[1] O documento discute os impactos do desmatamento na Amazônia, incluindo a redução da absorção de carbono, dos "rios voadores" que umidificam o país, e o aumento do risco de incêndios florestais; [2] A Amazônia é economicamente importante, mas a exploração madeireira e mineral desorganizada causa danos; exploração manejada pode gerar maiores lucros a longo prazo e menos danos ambientais; [3] Em 2019, houve 59.601 focos de incêndio na Amazônia,
[1] O documento discute os impactos do desmatamento na Amazônia, incluindo a redução da absorção de carbono, dos "rios voadores" que umidificam o país, e o aumento do risco de incêndios florestais; [2] A Amazônia é economicamente importante, mas a exploração madeireira e mineral desorganizada causa danos; exploração manejada pode gerar maiores lucros a longo prazo e menos danos ambientais; [3] Em 2019, houve 59.601 focos de incêndio na Amazônia,
[1] O documento discute os impactos do desmatamento na Amazônia, incluindo a redução da absorção de carbono, dos "rios voadores" que umidificam o país, e o aumento do risco de incêndios florestais; [2] A Amazônia é economicamente importante, mas a exploração madeireira e mineral desorganizada causa danos; exploração manejada pode gerar maiores lucros a longo prazo e menos danos ambientais; [3] Em 2019, houve 59.601 focos de incêndio na Amazônia,
Embora a diferença morfológica entre as expressões “desastre ambiental” e
“desastre natural” esteja apenas no segundo termo, no ponto de vista semântico, elas podem tomar significados bastante diferentes. Enquanto a segunda refere-se às transformações de alta periculosidade, resultantes da geomorfologia do planeta, nas quais o homem não possui controle, a primeira, na maioria das vezes, tem como causa primária, a interação promíscua entre os humanos e o ecossistema. Essas interações variam de acordo com a finalidade, e algumas delas incluem o extrativismo e a mudança do espaço natural para abrigar assentamentos. É justamente a primeira expressão que será aprofundada, e discorrida ao longo deste trabalho acadêmico. A princípio, é axiomático que desastres ambientais ocorrem no mundo inteiro, e o Brasil não é diferente. Entretanto, por se tratar de um país de dimensões continentais, as quais segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) formam mais do que oito milhões de Km², os impactos podem afetar até mesmo o panorama global. Tendo isso em mente, uma região estratégica de extremo risco é a Norte do país. Além de ela ser a maior em extensão territorial, a qual segundo dados de 2020, também do IBGE, supera a marca de quatro milhões de Km², é nela que se localiza mais da metade da floresta Amazônica, como mostra o gráfico abaixo. Figura 1-proporção da floresta amazônica nos países sul-americanos
Fonte: www.BBC.com (2009)
A floresta Amazônica, segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) se formou durante o período Eoceno, devido a mudanças climáticas e a chegada de nutrientes provenientes da cordilheira dos Andes. Conforme a organização, a vegetação é a maior do seu tipo no mundo, e possui a fauna e flora mais diversificadas, muita delas ainda não identificadas pela ciência. Devido o seu porte, a floresta realiza diversos papeis na caracterização do clima, tanto nacionalmente quanto no cenário global. Ademais, devido seus recursos naturais, ela é a base econômica da região a sua volta e um importante centro para a indústria farmacêutica.
