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ABNT/CB-006

2º PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 12915


SET 2019

Via férrea — Gabarito ferroviário e entrevia — Especificações

APRESENTAÇÃO
1) Este 2º Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Traçado e Infraestrutura
Projeto em Consulta Nacional

(CE-006:100.004) do Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-006), nas reuniões de:

10.03.2015 07.04.2015 09.06.2015

30.06.2015 03.05.2016 07.06.2016

05.07.2016 04.10.2016 04.04.2017

08.08.2017 06.03.2018 10.04.2018

05.06.2018 03.07.2018 07.08.2018

02.10.2018 06.11.2018

a) é previsto para cancelar e substituir as ABNT NBR 12915:2009 Versão corrigida:2010,


ABNT NBR 11522:1988 e ABNT NBR 11523:1988 quando aprovado, sendo que nesse
ínterim a referida norma continua em vigor;

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Michelly Oliveira.

4) Tomaram parte na sua elaboração, participando em no mínimo 30 % das reuniões realizadas


sobre o Texto-Base e aptos a deliberarem na Reunião Especial de Análise da Consulta Nacional:

Participante Representante

ANPTRILHOS Antônio A. Junior


ANTF Mário M. Barcellos
AUTÔNOMO Altair G. Damasceno
CB06-SIMEFRE Paschoal De Mario

© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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DYNATEST Joyce Benzi


GR TECHNOLOGIES Eduardo Saorim
METRO/RJ Henrique Carou
MPK Diogo Amador
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MPK Vinicius T. Monteiro


MRS José Alfredo Costa
RUMO Andriele Rodrigues
RUMO Leonardo S. Soares
VAE Bruno R. Andrade
VAE Eduardo Minawa
VALE Deodato M. Ramos
VALE Renato Lataliza
VLI Cristiano Jorge

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Via férrea — Gabarito ferroviário e entrevia — Especificações

Railroad — Railroad clearances — Specifications


Projeto em Consulta Nacional

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 12915 foi elaborada no Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-006), pela Comissão
de Estudo de Traçado e Infraestrutura (CE-006:100.004). O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 09, de 28.09.2015 a 28.11.2015. O 2º Projeto de Revisão circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de DD.MM.AAAA a DD.MM.AAAA.

A ABNT NBR 12915 cancela e substitui a ABNT NBR 11522:1988 e ABNT NBR 11523:1988.

A ABNT NBR 12915:2019 cancela e substitui a ABNT NBR 12915:2009 Versão corrigida:2010, a qual
foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 12915 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes limits for rolling stock and fixed installations along the railway, regardless of
gauge, and establishes minimum railroads clearances.

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Via férrea — Gabarito ferroviário e entrevia — Especificações

1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional

Esta Norma estabelece os limites para o gabarito do material rodante e das instalações fixas ao longo
da via férrea, independentemente da bitola, e estabelece os valores mínimos de entrevia.

2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, devem ser adotados os seguintes termos e definições:

2.1
eixo da via
eixo formado pelas distâncias médias entre os trilhos

2.2
entrevia
distância entre eixos de duas vias férreas adjacentes

2.3
folga
menor distância possível entre o gabarito do veículo ferroviário e as instalações fixas ou entre os
gabaritos de veículos em vias adjacentes

2.4
gabarito cinemático
gabarito dinâmico
gabarito que não é transposto pelo material rodante em circulação nas condições mais desfavoráveis
admissíveis

2.5
gabarito de construção de instalações fixas
gabarito no qual são locadas ou construídas as instalações fixas, que pode ser transposto no caso em
que a via sofra deslocamento lateral, deformações elásticas ou não, por efeito do tráfego ou devido a
desgastes, ou a movimentos relativos à via

2.6
gabarito do material rodante
gabarito que limita o dimensionamento das seções do material rodante parado e em movimento

NOTA O gabarito de material rodante engloba os gabaritos estático e dinâmico.

2.7
gabarito estático
gabarito que não é transposto pelo material estacionado nas condições mais desfavoráveis possíveis,
resultantes de considerar os jogos e desgastes máximos admissíveis do sistema de rolamento e da
suspensão, assim como do apoio do truque com a caixa e do contato do trilho com o friso, considerando-
se, neste caso, só o desgaste admitido para o friso

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2.8
gabarito ferroviário
contorno de referência, ao qual as instalações fixas e o material rodante são adequados, para
possibilitar o tráfego ferroviário sem interferência

2.9
Projeto em Consulta Nacional

gabarito-limite de instalações fixas


gabarito que não é transposto pelas instalações fixas

NOTA O gabarito de instalações fixas circunscreve o gabarito cinemático.

