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HOMILÉTICA: COMO PREGAR?

Autor: Elerson Wester Oliveira de Paula

INTRODUÇÃO

O objetivo deste curso é melhor servir ao Senhor da Seara que nos tem chamado e
enviado a pregar. É muito bom saber, como alguém já disse, que quando Deus
chama, Ele capacita. Quando capacita, ele envia, quando envia, ele supre: e
quando supre ele respalda. Cremos que assim será conosco! A Igreja precisa
urgentemente de obreiros e o mundo aguarda ansiosamente que se lhe preguem
a mensagem do Reino. Será que Deus poderá de fato, contar conosco? Nessa
inspiração que oramos para que Deus use esse pequeno curso para incendiar o
nosso coração com o amor à Palavra e às almas perdidas. Que o Espirito Santo que
desceu em Pentecostes e que usou todos os grandes pregadores da história se
digne de nos usar para a glória do santo e glorioso nome de Jesus.

Capítulo 01 - A VIDA DO PREGADOR

Uma boa pregação deve ter por traz um bom pregador. Por isso, devemos nos
preocupar com algumas exigências bíblicas que o pregador do Evangelho deve
preencher para ser um vaso de bênçãos nas mãos do Senhor. Como ser um bom
pregador? Vejamos “10 mandamentos” para ser um bom pregador:

I - DEVE SER REGENERADO: Jo 3.5

É imprescindível que ele tenha de fato, nascido de novo, que já. Tenha
experimentado o poder regenerador do Espírito Santo. É necessário que o
anunciador das boas novas já tenha, ele mesmo, provado do Evangelho, já
conheça e confesse ao Senhor. Pregadores não regenerados são como Jesus disse
“condutores cegos”, sendo o barranco e o destino tanto do condutor como do
conduzido (Mt. 15.14).

II - DEVE AMAR PROFUNDAMENTE AO SENHOR: Mateus 22.3

O pregador não deve ser movido apenas pelo “dever” ou mesmo pelo prazer, mas
principalmente por amor e gratidão àquele que o salvou: Jesus Cristo (I Coríntios
9.16-22; II Coríntios 5.14-15). Vale a pena lembrar que Cristo realizou sua obra na cruz
por amor e com alegria (Hb 12.2).

III - DEVE SENTIR PAIXÃO PELAS ALMAS


Uma coisa é gostar de pregar, outra coisa é gostar daqueles a quem se prega. Um
advogado pode adquirir muita fama devido a sua habilidade, sem, no entanto,
amar seus clientes. Um médico pode gozar de muito sucesso profissional, ser
vencedor, sem, no entanto, amar seus pacientes. O pregador, porém, nunca há de
ser um verdadeiro servo de Cristo se não sentir um profundo amor pelas almas
perdidas a quem ele prega o Evangelho. Jesus tinha amor e compaixão pelos
perdidos (Mt 15: 32; 20:34).

IV - DEVE SER UM EMPENHADO ESTUDANTE DA BÍBLIA: Sl. 1.1,2

Visto que a Bíblia é fonte de autoridade suprema, o material do pregador, e o


assunto de toda pregação, é de suma importância que o pregador conheça o seu
conteúdo como um todo. O pregador deve “apresentar-se a Deus, aprovado como
obreiro que não tem de que se envergonhar e que maneja bem a palavra da
verdade” (II Tm. 2.15).

V - DEVE TER UMA VIDA DE ORAÇÃO: João 15.5

Aquele que deseja falar muito de Deus para os homens deve falar muito dos homens
para Deus. O exemplo de Jesus com respeito à oração deve impressionar cada
crente, principalmente o pregador. Somente em Lucas temos 10 referências de
como ele dependeu do Pai em oração para tudo: Lc. 3.21; 5.16; 6.12. 9.18; 9.29;
11.11; 22.32; 22.42; 23.34; 23.46.

VI - DEVE VIVER A SUA PRÓPRIA MENSAGEM

O pregador deve ser puro no seu viver, levar uma vida irrepreensível (1 Tm. 3.2 e 7),
que tenha “bom testemunho dos que estão de fora”. Qualquer comportamento
irregular do pregador pode colocar em descrédito a sua mensagem. O que a
pessoa faz, fala muito mais forte do que o que apenas diz. Portanto, se o pregador
não vive a mensagem, os ouvintes não o aceitarão.

VII - DEVE RECEBER DE DEUS A SUA MENSAGEM

O pregador pode e deve trabalhar arduamente, buscar, pesquisar e ler, mas isso
deve ser apenas um complemento à revelação da palavra que recebeu do Senhor.
Ideias, argumentos e habilidade na exposição são recursos que o pregador pode e
deve buscar em fontes variadas. A mensagem, ou o conteúdo principal da Palavra
deve buscar e receber do Senhor (I Co. 11.23, 1 5.3; Gl. 1.11-12).

