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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.

Aula 47. Tipos de Tratamento - Eletroacupuntura

A eletroterapia, a eletroacupuntura auricular que a gente vai


trabalhar, ela pode trabalhar com diversos equipamentos, eu vou passar uma
lista de alguns equipamentos que vocês podem utilizar no material de apoio,
aqui junto. E, na verdade, o que interessa é que esse equipamento de
eletroacupuntura trabalhe com uma frequência de 1 Hertz até 1000 Hertz ou de
um 1 Hertz até 500 ou 200 Hertz, já é suficiente. E 1000 Hertz é principalmente
para quem for trabalhar com anestesia. Então, a princípio, a gente precisa
pegar um equipamento que trabalhe de 1 Hertz até 100 ou até 200 Hertz já é
suficiente. Se você quiser trabalhar com anestesia momentânea, você vai
trabalhar até 1000 Hertz, eu vou explicar cada frequência o que a gente tem
que trabalhar.
Mas a princípio, principalmente fisioterapeutas que já, às vezes, têm
TENS, têm FES ou têm corrente russa, muitas vezes esses equipamentos já
podem ser trabalhados com a eletroacupuntura, eles só precisam ser
adaptados. Hoje em dia, no mercado, existem adaptadores de eletrodo, basta
você entrar em contato com o seu fabricante ou você buscar eletrodos em
jacaré para o seu equipamento. Caso não tenha, você pode gerar adaptação
indo em algum fabricante ou, às vezes, até algum local que faça manutenção
de equipamentos, você pode comprar eletrodos de jacaré no Mercado Livre e
tudo mais e mandar adaptar para o seu pino uma adaptação em jacaré, aí ele
já funciona para fazer a eletroacupuntura.
Então, principalmente, para a gente trabalhar a eletroacupuntura, a
primeira base que a gente tem que ter é sempre trabalhar com números
ímpares, a princípio, é uma técnica clínica, ou seja, vou estar presente com o
paciente no momento em que a eletroacupuntura está acontecendo. Então não
é uma coisa que o paciente vai fazer para casa, ao contrário do ímã, da esfera,
da agulha semipermanente.
Então para a eletroacupuntura acontecer é necessário que eu tenha,
pelo menos, um par de agulha sistêmica na orelha do paciente. Então a eletro
sempre vai trabalhar com um fechamento de corrente, ou seja, eu sempre
tenho que trabalhar, no mínimo, com duas agulhas e, no máximo, com seis
agulhas, não mais do que isso no pavilhão auricular. O máximo que eu uso na

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eletroacupuntura são quatro agulhas no dia a dia, só uma vez ou outra que eu
coloco seis pontos, protocolo completo.
Então eu foco muito mais a eletroacupuntura principalmente para um
paciente que está em um quadro ou de uma deficiência muito grande ou um
excesso muito grande. Então a eletroacupuntura é, principalmente, um grande
potencializador da acupuntura auricular, você já faz uma acupuntura auricular e
aí você quer potencilaizar, você vai dar um upgrade e vai trabalhar agora com a
eletroacupuntura auricular.
Eu não recomendo muito o uso de canetas de eletro, por quê? É
necessário que, no mínimo, para se ter um bom resultado mesmo, que se
tenha, no mínimo, pelo menos 10 minutos para tonificação em cada ponto e 20
minutos, em cada ponto, para uma boa sedação. Ou seja, se você pegar uma
caneta de eletroestimulação e tiver que ficar lá naquele ponto por 20 minutos
segurando, não vale a pena. Então, a princípio, a caneta, às vezes, de
eletroestimulação é um pouco mais em conta que o equipamento de
eletroestimulação com agulha, porém na hora da prática clínica não é tão
vantajosa, por quê? Na hora da prática clínica, você coloca lá a agulha, coloca
o jacaré e deixa a corrente passando, essa corrente fica passando lá pelo
tempo determinado e o terapeuta fica livre para que ele possa estar fazendo a
sua outra terapia no corpo do paciente, seja uma terapia falada, ou se meu
terapeuta é um dentista, ele pode estar trabalhando o dente do paciente
enquanto ele está com uma analgesia, uma anestesia na orelha, referente ao
local que ele vai trabalhar. Ou se ele é fisioterapeuta ou terapeuta corporal,
massagem, trabalho de alguma outra forma com o corpo, reflexologia, alguma
outra coisa do tipo, está lá o pavilhão auricular sendo tratado e o terapeuta está
em outra parte do copo, fazendo o seu trabalho, potencializando e fazendo com
que haja, na verdade, às vezes até dois terapeutas atendendo ao mesmo
tempo. Ou seja, o equipamento de eletro está fazendo o estímulo lá no
pavilhão auricular do paciente e o terapeuta está em outra parte do corpo,
energizando, fazendo manipulação, mobilização, trabalho lá dentro da boca ou
se é um psicólogo, trabalhando uma conversa com o paciente, seja o que for,
essa é a grande vantagem do trabalho da eletro.

