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Turma: 10ºB
Argumentos não dedutivos
Um argumento é um conjunto de afirmações de tal modo estruturadas
que se pretende que uma delas (a conclusão) seja apoiada pelas outras. Num
argumento pretende-se persuadir alguém da verdade de uma conclusão, ao
passo que numa explicação procura-se explicar alguém a razão pela qual uma
dada afirmação é verdadeira.
Um argumento não dedutivo é aquele em que as premissas oferecem
forte suporte para uma conclusão, mas que não a garantem totalmente. Este é
um argumento no qual as premissas apoiam a conclusão de tal maneira que se
as premissas são verdadeiras, é improvável que a conclusão seja falsa. Assim, a
conclusão segue-se, provavelmente, a partir das premissas.
Existem três tipos de argumentos não dedutivos: autoridade, analogia e
indução (por previsão e por generalização).
Argumento de autoridade
Exemplo:
“Einstein disse que nada pode viajar mais depressa do que a luz. Logo, nada
pode viajar mais depressa do que a luz.”
Não há regras de inferência precisas para argumentos de autoridade, mas
ao avaliar um argumento de autoridade devemos ter em mente os seguintes
princípios:
1) O especialista invocado tem de ser um especialista reconhecido na
matéria em causa;
2) Os especialistas da matéria em causa não podem discordar entre si
quanto à afirmação em causa;
3) Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não
existirem outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da
conclusão contrária;
4) Os especialistas da matéria em causa, no seu todo, não podem ter fortes
interesses pessoais na afirmação em causa.
Argumento de Analogia
Exemplo:
“O Henrique e o Hélder usam meias e sapatos. O Henrique é rico. Logo, o Hélder
também é rico.”
Analisar um argumento por analogia:
1) Ver se as semelhanças em que se apoia são relevantes para o que
se quer concluir;
2) Verificar se não há diferenças relevantes entre o que está a ser
comparado.
Exemplo:
“Até hoje não foram observados lobos que não fossem carnívoros. Logo, todos
os lobos são carnívoros.”
Apesar do raciocínio não dedutivo não se fazer apenas por generalização,
grande parte do raciocínio comum é deste tipo. É de notas que é um erro
pensar que as premissas das generalizações têm de ser afirmações particulares;
podem ser afirmações gerais desde que não sejam tao gerais como a conclusão.
Falácias Informais
Falácia Ad Hominem
Esta falácia ocorre quando se ataca a pessoa (o carácter, a condição
social, a etnia, a religião, a ideologia, etc) que apresentou um argumento e não
o argumento.
Exemplo:
Falácia da Derrapagem
Esta falácia ocorre quando a conclusão resulta de uma série de
consequências cujo encadeamento é muito improvável. Para se mostrar que
uma proposição p é inaceitável, extrai-se uma série de consequências
inaceitáveis de p.
Exemplo
“O Universo é semelhante a um relógio. Os relógios são criados por alguém.
Logo, o Universo também foi criado por alguém.”
Este argumento é uma falácia da falsa analogia visto que há diferenças
revelantes entre os relógios e o Universo: o Universo é a totalidade do que
existe, enquanto os relógios são apenas pequenos objetos de auxílio ao humano
pertencentes ao Universo.
Fontes:
https://pt.slideshare.net/iaduarte/falcias-65566000
https://www.pensarcontemporaneo.com/6-falacias-logicas-
que-os-politicos-costumam-usar-e-como-se-proteger-delas/?
fbclid=IwAR35JK5rAyw1JRPVPWufycdtZTxJUuuokh8qC4pmc6ap
tGKAEn_RX4_2ag4
https://universobarrado.com/2014/05/23/marketing-e-suas-
falacias/?
fbclid=IwAR1Ap5ugYziwKc_HjCyh_a2KMEesakZ_hg2ZgGncOTW
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Livro utilizado: Dicionário da filosofia