VIII - DEVE CRER NA SUA PRÓPRIA MENSAGEM: II Co. 4.13

Pode parecer absurdo, contradição ou algo que não acontece, mas há


pregadores que não creem na sua própria mensagem. Pregam por conveniência,
por exigências superiores ou por motivos outros. Mas o pregador não pode ser eficaz
se não crê profundamente e de todo o coração na mensagem que pregar, se não
está absorvido desta mensagem, se esta não lhe arde o coração.

IX- DEVE SENTIR O PESO DO SEU MINISTÉRIO E NÃO SE GLORIAR DO QUE FAZ: I Co. 9.16

Muitos pregadores são tentados pela vaidade ou pela vontade de aparecer.


Querem pregar para estar à frente de um público e ser influente. Mas o propósito
do ministério da Palavra não é este. Um verdadeiro pregador sente a tarefa sobre
sua vida e não se envaidece disso.

X- DEVE SER CAPAZ

A capacitação para pregar deve ser constante na vida de todo pregador, que
precisa buscar ser:

a) Espiritualmente capaz;

b) Fisicamente capaz: III Jo 1.2;

c) Mentalmente capaz: I Tm. 1.7;

d) Educacionalmente capaz: Mc. 3.14;

e) Um Humilde aprendiz: Pv. 27.6.

Se o pregador ou pregadora, é uma pessoa regenerada pelo Espírito Santo, ama


profundamente a Deus e tem paixão pelas almas, se estuda a Bíblia e tem uma vida
de oração, se vive a mensagem, buscando-a diretamente do Senhor para acreditar
e viver o que prega, além de nunca se gloriar disso, mas buscar se capacitar mais a
cada dia, então está preparado para pregar o evangelho.

Capítulo 02 - A PREGAÇÃO

O QUE É PREGAR?

Podemos começar perguntando: o que é a pregação? Pregação é a


comunicação ou a transmissão oral das verdades Divinas com o fim de persuadir.

Nesta definição estão implícitos os seguintes elementos: a MATÉRIA, o MÉTODO e o


PROPÓSITO da pregação.

1- A MATÉRIA ou o Conteúdo da Pregação: II Tm. 4.2

A matéria da pregação é a ‘verdade Divina’. Aqui está o limite, a extensão e


também a autoridade da pregação. Pregar, no seu sentido restrito não é arguir ou
especular a respeito da verdade, mas antes de tudo, é entregar a mensagem vinda
de Deus. Se o conteúdo da pregação é a verdade Divina, onde a encontramos, ou
onde ela está revelada? Nas Escrituras (João 5.39), pois “a Tua Palavra é a Verdade”
(Jo. 17.17). O alcance do conteúdo da pregação deve ser “todo o desígnio de
Deus” (At.20.27) para “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho dito”
(Mt.28.20). O pregador, portanto, no que tange à matéria ou o conteúdo do
sermão, vai anunciar a verdade divina da Palavra de Deus e o fará em plenitude.
No falará só de “algumas coisas”, como só do que mais gosta ou do que acha que
a congregação precisa ouvir. O pregador não fala de suas próprias opiniões, de
filosofia moderna ou antiga, não expõe tratados teológicos ou sociológicos, nem
defende teses pessoais. Ele está ali tão somente para pregar a Palavra de Deus.

2- O MÉTODO da Pregação:

O método da Pregação é a comunicação oral. Isso não exclui, é claro, a


possibilidade da pregação com a vida ou o testemunho, mas aqui estamos
tratando da pregação oral de sermões ou mensagens bíblicas. O método oral da
pregação exige duas coisas indispensáveis: a) O pregador (pessoa) A Escritura
declara que o homem é o instrumento da pregação (Rm. 10.14-17) e desde o início
da Igreja, essa pregação, executada por um ser humano, tem sido um dos principais
métodos de Deus para alcançara a humanidade com a verdade. Leia: Atos 2.14 e
41; 3.19-20 e 4.4. b) Os ouvintes (o auditório, a congregação) Na preparação e na
transmissão do sermão o pregador deve ter em mente o “público” para o qual
entregará a mensagem. Não pode perder de vista a característica especifica de
cada tipo de pessoas aos quais pregará a Palavra. Jesus disse que os discípulos, e
porque não dizer pregadores, seriam “pescadores de homens”. Todo bom pescador
sabe das diferenças básicas de cada qualidade de peixe e as iscas próprias para
cada uma delas. Assim também deve acontecer com o pregador.

3- O PROPÓSITO da Pregação:

O sermão tem por fim persuadir, convencer. Se não for assim, não e pregação
bíblica. A pregação visa resultados como qualquer agricultor espera que a semente
plantada germine e dê frutos (Veja At.6.27-29). Em última análise, o alvo do
pregador é sempre salvar ou edificar seus ouvintes. Ele sabe que a principal obra é
a do Espirito: convencer o homem “do pecado, da justiça do juízo” (Jo. 16.8-11). O
pregador deve sentir-se corresponsável por essa obra pelo fato de compreender
que Deus se serve de instrumentos humanos para realizá-la. O pregador deve pregar
como se tudo dependesse dele, porém ora, crê e espera como quem sabe que na
verdade, tudo depende de Deus.