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E o que acontece? A eletro é um potencializador da acupuntura


auricular, então quando eu já faço acupuntura auricular e quero potencializar,
eu vou utilizar o equipamento de eletro.
Basicamente todos os equipamentos de eletroacupuntura têm duas
frequências, uma frequência que é a frequência contínua e uma frequência que
é uma frequência intermitente. Então, o que acontece? A frequência contínua
vai ser utilizada para sedação, vamos lá entender como eu faço ela
eletroterapia para sedação. Eu tenho basicamente o seguinte: regulação da
frequência, se a frequência é contínua ou se a frequência é intervalada, que é
chamada de intermitente. Se a frequência é contínua, o que isso significa? Que
eu vou determinar um tempo, o tempo de sedação vai ser de 20 a 40 minutos,
quando eu vou optar por 20 minutos e quando eu vou optar por 40 minutos?
Sempre que o quadro do meu paciente for de uma intensidade
maior e eu tiver mais tempo terapêutico com o paciente, eu vou optar por fazer
entre 30 a 40 minutos. Não é um quadro tão importante de dor para o
paciente? Lembre sempre que a gente vai ver dor, a quantificação de dor a
gente faz pela escala visual analógica de dor, a escala EVA, que já foi falada
em ficha de avaliação, evolução do paciente, então sempre que o paciente
atingir uma nota 8 para cima, eu vou trabalhar com um tempo maior, 40
minutos. Se a escala de dor do paciente é abaixo de 8, eu vou trabalhar com
20 minutos. Isso, logicamente, é subjetivo, a dor é subjetiva, a dor é individual,
a dor é uma interpretação da lesão do paciente pelo cérebro do paciente, então
pode ser que o paciente tenha uma lesão pequena, mas que causa uma dor de
grande intensidade. Ou pode ser que o paciente tenha uma lesão de grande
intensidade, mas ele não tem uma dor de grande intensidade, por isso que é
importante que a escala de dor seja dada pelo paciente e não interpretada pelo
terapeuta.
Então 40 minutos quando for uma dor muito intensa, 30 minutos
quando for uma dor intermediária e 20 minutos quando for uma dor um pouco
mais branda e mais crônica. Dessa forma, a gente vai trabalhar sempre com o
tempo entre 20 e 40 minutos.
A frequência vai estar ligada também ao tipo de dor do paciente.
Então, o seguinte, se eu quero um efeito anti-inflamatório e analgésico de curta
duração, quando eu vou optar por fazer isso? Quando o paciente está com

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uma dor muito intensa e eu preciso resolver essa dor o mais rápido possível. O
que eu vou fazer? Eu vou trabalhar com uma frequência intermediária, o que é
uma frequência intermediária? 100 Hertz, a literatura fala entre 80 e 120, para
arredondar, a gente vai trabalhar com 100 Hertz. Então 100 Hertz vai fazer com
que meu paciente diminua a sensação de dor no momento em que eu já
começo a passar a corrente, ou seja, começou o trabalho da frequência, o
paciente: “eu já estou sentindo alívio”, então é interessante porque o alívio é
instantâneo da dor, não é mágica, é alívio ou seja, não é eliminação total da
dor. Então um paciente que tinha uma escala 9 de dor, 10 de dor, ele vai para
uma escala 6, uma escala 4, então você diminui o efeito da dor no paciente
através do pulso elétrico.
Então uma frequência de 100 Hertz vai fazer com que o paciente
tenha uma analgesia instantânea, porém de curta duração, o que isso
significa? A partir do momento em que eu parar a eletroterapia, o corpo vai
voltar a sentir dor, então esse paciente vai ter uma analgesia por até uma hora
e depois volta a dor, então por que eu vou fazer essa frequência? Porque essa
frequência tira dor na hora, então pode ser que eu comece a trabalhar com
uma frequência de 100 Hertz e se eu sei que é uma dor transitória, se eu fizer
algum tratamento ali o paciente já vai melhorar, e eu só preciso fazer com que
esse paciente diminua a dor para que eu consiga fazer um bom tratamento ali
no paciente, é essa frequência que eu vou utilizar.
Se eu quero um efeito não momentâneo, mas sim duradouro, então,
muitas vezes, o paciente não vai ter um alívio muito grande durante a sessão,
porém o alívio vai ter um ápice uma hora depois do tratamento e vai perdurar
por até 6 horas ou até 12 horas, isso vai depender, logicamente, do reflexo do
corpo do paciente à eletroterapia, mas aí varia entre 6 a 12 horas esse pico de
analgesia, de diminuição da dor, a gente vai trabalhar com uma frequência
baixa, que aí a gente vai trabalhar entre 1 até 20 Hertz, aí para arredondar, a
gente vai trabalhar com 10 Hertz, fica mais fácil aí focar e gravar. Então 10
Hertz é a frequência que eu vou trabalhar para uma analgesia a longo prazo. O
paciente vai se sentir um pouquinho melhor durante a terapia, mas ele vai
passar o dia bem.
Então o que acontece? Muitas vezes que eu estou trabalhando com
a frequência 1, em um equipamento de eletroterapia, ele só me dá a chance de

