Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
- Átomos: a mais de 2.000 anos o filósofo grego Demócrito disse que se um objeto
fosse dividido em partes cada vez menores, o resultado seria pedaços tão pequenos
que não seria possível dividi-los, chamando esses pequenos pedaços de átomos,
palavra grega que significa inseparáveis.
+ =
2 átomos de Hidrogênio + 1 átomo de oxigênio = molécula da água H2O
OBS: o ferro não se encontra puro na natureza, ele é encontrado em forma de
composto. Reações químicas fazem a separação do ferro desse composto.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Levando esse conceito para o estudo presente, podemos dizer que um polímero é
uma macromolécula formada por unidades repetitivas chamadas de monômeros. Mas
por que não molécula e sim monômero, já que uma macromolécula é formada pela
união de moléculas ?? a única diferença entre molécula e monômero é que a
molécula pode ser encontrada isolada e estável, ou seja, ela não reage com ninguém,
exemplo é o oxigênio. No entanto um monômero não se encontra estável na sua
forma natural, ele sempre é suscetível a reagir e formar cadeia. Alguns autores
preferem dizer que um monômero é uma micromolécula que reage formando uma
macromolécula, isso porque essas moléculas são de tamanho elevado. No mundo dos
polímeros, o conceito de monômero é usado em substituição a molécula.
Essas macromoléculas nem sempre são lineares, ou seja, os átomos se unem e
formam não apenas uma “linha” de átomos, eles formam ramificações também. A
forma e o comprimento dessas ramificações presente na cadeia macromolecular são
de grande importância para o polímero, pois tem ligação direta com o peso molecular
e a viscosidade do polímero.
A maioria dos polímeros tem origem orgânica, isto significa que a maioria deles são
formados por hidrogênio e carbono, que quimicamente são chamados de
hidrocarbonetos. O carbono é o elemento que forma a cadeia principal do polímero. A
tabela abaixo mostra algumas das principais moléculas de hidrocarbonetos parafínicos,
ou seja, aqueles que são formados apenas por carbono e hidrogênio.
Existe uma variedade de outros grupos orgânicos, muitos dos quais são envolvidos
em estruturas poliméricas. A tabela abaixo mostra alguns dos grupos hidrocarbonetos
mais comuns nas quais não apresentam somente carbono e hidrogênio,
A relação abaixo lista os monômeros dos 10 principais polímeros encontrados no
mercado .
Polietileno (PE)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Politetrafluoroetileno (PTFE)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Polipropileno (PP)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Poliestireno (PS)
Polimetil metacrilato (PMMA)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Fenol-formaldeído (baquelite)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Poliexametileno adipamida
(náilon 6.6)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Polietileno terreftalato
(PET)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Policarbonato (PC)
- Tipo de reação
- Mecanismo da reação
- Velocidade de crescimento da cadeia
- Formação de subprodutos micromoleculares
Poliadição
O termo poliadição compreende 3 reações que ocorrem sucessivas ou
sumultaneamente: iniciação, propagação e terminação.
Policondensação
Ao contrario das poliadições, em que a quantidade de polímeros produzida é imensa,
correspondente a quase metade do total fabricado no mundo (denominados polímeros
de comodidade, “commodities”), as policondensações envolvem quantidades muito
menores de produtos. As reações de policondensação são importantes porque, além
dos polímeros tradicionais, permitem também a obtenção de polímeros bastante
sofisticados (denominados polímeros de engenharia), que apresentam excepcional
desempenho.
Nota-se que a água foi o sub-produto da reação. Isso é uma das características do
processo de policondensação, a geração de sub-produtos. E por gerar sub-produtos
que esse processo torna-se complicado, pois a remoção desse sub-produto do meio
reacional as vezes é muito complicado.
Polimerização em solução
A técnica de polimerização em solução utiliza, além do monômero e do iniciador,
um solvente que atua tanto sobre os reagentes quanto sobre o polímero. A reação se
passa em meio homogêneo, sem a formação de sub-produtos, portanto, uma reação
de poliadição. A iniciação é feita por agentes químicos.
Polimerização em lama
Quando o polímero formado é insolúvel no meio reacional, a polimerização em
solução é denominada polimerização em lama. Trata-se de uma reação em meio
heterogêneo. Após o inicio da reação, começa a se formar uma fina película de
polímero suspensa na superfície do meio reacional.
Polimerização em emulsão
A polimerização em emulsão utiliza, além do monômero, um iniciador hidrossolúvel,
um solvente, geralmente água, e um emulsificante, os quais propiciam um meio
adequado à formação de micelas. A reação se forma em meio heterogêneo. A iniciação
é feita por agentes químicos.