2.10
plano normal à via
plano perpendicular ao eixo longitudinal das fiadas de trilho (trecho em tangente ou em curva) ou
perpendicular à fiada de trilho exterior (trecho em transição)

2.11
via principal
via que liga estações e transpõe pátios e em que os trens em ordem de marcha circulam com horários,
licença ou sinais de bloqueio

3 Gabarito
Os gabaritos ferroviários e as entrevias são estabelecidos para assegurar que a construção ou
manutenção da via permanente e das estruturas limitrófes não permitam que as composições ou
veículos ferroviários, ao trafegarem pela via causem impactos com as instalações fixas ou veículos
em linhas adjacentes.

3.1 Requisitos gerais

Eventualmente, quando os gabaritos e entrevias não puderem ser atendidos, devem ser impostas
restrições adequadas sobre os movimentos ferroviários para manter a segurança, quando possível.

Após a eliminação de restrições temporárias, como construções, manutenções e acidentes ferroviá-


rios, devem ser tomadas ações para assegurar o restabelecimento do gabarito mínimo requerido.

3.2 Requisitos específicos

Os diagramas apresentados nesta Norma são para via permanente em tangente e novas construções.
As autorizações para trabalhos de reconstrução ou de alteração dependem das condições físicas
existentes e, quando razoavelmente possível, devem ser melhoradas para atender aos requisitos
desta Norma.

Para vias em curva, as folgas laterais de cada lado do eixo da via permanente devem ser aumentadas
conforme 5.4.6.

Quando a obstrução fixa estiver em tangente e existir ponto de curva distanciado em no máximo 25 m
da obstrução, as folgas laterais de cada lado do eixo da via permanente devem ser acrescidas
conforme indicado na Tabela 1.

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Tabela 1 – Acréscimo de folga lateral


Distância da obstrução Acréscimo da folga lateral
ao ponto de curva por grau de curvatura
m mm
6 38
Projeto em Consulta Nacional

13 29
19 20
25 10

Em vias com superelevação, o eixo da via permanece perpendicular a um plano formado no topo dos
trilhos. A superelevação da via permanente deve estar de acordo com a prática recomendada pela
ferrovia.

Em alguns casos, as ferrovias públicas e privadas requerem maiores folgas dimensionais que as
mínimas recomendadas. Qualquer instalação adjacente ou cruzamento sobre a ferrovia não pode
violar a legislação vigente ou os requisitos das ferrovias atingidas.

4 Dimensões máximas permitidas para o material rodante


Todas as dimensões são dadas em relação ao eixo da via de projeto, posição horizontal e altura
em relação à fila de trilhos mais baixa. As dimensões máximas a serem respeitadas para o material
rodante devem ser conforme 4.1 e 4.2.

4.1 Gabarito estático máximo

Todo veículo ferroviário, conforme sua bitola, deve atender ao gabarito estático máximo, de acordo
com as Figuras 1 e 2.

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Dimensões em milímetros
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Figura 1 – Gabarito estático para veículos de bitola larga (1,60 m)

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Dimensões em milímetros
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Figura 2 – Gabarito estático para veículos de bitola estreita (1,00 m)

4.2 Deslocamentos máximos admissíveis inerentes ao material rodante

O gabarito dinâmico do veículo ferroviário considera os deslocamentos gerados pela sua movimenta-
ção, indicados na Tabela 2, respeitando os limites geométricos estabelecidos para a via permanente
e a velocidade máxima autorizada.

Para o projeto do veículo ferroviário, deve ser considerado o seu gabarito estático e não o gabarito
dinâmico.

Para dimensionamento do gabarito dinâmico do veículo ferroviário, devem ser considerados os deslo-
camentos apresentados na Tabela 2.

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Tabela 2 – Deslocamentos para dimensionamento do gabarito dinâmico


Direção Referência Descrição Deslocamentos
Estrutura do vagão em
Relativo ao plano ± 60 mm
relação ao truque
da superelevação
Lateral (para qualquer Desgaste de rodas e
Projeto em Consulta Nacional

± 60 mm
superelevação trilhos
existente)
Jogo da via ± 60 mm
Salto ou galope
Relativo ao superior (“bounce + 50 mm
deslocamento da upwards”)
Vertical
longarina do material Salto ou galope
rodante inferior (“bounce - 0 mm
downwards”)
O eixo de referência
Balanço (inclinação)
do material rodante se
em relação ao eixo
Rotacional move lateralmente e ± 2°
central do material
verticalmente com o
rodante
material rodante

5 Dimensões mínimas permitidas para o gabarito da via permanente


As dimensões mínimas permitidas para o gabarito da via permanente devem ser ajustadas de acordo
com a bitola e a configuração da interferência.

