento fora de operação

E.5.2.2 Operação do equipamento

O equipamento é operado conforme a ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operação. As
condições de operação do equipamento e os procedimentos de medição constam nas ISO 16032 e ISO
10052. Para a realização dos ensaios, o ciclo de operação do produto deve atender aos critérios
especificados na Norma Brasileira respectiva ao mesmo, tais como, potência ou velocidade mínima e
máxima de operação; tempo de acionamento, etc.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 68/XX


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E.5.2.3 Níveis de pressão sonora de equipamento predial

Métodos de avaliação

Devem ser avaliados os dormitórios das unidades habitacionais autônomas. As portas e janelas devem
estar fechadas durante as medições. Se o nível de ruído máximo no ambiente interno, com
equipamento fora de operação, LAai, no momento da medição, for superior aos valores da Tabela E.7, o
equipamento em questão deve ser avaliado em outro horário mais silencioso em que seja possível a
medição.

Devem ser obtidos o nível de pressão sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de
operação do equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressão sonora máximo, LASmáx.,nT, do ruído
gerado pela operação do equipamento. O ciclo de operação do produto deve atender aos critérios
especificados na Norma Brasileira respectiva ao produto. Devem ser atendidos simultaneamente os
critérios de 12.4.1 e 12.4.2.

E.5.2.4 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT

Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela E.7.

Tabela E.7 – Valores máximos do nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT, medido
em dormitórios
LAeq,NT
Nível de desempenho
dB(A)
≤ 30 S
≤ 34 I
≤ 37 M

E.5.2.5 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora máximos, LASmáx.,nT

Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela E.8.

Tabela E.8 – Valores máximos do nível de pressão sonora máximo, LASmáx.,nT, medido em
dormitórios
LASmáx.,nT
Nível de desempenho
dB(A)
≤ 36 S
≤ 39 I
≤ 42 M

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 69/XX


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Anexo F
(Informativo)

Dimensões mínimas e organização funcional dos espaços

Este Anexo visa apresentar como sugestão algumas das possíveis formas de organização dos cômodos
e dimensões compatíveis com as necessidades humanas.

Recomenda-se que os projetos de arquitetura de edifícios habitacionais prevejam no mínimo a


disponibilidade de espaço nos cômodos do edifício habitacional para colocação e utilização dos móveis
e equipamentos-padrão listados na Tabela F.1, cujas dimensões são informadas na Tabela F.2.

Tabela F.1 – Móveis e equipamentos-padrão


Atividades essenciais/Cômodo Móveis e equipamentos-padrão
Dormir/Dormitório de casal Cama de casal + guarda-roupa + criado-mudo (mínimo 1)
Dormir/Dormitório para duas pessoas Duas Camas de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo ou
(2º Dormitório) mesa de estudo
Dormir/Dormitório para uma pessoa
Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo
(3º Dormitório)
Estar Sofá de dois ou três lugares + armário/estante + poltrona
Fogão + geladeira + pia de cozinha + armário sobre a pia +
Cozinhar
gabinete + apoio para refeição (2 pessoas)
Alimentar/tomar refeições Mesa + quatro cadeiras
Lavatório + chuveiro (box) + vaso sanitário
Fazer higiene pessoal
NOTA No caso de lavabos, não é necessário o chuveiro.
Tanque (externo para unidades habitacionais térreas) +
Lavar, secar e passar roupas
máquina de lavar roupa
Estudar, ler, escrever, costurar, reparar e
Escrivaninha ou mesa + cadeira
guardar objetos diversos

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 70/XX


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Tabela F.2 – Dimensões mínimas de mobiliário e circulação


Mobiliário
Dimensões Circulação
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Sofá de 3 lugares com
1,70 0,70
braço
Sofá de 2 lugares com
1,20 0,70 A largura mínima da sala de estar
braço
Prever espaço de 0,50 deve ser de 2,40 m
Poltrona com braço 0,80 0,70 m na frente do assento, Número mínimo de assentos
Sofá de 3 lugares sem para sentar, levantar e determinado pela quantidade de
1,50 0,70 circular. habitantes da unidade,
Sala de estar braço
considerando o número de leitos
Sofá de 2 lugares sem
1,00 0,70
braço
Poltrona sem braço 0,50 0,70
Estante/armário para TV 0,80 0,50 0,50 m Espaço para o móvel obrigatório
Mesinha de centro ou
– – – Espaço para o móvel opcional
cadeira
Mesa redonda para 4 D=