Essa técnica é muito usada para poliadições, resultando um produto sob forma de
partículas muito pequenas. É preferida na fabricação de elastômeros, como o SBR e
NBR, ou de plastissóis, como no caso o PVC, ou ainda de polímeros já sob forma
emulsionada, para tintas e adesivos, como o PVAc e PBA. Apresenta a dificuldade da
completa remoção dos resíduos dos componentes do meio reacional, o que restringe a
sua aplicação em áreas que necessitem de polímeros com elevada pureza.
Polimerização em suspensão
A polimerização em suspensão emprega, além do monômero, um iniciador, um
solvente, normalmente água, e um espessante para manter a dispersão. A reação se
passa em meio heterogêneo e a iniciação é feita por agentes químicos.
Polimerização interfacial
A polimerização interfacial é geralmente aplicada a policondensações e ocorre em
meio heterogêneo. Exige pelo menos dois monômeros, e é conduzida na interface de
dois solventes, cada um contendo um dos monômeros.
A remoção da interface onde ocorre a reação é feita seja por remoção lenta e
continua do polímero precipitado entre as duas camadas liquidas, seja por agitação,
produzindo as gotículas dispersas em cuja superfície ocorre a reação de polimerização,
ou pela formação de filamentos.
Todos sabem que a principal fonte para a obtenção dos polímeros é o petróleo,
recurso natural não-renovável e limitado (embora não se sabe qual é essa limitação),
gerador de sub-produtos, sendo alguns deles altamente tóxicos e prejudiciais a vida na
Terra. Mas como que da extração do petróleo podemos originar um polímero ?? bom,
o ciclo é longo e muita tecnologia precisa ser aplicada. Vamos estudar cada ponto.
1º - Extração:
E extração do petróleo ocorre em jazidas de petróleo. O petróleo tem origem na
decomposição de material orgânico ocorrido a milhões de anos. Não há um valor exato
da quantidade de petróleo que ainda se encontra no subsolo mundial, porém sabe-se
que essa riqueza vai se esgotar um dia já que o petróleo é uma fonte não-renovável.
Em resumo, a partir da extração podemos ter óleo ou gás natural, na qual são duas
rotas de obtenção de polímeros.
2º - Refinaria
O petróleo em forma de óleo tem seu segundo estágio nas refinarias. O transporte é
feito por oleodutos. Na refinaria, o petróleo é “craqueado” em diversos sub-produtos
em torres de craqueamento.
O princípio de uma torre de craqueamento é a divisão de grandes cadeias de
hidrocarbonetos, no caso o petróleo, em produtos com cadeias menores, através do
processo de destilação. O primeiro sub-produto extraído do processo de
craqueamento é a “nafta”, produto com baixo densidade e baixo peso molecular. A
nafta é a matéria prima para a produção dos polímeros.
A nafta também pode ser produzida através do gás natural, em uma Unidade de
Processamento de Gás Natural (UPGN).
3º - Petroquímica
Na petroquímica a nafta sofre outro craqueamento na qual são extraídos os
compostos básicos para a produção de polímeros, tais como eteno, o propileno, etc,
todos em forma de gás. Essa fase de craqueamento da nafta é conhecido como 1ª
geração no setor de plásticos.
TERMOPLÁSTICOS
Os termoplásticos tem como característica atingir o estágio de amolecimento ao
serem aquecidos, podendo então ser moldados. Esta troca de estado físico não altera
sua estrutura química, o que permite que, uma vez resfriado, ele possa ser novamente
aquecido e reaproveitado.
aquecimento
Nos termoplásticos, as macromoléculas estão ligadas por Forças de Van der Waals e
Pontes de Hidrogênio, que são ligações fracas, as quais sob efeito do calor se quebram
facilmente. No resfriamento, essas ligações são refeitas novamente, sem que haja
nenhuma quebra de ligações entre os monômeros. Por este motivo, que nos
termoplásticos, somente há mudanças no estado físico da matéria, não havendo
mudanças moleculares.
Alguns exemplos clássicos dessa classe são: Polietileno (PE), Polipropileno (PP),
Poliestireno (PS), Policarbonato (PC), poli(cloreto de vinila) (PVC), etc.
ELASTÔMEROS
Os elastômeros, também chamados de borrachas, são os polímeros intermediários,
apresentando um certo número de ligações cruzadas e uma parte de termoplástico.
Possuem larga capacidade de deformação em temperatura ambiente. Também não
são reaproveitáveis pelo mesmo motivo dos termofixos.
