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Universidade Federal do Ceará

Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade


Departamento de Administração

Relatório do Estudo da Função Financeira das Empresas

Diego Moreira Mota


Pedro Eugenio dos Santos Barbosa

Novembro de 2019
Fortaleza - CE

DIEGO MOREIRA MOTA


PEDRO EUGENIO DOS SANTOS BARBOSA

RELATÓRIO DO ESTUDO DA FUNÇÃO FINANCEIRA EM EMPRESAS

Relatório apresentado ao Curso de


Administração da Universidade Federal
do Ceará, como forma de avaliação para
a obtenção de parte da nota final na
disciplina de Finanças Corporativas II,
sob a orientação do Prof. Dr. Francisco
Isidro Pereira.

FORTALEZA
2019
Sumário
1 Introdução.............................................................................................................

2 Elementos Teóricos considerados........................................................................

2.1 Planejamento Financeiro...................................................................................

2.2 Fluxo de Caixa...................................................................................................

2.3 Caixa Mínimo.....................................................................................................

2.4 Administração Financeira..................................................................................

2.5 Controladoria.....................................................................................................

2.6 Demonstrações Contábeis.................................................................................

2.7 Situação Patrimonial da Empresa......................................................................

2.7.1 Demonstrativo do Resultado de Exercício......................................................

2.8 Situação Financeira da Empresa.......................................................................

2.9 Situação Econômica da Empresa.......................................................................

2.10 Índices Corporativos.........................................................................................

2.10.1 Índices de Rentabilidade...............................................................................

2.10.2 Índices de Liquidez........................................................................................

2.10.3 Índices de Endividamento..............................................................................

2.11 Administração de Custos..................................................................................

3 Metodologia............................................................................................................

4 Estudos de Caso....................................................................................................
1. Introdução

É imperativo que todas as empresas que permanecem ativas no mercado,


crescendo com sustentabilidade em relação as suas finanças, tenham um setor
financeiro alinhado com os objetivos organizacionais, organizado e bem estruturado.
Dados do SEBRAE apontam a existência de 6,4 milhões de
estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE). Essas
empresas empregam cerca de 52% dos postos de trabalho com carteira assinada
no setor privado.
Bem coloca Silva et al. (2015) que as micro e pequenas empresas são
elementos de grande importância para minimizar as desigualdades sociais, que são
marcantes no Brasil, pois essas empresas representam a principal fonte de geração
de emprego no país.
Silva et al. (2015) coloca alguns fatores que causam a mortalidade dos micro
e pequenos negócios, em que se destacam; as características do perfil do
empreendedor, a experiência do empreendedor com a gestão de negócios e falhas
no planejamento ou falta de planejamento para implementação do
empreendimento.
Conforme Gitman (2010) a causa principal das falências das empresas está
associada a má administração, que responde por mais de 50% dos casos. Assim,
variados erros na administração podem acarretar na quebra de uma empresa, em
que pode-se destacar a expansão excessiva, más decisões financeiras, uma
equipe de vendas ineficaz e elevados custos de produção.
Para tanto, esse estudo se mostra como um elo entre o arcabouço teórico
apresentados em sala de aula, estudos bibliográficos e uma análise de pequenos e
médios negócios. Os pequenos negócios empresariais, segundo o SEBRAE (2018),
são formados pelas micro e pequenas empresas (MPE) e pelos
microempreendedores individuais (MEI).
Dado o exposto, esse trabalho está dividido em seis seções, começando pela
Introdução, seguido pelo referencial Teórico, Metodologia, Estudo de caso,
conclusões e Referências Bibliográficas.

2. Elementos Teóricos Considerados


Nessa seção serão apresentados os elementos teóricos que fundamentam
esse relatório empírico, esse levantamento foi feito através da pesquisa de artigos
científicos, livros, teses e dissertações com temáticas afins a finanças corporativas.

2.1. Planejamento Financeiro


Conforme Gitman (2010) o planejamento financeiro é um aspecto importante
das operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a
coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para atingir seus
objetivos. Gitman(2010) elucida ainda que o processo de planejamento financeiro
se subdivide em planejamento de caixa e o planejamento de lucros. O primeiro
envolve a elaboração do orçamento de caixa da empresa e o segundo consiste na
elaboração de demonstrações pró -forma.
2.2. Fluxo de Caixa
Por conceito, o fluxo de caixa é uma ferramenta que possibilita relacionar as
entradas e saídas monetárias de uma organização em um determinado período. A
partir da elaboração do fluxo de caixa é possível identificar a escassez ou excesso
de recursos monetários, tendo assim essa ferramenta, um papel imprescindível no
processo de tomada de decisão (ASSAF NETO, 2006).
Zdanowicz (1998), afirma que o fluxo de caixa é um instrumento que
possibilita a organização obter demonstrações das operações financeiras realizadas
pela mesma, com intuito de auxiliar no processo decisório de aplicação dos recursos
e fornecer melhores análises.
No tocante a Demonstração de Fluxo de Caixa - DFC, Sousa e Dias (2019)
explicam que esta é uma ferramenta indispensável no para as empresas, pois tem
importante poder informacional e gerencial, motivo pelo qual, independente do porte
da empresa, a sua elaboração é fundamental para o entendimento das operações
das organizações.
Sousa e Dias (2019) ainda corroboram citando que a DFC é composta por
atividades operacionais, investimentos e financiamento, assim as atividades
operacionais representam as atividades de caixa do objetivo principal da empresa,
as atividades de investimento são representados por ativos permanentes e
temporários da empresa, como por exemplo compra e venda de imobilizado, já as
atividades de financiamento, inclui os recursos de terceiros e os recursos próprios
recebidos.
Monteiro (2015) salienta que a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
tem como finalidade evidenciar a geração ou consumo do caixa relativo a três
atividades relacionadas às operações, financiamentos e investimentos, dessa forma,
essa análise é considerada essencial no estudo da liquidez e da capacidade de
continuidade organizacional.

