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CONTENTS
1. Introdução...................................................................... 3
2. Exame do pescoço e da coluna ............................ 5
3. Avaliação da marcha................................................. 8
4. Exame da motricidade............................................10
5. Provas cerebelares...................................................18
6. Reflexos........................................................................23
7. Sensibilidade..............................................................32
8. Nível de consciência................................................37
9. Exame dos nervos cranianos...............................39
10. Exame da Linguagem..........................................59
Referências Bibliograficas..........................................62
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 3
Figura 1. Sinal de Brudzinski. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
COLUNA
LOMBOSSACRAL
Irritação meníngea
Amplitude de movimentos Estiramento de raiz nervosa
e rigidez nucal
Realizar movimentos
Sinal de Brudzinski
em busca de déficits Teste de Lasègue
Perguntar em
Sinal de Kernig
busca de queixas
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 8
Elevação do tônus
AVC
muscular contralateral
Lesão piramidal
Rigidez para
Joelho alto ao andar
locomoção
Parkinsoniana MARCHA Escarvante
Incapacidade de realizar
Virar em bloco
a dorsiflexão plantar
Cerebelar Anserina
Fraqueza da
Falta de equilíbrio
musculatura pélvica
Figura 6. Teste da flexão do antebraço. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Figura 7. Teste da extensão do antebraço. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
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Figura 8. Teste da extensão na altura do punho. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Figura 9. Teste da preensão palmar. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
Figura 10. Teste da flexão do quadril. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Com uma mão apoiando o joelho do pela outra mão no tornozelo. Repete-
paciente, pede-se para que ele “chute -se a manobra no outro membro.
para frente” contra resistência imposta
Figura 11: Teste da extensão do joelho. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Com uma mão apoiando o joelho do do paciente e pede-se para que ele
paciente, coloca-se a outra distal- “puxe para trás”.
mente na parte posterior da perna
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Figura 12. Teste da flexão do joelho. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Figura 13. Teste da dorsiflexão do pé. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Com o mesmo apoio no tornozelo, pede-se para que ele “pise” na mão
coloca-se a outra mão como resis- colocada. Repete-se a manobra no
tência na planta do pé do paciente e outro membro.
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 14
Figura 14. Teste da flexão plantar. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Figura 15. Prova dos braços estendidos. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 15
Figura 16. Prova de Mingazzini. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
Figura 17. Postura de Wernicke-Man. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
Uma vez que já examinamos os mús- graduá-los e para tal, temos como
culos e a sua força, precisamos saber base a tabela a seguir:
GRAU
0 Ausência de qualquer contração muscular visível
I Contração visível de um grupo muscular, mas sem movimento do segmento observado
Contração muscular visível com movimentação do membro ou do segmento avaliado apenas na
II
horizontal, sem vencer a gravidade
Contração muscular que permite ao membro ou ao segmento estudado vencer a gravidade, mas
III
não à resistência mínima imposta
IV O segmento ou o membro avaliado vence a gravidade e alguma resistência
V Força muscular normal
Tabela 1. Graduação de força muscular.
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Contra resistência
Manobras resistivas
MOTRICIDADE
Manobras deficitárias
HORA DA REVISÃO!
Para falarmos sobre o exame cerebelar, é importante fazermos uma breve revisão sobre
as partes do cerebelo e suas respectivas funções, como veremos a seguir:
• Vestibulocerebelo: constituído pelo lóbulo flóculo-nodular, atua no controle do equilí-
brio e da movimentação ocular.
• Espinocerebelo: formado pelo vérmis e pela zona intermediária, atua no controle da
musculatura axial (postura e locomoção) e proximal dos membros.
• Cerebrocerebelo: formado pelas partes laterais dos hemisférios cerebelares, sen-
do responsável pelo planejamento e controle de movimentos ágeis e precisos das
extremidades.
Manobra índex-nariz
Pede-se para o paciente abrir os braços e colocar a ponta de cada dedo na pon-
ta do nariz de maneira alternada.
Figura 21. Manobra índex-nariz. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
SE LIGA! Uma variação dessa manobra seria a denominada índex-índex, na qual o exami-
nador pede para que o paciente toque a ponta do seu dedo com o indicador, alterando os
lugares, a fim de testar a coordenação do paciente.
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 20
Figura 22. Manobra calcanhar joelho. Fonte: Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
SE LIGA! Diferente do que vemos no telencéfalo, no qual as alterações em relação aos tratos
motores e sensitivos se manifestam do lado oposto ao da lesão, no cerebelo as alterações
observadas são ipsilaterais.
SAIBA MAIS!
