Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APRESENTAÇÃO
1) Este 2º Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Traçado e Infraestrutura
Projeto em Consulta Nacional
02.10.2018 06.11.2018
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
Participante Representante
© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 12915 foi elaborada no Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-006), pela Comissão
de Estudo de Traçado e Infraestrutura (CE-006:100.004). O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 09, de 28.09.2015 a 28.11.2015. O 2º Projeto de Revisão circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de DD.MM.AAAA a DD.MM.AAAA.
A ABNT NBR 12915 cancela e substitui a ABNT NBR 11522:1988 e ABNT NBR 11523:1988.
A ABNT NBR 12915:2019 cancela e substitui a ABNT NBR 12915:2009 Versão corrigida:2010, a qual
foi tecnicamente revisada.
Scope
This Standard establishes limits for rolling stock and fixed installations along the railway, regardless of
gauge, and establishes minimum railroads clearances.
1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional
Esta Norma estabelece os limites para o gabarito do material rodante e das instalações fixas ao longo
da via férrea, independentemente da bitola, e estabelece os valores mínimos de entrevia.
2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, devem ser adotados os seguintes termos e definições:
2.1
eixo da via
eixo formado pelas distâncias médias entre os trilhos
2.2
entrevia
distância entre eixos de duas vias férreas adjacentes
2.3
folga
menor distância possível entre o gabarito do veículo ferroviário e as instalações fixas ou entre os
gabaritos de veículos em vias adjacentes
2.4
gabarito cinemático
gabarito dinâmico
gabarito que não é transposto pelo material rodante em circulação nas condições mais desfavoráveis
admissíveis
2.5
gabarito de construção de instalações fixas
gabarito no qual são locadas ou construídas as instalações fixas, que pode ser transposto no caso em
que a via sofra deslocamento lateral, deformações elásticas ou não, por efeito do tráfego ou devido a
desgastes, ou a movimentos relativos à via
2.6
gabarito do material rodante
gabarito que limita o dimensionamento das seções do material rodante parado e em movimento
2.7
gabarito estático
gabarito que não é transposto pelo material estacionado nas condições mais desfavoráveis possíveis,
resultantes de considerar os jogos e desgastes máximos admissíveis do sistema de rolamento e da
suspensão, assim como do apoio do truque com a caixa e do contato do trilho com o friso, considerando-
se, neste caso, só o desgaste admitido para o friso
2.8
gabarito ferroviário
contorno de referência, ao qual as instalações fixas e o material rodante são adequados, para
possibilitar o tráfego ferroviário sem interferência
2.9
Projeto em Consulta Nacional
2.10
plano normal à via
plano perpendicular ao eixo longitudinal das fiadas de trilho (trecho em tangente ou em curva) ou
perpendicular à fiada de trilho exterior (trecho em transição)
2.11
via principal
via que liga estações e transpõe pátios e em que os trens em ordem de marcha circulam com horários,
licença ou sinais de bloqueio
3 Gabarito
Os gabaritos ferroviários e as entrevias são estabelecidos para assegurar que a construção ou
manutenção da via permanente e das estruturas limitrófes não permitam que as composições ou
veículos ferroviários, ao trafegarem pela via causem impactos com as instalações fixas ou veículos
em linhas adjacentes.
Eventualmente, quando os gabaritos e entrevias não puderem ser atendidos, devem ser impostas
restrições adequadas sobre os movimentos ferroviários para manter a segurança, quando possível.
Os diagramas apresentados nesta Norma são para via permanente em tangente e novas construções.
As autorizações para trabalhos de reconstrução ou de alteração dependem das condições físicas
existentes e, quando razoavelmente possível, devem ser melhoradas para atender aos requisitos
desta Norma.
Para vias em curva, as folgas laterais de cada lado do eixo da via permanente devem ser aumentadas
conforme 5.4.6.
Quando a obstrução fixa estiver em tangente e existir ponto de curva distanciado em no máximo 25 m
da obstrução, as folgas laterais de cada lado do eixo da via permanente devem ser acrescidas
conforme indicado na Tabela 1.
13 29
19 20
25 10
Em vias com superelevação, o eixo da via permanece perpendicular a um plano formado no topo dos
trilhos. A superelevação da via permanente deve estar de acordo com a prática recomendada pela
ferrovia.
Em alguns casos, as ferrovias públicas e privadas requerem maiores folgas dimensionais que as
mínimas recomendadas. Qualquer instalação adjacente ou cruzamento sobre a ferrovia não pode
violar a legislação vigente ou os requisitos das ferrovias atingidas.
Todo veículo ferroviário, conforme sua bitola, deve atender ao gabarito estático máximo, de acordo
com as Figuras 1 e 2.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
O gabarito dinâmico do veículo ferroviário considera os deslocamentos gerados pela sua movimenta-
ção, indicados na Tabela 2, respeitando os limites geométricos estabelecidos para a via permanente
e a velocidade máxima autorizada.
Para o projeto do veículo ferroviário, deve ser considerado o seu gabarito estático e não o gabarito
dinâmico.
Para dimensionamento do gabarito dinâmico do veículo ferroviário, devem ser considerados os deslo-
camentos apresentados na Tabela 2.