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trabalhar com uma frequência, aí o que eu recomendo? Seu paciente está com
muita dor e eu quero manter essa analgesia por um longo período, o que eu
vou fazer? Eu vou começar o trabalhar com uns 100 Hertz e vou deixar 20
minutos a 100 Hertz, terminados esses 20 minutos, eu vou ligar novamente o
equipamento, só que eu vou ligar agora com 10 Hertz e vou deixar mais 20
minutos. Então, o que acontece? No total, esse paciente vai passar por 40
minutos de eletroterapia auricular, sendo 20 minutos em uma frequência de
analgesia instantânea, ou seja, o paciente vai melhorar no primeiro momento e
aí depois eu começo a jogar uma frequência de 10 Hertz, que vai fazer com
que ele libere outros opióides a longo prazo e faça com que ele sinta um alívio
da dor mais a longo prazo. Então é uma boa estratégia terapêutica para um
paciente que está com um quadro de excesso, começa 20 minutos com uma
frequência de 100 Hertz e depois finaliza com mais 20 minutos de 10 Hertz,
fazendo aí um total de terapia de 40 minutos. Isso além de potencializar o
efeito da auriculoterapia, a auriculoacupuntura, vai ser a
eletroauriculoacupuntura.
Então isso potencializa muito o efeito terapêutico e também valoriza
muito o atendimento do terapeuta. Porém um equipamento de eletro está em
torno de mil a 2 mil reais, então não é todo mundo que vai ter, de início, um
potencial financeiro para comprar um equipamento desse, mas a longo prazo
super vale a pena e você vai ver que tem um efeito muito bom.
Porém, se eu quiser uma anestesia, por que eu gostaria de fazer
uma anestesia? Então qual a diferença de analgesia? É tirar a dor. Anestesia é
fazer o paciente não sentir nada. Então anestesia geralmente serve
principalmente para quem vai trabalhar com algum tipo de cirurgia, algum tipo
de manipulação dolorosa, por exemplo, um fisioterapeuta que precisa fazer um
desbloqueio de uma articulação e o paciente está sentindo muita dor e não
está permitindo que o terapeuta faça esse desbloqueio, um pós-cirúrgico, ou
um ombro congelado, ou um pós-cirúrgico de ligamento cruzado anterior, ou o
terapeuta é um dentista e vai fazer uma retirada de um siso ou vai fazer uma
pequena cirurgia e que não precisa fazer uma anestesia de grande porte, ele
pode principalmente nos pacientes que têm alergia a anestésico, ele pode fazer
o efeito de anestesia nesse paciente. Porém a anestesia requer uma
frequência de 1000 Hertz ou mais, de 1000 a 2000 Hertz. Essa frequência

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continua, pelo tempo que durar a manipulação, então a partir do momento em