2.3 Caixa Mínimo


O modelo do caixa mínimo operacional foi um dos primeiros modelos que
pretendiam apresentar técnicas para a determinação do montante em caixa. O
modelo baseia-se no pressuposto básico de que a empresa deve, para saldar suas
obrigações no vencimento e aproveitar as oportunidades de investimento, manter
um saldo mínimo de caixa. O caixa mínimo operacional pode ser considerado como
o montante líquido de recursos necessários para que o Capital Circulante Líquido
suporte um nível determinado de vendas (GITMAN, 1987).
Para se obter o Caixa mínimo operacional, segundo Assaf Neto e Silva
(1997) é necessário dividir o total de desembolsos pelo giro de caixa, este por sua
vez obtido através da divisão de 360 (se a base for em dias e o período projetado de
um ano) pelo ciclo de caixa (ciclo financeiro).

2.4 Administração Financeira

Segundo Gitman (2010) a administração financeira corresponde às


atribuições dos administradores financeiros nas empresas. Eles são responsáveis
pela gestão dos negócios financeiros de organizações de todos os tipos,
independentemente do ramo ou área de atuação no mercado. Dentre as suas
principais funções estão planejamento financeiro, concessão de crédito a clientes,
avaliação de propostas que envolvam grandes desembolsos e captação de fundos
para financiar as operações da empresa. As tarefas desses profissionais vêm se
tornando cada vez mais importantes e complexas, conforme a necessidade de
analisar a organização como um todo e o ambiente externo dinâmico.

Gitman (2010) ainda menciona que as atividades objetivo da administração


financeira de curto prazo é gerenciar cada elemento do ativo circulante sendo estes:
estoques, contas a receber, caixa e títulos negociáveis e de seu passivo circulante
que se referem as contas a pagar a fornecedores, despesas e empréstimos
bancários a pagar de modo a atingir um equilíbrio entre rentabilidade e risco que
contribua positivamente para o valor da empresa.

Medeiros et al. (2012) considera que a gestão financeira envolve um conjunto


de procedimentos e ferramentas para auxiliar o gestor financeiro de uma empresa
no processo de planejamento, análise e controle das atividades financeiras, tendo
como propósito, portanto, melhorar e aumentar o valor de mercado dessa empresa
e a maximização dos lucros, objetivos estes de seus proprietários ou acionistas.

2.5. Controladoria

A gestão das pequenas e médias empresas precisam ter conhecimento sobre


o funcionamento das atividades para que possam tomar as decisões mais coerentes
para a empresa e a controladoria atua como suporte de assistência para ciências
dessas informações. Neste contexto, a controladoria mediante controles internos e o
auxílio dos sistemas de informações é uma ferramenta tanto nas operações como
de estratégias competitiva para as pequenas e médias empresas se destacarem no
mercado de atuação. (SANTOS, 2019)

A controladoria tem como objetivo traçar planos de controle para a boa


atuação da empresa a longo prazo e também funcionar como aparato para
estratégias competitivas, através de medição de desempenho, elaboração de
relatórios e manutenção dos processos de atividade das entidades. (SANTOS,
2019)

2.6. Demonstrações Contábeis.

A análise das demonstrações contábeis proporciona à gestão financeira


recursos que orientam para a tomada de decisão, permitindo a análise de resultados
envolvendo a estruturação patrimonial das organizações, bem como suas contas
quando aplicada às análises horizontais e verticais, proporcionando o conhecimento
a respeito de seus índices de liquidez, atividade, endividamento e de rentabilidade.
(MEDEIROS ET AL. , 2012).

É por intermédio da análise das demonstrações contábeis que se pode


avaliar as ações do ambiente externos ou ambiente internos sobre a situação
econômico-financeira da empresa. permitindo aos gestores uma visão dos planos e
estratégias necessárias na empresa, possibilitando prever seu futuro, limitações e
possibilidades.(VIEIRA; RAUPP; BEUREN, 2015)

2.7. Situação Patrimonial da empresa.

O Balanço Patrimonial é um relatório contábil constituído pelo registro de


todas as movimentações financeiras de uma empresa em determinado período. Os
registros mencionados estão contidos no livro diário da empresa. Esse relatório
serve para informar toda a situação patrimonial da empresa, ou seja, os bens,
direitos, obrigações, investimentos e suas fontes de recursos. (OLIVEIRA, 2017)

Marques (1995) ajuda a desenhar os elementos que constituem o Balanço


Patrimonial da empresa, começando pelos elementos do ativo circulante que se
caracterizam-se por constituir bens ou direitos realizáveis financeiramente, em
condições normais, em prazo inferior a um ano. Conforme o autor, o passivo
circulante, por sua vez, expressa obrigações com igual período. Os demais ativos
(ativo não circulante) e passivos (passivo não circulante) e o património líquido (PL),
representam itens de natureza de longo prazo.

Em linhas gerais no ativo não circulante se localizam os itens geradores de


produto, enquanto no outro, as fontes normais de recursos de longo prazo
disponíveis. O quadro 2 expõe a nova composição do demonstrativo. (MARQUES,
1995)

2.7.1. Demonstrativo do Resultado do Exercício. (DRE)

Demonstração do Resultado do Exercício ou DRE, é um documento contábil


de demonstração cuja análise tem por finalidade o detalhamento da formação do
resultado líquido de um exercício pela confrontação das receitas, custos e despesas
de uma empresa, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência
conforme o SEBRAE (2019) as receitas e despesas devem ser incluídas na
operação do resultado do período em que ocorrem. Assim, uma DRE apresenta o
resumo financeiro dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa.
(SEBRAE, 2019)

Figura 1 - Esquema DRE Simplificado

Fonte: Adaptado de Valente, 2019


2.7.2 Balanço Patrimonial

O Ativo e o Passivo de uma empresa estão agrupados na demonstração


contábil, com o objetivo de informar aos usuários da contabilidade a composição
patrimonial líquida da entidade. O termo balanço remete a equilíbrio visto que, tal
como em uma balança, o lado do ativo e o lado do passivo devem ser iguais
refletindo uma situação de equilíbrio do patrimônio de uma entidade. (RIBEIRO,
1999).

