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PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS
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que seja possível compreender a escolha de bases e sua compatibilidade com os
ativos cosméticos, primeiro iremos rever alguns conceitos de química.
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Esse tipo de reação costuma ocorrer entre metais e não metais, ou pode
estar associada a átomos de hidrogênio, em que ambos possuem tendência a
receber elétrons.
Podemos citar como exemplo para reações covalentes a molécula de água,
na qual os dois hidrogênios (H) que possuem 1 elétron na sua camada de valência
irão compartilhar seu elétron com o oxigênio (O), que possui 6 elétrons em sua
última camada. Dessa forma, o oxigênio irá ficar estável com 8 elétrons, e o
oxigênio, que não segue a regra do octeto, irá alcançar a estabilidade com 2
elétrons em sua camada de valência.
1.2 Eletronegatividade
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1.3.1 Polaridade aplicada a cosméticos
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Existem uma infinidade de bases cosméticas, e a cada dia, novas são
lançadas. A seguir, veremos os quatro tipos de bases mais conhecidas e que
possuem maior aplicação, como as emulsões, conhecidas por serem o modelo
mais popular, e também gel, gel-creme e os pós.
2.1 Emulsão
• Fase aquosa: esta fase é comporta pela água e também por outros
componentes hidrofílicos, como polímeros, corantes, umectantes,
conservantes, sequestrantes e demais ativos hidrossolúveis;
• Fase oleosa: esta fase é formada por todos os ativos e ingredientes que
não são compatíveis, como a água, ceras e óleos;
• Interface: a interface é a fase em que os tensoativos estão presentes.
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2.2 Água em óleo (A/O)
As emulsões A/O evitam que a pele perca água por meio de oclusão. Por
isso, costumam ser utilizadas em cremes noturnos, cremes para os pés e mãos e
também em protetores solares resistentes à água. Nesse tipo de sistema, a água
fica dispersa na fase oleosa.
Crédito: Magnetix/Shutterstock.
As emulsões O/A são uma versão mais leve do que a anterior, por isso,
costumam ser utilizadas em hidratantes faciais e também corporais, leites de
limpeza e também em protetores solares. Nesse tipo de emulsão, a fase oleosa é
que fica dispersa na fase aquosa.
Crédito: Magnetix/Shutterstock.
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2.3 Gel
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2.4 Gel-creme
Esse tipo de base vem sendo amplamente utilizado nas formulações por
possuir características que se assemelham a uma emulsão, como a maciez e a
emoliência, porém com muito mais brilho que uma emulsão comum. Além disso,
ele ainda possui o sensorial leve e refrescante que se assemelha aos géis.
O gel-creme é um sistema formado por agentes gelificantes que estão
dispersos em água, emulsionantes e uma fase oleosa. Sua característica se deve
à grande concentração de água que forma a base, aliada a uma pequena fase
oleosa. Esse sistema consegue estabilidade graças aos polímeros hidrofílicos
presentes na formulação. Por possuir uma fase oleosa que é pequena, é possível
incorporar ativos que sejam lipossolúveis, porém, sem deixar a pele oleosa. É
indicado para todos os tipos de pele, mas normalmente não é uma base de
primeira escolha para quem possui a pele seca.
Normalmente, possui coloração branca, que pode variar de acordo com o
ativo incorporado, aspecto de brilho e sensorial agradável.
2.5 Pós
3.1 Água
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água e outros ativos presentes na formulação, interferindo na estabilidade do
produto final.
3.2 Emolientes
3.3 Emulsionantes
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Ao utilizar emulsionantes iônicos, é necessário verificar a compatibilidade
com outros ativos da preparação cosmética, isso porque tensoativos aniônicos
não são compatíveis com outros ativos que possuem carga positiva, e tensoativos
catiônicos não são compatíveis com ativos de carga negativa, podendo
desestabilizar o sistema da formulação.
3.4 Espessantes
3.5 Conservantes
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essenciais e também o caprilato de glicerila, o pentilenoglicol, o ácido propiônico,
o caprilil glicol e o etil-hexilglicerina.
3.6 Umectantes
3.7 Antioxidantes
3.8 Sequestrantes
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passado por algum tratamento para eliminar os íons, o uso de agentes
sequestrantes conferem maior segurança ao produto, garantindo que sua validade
não seja prejudicada.
O quelante mais utilizado é o EDTA, que possui variações de acordo com
a quantidade de elementos químicos que estejam associados a ele. As variações
possuem pH diferenciados, o que possibilita a utilização na faixa de pH mais
próxima da formulação, evitando incompatibilidades no sistema.
3.9 Corantes
3.10 Corretores de pH
Para que um cosmético não cause irritação na pele, ele deve possuir seu
pH próximo ao pH do local em que será aplicado. Mas nem sempre a formulação
possui o pH adequado para a área indicada, dessa forma, para corrigir essa
diferença é preciso fazer uso dos corretores.
Quando se deseja obter uma formulação mais alcalina, é possível fazer uso
de trietanolamina, hidróxido de sódio ou aminometilpropano, e quando a
formulação está com o pH muito elevado e deseja-se deixar o meio mais ácido, é
possível fazer uso de ácidos fracos, como o ácido cítrico, ácido ascórbico ou lático.
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3.11 Fragrância
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uma única matéria-prima pode possuir vários sinônimos. Com o INCI Name, todos
os ingredientes que podem ser utilizados em produtos cosméticos devem seguir
a mesma nomenclatura em qualquer lugar do mundo. Desse modo, todos eles são
agrupados em uma listagem de ingredientes em língua inglesa, e os fabricantes
devem utilizar no rótulo dos seus produtos o nome do ingrediente de acordo com
essa listagem, minimizando erros de leitura.
Essa nomenclatura permite que a população reconheça os ingredientes de
forma mais fácil, tendo em vista que todos os fabricantes utilizam da mesma
linguagem. Além disso, ela ainda permite que a comunidade científica e as
agências regulamentadoras possam ter maior agilidade no processo de
identificação dos ingredientes de forma mais clara e precisa.
5.1 CosIng
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REFERÊNCIAS
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