Capítulo 03 - A MENSAGEM (O SERMÃO)


Nosso objetivo é falar não mais da pessoa do pregador ou da Pregação em si (o
ato de pregar), mas da mensagem, do sermão que esse pregador anunciará.
Dividiremos esse assunto em 3 partes: O preparo, o sermão em si e a transmissão da
mensagem.

O PREPARO DA MENSAGEM

Existem três aspectos a serem abordados quanto ao preparo em que o pregador


deverá se empenhar até chegar a hora da transmissão de sua mensagem:

a) O Preparo Constante

A vida toda do pregador deve ser um preparo constante para aquele momento
único e precioso no qual estará pregando a Palavra. Ele sabe que sua vida fala ou
“prega” mais alto. Sabe que de sua piedade pessoal, da sua “unção” (sem excluir
é claro, o principal - a Graça de Deus) pode depender todo o sucesso da sua
empreitada. O preparo constante passa pela vida de oração do pregador, seu
jejum, sua meditação na Palavra e a vigilância no seu testemunho pessoal de vida.

b) O Preparo Específico

Não existe pregação bíblica sem que se tenha um texto bíblico como base. A
verdadeira pregação bíblica, como já vimos, é a exposição da verdade divina
contida na Palavra de Deus. O texto bíblico é o que dá autoridade à mensagem, é
o que nos capacita a dizer: “assim diz o Senhor”. Algumas coisas simples, mais
importantes quanto à escolha do texto sobre o qual vamos pregar:

-Faça a escolha do texto debaixo de oração sincera e fervorosa, de preferência, a


partir de sua vida devocional (que tenha falado ao seu próprio coração).

-Prefira textos claros, que contenham um pensamento completo, de compreensão


e assimilação mais fácil. Se o pregador tem dúvidas, não terá certeza para transmitir
à congregação.

-Escolha os textos, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Faça isso com
objetividade. Não procure responder perguntas que ninguém está fazendo. Procure
mensagens que tragam lições pertinentes, estímulo, que aponte soluções para os
problemas. Enfim, que venham para exortar, edificar e consolar (1 Co. 14.3).

c) A Interpretação do Texto

Algumas dicas para interpretar o texto bíblico corretamente:

-O texto deve ser interpretado honesta e eticamente. Devemos aceitar o que o


escritor está querendo dizer. Muitas vezes o texto é torcido a fim de confirmar o
ponto de vista do pregador.
-O texto deve ser interpretado com cuidado teológico. Precisa ter cuidado com o
sentido das palavras em si, como no caso de Mc. 9.44,45 e Lc. 12.49.

-O texto pode ser interpretado com criatividade. Desde que não distorça seu
sentido original, pode-se criar maneiras novas de interpretar a Bíblia.

-Se possível, procure conhecer um pouco das línguas originais da Bíblia para
compreender melhor o sentido de alguns termos. Por exemplo, a palavra MUNDO
com três significados diferentes: a) cosmo, universo, tudo o que existe (Jo. 1.10). b)
social, os homens, a humanidade (Jo. 3.16). c) ético, sistema, influências (I João
2.15).

TIPOS DE SERMÃO

Nem sempre os “tipos de sermão” são facilmente identificados na pregação. Em


alguns momentos pode parecer que eles se misturam num mesmo sermão. São pelo
menos três, os tipos mais comuns de sermões: o sermão expositivo, o sermão textual
e o sermão tópico.

Vamos explicar um pouco de cada um deles:

1- O Sermão EXPOSITIVO

Consiste na exposição mais completa possível de um texto seguido da aplicação,


persuasão, argumentação e exortação. Uma das principais características desse
tipo de sermão é que ele visa extrair e expor os principais pontos do capítulo,
parágrafo (perícope) ou ainda do livro da Bíblia do qual se está tratando. Para
pregar expositivamente, deve-se procurar conhecer profundamente o texto
abordado, seu contexto dentro do livro, etc. O sermão expositivo não dispensa a
introdução e conclusão coerentes.

2- O Sermão TEXTUAL

No sermão textual, emprega-se geralmente uma passagem bíblica curta. O texto é


analisado e resolvido em suas partes e a estrutura do sermão pode basear-se em
divisões naturais (as que o próprio texto sugere, oferece). O sermão textual pode
ainda ser construído sobre as implicações do texto como um todo. O sermão textual
é na sua essência bem semelhante ao sermão expositivo, contudo é mais centrado
no texto.

3- O Sermão TÓPICO

Quanto ao Sermão Tópico, pode-se dizer que não mantém necessariamente uma
relação analítica com uma passagem específica das Escrituras. O Sermão Tópico
trabalha sobre um determinado tema, buscando argumentos em vários textos da
Bíblia. Seria como um ‘estudo bíblico’ (guardadas as devidas proporções). Também
pode ser chamado de Sermão Temático. O pastor Ricardo Gondin faz uma
“defesa” do sermão expositivo cuja tese básica concordamos:

- O sermão expositivo não quer dizer necessariamente que tem de se expor todo o
texto, verso por verso, mas expor o conteúdo dele, trazer à luz a Palavra de Deus.