O ativo abrange os bens e direitos e o passivo abrange as obrigações e o


patrimônio líquido. Ribeiro (1999, p.138) conceitua que o Balanço Patrimonial “é a
demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e
financeira da entidade, quantitativa e qualitativamente”. A demonstração engloba
bens, direitos e obrigações da organização e é elaborada a partir da realização dos
lançamentos e fechamentos da contas que posteriormente irão compor a
Demonstração do Resultado de Exercício

2.8. Situação Financeira da empresa

O capital circulante líquido (CCL), ou capital de giro líquido, pode ser obtido
a partir dos grupos patrimoniais de curto prazo. Tendo a seguinte representação.
(MARQUES; 1995, MEDEIROS; 2004)

CCL = (AC - PC)

Marques (1995) aponta que em situações usuais o CCL significa um valor


positivo, ou seja, os recursos investidos no AC que ultrapassaram o total das fontes
de financiamento de curto prazo (PC) foram financiados por itens de longo prazo
(PNC). de forma mais concisa as origens de longo prazo suplantaram as
necessidades de investimento de longo prazo, e foram aplicadas no capital de giro
(AC). em uma situação ruim para a empresa, CCL negativo representa que as
fontes de recursos excedentes de curto prazo estão financiando elementos de longo
prazo ou, do outro ponto de vista, as origens de longo prazo são insuficientes para
financiar as aplicações de recursos de longo prazo.
Outro conceito bastante importante para as análises financeiras é o saldo de
Tesouraria que segundo Monteiro (2015) representa a diferença entre os Ativos
Financeiros (AF) e Passivos Financeiros (PF) de Curto Prazo, Assim, esse saldo
será positivo quando os AF forem superiores aos PF e negativo quando o contrário
ocorrer. conforme Monteiro (2015) às decisões operacionais e as políticas de
autofinanciamento são determinantes do saldo de tesouraria.

2.9 Situação Econômica da empresa

2.10. Índices corporativos

Padovese (2008) salienta que os indicadores econômico-financeiros são


mecanismos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço,
sendo assim formulados por operações matemáticas aferidas a partir do balanço
patrimonial e da demonstração de resultado do exercício da organização, buscando
números que ajudem a nortear a verdadeira situação da empresa, em seus
aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade.

2.10.1. Índices de rentabilidade

Conforme Marques (2004) esse índice corporativo tem como principal atributo
a relação de medidas específicas de lucros evidenciados na Demonstração do
Resultado do Exercício. Esses quocientes são medidos em relação ao patrimônio
líquido da empresa, ativo dos sócios, investimento dos sócios e as
receita da organização.

Segundo PADOVEZE e BENEDICTO (2007), na análise das demonstrações


financeiras a análise da rentabilidade mostra-se como um dos fatores mais
importantes, já que seu objetivo é apresentar o percentual de retorno obtido pela
organização sobre o montante desembolsado.

Os indicadores de rentabilidade podem ser considerados como de aspecto


econômico, pois demonstram a capacidade de vendas de uma organização, além
de indicar sua capacidade em gerar recursos e auxiliar os gestores na tomada de
decisões (ASSIS et al, 2015).

Os indicadores de rentabilidade são os seguintes:


 Giro do Ativo: Segundo MATARAZZO (2010), este índice indica a
razão entre as vendas líquidas da empresa e seu total investido.
GA = Vendas Líquidas
Ativo Médio

 Margem Líquida: De acordo com SANVICENTE (1998), este índice


compara o lucro pertencente aos acionistas com o volume de rendas
gerado na empresa em suas operações.
ML = Lucro Líquido
Vendas Líquidas

 Rentabilidade do Ativo: Segundo ASSAF NETO (2011), é a taxa de


retorno gerada pelas aplicações efetuadas por uma empresa em seus
ativos. Indica o retorno por cada R$ 1,00 investido pela empresa.
RA = Lucro Líquido
Ativo Total

 Rentabilidade do Patrimônio Líquido: ASSAF NETO (2011) define que


este índice é responsável por mensurar o retorno dos recursos
aplicados na empresa por seus proprietários (acionistas). Em outras
palavras, qual o retorno para os proprietários para cada R$ 1,00
investido na empresa.
RPL = Lucro Líquido
Patrimônio Líquido

2.10.2. Índices de liquidez

Conforme Diniz; Martins; Miranda (2014) são mecanismos que são utilizados
pelos analistas para avaliação da situação financeira das empresas, assim, esses
índices indicam o posicionamento financeiro da empresa com a capacidade de
honrar com suas obrigações.

No entanto esse índice não gera a garantia de capacidade de saldar as


dívidas, pois segundo Henrique (2008) existem outras variáveis que afetam seu
comportamento financeiro.
● Índice de liquidez Corrente: corresponde a capacidade de pagamento
da empresa à curto prazo e quanta vezes o seu ativo circulante é
capaz de cobrir o passivo circulante. (HENRIQUE, 2008; MARTINS;
2014; SILVA, 2018)

A fórmula utilizada para o cálculo do Índice de liquidez corrente é:

Índice de Liquidez Corrente = Ativo circulante


Passivo Circulante

● Índice de Liquidez Seca: Corresponde à capacidade financeira líquida


da empresa para cumprir os compromissos de curto prazo, ou seja,
quanto à empresa tem de Ativo Circulante Líquido para cada R$ 1,00
do Passivo Circulante. Esse índice é dado pelo Quociente do Ativo
Circulante menos os estoques pelo Passivo Circulante. (RIBEIRO,
2009)

A fórmula utilizada para o cálculo do Índice de Liquidez Seca é:

Índice de liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques)


Passivo Circulante

● Índice de Liquidez Imediata: é um indicador de curtíssimo prazo, pois


considera a capacidade da empresa em saldar suas obrigações de
curto prazo apenas com disponibilidades imediatas, levando em
consideração somente o caixa, bancos e aplicações financeiras de
liquidez imediata. Esse índice mostra a capacidade da empresa
absorver pequenos imprevistos de impacto imediato. (MARTINS,
ASSAF NETO, 1986)

Esse indicador é calculado através da seguinte fórmula:

Índice de Liquidez Imediata = Ativo Disponível


Passivo Circulante

2.10.3. Índices de Endividamento


Conforme ASSAF NETO (2011), os índices de endividamento representam
quanto de recursos próprios (patrimônio líquido) e de recursos de terceiros
(passivos) são empregados para financiamento do Ativo Total da empresa.
Basicamente, são utilizados para análise da estrutura das fontes passivas de
recurso das empresas.

