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Prova de Avaliação da Disciplina de Filosofia – 10º Ano (Turmas A e B)

Duração da Prova: 90 m Ano Letivo 2022/2023 19 janeiro de 2022

Lê atentamente todas as questões antes de começar a responder.

As questões serão avaliadas a partir dos critérios gerais: adequação à questão; domínio dos conteúdos;
interpretação correta de enunciados; rigor conceptual; clareza e correção da expressão escrita.

Grupo I
1. Indica para cada questão a opção correta.

1.1. Num argumento indutivo por previsão … 8p


(A) estabelecem semelhanças que se aplicam a mais casos do que os observados.
(B) estabelecem se novas semelhanças ou relações entre os casos passados.
(C) antevêem-se casos não observados a partir de casos passados.
(D) antevêem-se casos observados a partir de casos passados.

1.2. Num argumento indutivo por generalização forte, o apoio das premissas à conclusão não 8p
depende:

(A) da credibilidade dos especialistas a quem se recorre.


(B) do número de casos observados.
(C) da inexistência de contraexemplos depois de ativamente procurados.
(D) da representatividade dos casos observados.

1.3. Uma falácia informal é um argumento que parece correto mas … 8p


(A) apresenta erros ou falhas na sua forma lógica.
(B) apresenta erros ou falhas no seu conteúdo.
(C) não cumprem regras de inferência válida.
(D) não consegue garantir a validade formal.

1.4. “Os nossos vizinhos estão a fazer obras avultadas em casa! Das duas uma: o Pedro investiu
na bolsa e ganhou, ou a Teresa herdou uma fortuna.” argumentar a partir da premissa
anterior a incorrer na falácia … 8p
(A) do falso dilema.
(B) da derrapagem.
(C) do boneco de palha.
(D) da petição de princípio.

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1.5. Atenda no diálogo seguinte: 8p
Rosa – é inacreditável que a pena de morte ainda seja praticada por tantos países. não
entendem que acabar com a vida dos criminosos não os faz perceber o mal que
fizeram.
Maria – Rosa, estás a dizer que os criminosos devem ser severamente castigados nas
prisões? Eu não sabia que eras a favor da tortura de prisioneiros.
Maria, ao considerar que Rosa é a favor da tortura de prisioneiros, incorre na falácia …
(A) Ad hominem.
(B) do falso dilema.
(C) do boneco de palha.
(D) do apelo à ignorância.

1.6. Atenta nas frases seguintes. 8p


1. Ao saber do incêndio, a população teve medo.
2. Os bombeiros combateram o incêndio durante toda a noite.
3. O incêndio ameaçou uma aldeia e destruiu uma vasta área de floresta.
4. Só de madrugada os habitantes da aldeia regressaram às suas casas.
Inequivocamente, apenas descrevem ações as frases …
(A) 1, 2 e 4.
(B) 1, 3 e 4.
(C) 2 e 3.
(D) 2 e 4.

1.7. Considera o texto que se segue: 8p


“Neste preciso momento, o leitor pode decidir continuar a ler ou parar de ler. Pode
fazer qualquer uma destas coisas e nada faz escolher uma delas. As leis causais
não têm poder sobre si.”
James Rachels (2009). Os problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, p. 183.

(A) determinismo radical


(B) determinismo moderado
(C) compatibilismo
(D) libertismo

1.8. Identifica a alternativa que melhor serviria para formular uma objeção determinismo radical 8p
(A) arrependemo-nos de muitas ações que realizamos intencionalmente.
(B) se voltássemos atrás, teríamos oportunidade de agir de forma diferente.
(C) temos intenções bastante maliciosas ao realizar certas ações.
(D) podemos pedir desculpa, mas não podemos alterar o que já fizemos.

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2. No quadro seguinte, substitui cada um dos números pelos termos “concorda” ou “discorda”,
considerando as três posições sobre o problema do livre-arbítrio. 16 p.