- Pregar expositivamente nos liberta, porque nos faz pregar somente aquilo que Deus
quer de falar. Pregar expositivamente esvazia tensões.

- Pregar expositivamente exige maior preparo ao pregador, demandando mais


cuidado e estudo das Escrituras.

- Martin Lloyd Jones pregou 12 anos em Romanos todos os domingos e não


conseguiu terminar... A Bíblia é fonte inesgotável. Como a mulher samaritana disse
à Jesus: o poço é fundo...! Pregar expositivamente é uma coisa que pode demandar
um bom tempo de treinamento e preparo. É uma “arte” que vai se aprendendo
com o passar do tempo.

AS PARTES DE UM SERMÃO

1- O Tema do Sermão

O tema é parte do sermão que define a verdade principal a ser explicada. O tema
é o sermão resumido, e o sermão é o tema ampliado. O tema é às vezes chamado
de “proposição”. A escolha do tema dependerá inteiramente do pregador e do
texto abordado. O tema, ao ser anunciado antecipadamente, promove lucidez de
pensamento e facilita a boa compreensão da verdade divina apresentada. O tema
pode ser o fundamento de todo o sermão, nesse caso ele seria para o sermão o
que o alicerce é para o edifício. Organizado corretamente, o tema possibilita ao
pregador organizar seu material em torno da sua ideia dominante. O tema não é a
parte mais importante de um sermão e nem mesmo uma exigência fundamental,
mas quando se escolhe pregar a partir de um tema é preciso tomar alguns cuidados
como, por exemplo, com os títulos extravagantes ou irreverentes. Exemplos:

* “Jesus se encontra com a prostituta”

* “Deve o marido bater na mulher?”

* “Festa, vinho e muita alegria”

O tema para ser positivo deve ter algumas características. Dentre outras, ele precisa
de brevidade (deve ser condensado e eficaz), resumindo em 15 a 20 palavras a
ideia completa do que se haverá de pregar. Veja o exemplo de um bom tema,
baseado em João 3.5: Novo Nascimento: essencial à entrada no Reino de Deus.

2- A Introdução do Sermão

A introdução, ou o “exórdio” do sermão é o processo pelo qual o pregador procura


preparar a mente dos ouvintes e prender-lhes o interesse na mensagem que vai
proclamar. Na introdução o pregador conquistará ou perderá a atenção de seu
auditório. Uma mensagem bem começada, já é “meio caminho andado”.

Alguns OBJETIVOS da Introdução:

a) Conquistar a boa vontade dos ouvintes. É bem possível que na congregação


haja pessoas que por um motivo ou outro, não se simpatizem com o pregador ou
com a mensagem que ele vai entregar. A introdução, portanto, deve ser
apresentada de tal modo que, se possível, consiga a boa vontade de todos.

b) Despertar o interesse pelo tema. Além da falta de simpatia de certos ouvintes,


outras condições podem agir contra a atenção adequada à mensagem.
Indiferença a alguma das verdades bíblicas, condições de ventilação, iluminação
inadequada, uma porta que bate, uma criança que chora ou faz graça e outras
coisas, contribuem para a falta de atenção dos ouvintes. Contudo, os hinos, a
oração e a leitura bíblica que precedem o sermão, podem predispor uma boa
parcela da congregação a uma atitude receptiva à mensagem.

Alguns PRINCÍPIOS para a preparação de uma boa Introdução:

a) Deve ser breve - Uma vez que o objetivo da pregação é a entrega da verdade
divina a introdução não pode ser demasiadamente longa.

b) Deve ser interessante - Os primeiros minutos do sermão são muitíssimo importantes.


É aqui que se apanha ou perde a atenção dos ouvintes. W. E. Sangster, escritor de
homilética, diz que o pregador deve certifica-se de que as sentenças iniciais do
sermão possuam “garras de ferro”, para prenderem de imediato a mente de seus
ouvintes.

c) Deve ser objetiva - Uma introdução sem alvo desnorteia o auditório e isto faz com
que a mensagem fique sem sentido.

d) Deve ser simples e modesta - O que não significa medíocre, mas que o pregador
deve tomar cuidado com o maiúsculo. Qualquer complexo de superioridade deve
ser eliminado.
e) Deve ser variada - São vários os meios de se iniciar o sermão, por isso o pregador
deve variar sempre que possível a sua introdução para que sua mensagem não
fique cansativa e sem novidades para aqueles que sempre o ouvem.

As FONTES para a Introdução:

Para uma boa introdução, pode-se encontrar argumento em fontes como:

a) Do próprio texto: uma exposição histórica do contexto pode fornecer um bom


material para a introdução.

b) De uma referência bíblica: aos modos e costumes da época ou coisas do gênero.

c) De uma inteligente ilustração: uma história que chamará a atenção para o texto
ou o tema.

d) Da ocasião atual: um fato que poderá ditar a ilustração mais adequada, ou a


forma mais apropriada para a introdução do sermão.

e) De uma história secular: tanto passada como presente, que pode fornecer
abundante material.

f) De histórias poéticas: sobre personagens, autores de hinos ou missionários.

g) Quebra gelo: uma atividade dinâmica que desperte para o assunto a ser tratado.