Este índice revela o grau de endividamento da empresa. A análise desse


indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da
empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios
ou de Terceiros e em que proporção (TELÉS, 2003).

GITMAN (2010) comunica que há duas formas gerais de se medir o


endividamento: através das medidas do grau de endividamento e as da capacidade
de serviço da dívida. O grau de endividamento mede o total da dívida em relação a
outros valores importantes do balanço patrimonial. Uma medida popular do grau de
endividamento é o índice de endividamento, que apresenta os seguintes índices:

 Índice de Endividamento Geral: mede a proporção do ativo total


financiada pelos credores da empresa. Quanto mais elevado, maior o
montante de capital de terceiros usado para gerar lucros. Esse índice
é calculado da seguinte forma (GITMAN, 2010).:
Índice de endividamento geral = Passivo total
Ativo total

 Índice de Cobertura de Juros: mede a capacidade da empresa de


honrar seus pagamentos contratados de juros. Quanto maior seu
valor, maior a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações de
pagamento de juros (GITMAN, 2010).
Índice de cobertura de juros = Lucro antes de juros e imposto de renda
Juros

 Índice de Cobertura de Obrigações Fixas: mede a capacidade da


empresa de fazer frente a todos os seus compromissos fixos, tais
como juros e principal, arrendamento mercantil e dividendos
preferenciais. Como no caso do índice de cobertura de juros, quanto
maior o valor, melhor (GITMAN, 2010).
ÍCOF = Lucro antes de juros e imposto de renda + arrendamentos
Juros + arrendamentos + (amortização de principal + dividendos preferenciais)
×1/(1 – T )

2.11. Administração de Custos

Para iniciar o estudo de custos, precisa-se distinguir a sua diferença dos


outros dispêndios nas empresas. Dessa forma, Martins (2003) define gastos, custos
e despesas da seguinte forma:

● Gastos: Se refere a aquisição de um produto ou serviço qualquer, que


gera desembolso financeiro para a empresa, uma das características
dos gastos é o sacrifício representado por entrega ou promessa de
entrega de ativos.
● Custo: é um tipo de gasto relativo a bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens ou serviços. Martins (2003) considera que o
custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como
custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e
serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um
serviço.
● Despesa: se refere a um bem ou serviço consumido direta ou
indiretamente em prol de receitas para a empresa.

Com as informações relativas aos custos dos produtos, a empresa pode


tomar várias decisões, como: produzir ou terceirizar, definição do preço de venda
para o produto, o volume de produção necessário, entre outras. Dessa forma, a
administração dos custos de forma correta proporciona a visualização e o controle
dos recursos consumidos pelos vários setores da empresa. Para auxiliar na
administração de custos, existem alguns métodos de custeio que são bastante
utilizadas no Brasil, como o método de custeio por absorção e o custeio direto ou
variável. (VIEIRA; RAUPP; BEUREN, 2015)

De acordo com Kliemann Neto (2013), os métodos de custeio estão voltados


para a identificação dos custos que são apropriados aos objetos de custo. o autor
ainda delineia os métodos de custeios apontados por Vieira; Raupp e Beuren
(2015). Dessa forma, o método de custeio por absorção custeio por absorção total é
constituído por todos os custos variáveis e fixos que são distribuídos aos objetos de
custo. Congrega tudo o que foi gasto no custo final dos objetos de custo. O método
de custeio variável não considera os custos fixos, considerando-os como despesas,
visto que no curto prazo não podem ser eliminados.

2.12 Tesouraria
Dentre as responsabilidades da administração financeira destaca-se a gestão
de tesouraria que é um conjunto de atividades que dá suporte para a tomada de
decisão; pois é responsável pela entrada e saída de recursos, além de estabelecer
políticas gerenciais de curto, médio e longo prazo.

A gestão de tesouraria administra a movimentação dos recursos financeiros,


que são fundamentais para manutenção da liquidez nas operações diárias. De
acordo com Santos; Ferreira e Faria (2009, p. 76), a gestão de caixa deve existir
pelas seguintes razões: - obter descontos dos fornecedores, tendo em vista que o
custo de não utilizá-los é alto; - manter a classificação de crédito, por meio da
liquidez corrente e sua liquidez seca alinhadas com as de outras empresas de seu
setor; - aproveitar oportunidades de negócios favoráveis, como promoções
especiais dos fornecedores ou a chance de adquirir outra empresa. - Enfrentar
emergências como greves, incêndios ou campanhas de marketing dos concorrentes
e também para suportar quedas sazonais ou cíclicas no nível de atividade.

A tesouraria tem como principal instrumento gerencial o Fluxo de Caixa, que


é utilizado para controle e planejamento das movimentações financeiras ocorridas
num determinado horizonte de tempo. Esse instrumento pode ser estruturado de
modo diário, semanal, mensal e anual; com valores acumulados ou não.

