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ABNT/CEE-201

PROJETO ABNT NBR 16409


JUL 2015

Ferro-gusa a carvão vegetal — Orientações para a produção sustentável

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Produção Sustentável de
Projeto em Consulta Nacional

Ferro-Gusa a Carvão Vegetal (ABNT/CEE-201), com número de Texto-Base 201:000.000-001,


nas reuniões de:

03.10.2013 05.11.2013 02.12.2013

13.01.2014 13.02.2014 17.03.2014

15.04.2014 09.05.2014 30.07.2014

19.08.2014 25.09.2014 21.10.2014

25.11.2014 10.02.2015 10.03.2015

07.05.2015 22.06.2015

a) Não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

3) Tomaram parte na sua elaboração:

Participante Representante

AÇO BRASIL Ana Luiza Amoedo


AÇO BRASIL Caroline Reis
AÇO BRASIL Cristina Yuan
AÇO BRASIL Lucila Caselato
ABNT/CB-28 Sergio Silva Costa
ARCELOR MITTAL Fabrício A. Poloni
ARCELOR MITTAL Leonardo Guimarães Ribeiro
ARCELOR MITTAL Luciana Correa Magalhães

© ABNT 2015
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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JUL 2015

ARCELOR MITTAL Wanderley L. P. Cunha


ARCELOR MITTAL Vanderlan B. dos Santos
AVINA Paulo Rocha
BROOKFIELD Emílio F. Pavão
Projeto em Consulta Nacional

BROOKFIELD Silvio Teixeira


CGEE Elyas Ferreira de Medeiros
FERGUBRÁS Mateus J. Rodrigues
GERDAU Carlúcio Guimarães Oliveira
GERDAU Cenira Nunes
GERDAU Cesar Magno V. Tourinho
GERDAU Débora Baum
GERDAU Marcelo Gomes S. Pereira
GERDAU Marco Antônio M. Silame
IBIO Dália M. R. Pais
IBIO Eduardo Figueiredo
IBIO Jeanicolau Lacerda
ICC Ilmar Martins Lima
ICC Ornedson Carneiro
IMAFLORA David Escaquete
IMAFLORA Rafael Antonio Brevigliero
IMAFLORA Junia Karst
IMAFLORA Guilherme de A. Lopes
IMOFLORA Leonardo Sobral
MARGUSA / ICC Luiz Otavio Fonseca
MDIC João Pignataro Pereira
MDIC/SDP Beatriz Martins Carneiro
MINITEC Sergio Garcia Scherer
MW CONSULTORIA Mario Eugenio Lobato Winter
PLANTAR CARBLON Diego Toledo
PLANTAR SIDERÚRGICA Markson Borba Fonseca
SID. MATPRIMA José D. Bittencourt
SIDERURGIA GAFANHOTO Antonio Kleber Alves de Abreu Machado
SINDIFER Fausto Varela

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SINOBRAS Clayton Labes


VALE Helio Laubenheimer
VALE Leandro Vasconcelos
VALE Luiz Felipe C. de Campos
Projeto em Consulta Nacional

VALE Raphael Magalhães


VALE Vitor Cabral
VALLOUREC Alexandre Mello
VALLOUREC Douglas Rodrigues
VALLOUREC Maria Cecilia de Oliveira Vilela
VIENA Rodrigo Valadares
VETORIAL Benjamin Duarte
VETORIAL Gustavo Correa
VETORIAL Nilzo Plazzi Filho
VOTORANTIM Anna Carolina Guedes da Silva
VOTORANTIM Filip L. Tonon e Rocha
VOTORANTIM Marco Túlio X. Lanza
WWF BRASIL Julia Book

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Ferro-gusa a carvão vegetal — Orientações para a produção sustentável

Pig iron produced using charcoal — Guidance for sustainable production


Projeto em Consulta Nacional

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 16409 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Produção Sustentável
de Ferro-Gusa a Carvão Vegetal (ABNT/CEE-201). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard provides guidelines for the sustainable production of pig iron produced with charcoal,
covering the pig iron process production and the relationship with charcoal producers. This standard
is applicable for any organization that produces pig iron using charcoal, regardless of its production
capability.

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Introdução

Em um cenário global, onde a sustentabilidade desponta como um dos principais desafios a serem
enfrentados por governos, academia, setores produtivos e a sociedade em geral, a criação e a adoção
de normas de produção assumem um papel preponderante na transição para um novo modelo de
Projeto em Consulta Nacional

desenvolvimento.

Aspectos socioambientais são fatores de agregação de valor cada vez mais importantes para
investidores e consumidores no momento da tomada de decisões, o que, aliado a estratégias de
minimização de riscos e busca de longevidade dos negócios, vem reforçando o maior enfoque das
organizações na busca pela sustentabilidade em suas cadeias de valor.

Diversas iniciativas nacionais e internacionais estão sendo desenvolvidas e implantadas com


o objetivo de promover diferencial de competitividade na transição para uma economia de menor
impacto ambiental. Destacam-se os princípios e diretrizes de investimento responsável, os índices e
relatórios de sustentabilidade e os mecanismos preconizados pelos mercados de serviços ambientais.

Nesse sentido, o carvão vegetal é identificado como elemento valioso para a construção de uma
cadeia sustentável da produção de ferro-gusa, por ser uma fonte renovável de insumo e meio de
fixação de carbono, além de participar efetivamente do equilíbrio social e econômico de regiões de
grande relevância no país.