3- A Divisão do Sermão

A divisão ou o corpo do sermão é sua parte principal. Ela é para o sermão o que é
o esqueleto é para o corpo humano, a estrutura sobre o qual o corpo se apoia. As
Divisões do Sermão têm por finalidade manter o pregador dentro dos limites do seu
tema, facilitar ao auditório o processo lógico da sequência dos pensamentos do
pregador e ajudar a memória do próprio pregador. Essa divisão é geralmente feita
através de pontos ou tópicos e subpontos ou subtópicos. A divisão do sermão é
muito importante por algumas razões:

- auxilia na construção do plano do sermão;

- facilita a análise da proposição principal do sermão;

- facilita a memorização dos pontos principais do sermão, evitando divagações e


prolixidade;

- ajuda os ouvintes a acompanhar a discussão do assunto como também recordar


o sermão.

Algumas características da Divisão:


a) Deve ser lógica;

b) Deve visar a unidade do sermão;

c) Deve estar relacionada com o texto ou com o tema, conforme a espécie de


sermão;

d) Um ponto principal não deve repetir nem incluir a matéria do outro;

e) Deve haver uma relação lógica e paralela entre um ponto e outro;

f) A transição entre um ponto e outro deve ser feita de maneira sutil e agradável.

Quanto à quantidade de pontos ou divisões, fazem-se algumas observações:

a) O corpo do sermão pode ser dividido em tantos pontos quantos forem


necessários;

b) Deve-se entretanto evitar as divisões abundantes ou numerosas;

c) Em princípio, as divisões não devem ir além de 4 ou 5 ou ficar aquém de 2. Uma


divisão numerosa exaure o pregador e o auditório, prejudicando o efeito do sermão.
Já um sermão com uma só divisão ou mesmo nenhuma, o assemelhará a um
discurso ou simples fala. Outra questão que se discute é quanto a quantidade de
subpontos (ou subtópicos). Partindo do conceito de que os subpontos são análises
ou explicações dos pontos principais, cada ponto deve ter tantos quantos forem
necessários para que esse objetivo seja alcançado com eficácia.

Fontes para a Divisão:

Quais seriam as fontes para a divisão? Se for um sermão expositivo ou textual, o texto
será a fonte, o que deve ser dividido. Se for um sermão temático, o tema ou assunto
é o que será dividido. De qualquer forma, a divisão ficará a critério do pregador,
utilizando quantos tópicos necessários para explanar a mensagem.

4- A Conclusão do Sermão

A conclusão é o clímax do sermão, na qual o objetivo constante do pregador atinge


seu alvo em forma de uma impressão vigorosa. Uma boa conclusão pode, às vezes,
suprir as deficiências de outras partes do sermão ou servir para aumentar seu
impacto. Por isso ela é sem dúvida, o elemento mais poderoso de todo o sermão.

As formas de conclusão mais utilizadas são:

a) Recapitulação - Usa-se geralmente esse tipo, quando a mensagem consiste


numa série de argumentos ou ideias, exigindo dos ouvintes muita atenção à linha
de pensamento do pregador. Deve ser feita de forma que o pregador, ao resumir e
recapitular os pontos principais da sua mensagem não a “pregue de novo”.
b) Ilustração - Às vezes pode-se levar as ideias ou verdades do sermão mais
eficazmente a um clímax por meio de uma ilustração poderosa ou oportuna. Não
se recomenda usar muitas ilustrações num mesmo sermão. Deve usar na conclusão,
caso não tenha feito nenhuma ilustração anteriormente durante a explanação da
mensagem.

c) A Aplicação ou Apelo - A medida que a mensagem se aproxima da conclusão,


ela deve levar os ouvintes a perguntarem a si mesmos: “o que essa verdade tem a
ver, comigo?”. Um erro, contudo, seria pensar que o sermão deva terminar com um
apelo emocional ou patético. Pelo contrário, um final natural, simples e calmo
geralmente é muito mais impressionante e eficaz. Convém notar ainda que é mais
fácil a congregação aceitar repreensões e advertências solenes quando feitas com
ternura e amor, do que em forma de denúncias trovejantes.

d) Motivação - Na conclusão, muitas vezes não devemos somente impor uma


obrigação moral aos ouvintes, mas também proporcionar um incentivo para
responderem pessoalmente ao desafio apresentado.