3 Metodologia
O presente relatório foi elaborado através da coleta de informações em
entrevistas com os responsáveis financeiros das referidas empresas, norteadas
pelas perguntas pré-definidas pelo professor. Foram levantados elementos teóricos
sobre a Gestão Financeira para confronto com a prática das empresas observadas
neste trabalho. A natureza da pesquisa realizada é qualitativa e foi empregada a
técnica de pesquisa Bibliográfica para obtenção das informações teóricas.
Conforme Oliveira (2011) o método de pesquisa qualitativa possui o ambiente
natural como fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento.
outra característica desse método é o contato direto e prolongado do pesquisador
com o ambiente e a situação que está sendo investigada via de regra, por meio do
trabalho intensivo de campo.
Vergara (2000) elucida que a pesquisa bibliográfica é fundamentada pela
utilização de material já elaborado, sendo constituído, principalmente, de livros e
artigos científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre
os aspectos direta e indiretamente ligados à temática estudada.

4. Estudo de Casos
Nessa seção serão apresentadas as empresas que constituíram os estudos
de casos desse estudo, as empresas escolhidas seguem o mesmo ramo de
atividade econômica, confecção e vendas de itens de vestuário, ambas localizadas
em fortaleza CE e Região metropolitana de Fortaleza - RMF, nas cidades de
Beberibe e Caucaia.
A primeira empresa estudada é a CA confecções, uma empresa fundada em
2005 que tem como atividade principal a produção de itens de vestuário feminino. A
segunda empresa utilizada neste estudo é a MS camisas esportivas, uma empresa
familiar na qual sua atividade principal é a venda de peças de vestuário esportivo
masculino e feminino, por conseguinte temos a apresentação da empresa Mananu
confecções, uma empresa em que sua atividade chave é a confecção e venda de
itens de vestuário infantil.

4.1. Empresa CA confecções


4.1.1. Histórico
A empresa CA confecções surgiu no ano de 2005, seu proprietário Francisco
Antonio Moreira Mota apresentava uma habilidade muito forte com a venda de itens
de confecções, como camisas, vestidos, camisolas e sua esposa possuía
habilidades com costura, bordados e modelagem, em vista a isso os dois tiveram a
ideia de montar a própria confecção da família.
A empresa começou com a aquisição de três máquinas de costuras sendo
uma delas uma máquina industrial de costura Reta, uma Galoneira e uma Overlock.
Com essas máquinas a produção era baixa, mas o suficiente para a venda de
diversas peças de roupas nas serras de IPU, na cidade de Sobral, Aprazível e São
Benedito.
Com as receitas advindas das vendas de peças, o proprietário da confecção
foi adquirindo mais maquinários para acelerar a produção de roupas, mais voltadas
ao público feminino. Até a data da escrita deste relatório, a empresa conta com 3
máquinas industriais retas, três máquinas industriais galoneiras, 6 máquinas
overlocks, aparelhos para botões, duas máquinas de corte de tecidos e utensílios
para colocar etiquetas, tiders, e viés.

4.1.2. Perfil da Empresa


De acordo com o roteiro dado para nortear esse trabalho, a empresa em
questão é classificada como uma microempresa, tendo em vista que seu quadro de
funcionários é constituído por cinco colaboradores, o SEBRAE contribui com essa
assertiva, tendo em vista que a classificação de uma microempresa é aquela que
possui um quadro de funcionários inferior a 19 colaboradores, conforme o quadro
abaixo.

Quadro 1 - Classificação das empresas.

Fonte: adaptado de SEBRAE, 2013

A empresa está localizada na Rua 222, nº 64, no bairro Nova Metrópole no


Município de Caucaia - CE, e vende seus produtos para pequenos varejistas locais
e em feiras populares da região, seu principal ponto de venda está localizado no
Tend Moda Caucaia, localizado na BR 222, Km 12, também no município de
Caucaia- CE.
4.1.3. Organograma da Empresa

Figura 1 - Organograma da empresa CA confecções.

Fonte: Os autores, 2019.


O organograma da empresa CA confecções possui apenas três níveis
hierárquicos, evidenciando um arranjo organizacional bastante simples. As decisões
principais partem dos gerentes proprietários que determinam o volume de produção,
dinheiro disponível para a compra de materiais e formas de vendas, que podem ser
nas feiras da cidade de Caucaia, venda em lojas de vestuário ou venda para outros
feirantes.
O setor financeiro é encarregado apenas de registrar as entradas e saídas e
auxiliar nas decisões de compras de tecidos, linhas, botões, agulhas etc. O controle
de custos variáveis como valor pago por consumo de energia elétrica, água e
refeições para os colaboradores também são feitas pela área financeira. Por fim, a
área financeira é encarregada de visualizar a viabilidade de novas contratações de
funcionários e a demissão das mesmas, registro e pagamento de encargos etc.
A parte operacional é controlada pela esposa do proprietário da confecção,
ela atua auxiliando nas áreas de corte, costura e acabamento, controlando a
utilização dos materiais, a produtividade das costureiras, controle de perdas com
cortes e avarias nas peças confeccionadas. Ainda é função da área operacional
avaliar o consumo de embalagens e de mercadorias perdidas no acabamento.
4.1.4. Análise da Função Financeira da Empresa