Índex-índex, índex-nariz, calcanhar-joelho, índex-dedo do examinador: avaliam alterações
como dissinergia (decomposição do movimento, com a execução de determinado ato de ma-
neira espasmódica, errática, desajeitada e desorganizada), dismetria (erros no julgamento de
distância, velocidade, alvo força e direção do movimento) e tremor do tipo intencional (ati-
vo, cinético ou terminal). Nele, avalia-se principalmente o comprometimento da musculatura
apendicular relacionado aos hemisférios cerebelares.
Uma outra parte da coordenação que alterne a palma com o dorso re-
consiste na capacidade de realização petidamente, o mais rápido que ele
de movimentos rápidos, chamada de conseguir. Uma lentidão exacerbada
diadococinesia. Para testá-la, exis- ou incapacidade de realizar o movi-
tem duas manobras mais consagra- mento, bem como uma clara decom-
das para tal: você pode pedir para que posição dos movimentos realizados,
o paciente repouse a palma das mãos pode revelar o comprometimento
nobre a coxa ou sobre uma mesa e dessa capacidade. Ela também pode
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ser testada ao pedir que o paciente quando ela estiver preservada, classi-
realize o movimento de pinça do po- ficamos como eudiadococinesia, en-
legar com o indicador e alterne esse quanto que o comprometimento des-
movimento de pinça com todos os sa se denomina disdiadococinesia.
dedos junto ao polegar, sendo que o Quando essa capacidade não está
comprometimento dessa habilidade apenas comprometida, mas comple-
revelará lentidão ou mesmo a inca- tamente ausente, denominamos esse
pacidade para a realização do movi- estado de adiadococinesia.
mento. Uma vez avaliada essa função,
Figura 23. Teste da diadococinesia. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
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Manobra índex-índex
Manobra índex-nariz
Coordenação motora
CEREBELO
Diadococinesia
Movimentos rápidos
Adiadococinesia
Disdiadococinesia
Eudiadococinesia
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Figura 25. Reflexo cutâneo plantar e sinal de Babinski. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
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SE LIGA! Tome muito cuidado com a denominação dos achados e com o registro. É muito
comum ouvirmos por aí as pessoas dizendo ou escrevendo “Paciente possui Babinski nega-
tivo” ou “Paciente tem Babinski positivo”. Essa denominação é errônea, uma vez que o sinal
de Babinski se caracteriza pela presença da extensão do hálux quando efetuada estimulação
cutânea plantar. Desse modo, quando testamos esse reflexo, estamos avaliando o reflexo
cutâneo plantar, e não o sinal de Babinski. Caso o paciente tenha uma manifestação patoló-
gica de liberação piramidal, aí podemos dizer, por exemplo: “O reflexo cutâneo plantar revelou
sinal de Babinski”.
SAIBA MAIS!
A síndrome de liberação piramidal é caracterizada pela exacerbação dos reflexos superficiais
fisiológicos e pelo surgimento de reflexos patológicos, além da presença de hipertonia e es-
pasticidade, podendo frequentemente estar associada ao déficit de força. São sinais de libe-
ração piramidal: Babinski, Chaddock (estimulação da face lateral do pé), Gordon (compressão
do tendão calcâneo) e Oppenheim (fricção do compartimento anterior, na tíbia).
Figura 26. Reflexo flexor dos dedos de Hoffman. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
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Figura 27. Reflexo flexor dos dedos de Wartenberg Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Figura 28. Reflexo cutâneo abdominal. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Figura 29. Reflexo bicipital. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Figura 30. Reflexo tricipital. Fonte: Porto & Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
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Figura 31. Reflexo braquiorradial. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Figura 32. Reflexo patelar. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Figura 33. Reflexo aquiliano. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
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Figura 34. Clônus e flapping. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer; Sanarflix.
Liberação piramidal
Babinski
Superficiais
REFLEXOS
Profundo
Miotendinosos
Clônus/flapping Bicipital
Aquileu Tricipital
Patelar Braquiorradial
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Figura 36. Teste da propriocepção. Fonte: Porto & Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
Figura 37. Teste da sensibilidade vibratória. Fonte: Porto & Porto, Semiologia Médica, Guanabara Koogan.
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Estereognosia Grafestesia
Pode-se avaliar também a extinção e de que lado ele vê o piscar feito pelos
negligência, na qual é buscada a ex- dedos em diferentes alturas.
tinção de uma modalidade sensorial A sensibilidade tátil pode ser gradua-
quando o estímulo é bilateral (respon- da como:
sabilidade do lobo parietal). Questio-
na-se ao paciente, de olhos fechados, • Anestesia: quando há ausência de
de que lado ele sente o estímulo tátil sensibilidade.
feito em seu membro superior. Com • Hipoestesia: quando a sensibili-
ele de olhos abertos, questiona-se dade está diminuída, mas ainda
está presente (pode ser avaliada
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Do mesmo modo, a dor pode ser clas- SE LIGA! O importante é que você es-
creva e descreva tudo aquilo que achar
sificada da seguinte maneira: anormal em seu exame, tanto no seu ca-
derno de estágio no hospital quanto no
• Analgesia: quando, mesmo diante
prontuário do paciente, a fim de aprimo-
de estímulos dolorosos, o paciente rar a sua técnica semiológica e para não
não relata dor; deixar passar nenhum possível erro.