1.1 Importância econômica da Amazônia e uma alternativa para sua
valorização no futuro
A priori, devido à complexidade da rede amazônica, sua aplicabilidade no âmbito
econômico é bastante diversificada. Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), a floresta atua em setores como o turismo, o extrativismo e o biotecnológico. Isso permite que os estados, nos quais ela é presente, possam usar de suas muitas partes para conseguir lucro. Segundo o IBGE, em 2017 a região gerou mais de 430 bilhões de reais em Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, o somatório de todos os bens e produtos gerados em um ano dos estados que compõem o Norte, com a maior parte do dinheiro proveniente da floresta. Das principais atividades exploradas, está à retirada de minérios, área liderada pelo estado do Pará, com foco na Serra dos Carajás, e a de madeira, com o Amazonas em evidência. Entretanto, pelo que aponta agências de monitoramento, como a Imazon, essa extração tem levado a danos desnecessários a floresta. Segundo ela, à medida que a exploração cresce, mais desorganizada ela fica, o que resulta em estragos. Para contornar esses problemas, a Imazon sugere que as atividades sejam manejadas. Ou seja, que haja um intervalo de tempo entre as explorações, de modo que o meio natural possa se reestabelecer. Embora possa parecer nada rentável, a organização diz que em longo prazo é. Ao usar a exploração madeireira como exemplo, e usar de simulações, a instituição chegou à conclusão que a colheita seletiva de madeira após o manejo chega a gerar uma receita líquida 48% maior. Ademais, como apontado por eles, à medida que a extração manejada é aplicada, ela cria benefícios. Estima-se que esses proveitos possam gerar um volume de 68% maior em colheitas futuras. Ou seja, embora a importância econômica da Amazônia seja marcante, com a técnica de manejamento ela pode ser ainda maior. E como mostrado anteriormente, não seria tão evasivo para a floresta, resultando em até efeitos positivos, como a recuperação do solo e das árvores.
1.2 Importâncias ecológicas da Amazônia e o comprometimento delas pela
ação humana
A Amazônia, por ser a maior floresta tropical do mundo, desempenha papeis
ecológicos importantíssimos, como o controle da temperatura e a distribuição de água. Como mostra a IPAM essa manutenção é realizada principalmente pelos mecanismos de fotossíntese e evapotranspiração, ambos ocorrentes nas folhas das árvores e plantas. O primeiro é responsável pela retirada do gás carbônico da atmosfera (CO2), principal atuante no aumento do efeito estufa. Segundo a Nature, revista científica de prestígio internacional, a floresta armazena quase 94 bilhões de toneladas do composto anualmente, quantia que de acordo com a NASA, age consideravelmente na redução da temperatura global. O segundo é um fenômeno participante do ciclo hídrico das plantas. Ele corresponde à parcela de água que é evaporada das folhas e do solo. A Nature estima que quase toda a água absorvida pela vegetação da floresta é perdida dessa maneira. Em média, pelo que aponta a revista, a mata lança na atmosfera mais de 20 bilhões de toneladas de água. Essa enorme quantia, associada aos fenômenos atmosféricos, resulta nos famosos rios voadores. Esses “rios” rumam praticamente todo o país, e em seu caminho umidificam o solo. Sem eles, como afirma Antônio Donato Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a região Sul e Sudeste seriam desertos, à medida que todas elas ficam próximas a faixa conhecida como “Cinturão da seca”. Esse “cinturão” é uma faixa observável por satélites nas quais é visível a formação de áreas vegetativas secas e até mesmo desérticas. A seguir, as figuras mostram o caminho que os rios voadores fazem e o cinturão da seca. Figura 2-caminho dos rios voadores
Fonte: www.blogs.canalrural.com.br (2017).
Figura 3-cinturão da seca
Fonte: www.joseensegeografia.com (2014).
Com base nisso, é possível relacionar secas no Sudeste e Sul com problemas ocorrentes na floresta. De acordo com Antônio Nobre, parte da questão da falta de estiagem que a região vem enfrentando há mais de uma década, especialmente São Paulo, pode ser relacionada com o desmatamento e queimadas na Amazônia. Segundo ele, o Brasil vem economizando esforços para impedir a derrubada da vegetação, à medida que não é necessário apenas confrontar o desmatamento acumulado, mas reconstruir o que foi perdido. Se a situação permanecer, como apontou o mesmo, atividades como a pecuária e agronomia podem se colapsar, levando a mais crises no futuro. Além disso, com o progresso do desmatamento, a possibilidade de desastres ambientais, como queimadas, acontecerem se tornam ainda maiores. A priori, à medida que ocorrem as derrubadas das árvores, menos será a umidade disponível, o que associado ao clima quente da região, devido à proximidade com a linha do equador, e as estações secas, podem gerar focos de incêndio. Em 2019, pelo que aponta o INPE, a região amazônica teve incríveis 59.601 focos de incêndio,
1.3 Influências do desmatamento na ocorrência de desastres naturais