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2) Este Projeto é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 7117:1981 quando
aprovado, sendo que nesse ínterim a referida Norma continua em vigor;
4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
5) Este Projeto de Norma deve ser diagramado conforme as regras de editoração da ABNT
quando de sua publicação como Norma Brasileira.
Participante Representante
Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
Scope
This Standard establishes the requirements for resistivity measurements and bedding of the soil
determination.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para medição da resistividade e determinação da estratificação do
solo.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
IEC 61010-1:2010, Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and
laboratory use – Part 1: General requirements.
IEC 61557-1, Electrical safety in low voltage distribution system up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Pat 1: General requirements
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5460 e os seguintes.
3.1
aterramento
ligação intencional de parte eletricamente condutiva à terra, através de um sistema de aterramento
3.2
condutor de aterramento
condutor ou elemento metálico que faz a ligação elétrica entre a instalação que deve ser aterrada e o
eletrodo de aterramento
3.3
corrente de interferência (no processo de medição de resistividade do solo)
qualquer corrente estranha ao processo de medição capaz de influenciar seus resultados
3.4
eletrodo de aterramento
condutor nu ou envolto em material parcialmente condutor (concreto e outros) enterrado no solo com
função de dissipação de corrente
3.5
eletrodo natural de aterramento
elemento condutor ligado diretamente à terra cuja finalidade original não é de aterramento, mas que se
comporta naturalmente como um eletrodo de aterramento
3.6
malha de aterramento
conjunto de condutores, interligados e enterrados no solo
3.7
potenciais perigosos
potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomado como referência
3.8
resistência de aterramento (de um eletrodo)
resistência ôhmica entre o eletrodo de aterramento e o terra de referência
3.9
resistividade aparente do solo
resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com característica de
resistividade homogênea ou estratificado em camadas, cujo valor é utilizado para o cálculo da
resistência de aterramento desse sistema
3.10
resistividade elétrica do solo, resistência específica do solo ou, simplesmente, resistividade do
solo
resistência entre faces opostas do volume do solo, consistindo de um cubo homogêneo e isótropo cuja
aresta mede uma unidade de comprimento
3.11
resistividade média do solo a uma dada profundidade
valor de resistividade resultante da avaliação das condições locais e do tratamento estatístico dos
resultados de diversas medições de resistividade do solo para aquela profundidade, efetuada numa
determinada área ou local, e que possa ser considerado como representativo das características
elétricas do solo
3.12
sistema de aterramento
conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento interligados entre si, assim como partes
metálicas que atuem com a mesma função, tais como: pés de torre, armadura de fundações, estacas
metálicas e outros
3.13
tensão de passo
diferença de potencial entre dois pontos da superfície do solo, separados pela distância de um passo de
uma pessoa, considerado igual a 1,0 m
3.14
tensão de toque
diferença de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e um ponto da superfície do solo, separado
por uma distância horizontal equivalente ao alcance normal do braço de uma pessoa, e considerado
igual a 1,0 m
3.15
tensão máxima do sistema de aterramento
tensão máxima que um sistema de aterramento pode atingir relativamente ao terra de referência,
quando da ocorrência de injeção de corrente para o solo
3.16
terra de referência
região do solo suficientemente afastada da zona de influência de um eletrodo ou sistema de
aterramento, tal que a diferença de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido à corrente
que circula pelo eletrodo para a terra, seja desprezível. É uma superfície praticamente equipotencial que
se considera como zero para referência de tensões elétricas
3.17
terra de referência para um eletrodo de aterramento (ou ponto remoto)
região do solo suficientemente afastada da zona de influência de um eletrodo ou sistema de
aterramento, tal que a diferença de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido à corrente
que circula pelo eletrodo para a terra, seja desprezível. É uma superfície praticamente eqüipotencial que
se considera como zero para referência de tensões elétricas
4 Geral
4.1 Composição do solo
O solo é um meio geralmente heterogêneo, de modo que o valor de sua resistividade varia de local para
local em função do tipo, nível de umidade, profundidade das camadas, idade de formação geológica,
temperatura, salinidade e outros fatores naturais, sendo também afetado por fatores externos como
contaminação e compactação. Exemplos de variação da resistividade em função de alguns destes
parâmetros são mostrados na Tabela 1 e na Figura 1.
corrosivos.
ρ (Ω
Ω m) ρ (Ω
Ωm)
5000 5000
1000 1000
500 500
100 100
50 50
ρ (Ω
Ω m)
5000
1000
500
100
50
5 Condições específicas
5.1 Medição de resistividade do solo
Em geral, o solo é constituído por diversas camadas, cada uma apresentando um certo valor de
resistividade e uma espessura própria.
Legenda
ρ1, e1 Resistividade e espessura da camada de número 1
ρ2, e2 Resistividade e espessura da camada de número 2
ρ3, e3 Resistividade e espessura da camada de número 3
ρ4, e4 Resistividade e espessura da camada de número 4
Figura 2 — Solo real (a) e solo estratificado (b)
Considerando-se, portanto, a heterogeneidade do solo, verificada pela variação de sua resistividade à
medida em que suas camadas são pesquisadas, há necessidade de se procurar meios e métodos que
determinem essas variações, sem que seja necessário lançar mão de prospecções geológicas, o que,
decerto, inviabilizaria os estudos para implantação de sistemas de aterramento. Assim sendo, foram
desenvolvidos métodos de prospecção geoelétricos que se caracterizam pela facilidade operacional e
precisão fornecidas. A complexidade adicional causada pelos solos não uniformes é comum, e apenas
em poucos casos a resistividade é constante com o aumento da profundidade, ou seja, homogênea.
Basicamente, os métodos que utilizam sondagem elétrica procuram determinar a distribuição vertical de
resistividade, abaixo do ponto em estudo, resultando então em camadas horizontais, geralmente
causadas por processos sedimentares.
Em função de pesquisas já realizadas pode-se dizer que metade da corrente injetada no solo, circula
acima de uma profundidade igual à metade da distância entre eletrodos, e que grande parte da corrente
flui acima da profundidade igual à separação entre eles. Para estas conclusões pressupõe-se a
condição de solos homogêneos, não sendo as mesmas válidas para solos estratificados, nos quais a
densidade de corrente varia de acordo com a distribuição de resistividades.
Estratificações oblíquas e verticais, derivadas de acidentes geológicos, não são objeto de estudo desta
norma.
Dispondo-se de dois eletrodos de corrente pelos quais se faz circular uma corrente I, e de dois eletrodos
de potencial que detectarão uma diferença de potencial V, pode-se mostrar que a resistividade do solo é
proporcional a V/I, sendo o fator de proporcionalidade uma função do método empregado.
arranjo de Lee
arranjo de Wenner
Este método também conhecido como “método de três eletrodos” consiste de um ensaio de resistência
de terra executado para várias profundidades (L) do eletrodo de ensaio de diâmetro (d). O valor da
resistência medida (Rm) refletirá a variação da resistividade, relativa ao incremento de profundidade.
