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Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento - LENHS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA


Campus I, Cidade Universitária, 58.051-970 - João Pessoa - PB - Brasil

SIMULAÇÃO E ANÁLISE NO SWMM DO PROETO DA REDE DE ESGOTO DO


BAIRRO CIDADE UNIVERSITÁRIA DE JOÃO PESSOA (dados de final de plano)

Este exemplo representa a modelagem de parte da rede de esgotamento sanitário do


bairro Cidade Universitária, da cidade de João Pessoa, PB, operada pela CAGEPA (ver
esquema no croqui em anexo). O objetivo da modelagem foi dimensionar a unidade de
armazenamento do esgoto (poço úmido), com sua estação elevatória e o emissário,
assim como analisar o comportamento hidráulico da rede de drenagem ao longo das 24
horas do dia. Estabeleceu-se como condicionante a limitação de no máximo 5 paradas
do bombeamento por hora. A Figura 1 mostra o desenho da rede no SWMM

Figura 1 – Desenho do traçado da rede no SWMM

Os dados relativos aos coletores (trechos da rede) e aos poços de visita (PVs) são
apresentados nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. Na Tabela 3 estão os valores
multiplicadores, para cada uma das 24 horas do dia, do padrão temporal da vazão de
drenagem do esgotamento sanitário, cuja representação gráfica pode ser vista na
Figura 2.

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Tabela 1 – Dados dos coletores da rede de esgotamento sanitário


Coletor vazão em Offset
Coletor Diâmetro Extensão Contribuição marcha de saída
(mm) (m) N˚ vazão (L/s) (L/s) (m)
C18 - 4 150 12,0 C18 - 3 0,565 0,024
C18 - 5 150 73,1 0,144
C19 - 9 200 57,0 C19 - 8 17,144 0,112
C19 -10 200 29,0 0,058 0,981
C19 - 11 200 31,0 0,061
C19 - 12 200 4,0 0,008 2,600
C64 - 1 150 75,4 C75-1, C77 0,264 0,148
C64 - 2 150 78,1 0,154 0,019
C65 - 2 150 15,2 C65 - 1 0,079 0,030
C67 - 4 150 53,1 C67-3, C68-2 0,754 0,104
C67 - 5 150 43,6 0,085
C11 200 680,0 0,800
C12 200 10,0

Tabela 2 - Dados dos Poços de Visita, do reservatório EEE1 e do Exutório E1.


PV Afluência Cota do Radier Profundidade
(L/s) (m) (m)
15A 0,565 35,687 1,198
15B 0,024 35,633 1,367
51 17,144 37,591 2,077
52 0,112 37,511 1,518
17 0,202 35,304 2,204
142 0,264 35,091 4,679
143 0,178 33,802 0,518
144A 0,079 36,591 1,109
145 0,754 38,831 1,487
18 0,258 33,207 1,200
18A 0,146 33,011 1,560

EEE1 NO 29,900 4,800


PV11* NO 29,900 0,000
PV12 NO 43,000 1,200
E1 41,000

* No PV 11 a Profundidade de Sobrecarga no nó pressurizado de jusante da bomba é


igual a 100 metros (ver pg 177 do Manual)

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Tabela 3 – Fatores multiplicadores do Padrão Temporal da vazão do esgotamento


Hora Fator Hora Fator Hora Fator Hora Fator
1 0,5 7 0,9 13 1,5 19 1,2
2 0,5 8 0,9 14 1,5 20 1,2
3 0,7 9 1,2 15 0,9 21 0,8
4 0,7 10 1,2 16 0,9 22 0,8
5 0,7 11 1,2 17 1,0 23 0,7
6 0,9 12 1,5 18 1,2 24 0,5

1,6

1,4
1,2
1

0,8
Série1
0,6

0,4

0,2

0
0 5 10 15 20 25 30

Figura 2 – Padrão temporal da vazão de drenagem

As afluências externas de vazão aos poços de visita, em tempo seco, derivadas dos
coletores são:

COLETOR 18
A afluência média diária no PV 15A de 0,565 L/s é resultante da vazão a montante do
coletor 18-4. Essa vazão, derivada das contribuições a montante do poço de visita
PV15A, varia ao longo das 24 horas segundo o Padrão Temporal (variação das
contribuições de esgoto ao longo das 24 horas), estabelecido pelo projeto. Nas
características do PV-15A, na célula de Afluência (em tempo seco), se encontra o valor
da vazão (0,565) e o a Padrão Temporal 1 (ver Figura 3). A série de valores
multiplicadores do padrão tempotal, cujo identificador é o número 1, encontra-se no
Editor de Padrão Temporal.
A afluência média no PV 15B é igual a 0,024 L/s resultante da vazão em marcha no
coletor 18-4. A afluência média no PV 17 é igual a 0,202 L/s, resultante da soma da
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contribuição do coletor 18-5 (0,144 L/s), mais a contribuição do coletor 19-10 que é de
0,058 L/s.

