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A ressurreição é um fenômeno, um acontecimento que afetou a sensibilidade

daqueles que dela fizeram a experiência originária com o vivente (eles o viram, eles o
tocaram). Não obstante, uma coisa é fazer a experiência empírica do ressuscitado, outra
coisa é relatar tal experiência. Uma vez que os antigos não dispunham do aparato
lógico-linguístico moderno para expressar tal experiência, isto é, não tinham o domínio
da linguagem científica dos conceitos que, a propósito, nada mais é que uma redescrição
da realidade, que como tal, não é capaz de exprimir em sua totalidade tal mistério, os
autores bíblicos recorreram as figuras de linguagem, mais especificamente, as
metáforas. Falar de um Jesus ressuscitado que não mais se encontra condicionado pelo
espaço e pelo tempo, ou seja, pelas rígidas leis da física convencional, requer
sensibilidade empírica e criatividade simbólica sem precedentes. Por isso os relatos
acerca da ressurreição, mais que exprimir o fenômeno em si, tendem a apresentar o
significado de tal evento. As narrativas bíblicas não inventam um fato, mas dão-lhe uma
forma que possamos compreender.

O vazio é o todo!! Para existir algo, deve haver uma coisa que não exista. A
inexistência de Deus prova a existência de Deus e vice-versa. A essência do todo de
Deus é o nada!! Ele precisou não existir para que ele pudesse criar dentro dele mesmo.
Deus é um paradoxo.

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