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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PAULO ROBERTO TAVARES DA SILVEIRA JÚNIOR

ANÁLISE DE FLEXÃO EM LAJES ATRAVÉS DAS TABELAS DE MARCUS,


BARES, TEPEDINO E CZENY

Santarém-PA
2021
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PAULO ROBERTO TAVARES DA SILVEIRA JÚNIOR

ANÁLISE DE FLEXÃO EM LAJES ATRAVÉS DAS TABELAS DE MARCUS,


BARES, TEPEDINO E CZENY

Trabalho apresentado para a obtenção


da nota parcial na disciplina de Concreto
Armado I, ministrada pelo professor Eng.
Hugo Aquino, do curso de Engenharia
Civil, do Centro Universitário Luterano de
Santarém.

Santarém-PA
2021

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2. OBJETIVOS............................................................................................................ 4
3. FUNDAMENTOS .................................................................................................... 4
3.1. LAJES………………………………………………….......................…......4
3.2. TIPOS DE APOIOS……………………………………………………..…...5
3.2.1. ANÁLISE DE CÁLCULOS INICIAIS........................................…...........7
3.3. COMPARAÇÕES DE RESULTADOS………............................….........7
4. CONCLUSÃO……………….. ....................................................................…......... 8
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................…........ 9

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1. INTRODUÇÃO

O modelo de dimensionamento de painéis de lajes estudado por meio da


literatura técnica é baseado no uso de tabelas. Tais tabelas consideram cada laje de
maneira isolada para uma análise individual, entretanto, essa consideração não
representa o comportamento real da estrutura. Com o avanço da tecnologia, os
programas computacionais de cálculo estrutural vêm se tornando ferramentas
fundamentais para a elaboração de projetos estruturais, pois além de sua rapidez no
dimensionamento a precisão dos resultados é outro fator que otimiza o
desenvolvimento de tais projetos. Dentre os modelos que melhor representam o
funcionamento das lajes, destaca-se o processo de Analogia de Grelha, utilizado por
programas computacionais de análise estrutural, como o Eberick.
A necessidade de conhecer os recursos manuais no dimensionamento de
estruturas é importante para a fundamentação teórica dos engenheiros. Portanto
vamos analisar o dimensionamento de laje maciça a partir de quatro tabelas: Bares,
Marcus, Tepedino e Czeny.

2. OBJETIVOS

a) Determinar o pré- dimensionamento do painel da laje,


b) Determinar os dados encontrados em cada tabela,
c) Analisar e comparar os dados,
d) Discutir a eficiência de cada método.

3. FUNDAMENTOS

3.1. Lajes
Em edifícios usuais de concreto armado os elementos estruturais que
compõem a estrutura são as lajes, as vigas e os pilares, que devem ser
dimensionados a fim de suportar os esforços solicitantes.
“De modo geral, as estruturas podem ser concebidas como se fossem
formadas por três famílias de elementos estruturais planos” (FUSCO, 1985 citado
por NAPPI, 1993).

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 Pilares: elementos lineares de eixo reto, dispostos na vertical em que a
principal função desse elemento é suportar os esforços provenientes das cargas
permanentes e transmiti-las para a fundação.
 Vigas: tem como principal função suportar esforços provenientes de seu
peso próprio, cargas acidentais, paredes e lajes e transmiti-las aos pilares.
 Lajes: elementos de superfície plana que recebem ações verticais, cargas
acidentais e permanentes e as transmite para vigas ou diretamente para os pilares.
“As ações atuantes no edifício em estruturas convencionais têm início nas
lajes, que transmitem os esforços para as vigas. As vigas transmitem os esforços
para os pilares e estes transmitem os esforços para os solos através dos elementos
de fundação” (PEREIRA, 2017).
Para a análise vamos adotar a laje maciça que é constituída por concreto e
aço, que juntos podem resistir aos esforços solicitados.

3.2. Tipos de Apoios


Os tipos de apoios são fundamentais para determinar a condição de
ancoragem da borda do apinel da laje. Podendo ser:

Imagem 1: Tipos de bordas do painel


De acordo com a borda podemos analisar o tipo de engastamento

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Imagem 2: Engaste do painel da laje
Para a determinação das bordas das lajes é necessário verificar dois
parâmetros referentes a continuidade das lajes. No caso das lajes que têm
continuidade ao longo de toda a borda comum, considera-se as lajes com as bordas
engastadas. No caso das lajes que não tem 22 continuidade em toda a borda
comum, o critério para adotar a vinculação é dado pelas Equações:
Se X ≥ 2/3 ∙L, a laje 1 está engastada na laje 2;
Se X < 2/3 ∙L, a laje 1 está apoiada na laje 2.