que eu desligar o equipamento, para a anestesia. Então a anestesia não tem
tempo, o tempo é o tempo necessário que eu preciso para fazer a intervenção,
a manipulação ou a microcirurgia ou alguma coisa do tipo que eu quero que o
paciente não sinta nada.
Então pode ser em um paciente que esteja com um quadro de dor
muito intenso, eu começar com uns 10 minutos de anestesia, aí depois eu vou
migrar para 20 minutos de analgesia instantânea, ou seja, eu começo com
1000 Hertz, migro para 100 Hertz e finalizo com 10 Hertz. Então eu faço 10
minutos de anestesia, 20 minutos de frequência intermediária, 100 Hertz, e
depois mais 20 minutos de 10 Hertz para fazer uma terapia auricular de eletro
de 50 minutos.
A princípio, essa corrente é uma corrente apolar, ela vai variar entre
polo positivo e negativo, então ela não tem efeitos acumuladores, ela não vai
acumular, não tem efeitos cumulativos, assim não gera potencial elétrico de
queima, não é, por exemplo, como uma corrente galvânica, que é uma corrente
contínua. Os equipamentos de eletro são correntes alternadas, então ele vai
alternar entre o polo positivo e negativo, dessa forma você tem uma frequência
que pode ficar um tempo indeterminado lá no paciente, que não tem problema
nenhum, através de um eletrodo que é jacaré pinçado em uma agulha.
Lembrando sempre que quando colocar o jacaré, colocar o mais
próximo possível da pele, dessa forma você tem um efeito de menos peso na
agulha, simplesmente por isso. E lembrar sempre, os eletrodos não podem se
encostar, porque se os eletrodos se encostam, se alguma agulha de eletro se
encosta, ela fecha o circuito antes do paciente e o paciente não sente. Então
se eu fecho o circuito, se eu faço um curto-circuito, o equipamento prefere
passar pelo metal do que passar pelo corpo do paciente, a eletricidade sempre
vai preferir o menor caminho. Então é necessário que eu observe, se as
agulhas estiverem muito próximas, eu posso separá-las por uma bolinha de
algodão. Então se os eletrodos ficaram muito próximos, se eu peguei uma
dorsal e uma lombar, ou um Shen Men e essas agulhas ficaram quase se
encostando, separe-as por uma bolinha de algodão, um esparadrapo, alguma
coisa do tipo, fazendo com que elas não se encostem e, dessa forma, vai
passar pelo corpo do paciente.

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Quando ligar, eu sempre vou ter uma intensidade, eu vou ligar o


equipamento e conforme eu for ligando o equipamento, eu vou vendo a
intensidade que o paciente tolera. Ou seja, a sensação das frequências é uma
sensação de formigamento, é uma sensação de peso, cada ponto vai ter uma
sensação, mas a sensação deve ser tátil e não dolorosa. Ou seja, aquele
paciente que tem um limiar de dor maior, ele vai falar: “pode aumentar, que eu
aguento”, não é isso. A partir do momento que o paciente está sentindo a
corrente elétrica, no primeiro momento que já está passando a sensação pela
orelha do paciente, já é suficiente ali o que tem que ficar.
Caso o paciente, durante a terapia, para de sentir, então a cada 5
minutos, vá lá, não precisa ser 5 minutos redondos, mas a cada tempo que o
seu paciente está lá na terapia, você vai lá e pergunta para ele, questiona:
“está sentindo? Se você parar de sentir, me avisa”. Parou de sentir, o terapeuta
vai lá e dá um toquinho na intensidade e ao subir a intensidade, o paciente
volta a sentir. É o princípio da acomodação neural, então tem uma hora que o
nosso corpo acostuma com o estímulo e para de sentir. E aí, o que eu preciso?
Aumentar um pouquinho o estímulo e, com isso, a gente volta a sentir a
terapia.
Para fazer uma terapia de eletro de tonificação, ou seja, se eu quiser
pegar um paciente que não está conseguindo se movimentar, está com o
metabolismo lento, teve um AVC, um quadro que eu precise tonificar, a gente
já falou sobre tonificação e sedação, ou você ainda vai ver o vídeo, eu não sei
se você pulou o vídeo, se ele está mais à frente, mas a princípio, se eu preciso
tonificar, eu vou fazer a opção da frequência intermitente, ou seja, uma
frequência que tem intervalos. Então a frequência, comumente tem
equipamentos que já vêm pré-programados e têm equipamentos que você
consegue programar o tempo. O tempo utilizado comumente na auriculoterapia
é de 10 minutos de tonificação, ou seja, o estímulo de tonificação deve
perdurar por 10 minutos, no total da terapia, porém ele vai te perguntar na hora
que você está regulando o equipamento, qual o tempo on e qual o tempo off, o
que é isso? Tempo on é o tempo que a corrente vai passar lá no paciente,
medido em segundos. E qual o tempo off? É o tempo que está desligado.
Então você liga o equipamento e coloca lá: frequência intermitente, a
frequência geralmente é sinal 2, é frequência 2. Você vai ver, geralmente, em

