- O documento discute úlceras por pressão, incluindo definição, fatores de risco, escalas de avaliação de risco, classificação, prevenção, tratamento e desbridamento.
- O documento discute úlceras por pressão, incluindo definição, fatores de risco, escalas de avaliação de risco, classificação, prevenção, tratamento e desbridamento.
- O documento discute úlceras por pressão, incluindo definição, fatores de risco, escalas de avaliação de risco, classificação, prevenção, tratamento e desbridamento.
Centro Universitário das Américas Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya - Lesão localizada na pele ou tecidos subjacentes, em geral, sobre uma proeminência óssea. - São secundárias a um aumento de pressão externa ou pressão em combinação com cisalhamento. - Importante causa de morbidade em hospitais, instituições de longa permanência - Ocorre devido mudanças degenerativas da pele e/ou tecido subcutâneo. - Cisalhamento: Fenômeno de deformação da pele que ocorre quando as forças que agem sobre ela provocam um deslocamento em planos diferentes - Pessoas com sensibilidade diminuída (lesão medular), imobilidade prolongada, acamadas com idade avançada, Idosos em geral, Incontinência Urinária e/ou Intestinal, Desnutridos ou Obesos. - Locais de maior risco: Regiões Mentoniana, Occipital, Escapular, Sacral, Isquiática e Calcânea - American National Pressure Ulcer Panel (NPUAP) e European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP), recomendam abordagem estruturada para avaliação e identificação de risco para desenvolvimento das úlceras - Ferramenta de avaliação de risco mais utilizada. - Desenvolvida por Barbara Braden e Nancy Bergstrom em 1988. - Prevê o Risco de Desenvolvimento de Úlcera por Pressão. - Sensibilidade: 83-100%; Especificidade: 64-77%
- Avaliação de 6 itens, cada um
deles recebendo um valor de 1 (menos favorável) a 3 ou 4 (mais favorável), com escore total máximo de 23. - Escore ≤ 16 indica maior risco. - Uma das primeiras escalas de avaliação - Avaliação baseada em 5 parâmetros - Quanto menor o escore maior é o risco de lesão - Não prevê questão de fricção e cisalhamento, forças e resistências que interferem na pele - Sensibilidade: 73-92%; Especificidade: 61-94% - Uma das primeiras escalas de avaliação - Avaliação baseada em 5 parâmetros - Quanto menor o escore maior é o risco de lesão - Não prevê questão de fricção e cisalhamento, forças e resistências que interferem na pele - Sensibilidade: 73-92%; Especificidade: 61-94% - Trata-se de uma classificação internacional proposta pela NPUAP - EPUAP - É baseada no grau de destruição tecidual - Melhora da mobilidade e a redução dos efeitos da pressão, fricção e forças de cisalhamento - Método mais utilizado e a mudança de decúbito e posicionamento, frequentemente. Porém, pode ser algo difícil, demandando custo elevado em termos de equipe. - Intervalo exato para mudança de decúbito preventiva não é conhecido. Pode ser maior ou menor dependendo dos fatores do paciente. - Existem dispositivos que visam evitar a lesão, podendo ser divididos em: ● Aliviadores de Pressão - Colchões de espuma (Pneumático) ● Redutores de Pressão - Divididos em: ○ Estáticos - Tentam distribuir a pressão local para uma maior superfície corporal. Exemplos - Colchões de espuma e dispositivos preenchidos com água, gel ou ar. ○ Dinâmicos - Utilizam fonte de energia para alternar as correntes de ar e promover a distribuição uniforme da pressão ao longo da superfície corporal. Exemplos: almofadas de pressão alternante e dispositivos de suspensão de ar e superfícies preenchidas com ar - Melhora da mobilidade e a redução dos efeitos da pressão, fricção e forças de cisalhamento - Método mais utilizado e a mudança de decúbito e posicionamento, frequentemente. Porém, pode ser algo difícil, demandando custo elevado em termos de equipe. - Intervalo exato para mudança de decúbito preventiva não é conhecido. Pode ser maior ou menor dependendo dos fatores do paciente. - Existem dispositivos que visam evitar a lesão, podendo ser divididos em: ● Aliviadores de Pressão - Colchões de espuma (Pneumático) ● Redutores de Pressão - Divididos em: ○ Estáticos - Tentam distribuir a pressão local para uma maior superfície corporal. Exemplos - Colchões de espuma e dispositivos preenchidos com água, gel ou ar. ○ Dinâmicos - Utilizam fonte de energia para alternar