5.1 Dimensões mínimas para diferentes configurações de infraestrutura – Bitola estreita

5.1.1 Gabarito mínimo para interferências de infraestrutura em linha singela

Para linha singela em bitola estreita, os valores indicados na Figura 3 devem ser adotados como
mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 3 – Gabarito de nível em via singela de bitola estreita

5.1.2 Gabarito mínimo para túneis em linha singela

Para linha singela de bitola estreita em túneis, os valores indicados na Figura 4 devem ser adotados
como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 4 – Gabarito de túnel em via singela de bitola estreita

5.1.3 Gabarito mínimo para túneis em linha dupla

Para linhas duplas ou pátios de bitola estreita em túneis, os valores indicados na Figura 5 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 5 – Gabarito de túnel em via dupla de bitola estreita

5.1.4 Gabarito mínimo para viadutos e estruturas sobre a ferrovia

Para viadutos e demais estruturas sobre a ferrovia, os valores indicados na Figura 6 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

Dimensões em milímetros

Para distâncias menores, é obrigatória


utilização de contratrilho de proteção.

As dimensões mostradas são as mínimas requeridas para tangente.


Nas curvas onde houver caminhos de acesso, estas medidas podem
variar.

Figura 6 – Gabarito mínimo para viadutos e estruturas sobre a ferrovia

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5.1.5 Gabarito mínimo para plataformas de passageiros e outras interferências

Em casos de existência de plataformas de passageiros e outras interferências, tanto operacionais


como não operacionais, os valores indicados na Figura 7 devem ser adotados como mínimos para a
circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
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Dimensões em milímetros

Figura 7 – Gabarito de obstáculo adjacente em via dupla de bitola estreita

5.2 Dimensões mínimas para diferentes configurações de infraestrutura – Bitola larga

5.2.1 Gabarito mínimo para interferências de infraestrutura em linha singela

Para linha singela em bitola larga ou mista, os valores indicados na Figura 8 devem ser adotados
como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 8 – Gabarito de nível em via singela de bitola larga ou mista

5.2.2 Gabarito mínimo para túneis em linha singela

Para linha singela de bitola larga ou mista em túneis, os valores indicados na Figura 9 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 9 – Gabarito de túnel em via singela de bitola larga ou mista

5.2.3 Gabarito mínimo para túneis em linha dupla

Para linhas duplas ou pátios de bitola larga ou mista em túneis, os valores indicados na Figura 10
devem ser adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.

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Dimensões em milímetros
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Figura 10 – Gabarito de túnel em via dupla de bitola larga ou mista

5.2.4 Gabarito mínimo para plataformas de passageiros e outras interferências

Em casos de existência de plataformas de passageiros e outras interferências, tanto operacionais


como não operacionais, os valores indicados na Figura 11 devem ser adotados como mínimos para a
circulação de veículos ferroviários, sem restrições, para vias em bitola larga ou mista.

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Dimensões em milímetros
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Figura 11 – Gabarito de obstáculo adjacente em via dupla de bitola larga ou estreita

5.3 Entrevias em tangentes

A entrevia mínima em tangente para qualquer bitola deve ser de 4 250 mm. Em caso de vias de bitola
mista, as dimensões mínimas da entrevia devem ser verificadas para as duas bitolas, em função do
eixo de cada uma delas, considerando o mínimo de 4 250 mm.

5.4 Acréscimo de gabarito lateral em curvas

5.4.1 Geral

O cálculo do acréscimo de gabarito lateral em curvas inclui os seguintes fatores:

 a) largura dos veículos;

 b) avanço interno e externo do gabarito no final e no meio dos veículos devido à curvatura;

 c) superelevação;

 d) jogo lateral entre rodas e trilhos e deslocamento devido ao desgaste em peças de veículo;

 e) movimentos dinâmicos do veículo, devido às deflexões de suspensão desiguais e jogo lateral;

 f) tolerâncias para o efeito de irregularidades da via e comportamento dinâmico dos equipamentos.

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As variáveis básicas para os cálculos do acréscimo de gabarito lateral do material rodante são apre-
sentadas na Figura 12.
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Figura 12 – Esquemático de variáveis consideradas no cálculo


do acréscimo de gabarito lateral

Na determinação do deslocamento geométrico em curvas, deve ser considerado o avanço do material


rodante aos lados internos e externos das curvas, incluindo condições de AMV, conforme a Figura 13.

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b/2
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b/2
Legenda

b/2 eixo da via permanente ou metade da bitola

Figura 13 – Avanços do material rodante para os lados internos e externos em regiões de AMV

O deslocamento geométrico em curvas, considerando o alargamento devido ao avanço interno e


externo do veículo ferroviário, deve ser calculado conforme 5.4.2 e 5.4.3.

