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Ligações Aparafusadas e Rebitadas - Rosa Marat-Mendes - Cap 6
Ligações Aparafusadas e Rebitadas - Rosa Marat-Mendes - Cap 6
6.1. INTRODUÇÃO
Fig. 6.3. – (a) Rosca quadrada; (b) Rosca trapezoidal. [fig. 8.3 Shigley]
Tabela 6.1. – Diâmetro e passos normalizados das roscas métricas. (dimensões em
mm).[Tabela 8.1. Shigley]
At – área útil, à tracção, de uma rosca (para igual resistência à de um varão não
roscado)
Ar – é a área correspondente ao diâmetro da raiz.
Fig. 6.5. – (a) Diagrama de forças no levantamento da carga ou aperto. (b) na descida
da carga ou desaperto. [fig. 8.6 Shigley]
F ⋅ D m L + πµ ⋅ D m
T= (6.5)
2 π ⋅ D m − µL
F ⋅ D m πµ ⋅ D m − L
T= (6.6)
2 π ⋅ D m + µL
6.3.2. - RENDIMENTO
F ⋅ D m L + πµ ⋅ D m
Se se tiver µ = 0 em T = , vem:
2 π ⋅ D m − µL
FL
T0 = (6.7)
2π
Sendo T0 o momento torsor para levantar a carga sem atrito.
O rendimento vem então dado por:
T0 FL
e= = (6.8)
T 2πT
F ⋅ D m L + πµ ⋅ D m sec α
T=
2 π ⋅ D m − µL sec α
(6.9)
Para além do atrito nas roscas ocorre ainda o atrito na cabeça do parafuso (parafusos
de fixação) ou no anel de suporte da carga (parafusos de movimento) que vai originar
um momento torsor que é preciso vencer para apertar ou desapertar os parafusos.
Fµ c d c
Tc = (6.10)
2
sendo:
µc – coeficiente de atrito entre o anel de suporte ou a cabeça do parafuso e a peça.
dc – diâmetro médio de contacto no apoio (figura 6.6. (b)).
Daqui obtêm-se o momento torsor total para levantar (apertar) e baixar (desapertar) a
carga para roscas trapezoidais, respectivamente.
F ⋅ D m L + πµ ⋅ D m sec α Fµ c d c
T= +
2 π ⋅ D m − µL sec α
(6.11)
2
F ⋅ D m πµ ⋅ D m − L sec α Fµ c d c
T= +
2 π ⋅ D m + µL sec α
(6.12)
2
Os parafusos são em regra instalados com uma pré-tensão tal que, por atrito,
nunca deixem as peças ligadas escorregarem uma sobre a outra, pelo que, nestas
condições, os parafusos trabalham à tracção (e não ao corte).
No caso geral, o parafuso deverá não só suportar a força normal aplicada, P,
como ainda deverá comprimir as peças ligadas com uma força inicial de aperto Fi.
Fi
Fi
Os parafusos podem ser todos roscados ou só uma das zonas ser roscada. No
cálculo da rigidez do parafuso tem de se ter em conta esse aspecto.
Quando o parafuso tem uma zona roscada e uma zona não roscada, podemos
considerar o parafuso como duas molas em série;
1 1 1 1 K ⋅K
= + + ... + ou K b = d t (6.13)
K b K1 K 2 Ki Kd + Kt
A constante elástica do parafuso ou constante de rigidez para a zona lisa é dada por:
Ad ⋅ E
Kd = (6.14)
Ld
Para a zona roscada vem dada por:
At ⋅ E
KT = (6.15) Ld
Lt
sendo:
Ad – Área de maior diâmetro do parafuso (zona lisa).
At – Área resistente do parafuso.[tabela 6.1]
E – Módulo de elasticidade do parafuso
Ld – Comprimento da zona lisa do parafuso
Lt – Comprimento da zona roscada do parafuso
KT – constante de rigidez da zona roscada “threaded”.
Kd – constante de rigidez da zona não roscada.
Kb – constante de rigidez do parafuso para a zona de ligação
Donde vem que para qualquer parafuso a rigidez deste é dada por:
Ad At ⋅ E
Kb = (6.16)
Ad L t + A t Ld
A rigidez das peças a unir é muito árdua de calcular, pois não se consegue
determinar com exactidão a área da secção resistente (área comprimida das peças).
Como solução aproximada podemos considerar que as peças a unir se
comportam como uma peça composta por dois troncos de cone, com ângulo de
45º[Hamrock] ou de 30º[Shigley], juntos pela base maior, ocos, em que a base menor é o
diâmetro da cabeça do parafuso D e o diâmetro interno é o diâmetro d do parafuso.