± 60 mm
superelevação trilhos
existente)
Jogo da via ± 60 mm
Salto ou galope
Relativo ao superior (“bounce + 50 mm
deslocamento da upwards”)
Vertical
longarina do material Salto ou galope
rodante inferior (“bounce - 0 mm
downwards”)
O eixo de referência
Balanço (inclinação)
do material rodante se
em relação ao eixo
Rotacional move lateralmente e ± 2°
central do material
verticalmente com o
rodante
material rodante
Para linha singela em bitola estreita, os valores indicados na Figura 3 devem ser adotados como
mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Para linha singela de bitola estreita em túneis, os valores indicados na Figura 4 devem ser adotados
como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Para linhas duplas ou pátios de bitola estreita em túneis, os valores indicados na Figura 5 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Para viadutos e demais estruturas sobre a ferrovia, os valores indicados na Figura 6 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Dimensões em milímetros
Para linha singela em bitola larga ou mista, os valores indicados na Figura 8 devem ser adotados
como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Para linha singela de bitola larga ou mista em túneis, os valores indicados na Figura 9 devem ser
adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Para linhas duplas ou pátios de bitola larga ou mista em túneis, os valores indicados na Figura 10
devem ser adotados como mínimos para a circulação de veículos ferroviários, sem restrições.
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
A entrevia mínima em tangente para qualquer bitola deve ser de 4 250 mm. Em caso de vias de bitola
mista, as dimensões mínimas da entrevia devem ser verificadas para as duas bitolas, em função do
eixo de cada uma delas, considerando o mínimo de 4 250 mm.
5.4.1 Geral
b) avanço interno e externo do gabarito no final e no meio dos veículos devido à curvatura;
c) superelevação;
d) jogo lateral entre rodas e trilhos e deslocamento devido ao desgaste em peças de veículo;
e) movimentos dinâmicos do veículo, devido às deflexões de suspensão desiguais e jogo lateral;
f) tolerâncias para o efeito de irregularidades da via e comportamento dinâmico dos equipamentos.
As variáveis básicas para os cálculos do acréscimo de gabarito lateral do material rodante são apre-
sentadas na Figura 12.
Projeto em Consulta Nacional
b/2
Projeto em Consulta Nacional
b/2
Legenda
Figura 13 – Avanços do material rodante para os lados internos e externos em regiões de AMV
A flecha gerada pelo material rodante no sentido interno das curvas pode ser calculada pela seguinte
equação:
2
DPveículo crítico (1)
Fi MR =
8.R
onde
DPveículo crítico é a distância entre pinos de prato pião do veículo mais crítico, expressa em
milímetros (mm);
FiMR é a flecha gerada pelo avanço do material rodante no sentido interno da curva,
expressa em milímetros (mm).
A Figura 14 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado interno das curvas, para
diferentes distâncias entre pinos de prato pião.
1 000
Figura 14 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado interno das curvas
O avanço gerado pelo material rodante no sentido externo das curvas pode ser calculado pela seguinte
equação:
C2
FeMR =
8.R + 4.L (2)
onde
FeMR é a flecha gerada pelo avanço do veículo ferroviário, expressa em milímetros (mm);
A Figura 15 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas,
para diferentes distâncias entre pinos de prato pião em veículos de bitola larga.
1 000
Figura 15 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas
(bitola larga)
A Figura 16 contém um exemplo de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas,
para diferentes distâncias entre pinos de prato pião em veículos de bitola estreita.
1 000
Figura 16 – Gráfico de resultados de flechas geradas para o lado externo das curvas
(bitola estreita)
A flecha gerada pela superelevação da via permanente, no sentido interno da curva, é dada pela
equação (3), cujas variáveis estão ilustradas na Figura 17:
Projeto em Consulta Nacional
U W
L = (S + N ) .sen ( β − α ) + (B + cos (α ) − cosβ + N.senβ + C.senα (3)
2 2
onde
C é a altura do prato pião em relação ao topo das filas de trilhos, expressa em metros (m).
Dimensões em milímetros
Projeto em Consulta Nacional
5.4.5 Cálculo da flecha ou avanço gerado pelo jogo entre a via permanente e o material rodante
O incremento na flecha gerada pelo veículo ferroviário em curva, gerado pelo jogo entre a via perma-
nente e o material rodante, é dado pela seguinte equação:
onde
BIR é a mínima bitola interna de eixamento do material rodante, expressa em milímetros (mm);
A determinação da entrevia mínima em curvas necessita dos resultados das Equações (1), (2), (3)
e (4). De posse dos resultados, a entrevia para curvas circulares e transições é determinada pela
equação (5), com seu resultado expresso em milímetros.
onde
Bibliografia
[1] Government of South Australia – Department for Transport, Energy and Infrastructure, Public
Transport Services - Volume 2 Train – Track and Civil – STD955A – Structural Clearances –
Projeto em Consulta Nacional
[2] Country Regional Network – Engineering Standard – Track – CRN CS 215 – Transit Space –
Version 1.1 – July 2013 – CRN-EST-AMS-018
[3] PTSOM’s Code of Practice, Volume 2 – Train System (CP2) “Structural Clearances” CP TS 955
[4] Charley Chambers, P.E. Hanson Professional Services, inc.Railroad Design – Track Alignment –
American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association