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Rhaíssa Caroline Menezes Gualter

Aluna do 6° ano de Medicina


Centro Universitário das Américas
Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya
- Lesão localizada na pele ou tecidos subjacentes, em geral, sobre uma proeminência
óssea.
- São secundárias a um aumento de pressão externa ou pressão em combinação com
cisalhamento.
- Importante causa de morbidade em hospitais, instituições de longa permanência
- Ocorre devido mudanças degenerativas da pele e/ou tecido subcutâneo.
- Cisalhamento: Fenômeno de deformação da pele que ocorre quando as forças que
agem sobre ela provocam um deslocamento em planos diferentes
- Pessoas com sensibilidade diminuída (lesão medular), imobilidade prolongada,
acamadas com idade avançada, Idosos em geral, Incontinência Urinária e/ou
Intestinal, Desnutridos ou Obesos.
- Locais de maior risco: Regiões Mentoniana, Occipital, Escapular, Sacral,
Isquiática e Calcânea
- American National Pressure Ulcer Panel (NPUAP) e European Pressure Ulcer
Advisory Panel (EPUAP), recomendam abordagem estruturada para avaliação e
identificação de risco para desenvolvimento das úlceras
- Ferramenta de avaliação de risco mais utilizada.
- Desenvolvida por Barbara Braden e Nancy Bergstrom em 1988.
- Prevê o Risco de Desenvolvimento de Úlcera por Pressão.
- Sensibilidade: 83-100%; Especificidade: 64-77%