Usualmente, o eletrodo de ensaio é uma haste pela facilidade da cravação desta no solo.
As medições citadas podem ser executadas usando um dos métodos para medição da resistência de
aterramento, descritos na ABNT NBR 15749.
Este método supõe que o aterramento a ser ensaiado é composto de uma haste de aterramento de
comprimento L. O raio r da haste é pequeno ao se comparar com L. Os valores de resistividade obtidos
com esse método são médios e não podem ser extrapolados.
A resistência de aterramento de uma haste enterrada em um solo uniforme, para fins práticos é dada
pela equação:
ρ 4L
R= ln( ) − 1) (1)
2π ⋅ L r
Dependendo das aproximações usadas para cada comprimento L da haste, o valor R da resistência
média determina o valor da resistividade aparente que, quando plotado em função de L, fornece uma
ajuda visual para determinação da variação da resistividade do solo com a profundidade.
É o método mais aplicado para medição da resistividade média de grandes volumes de terra. Pequenos
eletrodos são cravados no solo a pequenas profundidades, alinhados e espaçados em intervalos não
necessariamente iguais. A corrente de ensaio I é injetada entre os dois eletrodos externos e a diferença
de potencial V é medida entre os dois eletrodos internos com um potenciômetro ou um voltímetro de
alta impedância, conforme Figura 3. A resistividade é dada pela equação (2):
2π V
ρ1 = × (2)
1 1 1 1 I
+ − −
d1 d 3 (d1 + d 2 ) (d 2 + d 3 )
Legenda
I corrente entre os eletrodos de corrente C1 e C2
V diferença de tensão entre os eletrodos de potencial P1 e P2
d1 distância entre os eletrodos C1 e P1
d2 distância entre os eletrodos P1 e P2
d3 distância entre os eletrodos C2 e P2
b profundidade de cravação dos eletrodos
Figura 3 — Método dos quatro eletrodos (geral)
Algumas variações do método dos quatro eletrodos são apresentadas a seguir.
d1 + d 2 + d 3
H= (3)
3
Onde
2π × d 1 × (d1 + d 2 ) V
ρ (H ) = × (4)
d2 I
Em particular, se d1 = d2:
V
ρ = 4 × π × d1 × (5)
I
Legenda
I corrente
P1 e P2 eletrodos de potencial
C1 e C2 eletrodos de corrente
d1 distância entre os eletrodos C1 e P1
d2 distância entre os eletrodos P1 e P2
d3 distância entre os eletrodos C2 e P2
ρ1 resistividade aparente da primeira camada
Figura 4 — Arranjo do eletrodo central
É um arranjo que requer duas medidas por espaçamento e permite detectar variações nas espessuras
das camadas do solo, conforme Figura 5.
Legenda
I corrente
P1 e P2 terminais de potencial para as medições comparativas entre os eletrodos: A – B e B – C
C1 e C2 eletrodos de corrente
a distância entre os eletrodos
Figura 5 — Arranjo de Lee (ou das 5 hastes)
VAB
1ª medição: ρ1a = 4 ρ a ×
I
VBC
2ª medição: ρ1a = 4 ρ a ×
I
Neste arranjo os eletrodos são igualmente espaçados, como mostrado na Figura 8. C1 e C2 são os
eletrodos de corrente. A tensão é medida entre os eletrodos P1 e P2 do arranjo. Sendo a a distância
entre eletrodos adjacentes e b a profundidade de cravação destes, a resistividade em função de a e b é
dada por:
V
4 ×π × a ×
ρ= I (6)
2a a
1+ −
2 2
a + 4b a + b2
2
I V I
P1 P2
C1 a a a C2
Ponto
Ponto b
central
centra
Figura 8 — Arranjo de Wenner
Na prática são usados quatro eletrodos localizados em uma linha reta em intervalos a, enterrados a
uma profundidade que não exceda 10 % de a. Quando b ≤ a/10, a equação se torna a equação (7):
V
ρ (a) = 2π × a (7)
I
Os eletrodos do instrumento devem estar sempre firmes e com boa aderência ao solo; solos arenosos
ou rochosos podem requerer adição de água ao redor do eletrodo para facilitar o contato elétrico.
Um conjunto de leituras, tomadas com vários espaçamentos entre hastes, resulta em um conjunto de
resistividades que, quando plotadas em função do espaçamento, indica a variação da resistividade com
a profundidade.
O número mínimo de linhas de medição, os croquis recomendados para áreas com diversos tamanhos
e formatos, bem como o procedimento de medição para o arranjo de Wenner, são apresentados no
Anexo A.
O arranjo de Schlumberger é uma disposição para o método dos 4 pontos onde o espaçamento central
é mantido fixo (normalmente igual a 1,0 m), conforme Figura 9, enquanto os outros espaçamentos
variam de forma uniforme. Daí, uma alta sensibilidade na medição dos potenciais é necessária,
especialmente se a fonte do terrômetro é de baixa potência.
u2 − v 2 ∞
ρ as (u,v ) = ρ1 × 2
× ∫0 K (x ) × (J 0 (xu − xv ) − J 0 (xu + xv ))dx (8)
2×v
onde,
Para medir resistividades com grandes espaçamentos, especialmente em terrenos de alta resistividade
(da ordem de ou superior a 3 000 Ω×m), pode ser usado o arranjo mostrado na Figura 10, com os
eletrodos de potencial situados muito próximos aos eletrodos de corrente correspondentes para
melhorar a resolução da medida da tensão. Mesmo assim, os terrômetros convencionais, de baixa
potência (com corrente compatível com a sensibilidade do aparelho), dificilmente operam de forma
eficiente.
Legenda
A Amperímetro
V Voltímetro
π × d (c + d ) V
ρ= × (9)
c I
Uma medição é definida como o conjunto de leituras obtidas em uma mesma direção de cravamento e
diversos espaçamentos entre hastes, conforme 5.1.2.4.
A localização dos pontos e das direções das medições dependem da geometria da área e das
características locais. O número mínimo de linhas de medição bem como os croquis recomendados
para medições em áreas retangulares são apresentados na Tabela 2.
2
NOTA Para medições em áreas acima de 20 000 m recomenda-se dividir o terreno remanescente em áreas
2
de até 10 000 m , acrescentando-se linhas de medição equivalentes às descritas na tabela adicional. Assim, para
2
uma área de 25 000 m executa-se (6 + 4) = 10 linhas de medição.
A=B B A C
Figura(a)
16 - (a) Figura(b)16 - (b)
A E
B C D B A D
C
(d)
Figura(c)16 - (c) Figura 16 - (d)
E
F A=B D
Figura(e)
16 - (e)
Legenda
A,B,C,D,E,F Linhas de medição
Além da área, outros aspectos devem ser observados na determinação do número de medições,
ressaltando-se:
As variações entre os resultados obtidos nas diversas linhas de medição para uma mesma
distância entre eletrodos; quanto maior a discrepância entre os resultados, maior deve ser o
número de linhas de medição.
