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Filosofia

Trabalho realizado por:

Nome: Francisca Ferreira Nº9 e


Mafalda Vasconcelos Nº19

Ano letivo: 2018/2019

Turma: 10ºB
Argumentos não dedutivos
Um argumento é um conjunto de afirmações de tal modo estruturadas
que se pretende que uma delas (a conclusão) seja apoiada pelas outras. Num
argumento pretende-se persuadir alguém da verdade de uma conclusão, ao
passo que numa explicação procura-se explicar alguém a razão pela qual uma
dada afirmação é verdadeira.
Um argumento não dedutivo é aquele em que as premissas oferecem
forte suporte para uma conclusão, mas que não a garantem totalmente. Este é
um argumento no qual as premissas apoiam a conclusão de tal maneira que se
as premissas são verdadeiras, é improvável que a conclusão seja falsa. Assim, a
conclusão segue-se, provavelmente, a partir das premissas.
Existem três tipos de argumentos não dedutivos: autoridade, analogia e
indução (por previsão e por generalização).

Argumento de autoridade

 Os argumentos de autoridade são argumentos que fornecem como


justificação para a conclusão o facto de ela ter sido emitida por uma pessoa ou
instituição considerada uma autoridade na matéria. 

Exemplo:
“Einstein disse que nada pode viajar mais depressa do que a luz. Logo, nada
pode viajar mais depressa do que a luz.”
Não há regras de inferência precisas para argumentos de autoridade, mas
ao avaliar um argumento de autoridade devemos ter em mente os seguintes
princípios:
1) O especialista invocado tem de ser um especialista reconhecido na
matéria em causa;
2) Os especialistas da matéria em causa não podem discordar entre si
quanto à afirmação em causa;
3) Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não
existirem outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da
conclusão contrária;
4) Os especialistas da matéria em causa, no seu todo, não podem ter fortes
interesses pessoais na afirmação em causa.

Argumento de Analogia

Num argumento por analogia defende-se que, se duas coisas são


semelhantes em alguns aspetos, é possível que também sejam semelhantes
noutros. Uma das premissas é uma analogia entre duas coisas, ou seja,
apresenta semelhanças conhecidas entre elas. Com base nisso infere-se que
entre elas devem existir outras semelhanças monos óbvias.

Exemplo:
“O Henrique e o Hélder usam meias e sapatos. O Henrique é rico. Logo, o Hélder
também é rico.”
Analisar um argumento por analogia:
1) Ver se as semelhanças em que se apoia são relevantes para o que
se quer concluir;
2) Verificar se não há diferenças relevantes entre o que está a ser
comparado.

Argumento de indução (generalização e previsão)


Generalização
Parte-se de premissas que afirmam que alguns objetos de uma classe
(amostra) têm uma propriedade e conclui-se que todos os objetos dessa classe
(população) têm a mesma propriedade

Exemplo:
“Até hoje não foram observados lobos que não fossem carnívoros. Logo, todos
os lobos são carnívoros.”
Apesar do raciocínio não dedutivo não se fazer apenas por generalização,
grande parte do raciocínio comum é deste tipo. É de notas que é um erro
pensar que as premissas das generalizações têm de ser afirmações particulares;
podem ser afirmações gerais desde que não sejam tao gerais como a conclusão.
Falácias Informais

Uma falácia é um argumento mau que parece bom. Os argumentos


podem ser falaciosos por serem inválidos e parecerem validos, por teres
premissas falsas que parecem verdadeiras e por não serem cogentes, mas o
parecerem.
Prova-se que um argumento é falacioso mostrando que é possível, ou
muito provável, que as suas premissas sejam verdadeiras, mas a sua conclusão
falsa; ou que tem premissas subtilmente falsas; ou que as premissas não são
mais plausíveis do que a conclusão.
Quando se diz que uma definição, por exemplo, é falaciosa, quer se dizer
que é enganadora ou que pode ser usada num argumento que, por causa disso,
será falacioso.
Assim, existem nove tipos de falácias informais: Apelo à Ignorância, Falso
Dilema, Falsa Relação Causal, Petição de Princípio, Ad Hominem, Ad Populum,
Boneco de Palha, Derrapagem e Previsão Inadequada.