São de grande importância e relevância as ações das empresas integrantes da cadeia produtiva da
siderurgia voltadas à adoção das melhores práticas na utilização e processamento dos insumos, bem
como do plantio, manejo e uso racional de florestas.

Assim, com o objetivo de alinhar visão estratégica e oportunidades de criação de valor na cadeia
produtiva, foi elaborada esta Norma com orientações para a produção sustentável de ferro-gusa a
carvão vegetal, esperando que esta venha a contribuir e incentivar a crescente qualificação de todos
os elos do processo produtivo.

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Ferro-gusa a carvão vegetal — Orientações para a produção sustentável

1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional

1.1 Esta Norma fornece diretrizes para a produção sustentável de ferro-gusa a carvão vegetal,
contemplando a produção de ferro-gusa propriamente dita e a relação com os fornecedores de carvão
vegetal.

1.2 Esta Norma se aplica a qualquer organização responsável pela produção de ferro-gusa a carvão
vegetal, independentemente do seu porte.

2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

2.1
balanço energético
relação entre a quantidade total de carvão vegetal consumido e a quantidade total de gusa produzido
em um determinado período

2.2
carvão vegetal
produto com alto teor de carbono fixo, obtido por meio da carbonização controlada de vegetais lenhosos

2.3
documento legal
documento emitido, gerado ou chancelado pelo Governo

2.4
ferro-gusa a carvão vegetal
produto constituído basicamente por ferro, além de carbono, silício, manganês e traços de outros
elementos, obtido pela redução do minério de ferro pelo carvão vegetal no alto-forno

2.5
fornecedor de madeira
pessoa jurídica ou física que produz e comercializa madeira obtida a partir do plantio, manejo florestal,
supressão vegetal autorizada ou extrativismo de materiais lenhosos

2.6
fornecedor ativo de carvão vegetal
pessoa jurídica ou física que comercializa carvão vegetal, oriundo de produção própria ou de teceiros,
com fornecimento para o produtor de ferro-gusa nos seis meses imediatamente anteriores a uma data
de referência (ou definida como referência para verificação)

3 Orientações para a produção de ferro-gusa


Convém que o produtor de ferro-gusa adote procedimentos administrativos e operacionais internos,
visando a gestão dos aspectos relacionados à sustentabilidade de suas atividades, seguindo
as orientações descritas em 3.1 a 3.5.

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3.1 Controle de entrada de carga

Convém que o produtor de ferro-gusa possua sistema de controle de entrada de carvão vegetal que
registre e correlacione o volume real com todos os documentos que acompanham cada carga.

3.2 Balanço energético


Projeto em Consulta Nacional

Convém que o produtor de ferro-gusa registre o balanço energético de sua produção e documente
uma série histórica da relação entre a quantidade efetivamente consumida de carvão vegetal e a
quantidade de ferro-gusa produzida.

3.3 Meio ambiente

Convém que o produtor de ferro-gusa execute processos voltados a mitigar e/ou prevenir os riscos
de caráter ambiental, observando os aspectos no mínimo relacionados à geração e destinação
de resíduos sólidos, emissão de gases e particulados, geração de ruído ambiental, geração
e lançamento de efluentes líquidos, utilização de recursos hídricos.

3.4 Saúde e segurança no trabalho

Convém que o produtor de ferro-gusa controle os riscos à saúde e segurança dos seus trabalhadores,
por meio do desenvolvimento e implantação de sistemas de gestão e de ações de prevenção
e mitigação.

3.5 Emissões de gases de efeito estufa

Convém que o produtor de ferro-gusa monitore suas emissões de gases de efeito estufa.

4 Orientações para a aquisição de carvão vegetal


Convém que o produtor de ferro-gusa atue e acompanhe seus fornecedores de carvão vegetal,
seguindo as orientações descritas em 4.1 a 4.5.

4.1 Conhecimento da legislação

Convém que o produtor de ferro-gusa conheça a legislação aplicável aos seus fornecedores de carvão
vegetal.

4.2 Documentos legais

Convém que o produtor de ferro-gusa verifique que:

 a) o fornecedor de carvão vegetal possua todas as licenças válidas aplicáveis à condução de suas
atividades;

 b) o fornecedor de carvão vegetal formaliza suas compras de madeira por meio de documentos
legais;

 c) o direito do uso da terra, por parte dos fornecedores de carvão vegetal ou fornecedores
de madeira, esteja amparado por documento legal aplicável.

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4.3 Comprovação da capacidade de produção

Convém que o produtor de ferro-gusa verifique, de forma regular e periódica, por meio de evidências
de campo, que o fornecedor de carvão vegetal possui capacidade de fornecimento compatível com
a quantidade de carvão licenciada, considerando, entre outros aspectos, o número de fornos, número
de empregados, área florestal e madeira adquirida.
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4.4 Rastreabilidade

Convém que o produtor de ferro-gusa possua sistemas e práticas capazes de rastrear a cadeia produtiva
de seus fornecedores de carvão vegetal, de forma a verificar a origem do insumo nas operações
florestais e de carbonização e, também, monitoramento da logística de transporte do carvão até
o momento de recebimento da carga.

4.5 Gestão da mão de obra

Convém que o produtor de ferro-gusa verifique, de forma regular e periódica, por meio de evidências
de campo, nos seus fornecedores de carvão vegetal, a formalização do contrato de trabalho
e as condições do ambiente de trabalho, visando a mitigação de riscos de não atendimento
da legislação trabalhista e normas reguladoras.

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