Deve ser considerada a variação sazonal da resistividade do solo, devendo ser realizada uma medição
no período mais crítico;
De maneira geral, a situação mais crítica é a de solo seco, que ocorre após um período de 7 dias sem
chuvas. Esse período deve ser observado sempre para comprovação da situação mais crítica, caso seja
necessária;
Para estimativa de projeto ou casos especiais podem ser efetuadas medições com o solo na situação
que não seja a mais crítica. Uma medição posterior é necessária, caso acordado entre as partes;
Em áreas onde seja necessário corrigir o nível do terreno, pelo menos uma das medições deverá ser
realizada após a conclusão da terraplenagem;
Pontos de uma mesma área em que sejam obtidos valores de resistividade com desvio superior a 50 %
em relação ao valor médio das medições realizadas podem vir a caracterizar uma sub-área específica,
devendo ser realizadas medições complementares ao seu redor, para ratificação do resultado; se isso
não for possível, considerar a conveniência de descartar a linha de medição;
Para projetos de linhas de transmissão devem ser realizadas duas medições em direções ortogonais
nos pontos escolhidos, preferencialmente no sentido longitudinal ao encaminhamento da linha de
transmissão e outra perpendicular, que devem coincidir com a localização das estruturas;
Cada linha de medição deve possuir no mínimo 5 medidas com distâncias diferentes entre eletrodos;
A linha de medição deve ser prospectada a partir de uma distância entre eletrodos de 1 m e prosseguir,
se possível, em potência de 2, a saber: 1; 2; 4; 8; 16... m. Podem ser utilizadas distâncias entre
eletrodos intermediárias.
Condições diferentes das acima indicadas só podem ser definidas sob justificativas técnicas e após
expressa concordância entre os agentes envolvidos, observadas as condições específicas do local.
Na execução das medições deve-se anotar todas as características locais e os resultados obtidos em
planilhas como a apresentada no Anexo B.
não fazer medições sob condições atmosféricas adversas, tendo-se em vista a possibilidade de
ocorrência de descargas atmosféricas;
utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) compatíveis com o tipo e o local da medição a
ser realizada;
A interpretação dos resultados obtidos no campo é a parte mais crítica do processo de medição e,
conseqüentemente, necessita maiores cuidados na sua validação. Como já mencionado, a variação da
resistividade do solo pode ser grande e complexa por causa da sua heterogeneidade. Exceto para
alguns casos é essencial estabelecer uma equivalência simples para a estrutura do solo. Esta
equivalência depende:
do método usado;
Para a maioria das aplicações, o modelo da redução a duas camadas equivalentes é adequado,
dispensando detalhamento matemático mais complexo.
A interpretação do método dos quatro eletrodos é similar àquela do método de profundidade já descrito.
No caso do arranjo de Wenner, a resistividade medida é registrada em função do espaçamento a do
eletrodo. A curva resultante indica a estrutura do solo. A interpretação da curva obtida pode indicar
desvios nas medições ou necessidade de informação adicional sobre o solo, inclusive de medições em
profundidades adicionais.
coeficiente de reflexão k.
∞
kn kn
ρ (a)= ρ1 1 + 4∑ 2
−
2 (10)
n −1
h h
1 + 2n 4 + 2n
a a
ρ 2 − ρ1
k= (11)
ρ 2 + ρ1
O método semiesférico pode ser empregado para avaliar a resistividade aparente em malhas de
aterramento situadas em estratificações horizontais e com componentes verticais (beira de rios em
malhas de usinas, por exemplo).
Este método considera uma malha de terra com raio equivalente r instalada na superfície de uma calota
semi-esférica (Figura 13) de solo estratificado em duas camadas radiais, com resistividade inicial ρ1, de
espessura d, e resistividade da segunda camada ρ2. Ver Figura 13.
a b
d
ρ1
ρ2
ρ2
−1
ρ2 ρ1
= 1+ (12)
ρ1 d 2
1+
a
A partir desta expressão, para diversas condições de r/d e ρ2/ρ1 são construídas as curvas da
Figura 14.
Com o valor r/d, intercepta-se (ou interpola-se) a curva correspondente de ρ2/ρ1 e desta forma obtém-se
o valor de ρa/ρ1. O produto deste valor com ρ1 fornecerá ρa.
Neste modelo, a camada de resistividade mais elevada mantém maior influência na resistividade
aparente, para quaisquer valores de r/d.
100 100
50
20
10 10
ρa/ρ
ρ1
2
ρ2/ρ
ρ1
1 1
0,5
0,2
0,1
0,1
0,05
0,02
0,01
0,01
0,01 0,1 1 10 100
r/d
6 Estratificação do solo
6.1 Métodos gráficos
O método das curvas padrão e auxiliar, detalhado em A.2, aplica-se a solos de duas ou mais camadas.
As curvas padrão, conforme Sunde, para o arranjo de Wenner (aw) em duas camadas obedecem a
equação (13):
∞
ρ aw (a ) = ρ1 × 2 × a × ∫0 K (x )(J 0 (x × a ) − J 0 (2 × x × a ))dx (13)
onde
a é o espaçamento;
x é a variável de integração.
A função K(x), para as curvas padrão em solos de duas camadas, é dada por:
1 + k ⋅ e −2⋅x ⋅h
K(x) = (14)
1 − k ⋅ e −2⋅x ⋅h
onde k é o coeficiente de reflexão entre as resistividades das camadas 1 e 2 obtido pela equação 11 e h
é a espessura da primeira camada.
Para solos com mais de duas camadas é necessária a utilização de curvas auxiliares.
A solução das equações 13 e 14 pode ser uma tarefa complexa, o que motiva o desenvolvimento de
métodos computacionais para a estratificação de solos.
Os softwares existentes estratificam o solo em camadas e são adequados à grande maioria dos casos.
No entanto, a utilização de programas computacionais não exime o projetista da interpretação física dos
resultados para verificar a aplicabilidade da modelagem obtida do solo.
A parte contratual que recebe as medições e as estratificações do solo pode especificar limites ou
condições que venham a comprovar as interpretações físicas dadas à modelagem obtida.
Ncam = 1 + Npi
Onde Npi é o número de pontos de inflexão da curva; assim, um solo homogêneo tem como curva uma
reta, um solo de duas camadas tem uma curva com um ponto de inflexão etc., ou, visto de outra forma,
uma curva com um ponto de inflexão significa um solo de duas camadas.
Solo
homogêneo
Com 2 camadas
Com 3 camadas
Com 4 camadas
Legenda
ρ Resistividade
a Distância entre eletrodos
Anexo A
(normativo)
método simplificado;
método de Pirson;
2º método de Tagg.