Falácia Ad Hominem
Esta falácia ocorre quando se ataca a pessoa (o carácter, a condição
social, a etnia, a religião, a ideologia, etc) que apresentou um argumento e não
o argumento.
Exemplo:

A argumentação está baseada no apelo a alguma


personagem reconhecida para comprovar a
premissa. 

Desde sempre existem propagandas de pasta de


dentes super eficazes e recheadas de argumentos
vazios. A mais comum são fotos de dentistas que
mais parecem modelos com dentes branquíssimos
para atestar a eficiência do produto. Parece um
argumento valido, mas não é.

A eficiência de um produto farmacêutico só é


possível com uma extensa metodologia que inclui
testes de laboratório.
Falso dilema
Esta falácia ocorre quando é dado um limitado número de opções (na
maioria dos casos apenas duas), quando de facto há mais.
Exemplo:
“Todo o conhecimento deriva dos sentidos ou deriva da razão. Mas é falos que
todo o conhecimento deriva da razão. Logo, todo o conhecimento deriva dos
sentidos.”
Este é um falso dilema dado que se omite a possibilidade de algum
conhecimento derivar dos sentidos e algum da razão. Trata-se de uma falácia
informal, pois o seu carácter falacioso não depende da sua forma lógica.

Falácia do Boneco de Palha


A falácia do boneco de palha é um argumento em que a pessoa ignora a
posição do adversário no debate e a substitui por uma versão distorcida, que
representa de forma errada.
Esta falácia, tem como objetivo tornar o argumento mais facilmente
refutável, quando a pessoa que o produz não entendeu o argumento que
pretende refutar.
Exemplo:
“Defendes que o Estado deve subsidiar as empresas, porque achas que os
empresários precisam de mais ajudas que os trabalhadores.”
É implausível que se defenda a ajuda do Estado às empresas com este
tipo de argumentos. A ideia é enfraquecer propositadamente os argumentos
alheios, de modo a conseguir refutá-los facilmente.

Falácia da Derrapagem
Esta falácia ocorre quando a conclusão resulta de uma série de
consequências cujo encadeamento é muito improvável. Para se mostrar que
uma proposição p é inaceitável, extrai-se uma série de consequências
inaceitáveis de p.
Exemplo
“O Universo é semelhante a um relógio. Os relógios são criados por alguém.
Logo, o Universo também foi criado por alguém.”
Este argumento é uma falácia da falsa analogia visto que há diferenças
revelantes entre os relógios e o Universo: o Universo é a totalidade do que
existe, enquanto os relógios são apenas pequenos objetos de auxílio ao humano
pertencentes ao Universo.

Falácia da petição de princípio


A falácia da petição de princípio consiste em usar como prova aquilo que
estamos atentar provar: supõe-se a verdade do que se quer provar, ou seja,
provamos a conclusão tendo como premissa a própria conclusão.
Exemplos:
“A Bíblia diz a verdade e foi escrita por Deus. A Bíblia diz que Deus existe. Logo,
Deus existe. “
Neste argumento, a conclusão encontra-se expressa nas premissas.
Contudo, existem exceções onde a conclusão não se apresenta explícita nas
premissas.

Fontes:
https://pt.slideshare.net/iaduarte/falcias-65566000
https://www.pensarcontemporaneo.com/6-falacias-logicas-
que-os-politicos-costumam-usar-e-como-se-proteger-delas/?
fbclid=IwAR35JK5rAyw1JRPVPWufycdtZTxJUuuokh8qC4pmc6ap
tGKAEn_RX4_2ag4
https://universobarrado.com/2014/05/23/marketing-e-suas-
falacias/?
fbclid=IwAR1Ap5ugYziwKc_HjCyh_a2KMEesakZ_hg2ZgGncOTW
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Livro utilizado: Dicionário da filosofia

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