Se estamos determinados não Somos


Posições sobre o Estamos
temos a liberdade necessária moralmente
problema do livre-arbítrio determinados
para sermos responsabilizados responsáveis
Determinismo radical 1 2 3
Determinismo moderado 4 5 6
Libertismo 7 8 9

Grupo II

1. Lê atentamente a notícia.

Um novo estudo divulgado pela publicação científica ScienceDaily refere que, apesar dos
efeitos do uso dos cigarros eletrónicos serem desconhecidos, estes são menos prejudiciais à
saúde comparativamente aos cigarros convencionais.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem uma visão conservadora sobre
o cigarro eletrónico desaconselha «vivamente» a sua utilização e, em Portugal, também a
Sociedade de Pneumologia (SPP) tem alertado que não se conhecem os efeitos destes produtos
na saúde.
In https://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2014-07-31-estudo-revela-que-cigarro-eletronico-e-menos-prejudicial-do-que-o-
tabaco-convencional [consultado a 03/12/2018].

1.1. Que tipo de argumento não dedutivo está implícito na notícia? Justifica a tua resposta. 24 p.

1.2. Como avaliass a força/validade do argumento que defende que os “cigarros eletrónicos (…)
são menos prejudiciais à saúde comparativamente aos cigarros convencionais”. 16 p.

2. Atenta nos seguintes enunciados:


Enunciado A:
Num filme de ladrões, estes discutiam sobre a partilha de sete valiosas pérolas que tinham
sido tiradas de uma coroa real. Um deles pegou nas pérolas e dividiu-as: deu duas a cada um
dos outros e ficou com três. Um dos companheiros perguntou-lhe: ‘Porque ficaste tu com três?’
‘Porque sou o chefe.’ ‘E como chegaste tu a chefe?’ ‘Porque tenho três pérolas.’, respondeu.
Fátima Alves, José Aredes, José Carvalho (2004). Caderno de Atividades 705 azul, 11º Ano. Lisboa: Texto Editora, p.13.

Enunciado B:
Já que a turma não manifestou quaisquer dúvidas em relação à matéria, concluo que
está preparada para o teste.
Adília Gaspar, António Manzarra (2014). Filosofia 11. Lisboa: Raiz Editora, p. 96.

2.1. Explicita a falácia informal presente em cada um dos enunciados anteriores. 24 p.

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3. Considera a situação:

No polivalente da escola, inadvertidamente, escorregas numa casca de banana e acabas por


entornar uma garrafa de água em cima do manual de filosofia de um colega que estava a
estudar.

3.1. Escorregar e molhar o manual de filosofia do colega foi algo que te aconteceu. Mas será isso
uma ação humana? Justifica a tua resposta. 16 p.

4. Atenta no diálogo seguinte:

Anastácio – Acho que não consigo deixar de ser libertista.


Miquelina – eu, pelo contrário, estou convencida que o determinismo radical é bastante
plausível.
Anastácio – Parece que discordamos de tudo, até em filosofia.
Miquelina – Olha que não! sendo eu determinista radical e tu libertista, ainda assim temos
algo em comum.

4.1. Esclarece porque a Miquelina afirma que “sendo eu determinista radical e tu libertista, ainda
assim temos algo em comum”. 16 p.

5. Lê o texto:

Notemos desde já que se podem conceber duas formas de determinismo, e que uma delas
é compatível com a minha liberdade de escolha. (…)
O determinismo mitigado defende (…) que todos os acontecimentos são rigorosamente
determinados por causas, mas acrescenta que as nossas decisões livres são uma das causas.
Por isso, (…) para o determinismo mitigado o âmbito do possível é mais amplo que o do real.
Eu poderia ter feito o que não fiz ou ter-me desviado do caminho que segui. Neste sentido, o ato
livre não é incausado, mas uma das suas causas é o sujeito.
Luís Archer (1998). Desafios da Nova Genérica. Lisboa: Verbo, pp. 71-72.

5.1. Explicita a teoria acerca do livre-arbítrio a que o texto faz referência. 24 p.

Fim da Prova

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