No caso das fibras sintéticas, as mais importantes são: PA-6, PA-6.6, PET, PAN e CAc.
Tal como ocorre com as borrachas, as fibras têxteis naturais foram um modelo para
os produtos sintéticos, que deveriam atender às suas características desejáveis bem
conhecidas, algumas vezes conflitantes.
Em muitos casos as fibras são usadas como reforços para compósitos poliméricos, o
qual possuem a função de agregar resistência ao produto final. Como exemplos
podemos citar a fibra de carbono e a fibra de vidro.
Todos os polímeros que fornecem boas fibras são também bons formadores de
filmes (ver imagem abaixo). Em ambos os casos, a resistência mecânica deve ser
bastante elevada, diante do reduzido diâmetro, ou espessura da peça. Tal como nas
fibras, os filmes são orientados por estiramento em uma direção (mono-orientados) ou
duas (biorientados). A biorientação é importante para aplicações do material como
sacos para embalagens de artigos mais pesados, de forma irregular, como ocorre na
indústria de construção civil e agricultura.
Os quadros a seguir mostram as principais fibras de interesse industrial.
Outra classificação muito usual é quanto à morfologia, ou seja, a microestrutura
molecular. Muitas características dos plásticos estão relacionadas com a morfologia da
estrutura molecular. Como exemplo podemos citar a transparência dos plásticos.
Porque alguns polímeros são completamente transparentes, outros opacos e outros de
cor homogenia ????? Outra característica muito importante relacionada a morfologia é
a resistência mecânica. Porque um polímero é mais resistente que o outro ???? Nesse
caso os polímeros são classificados em amorfos, semi-cristalinos e cristalinos.
POLIMEROS AMORFOS
Em um polímero amorfo, as macromoléculas estão orientadas aleatoriamente e
estão entrelaçadas lembrando um “prato de espaghetti”, na qual não conseguem
formar cristais. Por apresentar espaços livres entre as macromoléculas devido a má
orientação das mesmas, os feixes de luz conseguem passar por estes espaços livres.
Isso resulta em um polímero transparente, ou seja, polímeros amorfos são geralmente
transparentes.
POLÍMEROS SEMI-CRISTALINOS
Nos polímeros semi-cristalinos, as moléculas exibem um empacotamento regular,
ordenado, em determinadas regiões, onde se formam cristais (daí o nome semi-
cristalino). Como pode ser esperado, este comportamento é mais comum em
polímeros lineares, devido a sua estrutura regular. Devido às fortes interações
intermoleculares, os polímeros semi-cristalinos são menos duros e mais resistentes.
Como as regiões cristalinas espalham a luz, estes polímeros são mais opacos.
Exemplos de polímeros semi-cristalinos são: PP, PE, PET (sim, ele é semi-cristalino,
embora possa apresentar alta transparência, isso porque em sua estrutura polimérica
há a formação de cristais)
POLÍMEROS CRISTALINOS
Não existe um polímero 100% cristalino, ou seja, sua estrutura polimérica seja toda
ela alinhada. O que existe são polímeros com grande potencial cristalino, sendo a
maioria deles oriundos de manipulações delicadas. Não são produtos que se encontra
no mercado para venda, pois seu preço é muito alto, e sua produção é muito limitada,
não existindo em escala produtiva.
A última classificação
também muito usual é quanto ao tipo de aplicação. Nessa classificação destacam-se os
polímeros commodities, ou polímeros comuns, e os polímeros de engenharia.
POLÍMEROS COMMODITIES
São os plásticos que se destacam por seu baixo preço e grande facilidade de
processamento, o que incentiva seu uso em larga escala. Suas propriedades são
comuns, ou seja, não possuem grande destaque. Como exemplos dessa classe temos:
Polopropileno (PP), Polietileno (PE), Poliestireno (PS)
POLÍMEROS DE ENGENHARIA
São os plásticos empregados em substituição de materiais clássicos usados na
engenharia como madeira e metais. Possuem propriedades especiais e possuem alto
desempenho. Como exemplos dessa classe temos: Poliacetal ( ), Policarbonato (PC),
ABS, etc.
TRANSIÇÕES TÉRMICAS
O conhecimento das transições térmicas em polímeros é de grande importância,
principalmente no momento em que devemos escolher um polímero para certa
aplicação.
- cargas
- plastificantes
- lubrificantes
- antioxidantes
- agentes de vulcanização
- corantes
- pigmentos
- retardantes de chama
- agentes antiestáticos
- modificadores de impacto
- agentes de expansão
CARGAS
As cargas têm sido utilizadas em misturas como os mais variados tipos de polímeros,
misturas essas chamadas de compósitos, com a finalidade de barateamento de custos
e, mais particularmente, porque agregam melhorias das propriedades físicas e
químicas das peças fabricadas. São compostas por grãos muito pouco flexíveis que são
incorporados à massa de polímero para suprir alguma necessidade, seja ela física ou
química, que o produto final necessita.