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Térmica
Espátula Dolorosa
Proeminência óssea
Comparativo
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Funções cognitivas
CONSCIÊNCIA
Escala de Glasgow
Figura 43. Campimetria visual. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
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É importante deixar claro que falamos do lado direito, por exemplo, irá atingir
de campos visuais e não de retina, a retina nasal direita e a retina tem-
uma vez que essa irá receber os estí- poral esquerda, conforme o esquema
mulos luminosos refletidos de manei- que você verá a seguir:
ra distinta, sendo que a luz advinda
Figura 44. Exemplificação da via visual e dos seus acometimentos (Neuroanatomia aplicada, Guanabara Koogan.
Figura 46. Exemplo de papiledema. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
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SAIBA MAIS!
Você pode conferir esse vídeo (em inglês) que exemplifica uma avaliação completa da visão
por meio do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=IwBEjEbU-Yw&t=56s
Figura 47. Exame da movimentação ocular. Fonte: Guia de medicina ambulatorial – Neurologia, UNIFESP.
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Comissura
posterior
Corpo geniculado
lateral
Mesencéfalo
Núcleo de
Edinger-
Westphal
Trato óptico
Nervo
oculomotor
Quiasma óptico
Gânglio
ciliar
Nervos ciliares curtos
Aferência
pupilar
Esfíncter pupilar
Nervos
ópticos
Figura 49. Esquema do reflexo pupilar. Fonte: DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Isocoria e midríase
bilateral
Discoria à esquerda
Figura 51. Possíveis achados dos reflexos pupilares (adaptado de DeJong’s the neurologic examination, Wolters Kluwer.
Figura 52. Avaliação do componente motor do nervo trigêmeo. Fonte: Bates, Propedêutica Médica. Guanabara Koogan.
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Para testar esse componente, basta comparando uma hemiface com a ou-
tocar cada uma das regiões inerva- tra, verificando se o paciente percebe
das pelos ramos trigeminais, sempre diferenças quanto à sensibilidade.
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Figura 54. Exame do componente trigeminal sensitivo. Fonte: Bates, Propedêutica Médica. Guanabara Koogan.
Figura 55. Reflexo corneano. Fonte: Bates, Propedêutica Médica. Guanabara Koogan.
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Figura 56. Exame da mímica facial. Fonte: Bates, Propedêutica Médica. Guanabara Koogan.
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Lesão supranuclear
Nervo facial
Pilar Úvula
palatoglosso desviada para
sem elevação a esquerda
Figura 62. Exame do XI nervo. Fonte: Bates, Propedêutica Médica, Guanabara Koogan.
Campimetria Fundoscopia
Músculos da
Trigêmeo Olfatório Odores conhecidos
mastigação
Esternocleidomastoideo
Acessório Facial Mímica facial
Trapézio
Abducente
Musculatura oscular
extrínseca
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HORA DA REVISÃO!
A área de Broca é responsável pela expressão da linguagem, enquanto que a sua per-
cepção está a cargo da área de Wernicke, sendo que ambas as áreas são conectadas
pelo fascículo arqueado. Lesões em uma dessas estruturas, com ênfase no hemisfério
esquerdo, podem ter como consequência as afasias.
Paciente compreende
a linguagem
Afasia de Broca
Área de Broca
LINGUAGEM
Cerebelo
Mini exame do
Superficiais
estado mental
EXAME
NEUROLÓGICO
Mobilidade Coluna Motricidade Força muscular
Meningismo
Sensibilidade Nervos cranianos Tônus muscular
Tátil Propriocepção
Térmica Vibratória
Dolorosa
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM; Neurologia – Manole;
Porto, Celmo Celeno, Semiologia médica Celmo Celeno Porto; co-editor Arnaldo Lemos Por-
to. 7. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014;
Bickley, Lynn S. Bates, propedêutica médica / Lynn S. Bickley; Peter G. Szilagyi; tradução
Maria de Fátima Azevedo. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
DeJong’s the neurologic examination / William W. Campbell, Richard J. Barohn. 8th Ed. Phi-
ladelphia: Wolters Kluwer, 2020.
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