TERMODINÂMICA QUÍMICA E EQUILÍBRIO

GASES
Aula 02
 GASES REAIS
Equação do gás ideal é válida para gases que tem as
seguintes propriedades:

1. As moléculas do gás tem um volume desprezível

2. Não existe interação atrativa ou repulsiva entre as

moléculas

ESTE GÁS NÃO EXISTE

Apesar disso, a equação pV = nRT é bastante útil para muitos

gases em temperaturas altas e pressões moderadamente
baixas (< 10 atm).
Os Gases Reais
Comportamento: Os gases reais tem seu comportamento
diferenciado dos ideais e este desvio é explicado pelas interações
moleculares

Gás ideal ou perfeito Gás real

Desvios para
o gás real
 Gases Reais e a Condensação

- Em altas temperaturas, muitos gases

se comportam como um gás ideal

- Em temperaturas menores, os gases

apresentam um comportamento de
gás real

- E o que acontece se diminuirmos

mais ainda a temperatura de um gás
real?
- Na vizinhança de A, a pressão se
eleva seguindo aproximadamente a
lei dos gases ideais. Desvios grandes
nesta lei aparecem quando o volume
atinge o ponto B.

- Em C (60 atm para o CO2),

desaparece qualquer semelhança
com um gás perfeito, pois
abruptamente o pistão se desloca
sem provocar aumento de pressão.
Este comportamento é representado
pelo segmento CDE.
- Pouco à esquerda de C aparece uma
gota de líquido e há duas fases
separadas por uma fronteira nítida.
Quando o volume diminui de C
passando por D até E, a quantidade
de líquido aumenta. Não há
resistência do pistão, o gás condensa
e o volume diminui.

- A pressão correspondente ao
segmento CDE, no qual líquido e
vapor estão em equilíbrio, é
chamada de pressão de vapor do
líquido naquela temperatura.
- Em E, a amostra está inteiramente
liquefeita e o pistão encostado na
superfície do líquido. Para redução de
volume é necessário exercer uma
pressão muito grande (segmento
ascendente de E para F)
Resumindo...
Coordenadas Críticas

Na teoria dos estados da matéria, a

isoterma na temperatura TC tem
relevância especial (no caso do CO2, TC
= 304,15 K ou 31,04 oC)

Numa isoterma um pouco abaixo de TC,

o comportamento do gás é semelhante
ao que descrevemos: a uma certa
pressão, há condensação do gás em
líquido e as duas fases são bem
separadas por uma fronteira nítida.
 Coordenadas Críticas

Mas se a condensação for feita na própria TC, não aparece fronteira

que separa as duas fases , e os volumes (que apareciam bem
definidos em uma isoterma de temperatura um pouco menor) se
confundem em um único ponto, o PONTO CRÍTICO do gás.

A temperatura, a pressão e o volume molar do ponto crítico são

chamados de temperatura crítica (TC), pressão crítica (pC) e volume
molar crítico (VC).

Na TC ou acima dela, a amostra tem uma única fase que ocupa todo o
volume do recipiente. Esta fase é, por definição, um gás. A fase
líquida de uma substância não se forma acima da temperatura
crítica.
 Coordenadas Críticas
Vamos analisar o caso do oxigênio que tem TC = 154,8 K.

É possível produzir oxigênio líquido pela simples compressão do gás

acima desta temperatura?

O que seria necessário fazer para liquefazer o oxigênio?

Para liquefazer o oxigênio, será preciso inicialmente resfriá-lo abaixo de

154,8 K e depois então comprimi-lo isotermicamente.

A única fase que enche todo o volume do recipiente que contém a substância
quando T > TC pode ser muito mais densa do que a fase que consideramos
como sendo, usualmente, gasosa.

Por isso, talvez seja mais conveniente considerá-la um

FLUIDO SUPERCRÍTICO.
Referências

ATKINS, P.W.; de PAULA, J. Physical Chemistry. 9th ed., New York, NY:
Oxford University Press, 2010.

BALL, David W. Físico-química. vol 2. São Paulo, SP: Pioneira

Thomson Learning, 2005.