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CENTRO UNIVERSITÁRIO- UniFTC

CURSO: Medicina Veterinária


Disciplina: Clínica Médica de Pequenos II

Docente: Renata Maria Monção da Silva


Discente: Agnailton Nogueira Da Silva Pereira
Data de entrega 12/11/2021 Nota:

Atividade Processual II Unidade

Questão 1. Um labrador de seis anos foi atendido com queixa de paralisia de membros
pélvicos, que segundo o tutor ocorreu progressivamente.
Foi utilizado medicação anti-inflamatória no início do quadro, contudo não houve
melhora após um período de duas semanas, e o proprietário percebeu perda
progressiva da função motora, confirmada pelo clínico.
Nos dois meses que se seguiram, o cão foi se tornando progressivamente apático e
prostrado. Diante deste quadro clínico, qual sua conduta médico veterinária para
diagnóstico e tratamento deste paciente?

R= Diante do quadro apresentado com as informações, a anamnese não foi detalhada ao examinar o
paciente, com base nos sinais clínicos característicos de polineuropatia de progressão caudocranial
rápida e descartando-se outras causas de polineuropatias.
Há suspeita de algumas de patologias como botulismo, cinomose, ehrlichia, paralisia por carrapato e
infecções protozoarianas e musculares (como toxoplasmose e neosporose), que têm sinais clínicos
semelhantes aos da polirradiculoneurite.
Não há tratamento específico para a polirradiculoneurite, existe tratamento com terapia de suporte
usando glicocorticoides.
Visando os cuidados de enfermagem são fundamentais para o restabelecimento do paciente, pois eles
ajudam a evitar as úlceras de decúbito, minimizam os danos musculares (atrofia e contraturas), evitam a
ocorrência de pneumonia por aspiração e acompanham de perto possíveis alterações na função
respiratória.
Em alguns casos, oxigenioterapia e alimentação enteral podem ser necessárias e a realização de
fisioterapia com movimentos passivos dos membros é útil para evitar atrofia muscular.
Exames complementares para serem realizado:

Disciplina: Anestesiologia Veterinária Medicina Veterinária Turma: VET614


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Exames hematológico, perfil bioquímica sérica, sorologia para ehrliquiose (PCR ou ELISA, sorologia para
toxoplasmose e neosporose (ELISA), eletromiografia, análise do líquido cefalorraquidiano.
OBS: Alguns desses exames possuem um custo alto, só serão feitos a depender da situação financeira do
tutor.

Questão 2. Um canino fêmea da raça Buldogue Francês, 3 anos de idade, com histórico
de trauma, foi atendida com queixa de dor na coluna e ausência de movimentos nos
membros pélvicos há aproximadamente 10 horas.
No exame neurológico foi possível observar paraplegia, reflexos segmentares
diminuídos e ausência de propriocepção nos membros pélvicos, reflexo cutâneo normal,
reflexo perineal presente e nocicepção profunda diminuída.
Diante deste quadro clínico, qual sua conduta médico veterinária para diagnóstico e
tratamento deste paciente?

R= Diante do quadro apresentado com as informações coletadas com históricos de trauma e do exame
físicos a suspeita que o animal esteja apresentando (DDIV conhecida como doença do disco invertebral).
A conduta para diagnóstico de suspeitas de enfermidades cervicais com o emprego de exames de
diagnóstico por imagem, como a radiografia, mielo grafia, tomografia computadorizada e a ressonância
magnética.
Exames complementares como: Hemograma, Bioquímica Sérica.

Tratamento

O tratamento mais apropriado vai depender do quadro clínico do paciente e como ele se apresenta nos
exames físico e neurológico, assim como da duração do processo.
As formas principais de tratamento são as “conservadoras” (tratamento clínico e reabilitação) e
cirúrgicas, como a fenestração e a descompressão ventral. O tratamento clínico conservador sem o
auxílio das técnicas de fisioterapia e reabilitação pode ter êxito, mas a recuperação pode ser muito
longa e 36% dos cães apresentarão recidivas.
tratamento cirúrgico está sempre baseada na severidade e na duração dos sinais clínicos, no déficit
neurológico acentuado e progressivo, na dor constante e no insucesso do tratamento conservativo.
O tratamento não cirúrgico deverá ser adotado quando se trata de lesões leves ou em estágios iniciais
da doença.
A fisioterapia veterinária se realizará de forma programada com o auxílio de agentes físicos, massagens,
exercícios distintos e hidroterapia, conforme as características e a severidade da patologia de cada
paciente.

Tratamento com medicações analgésicas:


Cloridrato de tramadol, 1mg/kg associado com dipirona sódica, 30mg/kg.
Anti-inflamatório não esteroide: Firocoxib, 5mg/kg.
Protetores de mucosa gástrico: Omeprazol, 1mg/kg e Ranitidina, 2mg/kg.

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Adjuntos ao confinamento limitado (Esse confinamento e essencial para ajudar na recuperação da
medula espinhal e resolução do processo inflamatório).
Seria bom fazer fisioterapia para ajudar na reabilitação física do animal.

OBS: Com resultados dos exames esse tratamento pode ser alterado após o diagnóstico definitivo, se for
preciso que o animal passe por uma cirurgia, uso de outras medicações, assim como o emprego de um
novo protocolo fisioterapêutico.

Disciplina: Anestesiologia Veterinária Medicina Veterinária Turma: VET614

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