4.2. MS Camisas Esportivas

4.2.1. Histórico
A empresa de nome fantasia MS Estamparia surgiu no ano de 2015, seu
proprietário Marcelino Belo da Silva, que trabalhou durante muitos anos como
gerente de produção, possuía um vasto conhecimento na área e valorizava muito o
ramo de serigrafia, na qual possuía experiências nesse ramo através de seu
trabalho. Tão logo, o conhecimento da área serigráfica, suas experiências
profissionais e seu desejo de empreender foram dispostas na ideia de fundação da
MS Estamparia.
Inicialmente, a estamparia foi criada em parceria com um amigo da família,
em que esse cedeu o prédio onde funcionava a produção de impressões e mandava
os recortes das blusas. As partes estampadas eram devolvidas a este parceiro, visto
que, até então, ele era o único cliente da empresa. Devido aspectos externos à
empresa, como por exemplo, as constantes altas nos preços da matéria-prima e a
baixa procura do serviço, ocasionaram o desgaste na área serigráfica, assim a
viabilidade do negócio começou a ser questionadas pelos seus proprietários, que
enxergavam seus lucros cada vez menores.
Visto todos esses aspectos, em 2016 foi feita uma mudança na empresa, os
proprietários decidiram acabar com as atividades na área de impressões e dedicar-
se apenas para a venda de camisas esportivas, ou seja, o que era fabricado pela
MS estamparia, agora seria apenas comercializada por ela. Dessa forma, em 2016
começou os processos de encerramento das atividades serigráficas, em que houve
a demissão e pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários, no mesmo
momento em que o proprietário já estaria pensando em novos rumos para a
empresa.
A empresa, atualmente, está passando por processos burocráticos, em
detrimento de sua nova atuação no mercado. Foi acordado pelo proprietário, sua
pretensão em mudar o CNAE- Classificação Nacional das Atividades Econômicas
da empresa entre outros aspectos inerentes ao seu registro. A venda de
mercadorias acontece dentro e fora do estado do Ceará, assim, A MS Estamparia
fornece camisas para clientes nos estados de Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro,
Maranhão, Minas Gerais e Brasília. Utilizando as redes sociais como mecanismo de
divulgação e de contato com os clientes.

4.2.2. Perfil da Empresa

A empresa estudada tem por razão social: MARIA DO SOCORRO


MOREIRA DA SILVA – ME, com CNPJ: 22.643.911/0001-70, atua no mercado há
4 anos e atualmente está localizada na Rua OSIÁ MONTENEGRO, 336, no
município de Fortaleza/Ceará, bairro Siqueira, CEP: 60732-544.

Segundo o SEBRAE, a empresa é classifica como Microempresa, tendo


em vista que se encaixa no faturamento bruto anual igual ou inferior a 360 mil
reais. Até a presente data deste relatório, a empresa atua no setor de vendas de
camisas esportivas, recebendo a mercadoria totalmente acabada do fornecedor
e revendendo para clientes provenientes de todo o Brasil, principalmente dos
estados de Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e
Brasília.

4.2.3. Organograma da Empresa

Figura 2 - Organograma da empresa MS Camisaria esportiva.

Fonte: Os autores, 2019.


A empresa MS camisaria esportiva, possui como atividade principal a
venda de artigos de vestuário esportivo para vários estados do Brasil, a empresa é
de caráter familiar, assim a estrutura organizacional é simples.
As decisões são centradas nos gerentes proprietários que é composta por
Marcelino Belo da Silva e Maria do Socorro Moreira da Silva. A área financeira é
composta por uma só funcionária, que calcula o custo com as operações de fretes
de mercadorias, emissão de notas, gastos com tributos, principalmente o ICMS, que
é o imposto sobre circulação de mercadorias e Serviços e gastos com os
fornecedores dos artigos comercializados.
O marketing da empresa se divide em vendas e comunicação, a parte de
venda atua na negociação com os clientes da MS camisaria esportiva e a parte de
comunicação alimenta as redes sociais da empresa divulgando os produtos.

4.2.4. Análise da Função Financeira da Empresa

4.3. Mananu Confecções


4.3.1. Histórico
O nome da empresa é Mananu Indústria e Comércio de Confecção de
Produtos Infantis. A empresa possui 35 anos de mercado. segundo a entrevistada, a
empresa já funcionava em Beberibe tempos atrás, depois foi para Fortaleza e
agora está em Beberibe novamente, pertencendo ao grupo Colaço Martins há cerca
de cinco anos. A fundação ocorreu em Beberibe, por um rapaz chamado Odach
Facó.
Com a fábrica recém-criada, foi iniciada a confecção de calças enxutas, e a
partir disso a fábrica foi alcançando crescimento juntamente com a produção e a
venda de outros tipos de peças. Atualmente ela possui mais 100 referências
(Conjuntos de roupas) e produz roupas em malha para bebês e para crianças e
acessórios básicos, como sapatinhos, bonés, acessórios íntimos para as crianças,
dando um destaque para os pijamas.

4.3.2 Perfil da Empresa

A razão social desta empresa é MANANU INDUSTRIA E COMERCIO DE


CONFECCOES EIRELI, com CNPJ: 12.654.128/0001-58 localizada em Ante CE
040, 599, Sede, Beberibe, CE, CEP 62840-000, Brasil. Ela atua no mercado há mais
de 35 anos.

A empresa trabalha com a confecção de peças de vestuário infantil masculino


e feminino. As mercadorias são vendidas para varejistas nos estados de Sergipe,
Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Roraima, Acre, Amapá e etc.
Segundo o SEBRAE é classificada como empresa de pequeno porte através do
critério do número de empregados.

4.3.3. Análise da Função Financeira da Empresa

4.3.3.1. Arranjo Estrutural da Função Financeira

7. Referências Bibliográficas

ASSIS, Roger Arantes de, et al. Índices de rentabilidade: um estudo de caso sobre o
mercado de transporte de cargas em Campo Belo – MG. Disponível em:
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos16/30724346.pdf>. Acesso em: 10 de Nov.
2019.
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didática das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, p. 125, 2014.

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2010.

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micro e pequena empresa. São Paulo, 2008.

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Produção, UFRGS, Porto Alegre, 2013

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criação de valor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2004.

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finanças de empresas sob condições inflacionárias. São Paulo: Atlas, 1986.
MARQUES, José Augusto Veiga da Costa; BRAGA, Roberto. Análise dinâmica do
capital de giro: o modelo Fleuriet. Revista de Administração de Empresas, v. 35,
n. 3, p. 49-63, 1995.

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MEDEIROS, Flaviani Souto Bolzan et al. Gestão econômica e financeira: a


aplicação de indicadores. Simpósio em Excelência em Gestão e Tecnologia-IX
SEGeT, 2012.

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avançada do capital de giro: testes empíricos. 2004.

MONTEIRO, Andréa Alves Silveira. Fluxos de caixa e capital de giro: uma


adaptação do modelo de Fleuriet. Pensar Contábil, v. 6, n. 20, 2015.

OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. Metodologia científica: um manual para a


realização de pesquisas em Administração. Universidade Federal de Goiás.
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PADOVEZE, C.L; BENEDICTO, G.C. Análise de Demonstrações Financeiras.


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RITTA, C. O; SILVA, C. R.; CITTADIN, A. As características da gestão de


tesouraria nas organizações da região carbonífera de Santa Catarina.
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SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração financeira. 3ª ed. São Paulo: Atlas,


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SEBRAE. Como fazer um demonstrativo do resultado do exercício. 2019.
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<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/sebraeaz/pequenos-negocios-
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VALENTE, Adriana. Demonstração do Resultado do exercício: ELABORAÇÃO


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VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3.ed.


Rio de Janeiro: Atlas, 2000

VIEIRA, Samira Augusta; RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Relatórios
Contábeis Gerados pela Controladoria para o Controle de Gestão: um estudo
de caso em uma Empresa de Construção Civil. Pensar Contábil, v. 6, n. 23,
2015.
ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle
financeiro. 10. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004
Anexos
C.A. Confecções
1. Histórico
No ano de 2005 começou sozinho fabricando e vendendo, já tinha
conhecimento de
Ano de Fundação: 2005
feirante: 2005
maquinário -8

começa pelo corte


estima os kg de tecido - quantas peças faz com o kg de tecido

1 – A empresa possui um funcionário responsável pela elaboração diária de caixa?


Resposta: Não, o controle de recebíveis e de pagamentos são feitas pelo
proprietário do estabelecimento.
2 – A empresa possui um tesoureiro ou chefe de departamento responsável pelos
controles financeiros?
Não possui
O cara que fica controlando isso é o próprio dono do negócio
3 – O mesmo funcionário executor dos controles de recebimentos também efetua a
programação e controle de pagamentos?
Sim hehe
No caso é o próprio dono

4 – Existe um funcionário responsável pelo controle das cobranças?


A mulher do dono kkk
Ela controla tbm as operações

5 – Há uma perfeita definição de quem assina cheques ou autorizar pagamentos?


É o meu irmão quem faz isso tbm
6 – Os serviços externos (contatos com Bancos ou Empresas de financiamento)
estão a cargo e responsabilidade de quem?
Tbm do meu irmão
A mulher dele ajuda

Nessa fase preliminar delineie o arranjo estrutural da função financeira. Em seguida


partes e para a segunda fase do estudo quando são feitas perguntas mais
específicas em relação à
administração financeira do negócio. A captura dos dados deve contemplar os
aspectos abaixo
descriminados:

1 – Como se dá o processo decisório em investimentos nos ativos fixos?


Primeiro é avaliado se é realmente necessário o investimento, decorrido do aumento
do volume de produção
Depois é avaliado se a empresa tem dinheiro disponível pra isso
Ou se o meu irmão ou a mulher dele tem crédito com o banco kkk
Se tudo for sim
Eles compra a máquina
Que custa em média uns 3000,00

2 – Quais os procedimentos de avaliação adotados nas alternativas de


investimentos
apresentados?
Análise primeiramente do dinheiro que tem em caixa, se o investimento for muito
urgente e se não tiver dinheiro, compra um maquinário de segunda mão.
Se tiver dinheiro logo, geralmente meu irmão compra uma máquina nova.
Mas tipo, isso é coisa que acontece em mais de 3 anos, porque uma máquina tem
durabilidade muito alta, ele pode também se desfazer da máquina velha, vendendo
pra juntar dinheiro pra comprar uma nova

3 – Como se decide a estrutura financeira?


Não decide, é tudo pela conveniência ou precisão
O meu irmão centraliza toda responsabilidade financeira da empresa pra ele
4 – Como se decide a distribuição de resultados líquidos?
Não tem sócio né
Então o resultado fica com ele kkk
Por ser uma empresa familiar grande parte das vezes o capital da empresa se
confunde com o dele
5 – Qual o relacionamento do gestor financeiro com os responsáveis pela
contabilidade/controladoria, marketing, produção (operação), vendas, compras?
Não existem setores específicos pra contabilidade ou marketing
Tem a mulher dele que controla a produção né
Mas o contato é só entre eles mesmo
Se ele precisar de um serviço contábil ele contrata um primo meu que é contabilista
e acabou kkk
Mas o meu primo que é contador não é funcionário da empresa
Ele só chaga lá quando precisa kk

6 – Como se dá o processo decisório em investimentos operacionais em giro?


Não existem processos decisórios dessa natureza

OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS INVESTIMENTOS FINANCIAMENTOS


OPERAÇÕES Estrutura de criação de valor para maximizar o valor das empresas
grandes, médias e pequenas

7 – A empresa conhece o resultado de sua operação financeira? Qual freqüência?


Aqui o que se busca é:
como é mensurado o retorno sobre o ativo?
como é mensurado o retorno sobre o patrimônio líquido?
Não conhece

8 – Qual o modelo de gestão orçamentária adotado?


Não existe um modelo de gestão orçamentária
É feita a cada 3 meses a compra de materiais como linha, tecidos, agulhas, óleos de
máquina entre outros, se não der pra "aguentar" os três meses, eles fazem as
compras fracionadas. .
Tipo, vai comprando na medida que vai faltando, O único orçamento que é feito é o
de pagamento do salário das costureiras

9 – Como é gerenciado o Caixa?