Fig. 6.8. – Zona comprimida das flanges considerada como um cone oco com ângulo
de cone 45º. [fig. 8.11 Shigley]
πEd
Km= para α = 45º (6.21)
((2t + D − d )(D + d ))
ln
((2t + D + d )(D − d ))
0.577πEd
Km= para α = 30º (6.22)
((1.15t + D − d )(D + d ))
ln
((1.15t + D + d )(D − d ))
L
No caso mais corrente (figura 6.9) em que temos dois cones iguais com t = ,
2
o diâmetro de cabeça do parafuso é D = 1,5 d e se as peças a unir forem do mesmo
material, obtém-se então a rigidez das peças comprimidas:
πEd
Km= para α = 45º (6.23)
(L + 0,5d )
2 ln 5
(L + 2,5d )
0.577πEd
Km= para α = 30º (6.24)
(0.577 L + 0,5d )
2 ln 5
(0.577L + 2,5d )
D 2 = d w = 1,5 ⋅ d (6.27)
p=
N
[Fi − nP(1 − C)] (6.28)
Ag
em que:
N – n.º de parafusos
Db – diâmetro da circunferência dos parafusos
d – diâmetro nominal dos parafusos
Ag – área de encosto da junta
n – coeficiente de segurança
Fi – força inicial de aperto dos parafusos
• O parafuso alonga de ( P + Fi )
• As peças comprimem de ( P – Fi )
Fb C n P Fi
σb = = + ≤ Sp (6.35)
At At ⋅ N At
e o coeficiente de segurança é dado por:
n=
(Sp ⋅ A t − Fi )N (6.36)
CP
sendo:
N – número de parafusos
Sp – tensão de prova
At - Área resistente do parafuso.[tabela 6.1]
n – coeficiente de segurança
P – carga aplicada ao parafuso
Tabela 6.3. – Propriedades mecânicas dos aços para parafusos. [Tabela 8.6. Shigley]
Sp Sut Sy
Esta carga produz uma tensão ondulada, que varia entre uma tensão mínima e
uma tensão máxima.
σ Fb
σ max = - Tensão máxima
At
F
σ min = b - Tensão mínima
At
t
σ max − σ min Fb − Fi Kb P F F + CP − Fi CP
σa = = = ⋅ − i = i ó σa = (6.39)
2 2A t K b + K m 2A t 2 A t 2A t 2A t
A Tensão média para parafuso com pré-tensão é dada por:
σ max + σ min Fb + Fi F CP Fi
σm = = = σa + i ó σm = + (6.40)
2 2A t At 2A t A t
n = Sa / σa (6.41)
Sa = Sm – Fi /At (6.42)
A equação de goodman é:
Sm = Sut ( 1 - Sa / Se ) (6.43)
Sut − Fi A t
Sa = (6.44)
1 + S ut Se
6.5.1. INTRODUÇÃO
Ø Mais barato
Ø Maior facilidade de reparação
Ø Aplicação a materiais de má soldabilidade (estruturas de alumínio)
Deste modo, tem de se verificar cada um dos modos de falha para o cálculo de rebites
ao corte.
Mc
Flexão das Peças Ligadas σ= ≤ σ all (6.45)
I
F
Corte do Rebite τ= ≤ τ all (6.46)
A
πd 2
com a área dada por: A = S ⋅ n e ⋅ (6.47)
4
onde: S – n.º de secções ao corte
ne – n.º de rebites
A – área da secção transversal de todos os rebites. É comum
usar-se para o cálculo de A o diâmetro nominal do rebite ou parafuso
em vez do diâmetro do furo.
F
Rotura das Peças Ligadas σ= ≤ σ all (6.48)
A1
A1 – área útil da peça ligada (sem furos)
F
Esmagamento do Rebite σ= ≤ σ all (6.49)
A2
ou da Peça Ligada
A2 – área sujeita a esmagamento A 2 = n e ⋅ d ⋅ t (6.50)
Corte da Bainha
Evitam-se se a bainha for ≥ 1.5d
Rasgão da Bainha
F F
Neste caso, a resultante das forças aplicadas não passa pelo centróide da
ligação, i.e., o momento aplicado à ligação não é nulo.
L
Fig. 6.17. – Ligação rebitada com carregamento descentrado.
∑ A ⋅x ∑ A ⋅y
ne ne
x= 1 i i
y= 1 i i
(6.52)
∑ A ∑ A
ne ne
1 i 1 i
F’’2
F2
R2 F’’1
F’2 R1 F’1
C.G.
F1
R3
R4
F’’3
F3
x
F’’4
F’3 F’4
F4
Chavetas são elementos usados em veios para fixar componentes rotativos, com
transmissão de potência.
Pinos são elementos usados para a fixação de peças e que permitem movimentos
relativos.
Fig. 6.20. – Chavetas (a) de cunha; (b) de disco. [Fig. 8.28 Shigley]
F F
Corte τ= = ≤ τ all
A wL
F
Esmagamento σ = ≤ σ all
Lh '
F
F
Fig. 6.21. – Forças aplicadas nas chavetas e sua nomenclatura. [Fig. 11.10 Hamrock]