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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL

DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Elias Gleizer de Freitas Ferreira

O TEXTO: EU, MULHER... POR UMA NOVA


VISÃO DO MUNDO.
A CURTA METRAGEM: PHATYMA
RESENHA

REDENÇÃO
2021
Elias Gleizer de Freitas Ferreira

O TEXTO: EU, MULHER... POR UMA NOVA


VISÃO DO MUNDO.
A CURTA METRAGEM: PHATYMA
RESENHA

Trabalho apresentado como requisito para


obtenção de nota na disciplina Sociedade
diferenças direitos humanos nos espaços
lusófonos, na Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira,
semestre 2020.2, Prof.° Dr°Carlos
Subuhana.

REDENÇÃO
2021
CHIZIANE, Paulina. “Eu, Mulher… Por uma nova visão do mundo”. In: Revista do
Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e africana na UFF, vol. 5, nº 10, Abril de
2013.
Phatyma, de Luiz Chaves e Paulina Chiziane. 9: 49 min.). Maputo:AfricaMakiya
Produções, 2010. https://www.youtube.com/watch?v=NBKbFGxM1-k

Resenhado por: Elias Gleizer de Freitas Ferreira

Sobre o texto EU MULHER... POR UMA NOVA VISÃO DO MUNDO e a curta-


metragem PHATYMA vemos a luta pela resistência da mulher ao patriarcado.
Mulheres que questionam o seu real papel no mundo, pois tanto a autora Paulina
Chiziane quanto a personagem Phatyma criada pela própria autora, ambas possuem
a mesma garra e resistência, pois elas detém a mesma personalidade ou a autora
refletiu sua vida na personagem como vemos no texto e curta-metragem
respectivamente.

O texto EU MULHER... POR UMA NOVA VISÃO DO MUNDO  logo no início é


retratado a criação da mulher, que segundo o cristianismo a mulher a Eva foi criada
a partir da costela do Homem o Adão e que foi por culpa dela que pecado entrou no
mundo e por castigo ela se tornou submissa. Já na mitologia batun o pecado não
entrou no mundo pela ação do ser humano, mas a mulher é submissa, pois o
homem foi o primeiro ser humano criado e a mulher a última.
Logo após foi mostrado rituais em Moçambique que envolvem a mulher, por ser
capaz de gerar, rituais que na maioria das vezes eram durante as secas. Logo a pós
é realizado um desabafo da autora como cito agora "Nós, mulheres, somos
oprimidas pela condição humana do nosso
sexo, pelo meio social, pelas idéias fatalistas que regem as áreas mais
conservadoras da sociedade. Dentro de mim, qualquer coisa me faz pensar que
a nossa sorte seria diferente se Deus fosse mulher." 

Ao segui deste pensamento se Deus fosse mulher a autora faz uma série de
questionamentos sobre como o mundo seria se Deus realmente fosse uma mulher,
logo após ela contesta mulheres que estiveram no poder, mas não lutaram por
causas delas mesmas MULHERES. A autora cita como é recebida uma menina
recém-nascida em seu país, e logo após cita como a menina cresce brincando como
é dada ao chegar numa determinada idade como vemos nessa frase citada por ela
no texto "Na infância a rapariga brinca à mamã ou a cozinheira, imitando
as tarefas da mãe. São momentos muito felizes, os mais felizes da vida da
mulher tsonga. Mal vê a primeira menstruação é entregue a marido por
vezes velho, polígamo e desdentado. À mulher não são permitidos sonhos
nem desejos. A única carreira que lhe é destinada é casar e ter filhos." A autora fala
que apesar de viver nessa realidade mesmo assim se tornou uma escritora. Ela cita
que sua avó a contava histórias nas quais as mulher submissas e obedientes ao
marido eram felizes, tinham casamentos felizes e viviam bem, mas as mulheres
desobedientes ficavam solteiras e não eram felizes, ou seja para ela ser obediente é
recompensado com coisas boas. A autora relata o inicio de sua vida na escola, fala
sobre a escola também ensinar a submissão da mulher para com o homem e que
ela teve sonhos como o de ser pintora que foram interrompidos pela sua família. Ela
relata sua vida e sua carreira como escritora.

Como nesse texto escrito pela autora Paulina Chiziane é retratado a figura e o papel
da mulher e a resistência dela na curta-metragem também vemos a garra de
Phatyma para resistir a também a esse patriarcado, como veremos a segui o resumo
sobre essa curta-metragem.

A historia se inicia com a comemoração do nascimento da personagem, os


familiares comemoram e pediram para a lua que a protegesse e a chamaram de
Phatyma que significa brir. A Phatyma mora no sul de Moçambique com  a sua avó,
sua mãe, seu pai e seus irmãos. Sua avó e sua mãe sempre foram responsáveis
para ensina-la o que é ser mulher e seu papel e ela (Phatyma) sente que será como
sua mãe, que sempre teve sonhos, mas se tornou igual a mãe dela. Elas ensinaram
a obedecer e ser submissa aos homens, por respeito, mas isso aumenta o ego
deles.
Phatyma iniciou os seus estudos aos seis anos, na escola para ela era um ótimo
lugar, para brincar com suas amigas e principalmente brincar com suas amigas, ela
relata sobre uma aula que ela aprendeu sobre igualdade de gênero, ou seja, as
meninas e os meninos tem os mesmos direitos, ela ficou muito feliz com essa
informação aprendida e foi logo repassar para a sua mãe, mas a mãe dela falou
sobre as diferenças de realidade e que o dever delas era cuidar da casa e respeitar
a soberania dos homens, mas Phatyma decidiu tentar lutar por suas ideologias, mãe
sem deixar as suas tradições.

Portanto Vemos bem claro a semelhança entre o texto EU MULHER... POR UMA
NOVA VISÃO DO MUNDO e a curta-metragem PHATYMA ao perceber a influência
familiar sobre o ato de viver da autora Paulina Chiziane e da personagem Phatyma
em ser submissa ao homem e ter apenas um papel na sociedade e que ambas
buscaram lutar para a igualdade. Igualdade que deve ser pregada em todo lugar não
relativizando culturas, mas certamente os direitos iguais.

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