Figura 3 – Afluência (vazão), em tempo seco, ao PV15A

COLETOR 19
A afluência média no PV 51 de 17,144 L/s é resultante da vazão a montante do coletor
19-9. A afluência média no PV52 é igual a 0,112 L/s resultante da vazão em marcha no
coletor 19-9. A afluência ao PV 17 é igual a 0,202 L/s; resultante da soma da
contribuição em marcha do conduto C19-10 (0,058 L/s) e do conduto C18-5 (0,144 L/s).
A afluência ao PV 18A é igual a 0,146 L/s, resultante da vazão em marcha dos coletores
C19-11 (0,061 L/s), C67-5 (0,085 L/s).

COLETOR 67

O coletor 67-4 recebe uma contribuição em tempo seco de uma vazão media diária de
0,754 L/s. Essa vazão, derivada das contribuições a montante do poço de visita PV145,
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varia ao longo das 24 horas segundo o Padrão Temporal (variação das contribuições de
esgoto ao longo das 24 horas), estabelecido pelo projeto.
A afluência ao PV 18 é igual a 0,258 L/s, resultante da soma da contribuição da vazão
em marcha dos coletores 67-4 (0,104 L/s) e 64-2 (0,154 L/s).

COLETOR 65
A afluência ao PV 144A é igual à vazão de montante, que é de 0,079 L/s, advinda do
coletor C65-1. A contribuição da vazão em marcha no Coletor 65-2 é igual a 0,03 L/s.

COLETOR 64
A afluência ao PV 142 é igual à vazão de montante de 0,264 L/s, resultante das
contribuições dos coletores C75 e C77. A afluência ao PV 143 é igual a 0,178 resultante
da soma da contribuição do coletor 65-2 (0,03 L/s) com o coletor C64-1 (0,148 L/s).

***
Com os valores inseridos das afluências aos PVs da rede de drenagem o SWMM
determina as vazões totais escoadas nos trechos da rede (coletores), variáveis ao longo
das 24 horas do dia, como também a vazão variável aduzida ao poço úmido (EEE1) da
estação elevatória de esgoto (vazão no conduto C19-12).

DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

O Reservatório de Armazenamento da rede de drenagem (EEE1 - ver esquema na figura


em anexo), possui uma geometria cilíndrica, cujo diâmetro da área transversal é igual a
3,0 metros. No reservatório (ou unidade) de armazenamento, no qual o nível do líquido
é variável, se encontra a bomba submersa para evacuar o esgoto armazenado e conduzi-
lo para o exutório através da tubulação do emissário (C11). A Figura 4 mostra a caixa
de propriedade da Unidade de Armazenamento, que corresponde ao poço úmido da EEE
(ver explicação na página 180 do Manual). O valor da Constante 7,07 corresponde ao
valor, em metros quadrados, da área da base circular do volume cilíndrico do EEE:
A = π(D/4)2. Os níveis de acionamento e de parada da bomba a serem inseridos na caixa
de propriedades da bomba (ver Figura 4), correspondem, respectivamente, às alturas de
água dos níveis máximos e mínimos do poço úmido.
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Figura 4 – Caixas das propriedades da Unidade de Armazenamento EE1 (poço úmido) e


da Bomba B1

As curvas características da bomba submersa são apresentadas em anexo e os dados da


curva vazão versus altura manométrica (Curva Tipo 3 do SWMM) são:

Vazão (L/s) 80 60 40 20 0
Carga (mca) 12,5 16,5 20,3 24,2 26,0

A bomba B1 é conectada entre dois nós, o inicial (de montante), que corresponde ao
EEE1, e o final (de jusante), que corresponde ao PV11. A cota do radier do PV 11 deve
ser a mesma do EEE1. O PV11 é um nó de junção, que trabalha sob pressão; por isso a
sua profundidade máxima deve ser igual a zero e a profundidade de sobrecarga deve
coincidir com a pressão de ruptura do tubo (igual a 100 metros neste caso). A tubulação
de recalque (emissário da EEE), pressurizada, corresponde ao trecho C11, que deságua
no poço de visita PV 12. Do PV12 a água é escoada por gravidade até o exutório do
sistema de drenagem (E1).