Outra classificação adotada para cargas é mediante sua origem, sua natureza.
- cargas inorgânicas ou cargas minerais
* carbonato de cálcio (CaCO3)
* alumina tri-hidratada
* sílica gel
* silicatos: caolin, talco, mica
* fibras de vidro ou microesferas ocas de vidro
- cargas orgânicas
* negro de fumo
* pó de madeira
* celulose
* sabugo de milho moído
* fibras vegetais em geral
- cargas metálicas
* fibras ou partículas metálicas
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
PLASTIFICANTES
Compostos não voláteis, de alto ponto de fusão, que aumentam a flexibilidade e
escoamento do polímero, pois possuem capacidade de diminuir a viscosidade do
polímero.
O plastificante mais usados são à base de ésteres do ácido ftálico, mais conhecidos
como ftalatos. O motivo por serem mais usados é custo.
LUBRIFICANTES
Os plastificantes reduzem a viscosidade da massa polimérica durante o
processamento, reduzindo a fricção interna e externa. Por diminuírem a aderência do
material fundido às paredes do equipamento e à rosca, tem-se um aumento da
produtividade do equipamento com menos cisalhamento, menor desgaste e menor
consumo de energia.
São muito usados em polímeros carregados (polímeros com cargas). Também possui
destaque na produção de PVC, pois esse possui uma característica de fácil degradação
térmica por cisalhamento, logo, sua aplicação auxilia nesse ponto pois facilita o
escoamento sem comprometer o atrito e o cisalhamento com equipamento e rosca.
- Externos: quando ele atua sobre as partículas de polímero, sem dissolve-lo, atuando
externamente ao polímero.
A tabela abaixo lista os principais tipos de lubrificantes, associados com sua atuação
e de suas aplicações.
- estabilizantes de vida: protegem o polímero durante sua vida útil, quando o produto
é exposto a altas temperaturas. Também ajudam na proteção contra a luz ultravioleta.
CORANTES
Solúveis em água e óleo. Possuem cor intensa e brilho, baixa resistência ao calor e
elevada tendência a migração. Geralmente usados em plásticos rígidos. Devem ser
baratos, resistentes à intempéries e a produtos químicos, estáveis à luz e ao calor e de
fácil dispersão.
PIGMENTOS
São sólidos intensamente coloridos, insolúveis na maioria dos solventes, existindo como
partículas uniformemente e finamente dispersas no plástico.
A grande diferença entre corante e pigmento é pela sua solubilidade no meio em que
estão inseridos, sendo que os corantes são altamente solúveis e os pigmentos são
insolúveis, se apresentando na forma de pó. Outra diferença que é muito importante e
que dela é feita a escolha entre um ou outro, é que os corantes não são resistentes a
luz UV e os pigmentos são. Esse é o fator que leva a maior utilização de pigmentos do
que corantes.
RETARDANTES DE CHAMA
A aplicação de retardantes de chama se deve a 3 objetivos:
Esta reação absorve 1,17J/kg e a água dilui os gases combustíveis. Além disso o Al 2O3
forma uma camada protetora na superfície do plástico.
AGENTES ANTIESTÁTICOS
Mudam as propriedades elétricas do material polimérico, reduzindo a resistência
elétrica, seja superficial ou interna.
Em geral, são necessários para dissipar carga elétrica estática na superfície da peça,m
ou para dissipar eletricidade de um modo geral, como um aterramento de
equipamento por exemplo. Possuem também a função de evitar acúmulo de poeira,
geração de faíscas e evitar a aderência de filmes e chapas.
MODIFICADORES DE IMPACTO
São de um modo geral, borrachas ou fases borrachosas, introduzidas na massa
polimérica para servir como absorvedores de impacto, aumentando assim a resistência
ao impacto do material como um todo.
A imagem a seguir mostra uma fase borrachosa dispersa em uma fase termoplástica.
A adesão entre as fases pode variar de material para material.
AGENTES DE EXPANSÃO
São produtos que geram gases durante o processamento, provocando a expansão do
material. Podem ser encontrados como compósitos (incorporados na formulação do
polímero) ou adicionado no próprio processo.
- poliuretano (PU)
- poliestireno (PS)
- poli(cloreto de vinila) (PVC)
- polietileno
- ABS
- polipropileno (PP)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------