Este método é apropriado para solos de duas camadas. A curva ρ = f(a) deve ter uma das formas
típicas indicadas na Figura A.1.
prolongar a curva ρ×a até interceptar o eixo das ordenadas, o qual indica o valor da resistividade da
camada superior do solo (ρ1);
traçar a assíntota à curva ρ×a e prolongá-la até o eixo das ordenadas, indicando o valor da
resistividade da camada inferior do solo (ρ2);
calcular ρm = Mo×ρ1;
O exemplo abaixo é para ρ2/ρ1 = 4. A Tabela A.1 fornece Mo = 1, 26. Então, da Figura A.2 obtem-
se:
ρm = 1,26×ρ1 → h ≈ 2,7 m
traçar a curva ρ×a, em papel transparente (A5), com escala bilogarítmica de módulo idêntico ao das
curvas-padrão e auxiliares;
colocar a curva ρ×a sobre as curvas padrão e pesquisar a que mais se identifica com o primeiro
trecho da curva ρ×a, mantendo-se os eixos paralelos;
marcar a origem das curvas padrão no gráfico ρ×a, chamando este ponto de pólo 01 e anotar a
relação ρ2/ρ1;
na curva ρ×a são lidas as coordenadas do pólo 01, que representam a profundidade , em a1 e a
resistividade da primeira camada do solo (ρ1);
a seguir colocar o pólo 01 da curva ρ×a sobre a origem das curvas auxiliares e tracejar a curva
auxiliar de relação ρ2/ρ1;
voltar às curvas-padrão mantendo sua origem sob a curva tracejada, até identificar uma outra
curva-padrão para o segundo trecho da curva ρ×a, mantendo-se os eixos paralelos;
marcar a origem das curvas-padrão no gráfico ρ×a, chamando este ponto de pólo 02 e anotar a
relação ρ3/ρ’2;
na curva ρ×a são lidas as coordenadas do pólo 02, que representam a profundidade a2 e a
resistividade ρ’2
10 ρ2/ρ
ρ1 = ∞ 50 20 15
10
9 9
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
ρ2/ρ
ρ1
3 3
2,5
2 2
1,5 1,5
1 1
0,9
0,8
0,7 1/1,5
0,6
0,5 1/2
0,4 1/2,5
1/3
0,3
1/4
0,2 1/5
1/6
0,15 1/7
1/8
0 1/15 1/10
0,1
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,5 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 40 50 60 70 80 90 100
a/d1
ρ2/ρ
ρ1 = ∞ 50 20 15
10
9 10
8
8
7
7
6
6
5
5
4 4
ρ2/ρ
ρ1
3 3
2,5
2 2
1,5 1,5
1 1
0,9
0,8
0,7 1/1,5
0,6
0,5 1/2
0,4 1/2,5
1/3
0,3
1/4
0,2 1/5
1/6
0,15 1/7
1/8
1/20 1/15
1/10
0,1
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,5 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 40 50 60 70 80 90 100
d2/d1
A estratificação pode ser resumida para maior clareza conforme a Figura A.6.
Legenda
ρ1 Resistividade da primeira camada d1 Espessura da primeira camada
ρ2 Resistividade da segunda camada d2 Espessura da segunda camada
ρA Resistividade da camada A dA Espessura da camada A
ρA+1 Resistividade da camada A+1 ∞ Infinito
a1 Profundidade até a segunda camada a2 Profundidade até a terceira camada
aA Profundidade até a camada A + 1
Figura A.6 – Estratificação do solo em n camadas
A.1.3 Método de Pirson
A partir da curva de resistividade ρ×a, construída conforme mostrado na Figura A.2 conforme o descrito
a seguir:
A.1.3.1 A resistividade da primeira camada, ρ1, é determinada através de uma série de medições com
pequenos espaçamentos de eletrodos (entre 1,5 m e 6,0 m), prolongando a curva média dos resultados
obtidos até encontrar o eixo das resistividades. A interseção da curva no eixo determina o valor de ρ1.
A.1.3.2 Supor um valor de a1, contido na primeira parte da curva ρ×a, determinando sua respectiva
resistividade ρ(a1). “As partes das curvas são definidas como trechos entre dois pontos de inflexão da
curva ρ×a dada”.
d2 ρ
= 0
da2
A.1.3.4 A partir da relação definida anteriormente, extrair das Tabelas A.2 ou A.3 a série de valores de
a/a1, dada em função da série de valores de k.
Valores de k negativo
a/a1
− 0,100 0 − 0,200 0 − 0,300 0 − 0,400 0 − 0,500 0 − 0,600 0 − 0,700 0 − 0,800 0 − 0,900 0 − 1,000 0
0,000 0 0,818 2 0,666 7 0.538 5 0,423 6 0,333 3 0,250 0 0,175 5 0,111 1 0,052 5 0,000 0
0,025 0 0,818 5 0,667 1 0,538 9 0,429 0 0,333 7 0,250 3 0,179 7 0,111 2 0,052 7 0,000 0
0,050 0 0,819 4 0,668 3 0,540 2 0,430 1 0,334 7 0,251 0 0,177 2 0,111 6 0,052 9 0,000 0
0,075 0 0,820 8 0,670 4 0,542 3 0,432 1 0,336 3 0,252 4 0,178 2 0,112 2 0,053 2 0,000 0
0,100 0 0,822 9 0,673 3 0,545 4 0,435 0 0,338 8 0,254 4 0,179 7 0,113 2 0,053 6 0,000 0
0,125 0 0,825 5 0,677 1 0,549 6 0,439 0 0,342 3 0,257 2 0,181 8 0,114 6 0,054 3 0,000 1
0,150 0 0,828 7 0,681 9 0,554 8 0,444 1 0,346 9 0,261 0 0,184 7 0,116 6 0,055 4 0,000 3
0,175 0 0,832 4 0,687 6 0,561 3 0,450 7 0,353 0 0,266 3 0,189 0 0,119 8 0,057 5 0,001 2