9.1 – Gestão dos Pagamentos


Qual o sistema utilizado para o registro de documentos a pagar? Existe formulário
apropriado e registros condizentemente adequados?
Além do fluxo de caixa, é norma da empresa programar com certa antecedência os
pagamentos a serem efetuados? Esta programação é feita diariamente,
semanalmente ou mensalmente?
Há uma sistematização no acompanhamento das programações de pagamentos?
As instruções para a montagem da programação são verbais ou registradas em
formulário próprio?
Existe comprovação dos pagamentos terem sido realmente realizados? Quais os
documentos componentes do processo de pagamentos? Comprovantes de cópia de
cheque, o próprio documento quitado, recibos, ordens de pagamento?
9.2 – Gestão dos Recebíveis
Qual o sistema utilizado para o registro e controle de contas a receber?
As informações referentes aos valores a receber são pesquisadas mediante
observações dos registros contábeis e outros métodos. Quais?
A empresa mantém um cuidadoso arquivo das cópias de faturas a receber, de
forma
a facilmente localizar os valores pendentes?
9.3 – Controle de Disponibilidades
A empresa mantém registros diários de entradas e saídas de dinheiro em caixa e
bancos?
Em quais formulários são registradas as movimentações de dinheiro em caixa e
bancos?
Há um efetivo controle das disponibilidades, de forma a se poder confiar nos
valores apresentados?
Os saldos de caixa são periodicamente verificados por auditores ou por pessoa
designada e com autoridade para proceder aos levantamentos e verificações?

9.4 – Crédito e cobrança


A empresa sistematicamente colhe informações cadastrais de seus clientes e
convênios tomadores de serviços?
As cobranças normalmente são feitas por meio de bancos ou empresas
contratadas,
responsáveis por este trabalho?
A entrega de faturas e títulos para cobrança é controlada por meio da emissão de
documentos devidamente assinados?
A empresa tem por norma remeter aos convênios e demais clientes
correspondência ou avisos de cobrança?
Quais providências são tomadas quando existem glosas pelos convênios?
10 – Como são gerenciados os Estoques?
11 – Qual o modelo de gestão de custos adotado?
12 – Qual o modelo de precificação adotado para os produtos/serviços?
13 – Como são gerenciados os empréstimos e financiamentos?
1 – A empresa possui um funcionário responsável pela elaboração diária de
caixa?
Resposta: Não, as programações de recebíveis e pagamentos são feitas pelo
proprietário da empresa.
2 – A empresa possui um tesoureiro ou chefe de departamento responsável
pelos controles financeiros?
resposta: Não, as funções de tesouraria são centralizadas no dono do negócio.
3 – O mesmo funcionário executor dos controles de recebimentos também
efetua a
programação e controle de pagamentos?
Resposta: Sim
4 – Existe um funcionário responsável pelo controle das cobranças?
Resposta: Não
5 – Há uma perfeita definição de quem assina cheques ou autorizar
pagamentos?
Resposta: Sim, o Proprietário da empresa.
6 – Os serviços externos (contatos com Bancos ou Empresas de
financiamento) estão a
cargo e responsabilidade de quem?
Nessa fase preliminar delineie o arranjo estrutural da função financeira. Em
seguida parte-se para a segunda fase do estudo quando são feitas perguntas
mais específicas em relação à administração financeira do negócio. A
captura dos dados deve contemplar os aspectos abaixo (fazer isso no bizagi)

descriminados:
1 – Como se dá o processo decisório em investimentos nos ativos fixos?
2 – Quais os procedimentos de avaliação adotados nas alternativas de
investimentos
apresentados?
3 – Como se decide a estrutura financeira?
4 – Como se decide a distribuição de resultados líquidos?
5 – Qual o relacionamento do gestor financeiro com os responsáveis pela
contabilidade/controladoria, marketing, produção (operações), vendas, compras?
6 – Como se dá o processo decisório em investimentos operacionais em giro?

OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS INVESTIMENTOS FINANCIAMENTOS


OPERAÇÕES Estrutura de criação de valor para maximizar o valor das empresas
grandes, médias e pequenas

7 – A empresa conhece o resultado de sua operação financeira? Qual freqüência?


Aqui o que se busca é:
como é mensurado o retorno sobre o ativo?
como é mensurado o retorno sobre o patrimônio líquido?
8 – Qual o modelo de gestão orçamentária adotado?
9 – Como é gerenciado o Caixa?
9.1 – Gestão dos Pagamentos
Qual o sistema utilizado para o registro de documentos a pagar? Existe formulário
apropriado e registros condizentemente adequados?
Além do fluxo de caixa, é norma da empresa programar com certa antecedência os
pagamentos a serem efetuados? Esta programação é feita diariamente,
semanalmente ou mensalmente?
Há uma sistematização no acompanhamento das programações de pagamentos?
As instruções para a montagem da programação são verbais ou registradas em
formulário próprio?
Existe comprovação dos pagamentos terem sido realmente realizados? Quais os
documentos componentes do processo de pagamentos? Comprovantes de cópia de
cheque, o próprio documento quitado, recibos, ordens de pagamento?
9.2 – Gestão dos Recebíveis
Qual o sistema utilizado para o registro e controle de contas a receber?
As informações referentes aos valores a receber são pesquisadas mediante
observações dos registros contábeis e outros métodos. Quais?
A empresa mantém um cuidadoso arquivo das cópias de faturas a receber, de
forma
a facilmente localizar os valores pendentes?
9.3 – Controle de Disponibilidades
A empresa mantém registros diários de entradas e saídas de dinheiro em caixa e
bancos?
Em quais formulários são registradas as movimentações de dinheiro em caixa e
bancos?
Há um efetivo controle das disponibilidades, de forma a se poder confiar nos
valores apresentados?
Os saldos de caixa são periodicamente verificados por auditores ou por pessoa
designada e com autoridade para proceder aos levantamentos e verificações?

9.4 – Crédito e cobrança


A empresa sistematicamente colhe informações cadastrais de seus clientes e
convênios tomadores de serviços?
As cobranças normalmente são feitas por meio de bancos ou empresas
contratadas,
responsáveis por este trabalho?
A entrega de faturas e títulos para cobrança é controlada por meio da emissão de
documentos devidamente assinados?
A empresa tem por norma remeter aos convênios e demais clientes
correspondência ou avisos de cobrança?
Quais providências são tomadas quando existem glosas pelos convênios?
10 – Como são gerenciados os Estoques?
11 – Qual o modelo de gestão de custos adotado?
12 – Qual o modelo de precificação adotado para os produtos/serviços?
13 – Como são gerenciados os empréstimos e financiamentos?

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