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Enfermagem T21

Importância dos conhecimentos de Bioquímica e Microbiologia no exercício da


enfermagem

Fábio André Miranda Viana nº4092

Oliveira de Azeméis

17/11/2021
Bioquímica Clínica

De acordo com o lecionado durante as aulas e com alguma da pesquisa realizada,


podemos dizer que a Bioquímica Clínica pode-se considerar como uma base para a prática
da enfermagem, devido tanto a sua aplicabilidade em diagnostico de doenças como na
prevenção das mesmas, permitindo assim uma intervenção atempada caso algum
parâmetro se encontre com valores “anormais”.

Assim sendo a bioquímica clínica implica o uso de métodos químicos e bioquímicos com
objetivo de analisar amostras biológicas como por exemplo:

• Sangue;
• Urina;
• Líquido cefalorraquidiano;
• Amostras de fezes;
• Swabs de orofaringe.

Usando um dos exemplos usados acima, nomeadamente o sangue, este é um parâmetro


importantíssimo na prevenção e diagnóstico de patologias, usando os valores de
referência como indicadores.

Através dos hemogramas podemos assim obter uma análise dos eritrócitos, leucócitos,
plaquetas, hemoglobina e volume globular médio, fazendo assim uma intervenção
atempada no caso de uma anemia.

Exemplo da aplicação de bioquímica no SARS-CoV-2

Na atualidade com o vírus SARS-CoV-2, a bioquímica clínica apresenta um papel


fundamental, tanto a nível dos testes de base molecular como de testes serológicos. Estes
primeiros são realizados com um swab e a amostra retirada e posteriormente analisada,
com o objetivo de detetar a presença ou ausência do vírus. Já no caso dos serológicos,
estes sendo um pouco mais simples (leva a uma maior taxa de falsos positivos e de falsos
negativos) tentam detetar a presença de anticorpos IgM e IgG.

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Microbiologia Clínica

No caso da microbiologia clínica, esta é tão ou mais importante que a bioquímica clínica
na profissão de enfermagem, isto porque as alterações que se podem observar num
hemograma podem ter origem num vírus, e como tal é necessário saber como reverter a
situação clínica, e nesse caso a microbiologia e os seus conhecimentos entram em ação.

Usando o caso que referi anteriormente, o SARS-CoV-2, é um exemplo de um vírus de


transmissão por via direta e indireta, e também pode ser por contacto próximo, ocorrendo
através de gotículas libertadas pela boca ou nariz das pessoas infetadas, podendo atingir
as pessoas próximas, caso não estejam devidamente protegidas.

O que é o SARS-CoV-2?

O SARS-CoV-2 é então um vírus de RNA, varia entre 26 a 23 quilobases de


comprimento, pertencente a subfamília Coronavirinae da família Coronaviridae e ordem
Nidovirales. De acordo com as características genéticas e de estereótipo, a família
Coronavirinae é dividida em quatro áreas: Alphacoronavirus, Betacoronavirus,
Gammacoronavirus, and Deltacoronavirus. As duas primeiras infetam principalmente
mamíferos enquanto que as duas últimas infetam pássaros. O SARS-CoV-2 causa
maioritariamente infeções do trato respiratório e gastrointestinal.

Impacto da microbiologia

A microbiologia tem e continua a ter um grande impacto na prevenção e no tratamento


deste vírus, usando todos os meios possíveis para conseguir descodificar o DNA do
mesmo, conseguindo assim a sequencia genética.

Tipos de vacinas

Ao conseguirmos a sequencia genética, conseguimos também a produção de uma vacina


contra este agente, usando uma forma inativada ou enfraquecida do mesmo, induzindo a
resposta imunitária, ou até mesmo um vetor viral, sendo esta com o vírus geneticamente
modificado para administrar ácidos nucleicos que disseminem a proteína do vírus no
organismo, contribuindo para uma produção de anticorpos. Para além destas duas
categorias de vacinas temos ainda outras duas, sendo estas vacinas de ácidos nucleicos,
que recorrem a um acido nucleico modificado, com o objetivo de induzir uma resposta

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imunitária e por fim vacinas à base de proteínas, que como no caso anterior têm como
objetivo a resposta imunitária, mas ao invés de usar ácidos nucleicos, usa proteínas.

Com o desenvolvimento destas vacinas, conseguimos assim garantir uma maior proteção
dos profissionais de saúde e da população em geral, sendo que as vacinas apesar de não
protegerem a 100%, ajudam na redução de utentes internados nos cuidados intensivos, o
que leva a uma menor pressão nos serviços de cuidados intensivos, libertando assim a
sobrecarga de serviço que os enfermeiros têm vindo a sentir, sendo este um “beneficio
secundário” da microbiologia na vida dos profissionais de saúde.

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Bibliografia

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