0,200 0 0,836 6 0,694 1 0,569 1 0,458 7 0,360 7 0,273 3 0,195 0 0,124 6 0,061 0 0,003 4
0,225 0 0,841 2 0,701 5 0,578 1 0,468 3 0,370 3 0,282 3 0,203 1 0,131 6 0,066 7 0,007 7
0,250 0 0,846 1 0,709 7 0,588 2 0,479 4 0,381 7 0,293 5 0,213 6 0,141 1 0,075 0 0,014 7
0,275 0 0,851 2 0,718 4 0,599 3 0,492 0 0,394 9 0,306 8 0,226 5 0,153 3 0,086 2 0,024 7
0,300 0 0,856 6 0,727 7 0,611 3 0,505 7 0,409 7 0,322 1 0,241 8 0,168 1 0,100 4 0,037 9
0,325 0 0,862 1 0,737 3 0,623 9 0,520 6 0,426 0 0,339 1 0,259 2 0,185 5 0,117 4 0,054 2
0,350 0 0,867 6 0,747 2 0,637 1 0,536 2 0,443 3 0,357 7 0,278 5 0,205 1 0,137 0 0,073 5
0,375 0 0,873 2 0,757 1 0,650 6 0,552 4 0,461 6 0,377 5 0,299 4 0,226 7 0,158 8 0,095 4
0,400 0 0,878 7 0,767 1 0,664 2 0,569 0 0,480 5 0,398 2 0,321 5 0,249 7 0,182 5 0,119 4
0,425 0 0,884 1 0,777 1 0,677 9 0,585 8 0,499 9 0,419 6 0,344 4 0,273 9 0,207 6 0,145 2
0,450 0 0,889 4 0,786 9 0,691 6 0,602 6 0,519 4 0,441 3 0,368 0 0,298 9 0,233 8 0,172 3
0,475 0 0,894 6 0,796 5 0,705 0 0,619 3 0,538 8 0,463 2 0,391 8 0,324 5 0,260 7 0,200 3
0,500 0 0,899 6 0,805 9 0,718 2 0,635 8 0,558 2 0,485 0 0,415 8 0,350 2 0,288 1 0,229 0
0,525 0 0,904 5 0,815 0 0,731 0 0,651 9 0,577 2 0,506 5 0,439 5 0,376 0 0,315 5 0,257 9
0,550 0 0,909 2 0,823 8 0,743 5 0,667 6 0,595 8 0,527 7 0,463 0 0,401 5 0,342 8 0,286 8
0,575 0 0,913 6 0,832 3 0,755 5 0,682 9 0,613 9 0,548 4 0,486 1 0,426 6 0,369 8 0,315 5
0,600 0 0,917 9 0,840 4 0,767 1 0,697 6 0,631 5 0,568 6 0,508 6 0,451 2 0,396 3 0,343 7
0,625 0 0,922 0 0,848 2 0,778 3 0,711 8 0,648 5 0,588 1 0,530 4 0,475 2 0,422 2 0,371 4
0,650 0 0,925 9 0,855 7 0,789 0 0,725 5 0,664 9 0,607 0 0,551 6 0,498 4 0,447 4 0,398 4
0,675 0 0,929 6 0,863 8 0,799 2 0,738 5 0,680 6 0,625 1 0,572 0 0,520 9 0,471 8 0,424 6
0,700 0 0,933 1 0,869 5 0,808 9 0,751 0 0,695 7 0,642 6 0,591 6 0,542 6 0,495 4 0,449 9
0,725 0 0,936 5 0,876 0 0,818 2 0,763 0 0,710 1 0,659 3 0,610 4 0,563 4 0,518 1 0,474 4
0,750 0 0,939 6 0,882 1 0,827 0 0,774 3 0,723 8 0,675 2 0,628 5 0,583 4 0,539 9 0,497 9
0,775 0 0,942 6 0,887 8 0,835 4 0,785 2 0,736 9 0,690 4 0,645 7 0,602 5 0,560 8 0,520 5
0,800 0 0,945 5 0,893 3 0,843 4 0,795 5 0,745 4 0,705 0 0,662 2 0,620 8 0,580 9 0,542 1
0,825 0 0,948 1 0,898 5 0,850 9 0,805 2 0,761 2 0,718 8 0,677 9 0,638 3 0,600 0 0,562 9
0,850 0 0,950 7 0,903 5 0,858 1 0,814 5 0,772 5 0,732 0 0,692 8 0,654 9 0,618 2 0,582 6
0,875 0 0,953 1 0,908 1 0,864 9 0,823 3 0,783 2 0,744 5 0,707 0 0,670 8 0,635 6 0,601 6
0,900 0 0,955 4 0,912 5 0,871 3 0,831 7 0,793 4 0,756 4 0,720 5 0,685 9 0,652 2 0,619 5
0,925 0 0,957 5 0,916 7 0,877 4 0,839 6 0,803 0 0,767 6 0,733 4 0,700 2 0,668 0 0,636 7
0,950 0 0,959 5 0,920 7 0,883 2 0,847 1 0,812 1 0,778 3 0,745 6 0,713 8 0,683 0 0,653 0
0,975 0 0,961 5 0,924 4 0,888 7 0,854 2 0,820 8 0,788 5 0,757 2 0,726 8 0,697 3 0,668 5
1,000 0 0,963 3 0,927 9 0,893 8 0,860 9 0,829 0 0,798 1 0,768 2 0,739 1 0,710 8 0,683 3
1,025 0 0,965 0 0,931 3 0,898 7 0,867 3 0,836 8 0,807 3 0,778 6 0,750 8 0,723 7 0,697 3
1,050 0 0,966 6 0,934 4 0,903 3 0,873 3 0,844 2 0,815 9 0,788 5 0,761 9 0,735 9 0,710 7
1,075 0 0,968 1 0,937 4 0,907 7 0,879 0 0,851 2 0,824 2 0,797 9 0,772 4 0,747 6 0,723 4
1,100 0 0,969 6 0,940 2 0,911 9 0,884 4 0,857 8 0,832 0 0,806 8 0,782 4 0,758 6 0,735 4
1,125 0 0,971 0 0,942 9 0,915 8 0,889 6 0,864 1 0,839 4 0,815 3 0,791 9 0,769 1 0,746 8
1,150 0 0,972 3 0,945 5 0,919 5 0,894 4 0,870 0 0,846 4 0,823 3 0,800 9 0,779 0 0,757 7
1,175 0 0,973 5 0,947 9 0,923 1 0,899 0 0,875 7 0,853 0 0,830 9 0,809 5 0,788 5 0,768 1
1,200 0 0,974 6 0,950 1 0,926 4 0,903 4 0,881 0 0,859 3 0,838 2 0,817 6 0,797 5 0,777 9
NOTA As tabelas foram elaboradas a partir da equação de 5.2.1, onde k = coeficiente de reflexão, dado por:
ρ n +1 − ρ n
k= (A.1)
ρn+1 + ρn
A.1.3.5 Multiplicar a série de valores de a/a1 pelo valor de a1 escolhido em A.1.3.2, obtendo-se uma
série de valores de a.
A.1.3.6 Esta série de valores de a, com os respectivos valores de k, deve ser lançada num gráfico k×a,
obtendo-se uma curva.
A.1.3.7 Repetir o procedimento desde A.1.3.2 até A.1.3.6, escolhendo um novo valor de a1 dentro da
primeira parte da curva.
A.1.3.8 As curvas obtidas em A.1.3.6 e A.1.3.7 devem se cruzar em dado ponto, que corresponde aos
valores reais de a1 e k1. Para assegurar a precisão dos valores de a1 e k1, o procedimento pode ser
repetido mais uma vez.