Princípios para o preparo da Conclusão:

a) Deve ser breve - Sendo longa, impacienta o auditório e anula o efeito do sermão.
Corno diz A.W. Blackwood em seu livro ‘a preparação de sermões’: “O pregador
começa a andar ás voltas e o povo a inquietar-se, talvez com vontade de dizer o
que disse uma escocesa idosa, numas circunstâncias dessas: o reverendo acabou,
mas não quer parar! Confia ao teu povo, logo no começo, a alegre expectativa do
fim - de outra forma o sermão parecerá longo, porquanto um só minuto a mais na
conclusão pode criar um sentimento de mal-estar. Por que queres tornar-te
maçante? ”.

b) Deve ser simples - Com uma linguagem simples, clara e objetiva, ao mesmo
tempo penetrante e vigorosa.

d) Deve ser previamente escolhida - Tanto a conclusão como qualquer parte do


sermão, não deve ser improvisada (a não ser que sinta a direção do Espirito para
isso), para que o pregador não corra o risco de colocar a perder toda a sua
mensagem.

O que se deve evitar numa Conclusão?

a) Nunca peça desculpa - Pedir desculpas, causa sempre má impressão de que


não foi feito corretamente, muito mais na pregação e principalmente no final.

b) Evite anedotas - O objetivo de quem que se encontra no púlpito não é divertir


e nem distrair, mas profetizar a palavra do Senhor.
c) Evite distrações - Qualquer coisa que distraia o povo, como pegar o hinário,
olhar para o relógio ou fazer algo que chame a atenção. Isso demonstra que os
minutos vão passando, despertando pressa no povo e revelam a tensão nervosa do
pregador. Depois de feito tudo isso e de enunciado o sermão, pode-se perguntar:
mas, e quanto aos resultados?

Aqui cabe uma citação que todo o pregador deveria ter em mente ao subir e ao
descer ao púlpito: “Um preparo diligente, uma súplica humilde e uma apresentação
imbuída de poder é a parte que cabe ao pregador. Só Deus pode promover a
regeneração espiritual que se faz necessária à entrada do ouvinte no Reino de
Deus”.

5- O Apelo Após a entrega da mensagem

Deus merece uma resposta de seu povo. Através do apelo, os ouvintes têm a
oportunidade de dar um retorno ao Senhor, confirmando o recebimento da
Palavra. Algumas orientações sobre o apelo:

a) Preparar-se para o apelo: O pregador deve se preparar para realizar o apelo


todas as vezes que pregar. Ao terminar a mensagem, o pregador deve ser mais
insistente na proposta do sermão. Usar um tom mais persuasivo, porém ameno, ou
brando. Deve fazer com que a pessoa sinta que está falando com ela
pessoalmente.

b) Etapas de um apelo: Já na conclusão, o pregador se encaminha para um apelo


de forma crescente para uma aplicação da mensagem. Algumas etapas para
chegar a um apelo bem-sucedido:

-Oração silenciosa: incentive o povo a uma reflexão pessoal sobre a mensagem.


Enquanto isso se pode ir aplicando os pontos da mensagem. Através desta oração
as pessoas se tornam mais sensíveis, examinando-se diante da presença de Deus.

-Oração do pregador: o mensageiro deve invocar em voz alta o poder e ação do


Espírito Santo para convencer as pessoas (João 16.8-11). O momento da oração é
quando Deus age. Nesta oração também pode citar elementos da mensagem.

c) O Convite para o apelo: Tendo preparado o povo em oração, chegou a hora de


fazer o convite para o apelo. Neste momento, o pregador desafia os ouvintes com
a Palavra. Retoma rapidamente o assunto ou tópicos da mensagem perguntando
quem se enquadra no assunto ou aceita esta mensagem. O convite deve ser feito
mais de uma vez. Você pode insistir, porém, sem ‘apelação’, sem forçar ou
constranger as pessoas. As pessoas devem ser motivadas a responder à mensagem
de forma positiva.

d) No altar do apelo - Quando as pessoas estiverem no altar em resposta ao apelo,


o pregador deve fazer a oração intercessora pelos presentes. Deve orientar a todos
como proceder neste momento. Também é muito importante o pregador ter uma
equipe de apoio neste momento. Pessoas que possam ajudar tanto em oração
como em ação, caso seja necessário atender alguém especificamente.

e) O resultado do apelo - O sucesso nem sempre é visível. Não podemos nos


impressionar com números de pessoas. Talvez ninguém venha ao altar no apelo e
mesmo assim, Deus pode ter te usado para uma obra maravilhosa. O mais
importante é o testemunho das pessoas quanto ao que Deus operou em suas vidas.
Não adianta uma multidão vir ao altar e nada acontecer em suas vidas. O apelo
não deve ser emocional e sim consciente (Romanos 12.2), pois a emoção passa e
o que deve prevalecer é a decisão pela vontade de Deus. Quem faz a obra é o
Espírito Santo. Nosso dever como pregadores é apenas anunciar a mensagem.