- Avaliação de 6 itens, cada um


deles recebendo um valor de 1
(menos favorável) a 3 ou 4 (mais
favorável), com escore total
máximo de 23.
- Escore ≤ 16 indica maior risco.
- Uma das primeiras escalas de avaliação
- Avaliação baseada em 5 parâmetros
- Quanto menor o escore maior é o risco de lesão
- Não prevê questão de fricção e cisalhamento, forças e resistências que interferem na pele
- Sensibilidade: 73-92%; Especificidade: 61-94%
- Uma das primeiras escalas de avaliação
- Avaliação baseada em 5 parâmetros
- Quanto menor o escore maior é o risco de lesão
- Não prevê questão de fricção e cisalhamento, forças e resistências que interferem na pele
- Sensibilidade: 73-92%; Especificidade: 61-94%
- Trata-se de uma classificação internacional proposta pela NPUAP - EPUAP
- É baseada no grau de destruição tecidual
- Melhora da mobilidade e a redução dos efeitos da pressão, fricção e forças de cisalhamento
- Método mais utilizado e a mudança de decúbito e posicionamento, frequentemente. Porém,
pode ser algo difícil, demandando custo elevado em termos de equipe.
- Intervalo exato para mudança de decúbito preventiva não é conhecido. Pode ser maior ou
menor dependendo dos fatores do paciente.
- Existem dispositivos que visam evitar a lesão, podendo ser divididos em:
● Aliviadores de Pressão - Colchões de espuma (Pneumático)
● Redutores de Pressão - Divididos em:
○ Estáticos - Tentam distribuir a pressão local para uma maior superfície corporal.
Exemplos - Colchões de espuma e dispositivos preenchidos com água, gel ou ar.
○ Dinâmicos - Utilizam fonte de energia para alternar as correntes de ar e promover
a distribuição uniforme da pressão ao longo da superfície corporal. Exemplos:
almofadas de pressão alternante e dispositivos de suspensão de ar e superfícies
preenchidas com ar
- Melhora da mobilidade e a redução dos efeitos da pressão, fricção e forças de cisalhamento
- Método mais utilizado e a mudança de decúbito e posicionamento, frequentemente. Porém,
pode ser algo difícil, demandando custo elevado em termos de equipe.
- Intervalo exato para mudança de decúbito preventiva não é conhecido. Pode ser maior ou
menor dependendo dos fatores do paciente.
- Existem dispositivos que visam evitar a lesão, podendo ser divididos em:
● Aliviadores de Pressão - Colchões de espuma (Pneumático)
● Redutores de Pressão - Divididos em:
○ Estáticos - Tentam distribuir a pressão local para uma maior superfície corporal.
Exemplos - Colchões de espuma e dispositivos preenchidos com água, gel ou ar.
○ Dinâmicos - Utilizam fonte de energia para alternar as correntes de ar e promover
a distribuição uniforme da pressão ao longo da superfície corporal. Exemplos:
almofadas de pressão alternante e dispositivos de suspensão de ar e superfícies
preenchidas com ar
- Todas as feridas crônicas se tornam colonizadas, geralmente com microrganismos da pele
seguidos, após 48 horas, por bactérias gram-negativas. A presença isolada de
microrganismos (colonização) não indica infecção nas úlceras por pressão.
- Fonte primária de infecções bacterianas em geral resulta de contaminação, por isso, a
proteção da ferida é essencial.
- Infecção em feridas crônicas deve se basear em sinais clínicos: aumento de eritema,
edema, odor, febre ou exsudato purulento. Quando houver evidência de infecção clínica, há
necessidade de antibióticos tópicos ou sistêmicos.
- O tratamento tópico pode ser útil quando a ferida não evolui bem em direção à cicatrização.
Antibióticos sistêmicos estão indicados quando a condição clínica sugere disseminação da
infecção para a corrente sanguínea ou ossos.
- Patologia de base da úlcera por pressão deve ser tratada, se possível.
- A nutrição é importante para a cicatrização das úlceras por pressão:
● Fornecer calorias suficientes
● Fornecer quantidade adequada de proteínas para o equilíbrio positivo de nitrogênio
● Fornecer e incentivar a ingestão diária adequada de líquidos para a hidratação
- O cuidado da úlcera deve ser otimizado:
● Se houver necrose ou esfacelos, considere o desbridamento para remover o tecido
desvitalizado no leito da ferida
● Limpe a úlcera por pressão e pele ao redor e remova detritos em cada mudança de
curativo para minimizar a contaminação
● Use coberturas apropriadas para a manutenção da umidade
● Curativos Tópicos
- Existem diversos tipos de curativos oclusivos. Diferem na facilidade de aplicação.
1. Filmes de Polímero - Impermeáveis a líquidos, mas permeáveis a gases e vapor
úmido. Não desidratam a ferida. Não absorvem exsudato, podendo gerar com isso
vazamento.
2. Hidrogéis - Polímeros hidrofílicos em 3 camadas, insolúveis em água, porém,
absorvem soluções aquosas. Apresentam calor específico que resfriam a pele,
auxiliando na dor e inflamação. Em geral, exigem curativo secundário para fixação na
ferida.
3. Hidrocolóides - Impermeáveis a vapor úmido e gases, altamente aderentes à pele.
Oferecem resistência contra bactérias. Não podem ser aplicados sobre tendões. Em
geral apresentam espuma, o que alivia a pressão na ferida.
4. Alginatos - Polissacarídeos complexos altamente absorventes. Útil em feridas
exsudativas. Em feridas secas pode causar dano no momento da remoção
5. Biomembranas - Resistente à bactérias. Caros e pouco disponíveis.
6. Gaze embebida com solução salina - Para eficácia, não podem ser deixadas secar.
Mais cara que os curativos oclusivos. Necessário ser trocado mais vezes.
● Desbridamento
- Método preferido para o desbridamento permanece controverso.
- Opções incluem o desbridamento mecânico com gazes secas, o desbridamento autolítico
com curativos oclusivos, a aplicação de enzimas exógenas ou desbridamento cirúrgico.
1. Desbridamento cirúrgico - produz a remoção mais rápida do material necrótico,
sendo necessário na presença de infecção.
2. Desbridamento mecânico - pode ser facilmente realizado permitindo que um curativo
com gaze embebida em solução salina seque antes de sua remoção. A reumidificação
das gazes para tentar reduzir a dor pode causar perda do efeito do desbridamento.
- Desbridamento Autolítico e Enzimático necessitam de vários dias para obter resultados.
↳ Penetração de agentes enzimáticos é limitada em escaras, exigindo o amolecimento
por autólise ou a realização de incisões cruzadas por lâmina antes da aplicação.
1. Williams, Brie, A. et al. CURRENT: Geriatria, 2nd edição. Grupo A, 2015.
2. National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). NPUAP Announces the Release of
the NPUAP-EPUAP Guidelines for Pressure Ulcer Prevention and Treatment.
http://www.npuap.org/ Guidelines%20Flyer.pdf. Available on April 19th 2010
3. European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel.
Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC:
National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009. [Acesso em 20 de ago de 2012].
Disponível em: http//: www. npuap.org; http//: www.epuap.org
4. Salcido R, Popescu A. Pressure ulcers and wound care. Medscape Reference; 2012.
[Acesso em 5 de ago de 2012]. Disponível em: http://
emedicine.medscape.com/article/319284-overview

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