1 + k1
ρ 2 = ρ1 × (A.2)
1 − k1
A.1.3.11 Calcular a resistividade média ρ’2 das duas camadas de resistividade ρ1 e ρ2, paralelas, pela
equação de Hummel:
d1 + d 2 d1 d2
= + (A.3)
ρ2 ρ1 ρ2
A.1.3.12 Repetir o procedimento de A.1.3.2 a A.1.3.8. isto dá uma série de curvas de k×a. Elas vão
convergir num ponto que dá um valor de a2 e o coeficiente de reflexão k2, de acordo com a seguinte
equação A.4:
1+ k2
k 2 = (ρ 3 − ρ 2′ ) (ρ 3 + ρ 2′ )∴ ρ 3 = ρ 2 × (A.4)
1− k2
A.1.3.13 Se a convergência não ficar bem definida, repetir o procedimento desde A.1.3.11, usando o
valor de a2 obtido em A.1.3.12. Isto permite a obtenção de um resultado mais exato.
A.1.3.15 Calcular a resistividade média ρ’3 das três camadas em paralelo, ρ1, ρ2 e ρ3
d1 + d 2 + d 3 d1 d 2 d 3
= + + (A.5)
ρ 3′ ρ1 ρ 2 ρ 3
1+ k3
ρ 4 = ρ 3′ × (A.6)
1− k3
A.1.3.17 O processo pode ser repetido para todos os pontos de inflexão definidos na curva ρ×a.
Definida a curva de resistividade ρ×a (ver Figura A.2), prosseguir conforme descrito a seguir:
A.1.4.2 Escolher um valor de na1 e respectivo ρna1 no primeiro trecho da curva ρ×a (n > 1).
ρ a1
se a curva neste trecho for ascendente, ou
ρ na1
ρ na1
se a curva neste trecho for descendente
ρ a1
A.1.4.4 Para a relação calculada em A.1.4.3, calcular os valores de a/a1 a partir da equação dada em
A.1.3.4:
k = − 0,1; − 0,2; − 0,3; − 0,4; − 0,5; − 0,6; − 0,7; − 0,8; − 0,9 (curvas descendentes)
NOTA Para facilitar os cálculos, as Tabelas de A.4 a A.9 dão os valores ρa1, ρna1 e ρna1/ρa1, para n = 1,5; 2,0;
e 3,0.
A.1.4.7 Repetir A.1.4.1, escolhendo um novo a1 e respectivo ρa1, dentro do primeiro trecho da curva
ρ×a.
A.1.4.10 Substituir os valores de h = a1, k e ρa1 na equação 10 dada em 5.2.1 e calcular ρ1.
A.1.4.11 A partir do valor de ρ1 determinado para esta camada, proceder de acordo com o método de
Pirson na determinação das resistividades das demais camadas, iniciando os cálculos subsequentes
em A.1.3.2.
Anexo B
(informativo)
Os desvios máximos em relação à média aritmética estão todos dentro do valor admissível (50 %),
portanto, todos os pontos considerados.
B.1.2 A curva ρ×a está plotada na Figura B.1, de onde tiram-se os valores:
ρ1 = 3 550 Ωm
ρ2 = 630 Ωm
ρ2 630
= = 0,18
ρ1 3 550
B.1.5 Cálculo de ρm
2732
2500
2000
1500
1000
630
500
a R ρ
(m) (Ω) (Ω.m)
2 54,10 680
4 33,40 840
8 18,50 930
16 6,87 690
32 1,64 330
B.2.2 Com os valores obtidos acima, traça-se a curva ρ×a representativa do local.
B.2.4 Coloca-se a curva ρ×a sobre as curvas-padrão e encontra-se coincidência do trecho ascendente
com a curva-padrão de relação.
ρ2/ρ1 = 3
a1 = 0,69 m
ρ’1 = ρ1 = 340 Ωm
ρ2
= 3 ∴ ρ 2= 3 ρ 1= 3 × 340 = 1 020 Ω ⋅ m
ρ1
B.2.7 Coloca-se o gráfico ρ×a sobre as curvas auxiliares de modo que o pólo 01 coincida com a origem
das curvas auxiliares e copia-se (curva tracejada) a curva auxiliar de mesma relação ρ2/ρ1. No caso
ρ2/ρ1 = 3.
B.2.8 Volta-se às curvas-padrão, faz-se coincidir o pólo 01 com a origem destas e desliza-se a curva
tracejada sobre esta origem, até que se obtenha coincidência com o segundo trecho da curva ρ×a, ou
seja, com a curva-padrão de relação:
ρ2 1
=
ρ1 6
a2 = 15 m
ρ’2 = 900 Ωm
ρ3 1 ρ′ 900
= ∴ ρ 3= 2 = = 150 Ω ⋅ m
ρ ′2 6 6 6
ρ2 = 1020 Ω.m
ρ3 = 150 Ω.m
∞
Legenda
a R ρ
(m) (Ω) (Ω.m)
1 1 900 11 938
2 1 250 15 770
4 690 17 341
8 220 11 058
16 50 5 026
32 19 3 820
B.3.2 ρ1 é determinado extrapolando a curva ρ×a até encontrar o eixo das resistividades. Assim ρ1 = 8
600 Ω.m.
ρ1
B.3.3.1 Supondo a1 = 4 m, temos ρ(a1) = 17 341 Ω.m. Estabelecendo a relação já que neste
ρ (a1 )
trecho a curva ρ×a é ascendente (k > 0), tem-se:
ρ1 8 600
= = 0,495 9
ρ (a1 ) 17 341
ρ1
Utilizando a Tabela B.4 (k > 0), para = 0,495 9 , tem-se:
ρ (a1 )
K a/a1 (a/a1)×4
0,4 0,18 0,72
0,5 0,31 1,24
0,6 0,41 1,64
0,7 0,49 1,96
0,8 0,57 2,28
ρ (Ω.m)
18000
15000
10000
5000
3000
1 2 4 8 16 32
a (m)
Legenda
ρ Resistividade
a Distância entre os eletrodos
Figura B.3 – Curva ρ×a
ρ1 8 600
= = 0,720 4 , k > 0
ρ (a1 ) 11 938
ρ1
Utilizando a mesma Tabela B.4 para = 0,720 4 , tem-se:
ρ (a1 )
k a/a1 (a/a1)×1
0,2 0,23 0,23
0,3 0,46 0,46
0,4 0,60 0,60
0,5 0,72 0,72
0,6 0,81 0,81
0,7 0,89 0,89
0,8 0,98 0,98
B.3.3.3 Como a convergência não está definida, deve-se escolher um novo valor de a1. Assim, para
a1 = 2 m, tem-se ρ(a1) = 15,707 Ω.m.