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um desenho a corrente que é contínua, ela vai estar desenhada com um


desenho de ondas sem parar e a intermitente vai ter uma onda e um traço, uma
onda e um traço, então a intermitente, visualmente você vai visualizar que ela
tem um tempo que para de passar no paciente. O tempo mais utilizado, mais
recomendado é de 3 segundos on e 3 segundos off. Então o mesmo tempo que
eu dou de pulso, eu dou de descanso. A frequência que vai ser utilizada para
tonificação vai ser de 10 Hertz, é utilizada comumente para tonificação.
Eu vou utilizar da seguinte forma: frequência intermitente, tempo de
corrente total: 10 minutos, tempo on, ou seja, tempo ligado: 3 segundos e
tempo da corrente desligada: 3 segundos. Então o que vai acontecer?
Comumente esses equipamentos têm um LED que avisa o tempo on e o tempo
off. Na hora que a frequência está ligada, a luzinha vai acender, na hora que a
frequência estiver desligada, ela vai apagar. Por que é importante a gente
visualizar se a corrente está passando ou não? Porque no momento em que eu
estou ligando, o paciente ainda não está sentindo a corrente e o recomendado
é só aumentar a intensidade da corrente quando o LED estiver aceso, por quê?
Se você está subindo a intensidade no momento em que o LED está desligado,
a corrente não está passando e pode ser que na hora que chegue a corrente,
ela já chegue com uma intensidade muito forte e aí pode ser que o paciente
sinta dor na chegada dessa corrente. Então o recomendado é: quando o LED
estiver aceso, o terapeuta sobe a frequência. Parou de acender o LED, eu paro
a intensidade. O paciente ainda não sentiu, quando voltar o LED a acender
novamente, eu subo novamente a intensidade até o momento em que o
paciente sinta. Começou a sentir, eu vou deixar correr essa frequência
intermitente por 10 minutos, com tempo on 3 segundos e tempo off 3
segundos, terminou, o paciente está tonificado e aí eu posso, após a
eletroterapia, colocar qualquer terapia para casa.
Ou seja, eu posso botar magneto, eu posso botar esfera, eu posso
botar semente, eu posso botar agulha semipermanente. Qualquer das terapias
que sejam domiciliares, que sejam deveres de casa, podem ser colocadas nos
mesmos pontos que passou a eletroterapia. Ou seja, você não precisa colocar
em outra orelha ou em outros pontos, salvo quando eu fiz a estimulação no
pavilhão auricular e ficou muito, muito sensível o pavilhão auricular e quando
eu fui tentar colocar a semente, ficou muito sensível e ficou muito irritado. Eu

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vou para outro pavilhão auricular. Mas se não tiver acontecido isso, eu dou
preferência a colocar esfera, semente, agulha semipermanente ou magneto
nos mesmos pontos, por quê? Eu já potencializei o efeito desses pontos, eu já
trabalhei esses pontos, então energeticamente, ou neuralmente, eles já estão
sensibilizados. Então se eu coloco ali o dever de casa para o paciente ficar a
semana, eu estou potencializando ainda mais esse efeito na orelha do
paciente.
Dessa forma, eu posso fazer a eletroacupuntura, assim como a
acupuntura auricular, nas duas orelhas ao mesmo tempo. Se eu estiver
fazendo alguma terapia em que o paciente está com o dorso para cima, está
com a barriga para cima, está em decúbito dorsal, eu consigo trabalhar os dois
pavilhões auriculares ao mesmo tempo. Se o paciente estiver em decúbito
lateral, você vai optar por fazer a auriculoterapia, a eletroterapia auricular
apenas em um pavilhão auricular, geralmente o mais sensível na apalpação
que você fez a anamnese lá na ficha de avaliação.
Então essas são as recomendações de auricoloterapia, faça as suas
anotações e, dessa forma, você consegue tanto tonificar, quanto sedar. A
maioria dos pacientes, principalmente, por exemplo, por eu ser fisioterapeuta e
trabalhar muito com dor de coluna, a maior parte dos meus pacientes, eu
trabalho a eletroacupuntura para a sedação, mas isso é uma verdade dentro do
meu consultório, porque eu trabalho muito ligado a pacientes com dor. Então é
possível que você vá trabalhar mais tonificando, se você é um psicólogo, ou um
psiquiatra ou trabalha com pacientes idosos, acamados, você vai fazer mais o
trabalho de tonificação, mas a eletroacupuntura tem um efeito muito
potencializador da auriculoterapia e se você puder investir, vai ser um bom
investimento na sua terapia e vai fazer com que você consiga um sucesso
maior e um efeito maior da auriculoterapia. Sempre que você puder fazer um
atendimento clínico, antes de colocar a auriculoterapia de esfera, semente, seja
o que for, para casa, ele potencializa o efeito e, com isso, você tem um
sucesso maior na terapia e valoriza ainda mais o seu atendimento,
conseguindo, assim também cobrar um valor a mais pelo seu atendimento.

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