João Pessoa, 19 de Novembro de 2021


Heber Pimentel Gomes
6
0m
7 2.2 50
0- 1.0 00 0m 0m
9 -1 m 2 6.8 m -7 /m
m/ . -5 -2

/m
C3 1 /

m
45 1 1m C1 m
5- 45

.70
.00

0m
C7 23 0.0
0

75 m
i=0 0

.20
.
i=0 i=

m/

77

08
144 0

C6 .0046
PV .744 1.2078

.0
-
m
80 142

i=0
5-1
-
-
PV .770 4 .544 1.2
0
PV
2

7-2
-9
9 39 .466 80m

C
0
C3 m 39 91

0m

i=
m/ 9 5.0 39 -1 - m/
m
41 .67 3 C1 45
.00

5,4
i =0
4 .00
0 146

-7
i=
PV 714

4-1
0m 40. 514
-4 39.

C6
2 0 0
143 65-1 147
1.
PV .320 C PV 656 0m
m -8 m
m/

/m
34 02 5,2 A
4 .
8 3.8 144 0 -1 46

0m
-1 150 8

6m
00 .51 3 -2 PV .700 6 39. C6 =0.00

8.4
1.2 0
C6
5 7
3 .591 0 i

04
1.5
09 36

-7
0
15B 1.1

.
i=0
PV .000

3
0m

7-
7
3 .633 0.2

0m

C6
C 7
120 67 35 2- m/
m
15A . 3 8-

8,1
PV .185 PV C18 -4
1 C6 045
. 0

-7
37 .687 i=0
98 35 20m

4-2
1.1 12,0
15 8. 0m 145
-5 9

C6
PV 781 8 -3 m/
m 3,1
m PV .318 1.2087
3 . 207
8 C1 0210 - 52m/m 40 109 1.4

C1
4
4 37. . - 2 39. .831
0m

i=0 7
C60.116

8-5
6 6 38
1.
1.8

/m

1 i=

73,
.E0 m 18 00
5m

m
4

0m E.E ,6 PV 4,407 7 1,2 219


-8 43

-4
1-

1
04

- 3 ,20 1,
8-2 m/m

0m
7-5

2
-

1 33 ,226

9-1
3A
0

523
C 45 17 C6
.

-11
i=0

.00 33

C1
38. .567 PV 508
C1

i =0 7 , C 19
3 7 3 ,28 5
6 4 9m 31
m
52 3 3 5,30 - 2
0m PV 029 1,2204 3 9-10 / m 1 8A
5m PV
-7 /m 39. .511 2,2 C1 49 571
3- 1 2m 7 . 05 00
34, ,011
C1 8
0m

51 51 3 0
i= DN2
18 PV 68 1. 7m
m/

.0 -5 33 371
i=0
8.8

6 9-9 /m 23 33,
45

39. 591 1 m
50 0 0 1,2 83
7

C
.00

77 37. .00 N2 1,5


1-

2.0 i=0 D
i=0
8-

0m
C1

0
0 -6 20
V5
LEGENDA:
P 19-8 - DN
C m
m/
50
COLETORES MODIFICADOS
0 .00 CAGEPA
i=
LEVANTAMENTO DATA DESENHO
13/06/2013

Blatt
CURVA DE DESEMPENHO

Cliente Data
Hidrainfo Consultoria e Serviços Ltda 20/01/2014
Produto Potência (cv) Freq. (Hz) Nº Pólos Ø Rotor (mm) Sub. Máx. (m) Material Cos ƒ (100%)
150DL622 30.00 60.00 4 221.80 20 Ferro Fundido 81,20/81,32/81,20
Motor Tensão (V) Ind. Prot. Fases Rotação (rpm) M. Inércia (kg.m²) Rend. (100%) Corr. Nom. (A)

MBRMT22 220/380/440 IP68 3 1800 0.1696 88.94 92,0/53,0/46,0


Cabos Controle Cabos Força Classe Isol. Fator serv. Nº Part. Hora Temp. Máx.ºC R. Conj. (%) Corr. Part. (A)
18 AWG 4 AWG H 1.15 20 40.00 55.85 493,8/302,3/269,3
Tipo de Rotor
- Ponto Selecionado -
Semiaberto
Vazão Altura

40 l/s 20.3 m
Potência Cons. Rend. Hidr.

17 cv 62.79 %

Nº Curva
Desempenho Potência Consumida Rendimento B1062-4
ESB-BR LD ver. 1.4

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