A TRANSMISSÃO DA MENSAGEM

Como pregar bem? Não basta ter um bom sermão para fazer uma boa pregação.
Para o pregador transmitir bem a sua mensagem, ele precisa estar atento a alguns
elementos imprescindíveis. Para pregar bem, o pregador deve:

1- Preparar-se bastante em oração

O preparo principal para a entrega da mensagem é a oração. O pregador deve


orar antes de começar a preparar a sua mensagem, durante a preparação e após
a mensagem estar pronta. Deve orar antes, durante e depois da enunciação do
sermão. A oração, no entanto, não anula a necessidade do devido preparo através
do estudo. Alguém já disse que o pregador deve orar como se tudo dependesse de
Deus e trabalhar como se tudo dependesse daquele que vai pregar. A oração está
sempre associada à ministração poderosa da Palavra de Deus (Ef. 6.18-20; At.4.31).
Charles G. Finney disse: “temos que mover os homens com a verdade e Deus com
a oração”. Antes de falarmos às pessoas sobre Deus, devemos falar com Deus sobre
as pessoas.

2- Estar preparado fisicamente

O pregador deve subir ao púlpito com o corpo descansado e com reservas físicas.
Em outras palavras, para pregar bem, o pregador deve ter saúde, tanto no corpo
quanto na alma. Essa “saúde” passa por tornar cuidado com o que se come, por
praticar algum tipo de atividade tísica apropriada a sua pessoa e por ser uma
pessoa feliz, alegre e bem motivada.

3- O pregador deve gostar muito de pregar

Cita-se aqui o autor Matyn Lloyde Jones: “em um sentido, o pregador é homem de
uma só coisa”. No passado houve quem dissesse à semelhança de João Wesley,
que os pregadores haviam se tornado ‘homens de um só livro’. Apesar disso,
expressar uma verdade, de maneira geral, ainda é mais verídico que o pregador é
um homem de uma só coisa. Trata-se daquilo para o que foi chamado, como uma
‘grande paixão da sua vida’.

4- Anunciar a sua mensagem como se fosse a última vez

Joao Wesley disse aos pregadores metodistas que eles deveriam estar preparados
para “pregar e morrer”. Ricard Baxter disse certa vez: “preguei como se não tivesse
certeza de pregar de novo”. Se o pregador, que ama a Palavra de Deus e o
ministério que Deus lhe deu, pregar sempre com esse pensamento em sua mente,
dará tudo de si, todo o seu melhor. Será como um arqueiro que tem uma única
flecha para matar um perigoso animal e sabe que não pode errar. Seria de
esmagador constrangimento para o pregador, pensar que de sua palavra pode
depender o destino eterno de seus ouvintes. Sabendo disso, certamente não faria
isso de forma leviana ou relaxadamente.

ORIENTAÇÕES PARA PREGADORES

O objetivo aqui é abordar aspectos também importantes para a pregação, mas


que talvez não se encaixem em nenhum dos tópicos anteriormente apresentados.

Vejamos alguns conselhos importantes para pregadores:

1- Métodos de entrega da mensagem

O método da entrega das mensagens vai depender da personalidade, da


habilidade e da prática de cada pregador. Ele pode pregar de pelo menos 4
formas:

a) Pregar sem notas

Não e tão fácil. Exige habilidade e coragem, mas proporciona grande liberdade ao
pregador, embora não seja aconselhável, porque pode se perder durante a
explanação.

b) Falar de memória

Quem tem uma mente mais privilegiada, e tem facilidade de memorização, pode
usá-la na pregação. O perigo aqui e ser extremamente mecânico e sem vida.

c) Ler um manuscrito

Funcionou no caso de alguns pregadores da história, mas eram homens que tinham
grande habilidade de oratória. Para o pregador comum pode ser muito
desvantajoso a leitura do sermão, podendo se perder no manuscrito, esquecendo-
se do ouvinte e tornando-se tremendamente frio ou formal.

d) Usando notas

Parece-nos ser o método ideal, mais fácil para o pregador e melhor para os ouvintes.
Notas bem elaboradas para o púlpito dão de relance a visão do manuscrito que
ficou em cima da mesa de estudo. Fortalece a segurança do pregador, sem, no
entanto, amarrá-lo e lhe dá a liberdade de uma comunicação direta aos seus
ouvintes.

2 - Tipos de mensagens quanto ao conteúdo

Já aprendemos sobre TIPOS DE SERMÃO, quanto ao “formato” (expositivo, textual


ou tópico). Aqui, a análise será quanto ao conteúdo ou a matéria da salvação
(kerigma) que é o que caracteriza a pregação evangelística, e no aspecto didático
(didachê) aquela que edifica os que já creram, ensinando aos santos. Então,
quanto ao conteúdo, a pregação pode ser:

a) Mensagem Evangelística: Esta é a pregação que visa à conversão, a salvação


dos que ainda não creram em Jesus e não o confessaram como Senhor e Salvador.
É aquela que visa, nas palavras de Paulo: “o arrependimento para com Deus e a fé
em nosso Senhor Jesus” (Atos 20.17-21). Paulo apresenta um perfeito resumo do que
vem a ser o teor dessa mensagem evangelística em 1 Tessalonicenses 1.9-10.

b) Mensagem de edificação: Trata-se de todos os sermões que não sejam


evangelísticos, pregados exclusivamente aos crentes. Embora, eventualmente um
não salvo possa conhecer a Cristo impelido diretamente por esse, mensagem.
Dentre os tipos de sermão de edificação, encontram-se: * sermões de ensino e
instrução * sermões doutrinários * sermões de exortação, consolação e outros
(dependendo do tema).