5.4.2 Cálculo da flecha no sentido interno em curvas pelo material rodante

A flecha gerada pelo material rodante no sentido interno das curvas pode ser calculada pela seguinte
equação:
2
DPveículo crítico (1)
Fi MR =
8.R
onde

DPveículo crítico é a distância entre pinos de prato pião do veículo mais crítico, expressa em
milímetros (mm);

R é o raio da curva, expresso em milímetros (mm);

FiMR é a flecha gerada pelo avanço do material rodante no sentido interno da curva,
expressa em milímetros (mm).

A Figura 14 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado interno das curvas, para
diferentes distâncias entre pinos de prato pião.

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Flecha gerada no lado interno da curva (mm)


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1 000

Figura 14 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado interno das curvas

5.4.3 Cálculo do avanço no sentido externo em curvas pelo material rodante

O avanço gerado pelo material rodante no sentido externo das curvas pode ser calculado pela seguinte
equação:
C2
FeMR =
8.R + 4.L (2)

onde

FeMR é a flecha gerada pelo avanço do veículo ferroviário, expressa em milímetros (mm);

C é o comprimento total do veículo mais crítico, excluindo os engates, expresso em milímetros


(mm);

R é o raio da curva, expresso em milímetros (mm);

L é a largura total do veículo mais crítico, expressas em milímetros (mm).

A Figura 15 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas,
para diferentes distâncias entre pinos de prato pião em veículos de bitola larga.

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Projeto em Consulta Nacional

1 000

Figura 15 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas
(bitola larga)

A Figura 16 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas,
para diferentes distâncias entre pinos de prato pião em veículos de bitola estreita.

1 000

Figura 16 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas
(bitola estreita)

5.4.4 Cálculo da flecha gerada por superelevação não compensada

A translação do corpo do veículo, em relação ao posicionamento estático, ocorre quando o efeito da


força centrífuga não é exatamente equilibrado pela superelevação. Quando esta condição existe, há

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uma elevação desequilibrada, igual à deficiência ou ao excesso de superelevação necessária para o


equilíbrio. Tal elevação desequilibrada tem um efeito semelhante em um veículo parado, em uma via
superelevada.

A flecha gerada pela superelevação da via permanente, no sentido interno da curva, é dada pela
equação (3), cujas variáveis estão ilustradas na Figura 17:
Projeto em Consulta Nacional

U W 
L = (S + N ) .sen ( β − α ) + (B + cos (α ) −  cosβ + N.senβ + C.senα  (3)
2 2 

onde

L é o deslocamento lateral total, expresso em metros (m);

S é a altura da caixa do veículo, expressa em metros (m);

N é a distância do prato pião à caixa do veículo, expressa em metros (m);

β é o ângulo de inclinação da caixa do veículo, expresso em graus (°);

α é o ângulo gerado pela superelevação, expresso em graus (°);

B é a distância da face externa do trilho interno à curva à extremidade inferior do estrado do


veículo, expressa em metros (m);

U é a distância entre as faces externas das rodas, expressa em metros (m);

W é a largura do estrado do veículo, expressa em metros (m);

C é a altura do prato pião em relação ao topo das filas de trilhos, expressa em metros (m).

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Dimensões em milímetros
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Altura do prato pião

Figura 17 – Flecha interna gerada pelo efeito de superelevação não compensada

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5.4.5 Cálculo da flecha ou avanço gerado pelo jogo entre a via permanente e o material rodante

O incremento na flecha gerada pelo veículo ferroviário em curva, gerado pelo jogo entre a via perma-
nente e o material rodante, é dado pela seguinte equação:

J = V – (BIR + 2F) (4)


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onde

V é a máxima bitola admitida na via permanente, expressa em milímetros (mm);

BIR é a mínima bitola interna de eixamento do material rodante, expressa em milímetros (mm);

F é o mínimo friso admitido no material rodante, expresso em milímetros (mm).

5.4.6 Cálculo da entrevia para curvas

A determinação da entrevia mínima em curvas necessita dos resultados das Equações (1), (2), (3)
e (4). De posse dos resultados, a entrevia para curvas circulares e transições é determinada pela
equação (5), com seu resultado expresso em milímetros.

EntreviaCURVA = 4 250 + FiMR + FeMR + L + J (5)

onde

EntreviaCURVA é a entrevia mínima calculada.

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Bibliografia

[1]  Government of South Australia – Department for Transport, Energy and Infrastructure, Public
Transport Services - Volume 2 Train – Track and Civil – STD955A – Structural Clearances –
Projeto em Consulta Nacional

Design and Rating - PTS-MS-10-TR-STD-00000047

[2]  Country Regional Network – Engineering Standard – Track – CRN CS 215 – Transit Space –
Version 1.1 – July 2013 – CRN-EST-AMS-018

[3]  PTSOM’s Code of Practice, Volume 2 – Train System (CP2) “Structural Clearances” CP TS 955

[4]  Charley Chambers, P.E. Hanson Professional Services, inc.Railroad Design – Track Alignment –
American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association

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