Relatório sobre a aula “A Matemática na Babilônia”
Alberto Silva de Carvalho 14/11/2021
Em primeiro lugar gostaria de registrar a qualidade do material, vídeo aula, bastante
informação disposta de uma forma objetiva e principalmente apresentando exemplos práticos e muito didáticos. Inicia a abordagem da Matemática Babilônica a partir de 4000 AC, diferentemente de como eu imaginava que se começou contando as quantidades com pauzinhos, na verdade eram utilizados objetos de formatos diferentes para contar coisas diferentes [ Tokens ], que por sua vez eram inseridos em invólucros ocos de argila molhada. Posteriormente esta forma mais primitiva de certa maneira foi também uma base para a escrita que conhecemos. Dá início a produção de tablete de argila, que na verdade eram a impressão em baixo relevo desses tokens que simbolizavam a contagem em seus primórdios. Mais adiante ao contrário do que se imagina a Matemática Babilônica já registrava um certo grau de abstração, o que já configura uma determinada sofisticação no processo de produção matemática e que amplia a aplicabilidade desta técnica. Começa aqui a aplicação de símbolos iguais para coisas distintas, começa a agregar determinada qualidade de determinados elementos de grupos, há uma abstração de um agregado de qualidade de seres e isola-se de outro grupo. Aqui foi utilizado o exemplo de recipientes utilizados por homens e mulheres, importando aqui a qualidade do objeto recipiente, ou seja, natureza distinta de determinado grupo podemos tratar de um agregado [Reunião de elementos], para essa abordagem é sim necessário um grau de abstração. De forma mais objetiva a introdução do conceito de concreto e abstrato aparece por volta de 2000 ac, Mesopotâmia antiga/ Babilônia, foi exemplificado pelo exemplo dado na aula onde se inicialmente contavam 6 pauzinhos, passando a significar 1 bolinha, um conjunto de 3 bolinhas passando a significar 1 cuba. Esse exemplo foi apenas ilustrativo e didático, apenas para evidenciar a forma de construção do pensamento matemático da época. O que ocorre aqui é o início da utilização de um mesmo símbolo para representar elementos ou quantidades distintas. Trata-se de uma base para posteriormente a criação do sistema posicional [Sexassegimal posicional/ base 60]. Por volta de 2000 a 1600 ac surge o sistema cuneiforme, aqui de fato possibilitou a utilização ampla de um mesmo algarismo para valores diferentes, que mais adiante aparece o zero ainda como separador apenas, não tendo a mesma abordagem como o conhecemos e utilizamos hoje. Todavia já representava um avanço muito grande pois possibilita a solução de problemas astronômicos, para diferenciar a ordem de grandeza. A partir da utilização de tabletes encontrados da civilização babilônica, [Confeccionados em argila], os mesmos foram catalogados para a realização de estudos científicos[Ex: BM 13901], foram encontrados registros que se tratavam de resoluções de problemas matemáticos como equação do 2º grau. Embora neste momento não fosse empregado os símbolos matemáticos como conhecemos hoje, já apresenta um determinado grau de sofisticação e abstração para a época. O que fica evidente após a resolução do problema registrado no tablete de argila babilônico, caracterizando assim uma interpretação algébrica que aborda uma capacidade de generalização para a resolução do problema proposto. É importante registrar aqui que durante a aula foram realizadas a resolução de 03 problemas matemáticos a partir da abordagem babilônica, ou seja, as técnicas e ferramentas ou métodos existentes na época, no terceiro exercício sobre a análise de outro pesquisador lançou um novo olhar sobre aquele método. Na verdade, a observação realizada por este pesquisador identifica uma construção muito mais geométrica do que a algébrica para a solução do problema. O que fica para nós hoje é repensar esse processo de criação para possibilitar o entendimento claro de como chegamos a matemática que temos hoje e tudo que antecede seu processo de construção. Lançar este olhar sobre os porquês disto ou daquilo certamente será muito importante para o momento de sala de aula, especialmente para as classes do ensino fundamental, bem como para toda a formação do pensar matemático.