3- A duração da mensagem

Não há regras fixas quanto a esse assunto, mas o discernimento e o bom senso do
pregador devem ser aplicados. Não há uniformidade quanto à duração na história
da pregação. Sempre houve pregadores que ‘falavam muito’ e outros que
‘falavam pouco’. Parece-nos que o assunto era considerado do ponto de vista da
eficácia. Não importa o tempo que o pregador usará, se ele consegue manter a
atenção dos ouvintes e ser eficaz na transmissão da mensagem. O comprimento do
sermão deve variar de acordo com o caráter do culto, a personalidade e eficácia
do pregador e a disposição e concentração dos ouvintes. Como é difícil
equacionar todos esses dados, aconselha-se a ter como limite máximo 25 ou 30
minutos.
4- O uso de ilustrações

Quais os motivos para se usar ilustrações? A ilustração tem o poder de prender os


ouvintes. Ela esclarece e exemplifica a verdade. O próprio Jesus falava por
parábolas e usava fatos para lançar luz sobre uma verdade e para tornar atraentes
as coisas do céu para as pessoas da terra. Por exemplo, para falar acerca da
providência Divina, usa a imagem de aves, lírios, coisas para comer, coisas para
vestir (Mateus 6.25-34). As ilustrações devem ser claras e tratadas com beleza e
elegância, para não incorrerem no risco de serem fúteis e grosseiras. As fontes de
ilustrações são diversas: a própria Bíblia, a história, a vida, o dia-a-dia. Quando um
principiante pergunta: “onde posso encontrar ilustrações?”, muitos pregadores
experimentados responderão: “em toda a parte! Use seus olhos”. Algumas dicas
importantes: limite o número de ilustrações (tudo demais não é bom), procure ser
variado, evite “alimentos enlatados” (do tipo extraído de livros de ilustrações). Muito
cuidado com alusões pessoais, nunca fazer insinuações nem usar pessoas do
auditório como exemplo para não correr risco de ser mal interpretado.

5- O perigo do plágio

Plágio é o uso impróprio de material de outro. A palavra plágio, informa Blacwood,


“vem literalmente de uma palavra latina relacionada com rapto e o latim vem da
raiz grega que significa ‘oblíquo, curvo, tortuoso, traiçoeiro’. Essas coisas não
combinam com o devido caráter do pregador”. Ser plagiário é perigoso. John R.W.
Stott disse, porém, uma coisa interessante: “copiar de um é plagio, copiar de mil é
pesquisa”, ou seja, se você pesquisa, se lê, provavelmente não é uma “cópia” do
que outros disseram ou escreveram. Quando vai se usar algo de outra pessoa, é
uma exigência ética, que se cite “a fonte”, mas procure sempre ser original. Como
dizia Goethe: “a originalidade não consiste em dizer algo novo, mas em dizer algo
antigo de forma nova”.

6- Autenticidade e estilo

É comum e normal, no início da vida de pregação, que o pregador se “inspire” ou


se “assemelhe” em outra pessoa, em alguém admirado. No entanto, com o passar
do tempo, ele deverá desenvolver seu próprio estilo. É um fracasso quando
tentamos copiar modelos, porque somos todos diferentes. Cada pessoa é uma
pessoa única, incomparável; cada um tem temperamento, personalidade e se sairá
melhor desenvolvendo um estilo próprio.

7- Organização e método

Duas boas dicas, uma para facilitar a preparação de mensagens e outra para evitar
que se repita uma mensagem no mesmo lugar é “escrever” sua história como
pregador. Primeiro, o pregador deve ter uma “estufa” de sermões. Deve formar o
hábito de anotar mensagens, fazer observações bíblicas, anotar pensamentos em
agendas, usar rascunhos, etc., ou seja, tudo o que seja uma possível semente para
um futuro sermão deve ser guardado nessa estufa. Segundo, no próprio sermão ou
em outro lugar, o pregador deve anotar a data e o local onde pregou aquela
mensagem. Este é também um excelente hábito.

CONCLUSÃO

A primeira parte do ide ordenado por Jesus é pregar o evangelho (Mateus 28.20).
Mas então surge a pergunta: “como pregarão se não forem enviados?” (Romanos
10.15). A capacitação de pregadores é urgente para a grande demanda de
pessoas carentes de ouvir o evangelho. Jesus mesmo disse que não faltam almas e
sim pregadores, por isso precisamos de mais trabalhadores para a seara que é
grande (Mateus 9.38). Rogamos a Deus que levante uma geração de pregadores
fiéis à Palavra de Deus para alimentar multidões famintas pelo evangelho. Como
toda arte, para pregar é preciso exercício. Quanto mais você pregar, mas vai
crescer, buscando sempre fazer o melhor.

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