ρ1 8 600
= = 0,547 5 , k > 0
ρ (a1 ) 15 707
ρ1
Utilizando a mesma = 0,547 5 , tem-se:
ρ (a1 )
k a/a1 (a/a1)×2
0,3 0,05 0,10
0,4 0,28 0,56
0,5 0,40 0,80
0,6 0,49 0,98
0,7 0,57 1,14
0,8 0,65 1,30
a1 = 0,64 m e k 1= 0,43
1 +k 1 1 + 0,43
ρ 2 = ρ1 = 8 600 = 21 575 Ω ⋅ m
1 −k 1 1 − 0,43
ρ 2' 12500
= = 0,7958 , k>0
ρ (a 2 ) 12707
k a/a2 (a/a2)×2
0,2 0,44 0,88
0,3 0,64 1,28
0,4 0,79 1,58
0,5 0,90 1,80
0,6 1,01 2,02
0,7 1,10 2,20
0,8 1,18 2,36
ρ ,2 12 500
= = 0,720 8 , k > 0
ρ (a2 ) 17 341
k a/a2 (a/a2)×4
0,2 0,23 0,92
0,3 0,46 1,84
0,4 0,60 2,40
0,5 0,72 2,88
0,6 0,81 3,24
0,7 0,89 3,56
a2 = 0,93 m e k2 =
Como a2 = d1 + d2 e d1 = 0,64
k 2 = 0,21
1 +k 2 1 + 0,21
ρ 3 = ρ 2× = 12 500 = 19 146 Ω ⋅ m
1 −k 2 1 − 0,21
B.3.5 Determinação de a3 e ρ.
B.3.5.1 Estimando a profundidade da 3º camada como sendo:
2
a 4 = d1 +d 2+d3 = × 8 = 5,33
3
d 3 = 5,33 − 0,64 − 0,29 = 4,4
ρ (a3 ) 11 058
= = 0,659 1 , k < 0
ρ ,3 16 778
k a/a3 (a/a3)×8
− 0,3 0,39 3,12
− 0,4 0,54 4,32
− 0,5 0,64 5,12
− 0,6 0,725 5,8
− 0,7 0,79 6,32
− 0,8 0,86 6,88
− 0,9 0,91 7,28
− 1,0 0,96 7,68
ρ (a3 ) 6 400
= = 0,381 4 , k < 0
ρ ,3 16 778
k a/a3 (a/a3)×12
− 0,5 0,25 3,0
− 0,6 0,39 4,68
− 0,7 0,47 5,64
− 0,8 0,54 6,36
− 0,9 0,59 7,08
− 1,0 0,63 7,56
ρ (a3 ) 7 500
= = 0,447 0 , k < 0
ρ ,3 16 778
k a/a3 (a/a3)×10
− 0,5 0,355 3,55
− 0,6 0,455 4,55
− 0,7 0,53 5,3
− 0,8 0,59 5,9
− 0,9 0,65 6,5
− 1,0 0,69 6,9
a3 = 4,4 m e k 3= −0,58
logo d 3= 4,4 − 0,29 − 0,64 = 3,47 m
k3 = −0,58
∴
1 − 0,58
ρ 4 = 16 778 = 4 460 Ω ⋅ m
1 + 0,58
B.3.6 Determinação de a4 e ρ5
2
B.3.6.1 a 4 = d1 +d 2+d 3 +d 4 = × 16 = 10,67
3
ρ (a4 ) 5 026
= = 0,803 5 , k < 0
ρ ,4 6 255
k a/a4 (a/a4)×16
− 0,3 0,69 11,0
− 0,4 0,82 13,1
− 0,5 0,925 14,8
− 0,6 1,02 16,3
− 0,7 1,09 17,4
ρ (a4 ) 3 820
= = 0,610 7 , k < 0
ρ ,4 6 255
k a/a4 (a/a4)×32
− 0,3 0,29 9,3
− 0,4 0,465 14,9
− 0,5 0,565 18,1
− 0,6 0,655 21,0
− 0,7 0,725 23,2
− 0,8 0,78 25,0
a4 = 11,8 m e k 4= −0,33
logo d 4= 11,8 − 4,4 = 7,4 m
k 4= −0,33
∴
1 − 0,33
ρ5 = 6 255 = 3 151 Ω ⋅ m
1 + 0,33
Anexo C
(normativo)
C.2.1
tensão de medida
tensão existente entre os bornes (ES) e (S) do equipamento de medição, conforme Figura C.1
C.2.2
tensão de interferência em modo série
tensão alheia ao sistema que está superposta à tensão de medida
C.2.3
resistência indicada
resistência indicada pelo instrumento e que é proporcional à resistividade específica do solo a uma dada
profundidade
C.3 Requisitos
Além dos requisitos de segurança que devem nortear o projeto de qualquer equipamento de medição,
aplicam-se os abaixo indicados.
C.3.1 A Figura C.1 representa um equipamento com seu esquema elétrico simplificado, com as
conexões aos eletrodos igualmente espaçadas a uma distância a.
O equipamento deve possuir 4 bornes internacionalmente denominados (E), (ES), (S), e (H).
Para efetuar uma medição de resistividade do solo, os bornes (E) e (ES) não podem estar conectados
entre si.
Os bornes externos (E) e (H) geram uma corrente através do solo medida pelo circuito de corrente do
instrumento, enquanto os bornes internos (ES) e (S) medem a tensão produzida no solo.
Com a tensão registrada entre (S) e (ES) dividida pela corrente gerada por (H) e (E) obtêm-se a
Resistência indicada (C.2.3) e mostrada na Figura C.2.
As resistências R1, R2, R3, e R4 representam as resistências de aterramento dos eletrodos auxiliares e a
Ri representa a resistência que o solo oferece para uma determinada profundidade a que é considerada
igual à distância de espaçamento a dos eletrodos.
Figura C.1 – Esquema elétrico simplificado de um terrômetro e do circuito que oferece o solo
quando se mede resistividade
A Figura C.2 mostra um equipamento que indica o valor de resistência Ri = 120 Ω. Para se obter o valor
da resistividade do solo em uma camada de profundidade igual ao espaçamento a [m], deve-se utilizar
este valor de resistência nas equações C.1 ou C.2.
V
4×π ×a ×
ρ= I Equação C.1
2a a
1+ −
a 2 + 4b 2 a2 + b2
onde
ρ é a resistividade em [Ω.m];
π é igual a 3,1416;
Existem equipamentos que permitem introduzir o valor de espaçamento entre eletrodos, e o resultado
da resistividade ρ é mostrado diretamente para uma profundidade igual ao espaçamento a. No exemplo
da Figura C.3 para uma resistência de 120 Ω o equipamento indicará ρ = 753,6 [Ω.m] para uma
distância de espaçamento entre eletrodos de 1 m.
C.3.2 A tensão de saída presente nos bornes (E) e (H) deve ser uma tensão alternada.
Tanto a frequência como a forma de onda do sinal devem ser escolhidas de maneira que as
interferências elétricas, inclusive as oriundas de instalações energizadas à frequência da rede de
distribuição (60 Hz), não afetem os resultados das medições.