Imagem 3: Condições de engaste

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3.2.1. Analises e cálculos iniciais.
Para começar o dimensionamento é preciso saber quais os esforços
solicitantes na área de influência da laje. Esforços tais como: peso próprio,
revestimentos, pisos, cargas acidentais e permanentes. Após o levantamento dos
esforços solicitantes precisamos determinar o momento que o painel sofrerá ao
reagir aos esforços. Por fim desta etapa, determinar o estado limite de serviço e
estado limite último. (ELS e ELU).
Para a análise vamos determinar uma laje do tipo de engaste 6, engastada
nos 4 lados. E para analisar a flexão exercida na laje vamos considerar a laje com
Lx(a)= 2 e Ly(b)=3. Portanto meu b/a=1,5.

3.3. COMPARAÇÕES DE RESULTADOS


Momentos positivos pelos quatro métodos.

A análise do quadro permite observar que os momentos fletores positivos


obtidos através da utilização das tabelas possuem uma variação máxima de
aproximadamente 15%. Observou-se também que na grande maioria das lajes, os
momentos fletores positivos obtidos com o uso das tabelas de Marcus são menores
que os obtidos pelos outros métodos, sendo possível afirmar que este é o método
mais desfavorável do ponto de vista da segurança.

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Momentos negativos

A partir da análise dos quadros percebe-se que em todas as lajes os momentos fletores
negativos obtidos através das tabelas de Czerny e Bares possuem resultados muito parecidos,
com variação máxima de apenas 4,6 %. Nota-se também que novamente, assim como nos
momentos positivos, os valores encontrados para os momentos fletores negativos com as
tabelas de Marcus são inferiores aos outros processos de cálculo. E ainda, quando comparados
com os resultados obtidos pelo Eberick V5, os valores encontrados com as tabelas são, na
grande maioria das lajes, muito maiores.

4. CONCLUSÃO
O presente trabalho buscou verificar se as diferenças eram significativas entre os
valores dos momentos fletores para lajes maciças de concreto armado, encontrados com as
tabelas de Marcus, de Czerny, de Bares e pelo processo de analogia de grelha através do uso
do software Eberick V5. Ao término, tendo em vista que os objetivos do estudo eram estes se
conclui que o objetivo principal foi alcançado.
Analisando os resultados verificou-se que dentre os quatro métodos estudados o de
Marcus foi o que apresentou, em geral, para o projeto definido, os menores valores de
momentos fletores positivos e negativos. Percebeu-se também que os valores encontrados
através da utilização das tabelas de Czerny e Bares divergem muito pouco nos momentos
positivos e principalmente nos momentos negativos. Por sua vez os valores dos momentos
fletores negativos encontrados com as tabelas e compatibilizados são muito maiores quando
comparados aos encontrados pelo software Eberick V5 através do processo de analogia de
grelha. Os momentos positivos encontrados pelas tabelas e comparados com os encontrados
pelo software Eberick V5, não divergem tanto quanto os negativos.
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Estas diferenças podem ser devidas ao fato de que com a utilização do processo de
analogia de grelha é possível calcular pavimentos de concreto armado como um todo, de
forma integrada, sendo que a contribuição de cada elemento que compõem o pavimento fica
caracterizada e os esforços tendem a ser mais precisos.
Sendo assim, ainda pode-se afirmar que o cálculo dos momentos fletores máximos
através da utilização das tabelas é muito útil para uma análise inicial ou ainda um pré-
dimensionamento, porém sempre que possível se deve buscar processos em que as
simplificações possam ser desconsideradas.
REFERÊNCIA

1. PEREIRA, A. C. Análise comparativa entre resultados obtidos por meio de


cálculo estrutural manual e com auxílio do programa computacional Eberick.
Patrocínio, 2017.
2. NAPPI, S.C.B. Análise comparativa entre lajes maciças, com vigotes pré-
moldados e nervuradas. Florianópolis, 1993.

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