lugares 0,95
A largura mínima da sala de
Mesa redonda para 6 D= estar/jantar

lugares 1,20 e da sala de jantar (isolada) deve
Circulação mínima de ser de
Sala estar/jantar Mesa quadrada para 4
1,00 1,00 0,75 m a partir da borda 2,40 m
Sala de lugares
da mesa (espaço para Mínimo: 1 mesa para 4 pessoas.
jantar/copa Mesa quadrada para 6
1,20 1,20 afastar a cadeira e É permitido leiaute com o lado
Copa/cozinha lugares levantar) menor da mesa encostado na
Mesa retangular para 4 parede, desde que haja espaço
1,2 0,80
lugares para seu afastamento, quando da
utilização
Mesa retangular para 6
1,50 0,80
lugares
Pia 1,20 0,50 Largura mínima da cozinha: 1,50
Circulação mínima de m
Fogão 0,55 0,60 0,85 m frontal à pia,
fogão e geladeira Mínimo: pia, fogão e geladeira e
Geladeira 0,70 0,70 armário
Cozinha
Armário sob a pia e
– – – Espaço obrigatório para móvel
gabinete
Apoio para refeição (2
– – – Espaço opcional para móvel
pessoas)
Cama de casal 1,40 1,90 Mínimo: 1 cama, 2 criados-mudos
e 1 guarda-roupa
Dormitório casal Criado-mudo 0,50 0,50 Circulação mínima
entre o mobiliário e/ou É permitido somente 1 criado-
(dormitório
paredes de mudo, quando o 2º interferir na
principal)
Guarda-roupa 1,60 0,50 0,50 m abertura de portas do guarda-
roupa
Camas de solteiro 0,80 1,90 Circulação mínima
entre as camas de 0,60
Criado-mudo 0,50 0,50 m
Dormitório para 2 Mínimo: 2 camas, 1 criado-mudo e
pessoas Demais circulações, 1 guarda-roupa
(2º dormitório) Guarda-roupa 1,50 0,50 mínimo de
0,50 m.
Mesa de estudo 0,80 0,60 – Espaço para o móvel opcional

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 71/XX


ABNT/CB–02
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15575–1
JUL 2012

Tabela F.2 (continuação)


Mobiliário
Dimensões Circulação
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Cama de solteiro 0,80 1,90 Circulação
mínima entre o
Dormitório para 1 Criado-mudo 0,50 0,50 Mínimo: 1 cama, 1 guarda-roupa e
mobiliário e/ou
pessoa 1 criado-mudo
paredes de
(3º dormitório) Armário 1,20 0,50 0,50 m
Mesa de estudo 0,80 0,60 – Espaço para o móvel opcional
Lavatório 0,39 0,29
Lavatório com bancada 0,80 0,55
Circulação
Vaso sanitário (caixa 0,60 0,70 mínima de 0,4 m Largura mínima do banheiro:
acoplada) frontal ao 1,10 m, exceto no box
Banheiro lavatório, vaso e Mínimo: 1 lavatório, 1 vaso e 1 box
Vaso sanitário 0,60 0,60
bidê
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 – Peça opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulação
mínima de Mínimo: 1 tanque e 1 máquina
Área de serviço 0,50 m frontal ao (tanque de no mínimo 20 L)
Máquina de lavar roupa 0,60 0,65 tanque e
máquina de lavar

NOTA 1 Esta Norma não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a competência de formatar os ambientes
da habitação segundo o mobiliário previsto, evitando conflitos com legislações estaduais ou municipais que versam sobre dimensões
mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoção em projeto de móveis opcionais, as dimensões mínimas devem ser obedecidas.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 72/XX


ABNT/CB–02
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 15575–1
JUL 2012

Bibliografia

[1] ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e
unidades

[2] ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência
térmica e da condutividade térmica pelo método fluximétrico

[3] ASTM C1363, Standard Test Method for Thermal Performance of Building Materials and Envelope
Assemblies by Means of a Hot Box Apparatus

[4] ASHRAE. 2001. ANSI/ASHRAE Standard 140-2001, Standard Method of Test for the Evaluation of
Building Energy

[5] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. USA, Atlanta:
2001, Analysis Computer Programs

[6] Publicação IPT N° 1791, Fichas de características das madeiras Brasileiras, São Paulo, 1989

[7] Publicação IPT N° 1157, Métodos de Ensaios e Análises em Preservação de Madeiras, São Paulo

[8] Publicação IPT N° 2980, Madeiras – Uso sustentável na construção civil

[9] IBAPE/SP – 2007, Inspeção Predial

[10] Resolução N° 176, de 24/10/2000, Agência Nacional de Vigilância Sanitária

[11] Lei 8078 de 11/9/90, Código de Defesa do Consumidor

[12] Portaria N° 18, de 16 de janeiro de 2012, Serviço Público Federal – Ministério Do


Desenvolvimento, Indústria E Comércio Exterior – Instituto Nacional De Metrologia, Qualidade E
Tecnologia – Inmetro

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