C.3.3 O fabricante do equipamento deve informar no manual de instruções se a influência das tensões
perturbadoras de c.a. na frequência industrial ou contínua ultrapassa os requisitos indicados em C.3.4.
C.3.4 Dentro da faixa de medição estabelecida, o máximo erro de operação, em valor percentual, não
pode exceder 30 % do valor medido (tido como valor convencional) e determinado segundo o
estabelecido na Tabela C.1.
O valor eficaz da tensão parasita em modo série deve ser menor que 3 V quando de injeção de
tensões de interferência em modo série para as frequências da rede de 60 Hz e 50 Hz ou para uma
tensão contínua entre os bornes (E), (ES), (H) e (S):;
a resistência de aterramento dos eletrodos auxiliares de corrente e dos eletrodos de potencial não
pode ultrapassar 100 vezes a resistência indicada que se pretende medir, para um máximo de
50 kΩ.
C.3.5 O aparelho de medida deve informar se as resistências (de aterramento) máximas admissíveis
dos eletrodos auxiliares de corrente e tensão são ultrapassadas.
C.3.6 Durante as medidas, não podem aparecer tensões de contato perigosas. Este objetivo pode ser
alcançado através de um projeto adequado da fonte de tensão de saída mediante as seguintes
providências:
limitar o valor da tensão de saída de circuito aberto a um valor eficaz de 50 V ou um valor de pico
de 70 V;
NOTA Estes valores, quando os ensaios forem realizados em locais com terrenos úmidos, não podem
ultrapassar um valor eficaz de 25 V ou um valor de pico de 35 V, como indicado na Tabela C.2 da
ABNT NBR 5410:2004.
quando o valor da tensão de saída de circuito aberto exceder 50 V eficazes ou 70 V de pico (25 Vef
ou 35 V de pico conforme NOTA acima), o equipamento deve limitar o valor máximo da corrente
injetada no terreno a 7 mA eficazes, ou 10 mA valor de pico;
quando a condição anterior não se cumprir, deve produzir-se uma interrupção automática do
processo de medida nos tempos admissíveis que se indicam na Figura 2 da IEC 61010-1:2010.
O conteúdo deste Anexo visa evitar acidentes elétricos potencialmente fatais com os operadores ou as pessoas
presentes na vizinhança.
C.3.7 O usuário não deve estar exposto a uma tensão de contato que ultrapasse a máxima admissível
e o aparelho de medição não deve sofrer danos quando qualquer borne disponível para conexão à rede
de alimentação for conectado a uma tensão que não exceda sua tensão nominal acrescida de 20%. Os
dispositivos de proteção do equipamento não devem atuar para essa condição.
Além da marcação definida na IEC 61557-1, o equipamento de medição deve ter as seguintes
informações marcadas sobre ele, de forma indelével:
tipo de equipamento;
faixa de medição;
tensão nominal da rede de distribuição e o símbolo para duplo isolamento de acordo com a
IEC 61010-1 para equipamentos de medição com alimentação de rede de distribuição;
!
a faixa de medição dentro da qual se aplica o erro máximo de funcionamento;
a designação dos bornes (se houver espaço) ou coincidentes com os equipamentos para medição
de resistência de aterramento conforme ABNT NBR 15749:
Além das indicações especificadas na IEC 61557-1, as instruções do manual de funcionamento devem
conter as seguintes informações:
a) os campos de aplicação (por exemplo, para locais secos, úmidos ou outros, conforme Tabela 19 da
ABNT NBR 5410:2004) dos aparelhos destinados a medir a resistência de terra.
b) se for aplicável, a influência das tensões de interferência em modo série quando estas são
superiores aos valores indicados em C.3.4;
C.5.1 O erro de funcionamento deve ser determinado segundo o indicado na Tabela C.1. Neste
método, o erro intrínseco deve ser determinado dentro das condições de referência seguintes:
tensão de interferência 0 V;
o erro de funcionamento assim avaliado não pode ultrapassar os limites especificados em C.3.3.
C.5.4 A proteção contra sobrecarga, de acordo com o indicado em C.3.7 (ensaio de tipo).
Erro de
B = ± A + 1,15 E12 + E22 + E32 + E42 + E52 + E62 + E72 5, 4.3 R
funcionamento
A = erro intrínseco
Ei = variações B × 100 %
B(% ) = ±
R = ensaio de rotina valor convencional
T = ensaio de tipo
C.5.6 Os equipamentos e seus acessórios devem estar projetados e fabricados com dispositivos de
proteção dimensionados para a categoria de tensão compatíveis com as condições dos ensaios a
serem realizados.
Nestes casos pode-se considerar que são aplicáveis todas as especificações destinadas aos
equipamentos para medição de resistência de aterramento, exceto aquelas que limitam o uso por falta
de sensibilidade ou por pouca tensão de sinal de teste, as quais se enumeram a seguir:
Em C.3.2 a tensão poderia ser de uma frequência tão baixa (alguns Hz) que em alguma literatura pode-
se encontrar como de corrente contínua chaveada ou com inversão de polaridade com frequência
abaixo de 15 Hz.
É desejável que o equipamento possa cumprir com os requisitos de C.3.3, C.3.4, C.3.5 e C.3.6, porém,
a limitação da tensão até 50 V ou a corrente de curto-circuito a 7 mA podem ser superados para
alcançar os objetivos de medição desejados. Para tanto, devem ser tomadas medidas de proteção
individual visando minimizar os riscos de choque elétrico.
Anexo D
(informativo)
Como a resistência medida para os dois eletrodos Rm é duas vezes a de cada eletrodo, R1e,
ρ 2e 2L ρ 2L
Rm = 2 ⋅ R1e = 2 ⋅ ⋅ ln( ) = 2e ⋅ ln( ) Equação D.1
2πL r πL r
RmπL
ρ 2e = Equação D.2
2L
ln( )
r
onde
Anexo E
(informativo)
A amostragem física do solo (deformada e/ou indeformada) pode fornecer um critério comparativo com
os resultados obtidos em campo pelo método dos quatro pontos.
Em laboratório podem ser obtidas curvas de resistividade em função da quantidade de água adicionada
ao solo, além de realizar ensaios de capacidade de retenção de água.
O perfil do comportamento da variação da resistividade com o teor de água para um solo hipotético,
mostra a resistividade mínima (quando o solo está saturado com água) e a resistividade quando o solo
está totalmente seco.
A capacidade de retenção de água representa a umidade que o solo terá, na sua maior parte do tempo,
pois este fator está relacionado com a penetração de água no solo pelo efeito de capilaridade. Assim a
resistividade nessa porcentagem é a resistividade mais representativa do solo. Este método pode ser
mais um recurso a ser utilizado como auxílio durante análise dos resultados encontrados pelo método
dos quatro pontos.