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EX: no preceito primário do art. 155 CP, temos a seguinte redação: Art. 155 – Subtrair, para si
ou para outrem, coisa alheia móvel.
a) Permissivas:
1. Permissivas justificantes: quando tem por finalidade afastar a licitude da conduta do agente,
como aquelas previstas nos arts. 23, 24, 25 CP.
b) Explicativas: São aquelas que visam esclarecer ou explicitar conceitos, a exemplo daquelas
previstas nos arts. 327 e 150, parágrafo 4º CP.
c) Complementares: são as que fornecem princípios gerais para a aplicação da lei penal, tal como
existente no art. 59 do estatuto repressivo.
São aquelas em que há a necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito
de aplicação do seu preceito primário. Ainda que haja uma descrição da conduta proibida, essa
descrição, requer obrigatoriamente, um complemento extraído de um outro diploma – leis, decretos,
etc.
EX:
1. João atira em Pedro, desejando matá-lo, vindo alcançar o resultado pretendido. O art. 121
CP contempla, ou seja, a conduta descrita está consoante com a descrição contida no art. 121,
então não há a necessidade de recorrer a outras fontes para compreendê-lo.
2. Augusto porta uma certa quantidade de maconha para seu uso, quando é surpreendido por
alguns policiais. O art. 28, da Lei nº 11.343/2006, traz uma descrição. No texto traz descrito
em partes a conduta de Augusto, entretanto, não especifica quais as drogas autorizadas. Nesse
caso se utilizou de um portaria da ANVISA para respaldar a conduta. (norma penal em
branco).
A) Norma penal em branco homogênea: quando o seu complemento é oriundo da mesma fonte
legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
a) Homovitelinas: são aquelas cuja a norma complementar é do mesmo ramo do direito que a
principal, ou seja, a lei penal será complementada por outra lei penal.
EX: Art. 338 CP (reingresso de estrangeiro expulso, é complementado pelo art. 5º, parágrafo
1º CP (define a extensão do território nacional para efeitos penais).
- Normas penais incompletas ou imperfeitas: são aquelas que, para saber a sanção imposta pela
transgressão de seu preceito primário, o legislador nos remete a outro texto da lei.
- Anomia: pode ser concebida de duas formas: em virtude da ausência de normas, ou ainda, embora
existindo essas normas, a sociedade não lhes dá o devido valor, continuando a praticar as condutas
por elas proibidas como se tais normas não existissem, pois confiam na impunidade.
- Antinomia: situação que se verifica entre duas normas incompatíveis, pertencentes ao mesmo
ordenamento jurídico e tendo o mesmo âmbito de validade.
a) critério cronológico: verificar se houve entre as normas distância temporal, de modo que a
segunda , editada posteriormente, revogue a primeira.
c) critério da especialidade: no qual a lei especial afastará a aplicação daquela tida como geral.
- quando um crime é meio necessário ou normal fase de preparação ou de execução de outro crime.
d) Princípio da alternatividade: terá aplicação quando estivermos diante de crimes tidos como de
ação múltipla ou de conteúdo variado.
É o responsável não só pela indicação dos bens de maior relevo que merecem a especial atenção do
DP, mas se presta, também, a fazer com que ocorra a chamada descriminalização. Também orienta e
limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
Limita ainda mais o poder legislador, quais são as condutas que poderão ser incriminadas pela lei
penal. Na verdade, nos orientará no sentido de saber quais são as condutas que não poderão sofrer
os rigores da lei penal.