as correntes de ar e promover a distribuição uniforme da pressão ao longo da superfície corporal. Exemplos: almofadas de pressão alternante e dispositivos de suspensão de ar e superfícies preenchidas com ar - Todas as feridas crônicas se tornam colonizadas, geralmente com microrganismos da pele seguidos, após 48 horas, por bactérias gram-negativas. A presença isolada de microrganismos (colonização) não indica infecção nas úlceras por pressão. - Fonte primária de infecções bacterianas em geral resulta de contaminação, por isso, a proteção da ferida é essencial. - Infecção em feridas crônicas deve se basear em sinais clínicos: aumento de eritema, edema, odor, febre ou exsudato purulento. Quando houver evidência de infecção clínica, há necessidade de antibióticos tópicos ou sistêmicos. - O tratamento tópico pode ser útil quando a ferida não evolui bem em direção à cicatrização. Antibióticos sistêmicos estão indicados quando a condição clínica sugere disseminação da infecção para a corrente sanguínea ou ossos. - Patologia de base da úlcera por pressão deve ser tratada, se possível. - A nutrição é importante para a cicatrização das úlceras por pressão: ● Fornecer calorias suficientes ● Fornecer quantidade adequada de proteínas para o equilíbrio positivo de nitrogênio ● Fornecer e incentivar a ingestão diária adequada de líquidos para a hidratação - O cuidado da úlcera deve ser otimizado: ● Se houver necrose ou esfacelos, considere o desbridamento para remover o tecido desvitalizado no leito da ferida ● Limpe a úlcera por pressão e pele ao redor e remova detritos em cada mudança de curativo para minimizar a contaminação ● Use coberturas apropriadas para a manutenção da umidade ● Curativos Tópicos - Existem diversos tipos de curativos oclusivos. Diferem na facilidade de aplicação. 1. Filmes de Polímero - Impermeáveis a líquidos, mas permeáveis a gases e vapor úmido. Não desidratam a ferida. Não absorvem exsudato, podendo gerar com isso vazamento. 2. Hidrogéis - Polímeros hidrofílicos em 3 camadas, insolúveis em água, porém, absorvem soluções aquosas. Apresentam calor específico que resfriam a pele, auxiliando na dor e inflamação. Em geral, exigem curativo secundário para fixação na ferida. 3. Hidrocolóides - Impermeáveis a vapor úmido e gases, altamente aderentes à pele. Oferecem resistência contra bactérias. Não podem ser aplicados sobre tendões. Em geral apresentam espuma, o que alivia a pressão na ferida. 4. Alginatos - Polissacarídeos complexos altamente absorventes. Útil em feridas exsudativas. Em feridas secas pode causar dano no momento da remoção 5. Biomembranas - Resistente à bactérias. Caros e pouco disponíveis. 6. Gaze embebida com solução salina - Para eficácia, não podem ser deixadas secar. Mais cara que os curativos oclusivos. Necessário ser trocado mais vezes. ● Desbridamento - Método preferido para o desbridamento permanece controverso. - Opções incluem o desbridamento mecânico com gazes secas, o desbridamento autolítico com curativos oclusivos, a aplicação de enzimas exógenas ou desbridamento cirúrgico. 1. Desbridamento cirúrgico - produz a remoção mais rápida do material necrótico, sendo necessário na presença de infecção. 2. Desbridamento mecânico - pode ser facilmente realizado permitindo que um curativo com gaze embebida em solução salina seque antes de sua remoção. A reumidificação das gazes para tentar reduzir a dor pode causar perda do efeito do desbridamento. - Desbridamento Autolítico e Enzimático necessitam de vários dias para obter resultados. ↳ Penetração de agentes enzimáticos é limitada em escaras, exigindo o amolecimento por autólise ou a realização de incisões cruzadas por lâmina antes da aplicação. 1. Williams, Brie, A. et al. CURRENT: Geriatria, 2nd edição. Grupo A, 2015. 2. National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). NPUAP Announces the Release of the NPUAP-EPUAP Guidelines for Pressure Ulcer Prevention and Treatment. http://www.npuap.org/ Guidelines%20Flyer.pdf. Available on April 19th 2010 3. European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009. [Acesso em 20 de ago de 2012]. Disponível em: http//: www. npuap.org; http//: www.epuap.org 4. Salcido R, Popescu A. Pressure ulcers and wound care. Medscape Reference; 2012. [Acesso em 5 de ago de 2012]. Disponível em: http:// emedicine.medscape.com/article/319284-overview