Você está na página 1de 8

Unidade 2

- Tópico 3

UNIDADE 2

MODELAGEM DE DADOS

menu settings
TÓPICO 3

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

1 INTRODUÇÃO

Conforme foi dito anteriormente, os relacionamentos definem como são feitas as


associações entre duas ou mais entidades. Eles existem por características
intrínsecas dos objetos, e através do seu mapeamento é possível demonstrar
como uma entidade se comporta em relação às demais.

Conforme Cougo (1997), cada objeto poderá se relacionar com diversos outros
objetos independentemente do seu tipo. Porém, o que define se uma associação é
válida ou não será o grau de fidelidade e completeza atingido durante o processo
de modelagem.

Nesta unidade estaremos vendo quais são os tipos de relacionamento, a partir do


grau de associação entre as entidades.

2 CONDICIONALIDADE DO RELACIONAMENTO

Os relacionamentos podem ser denotados de opcionalidade quanto à participação


de elementos em sua associação. O critério para condicionalidade é verificar o
número de ocorrência de instâncias dentro do relacionamento. Desta forma, vão
existir relacionamentos opcionais, que não exigem a obrigatoriedade de
acontecerem instâncias e os que indicarão obrigatoriedade da participação.

Para que o conceito fique mais claro, vamos observar alguns exemplos práticos.
Observe a figura:

FIGURA 36 – RELACIONAMENTO OBRIGATÓRIO


FONTE: Os autores
Unidade 2
- Tópico 3

Nesta relação, observamos que a entidade PAI precisa possuir pelo menos um
FILHO para que seja caracterizado um relacionamento. Lendo o relacionamento,
temos:

• Um PAI deverá ter um ou mais FILHOS.• Cada filho deverá ter um e somente um
PAI.

O relacionamento entre duas ou mais entidades pode admitir opcionalidade, que é


quando não é obrigatória a ocorrência de uma instância. Para ficar mais claro o
menu entendimento, observe a figura a seguir: settings

FIGURA 37 – RELACIONAMENTO OPCIONAL

FONTE: Os autores

Neste relacionamento percebemos que não é obrigatório que a entidade PESSOA


venha a possuir CARRO. Então, lendo o relacionamento, temos:

• Uma PESSOA poderá ter nenhum, um ou vários CARROS.• Um CARRO sempre


pertencerá a uma única pessoa.

Ainda é possível determinar o número máximo de associações que as entidades


podem fazer em um relacionamento, de modo a atender características de
limitações sobre abstrações do mundo real. Por exemplo, vamos observar a figura
a seguir:

FIGURA 38 – LIMITE DE ASSOCIAÇÃO

FONTE: Os autores

É possível observar que existe uma limitação no número máximo de associações


entre as entidades, nos dois sentidos do relacionamento. Fazendo a leitura, temos:

• Em um CAMPEONATO, terá que ter no mínimo1 e no máximo 24TIMES.

Um TIME deverá participar em pelo menos um CAMPEONATO, podendo participar


de no máximo até dois CAMPEONATOS.

3 GRAU DO RELACIONAMENTO

O grau de relacionamento ou cardinalidade do relacionamento é responsável por


determinar o número de ocorrências entre duas entidades que estão associadas
por um relacionamento.
Unidade 2
- Tópico 3
Com base no grau de relacionamento ou cardinalidade, temos a possibilidade de
classificar os relacionamentos entre as entidades com três tipos de graus distintos,
conforme estudaremos a seguir:

3.1 RELACIONAMENTO UM PARA UM

No relacionamento Um para Um (1:1), cada elemento de uma entidade se


relaciona a apenas um único elemento de outra entidade. Veja o exemplo na figura
a seguir, onde cada elemento da entidade “PESSOA” está associado apenas a um
menu único elemento de “PASSAPORTE”. settings

FIGURA 39 – RELACIONAMENTO UM PARA UM

FONTE: Os autores

Sempre que for feito o relacionamento entre duas entidades, devemos fazer a
leitura nos dois sentidos do negócio, isso poderá evitar o erro na criação do grau
do relacionamento entre as entidades. Para o exemplo apresentado, cada uma das
entidades tem características próprias. O seu relacionamento é de 1:1 em ambos
os sentidos:

• Uma PESSOA poderá ter somente um PASSAPORTE.• Cada PASSAPORTE


pertencerá somente a uma única PESSOA.

3.2 GRAU UM PARA MUITOS

No relacionamento Um para Muitos (1:N), temos a associação de um elemento da


entidade associado a vários elementos de outra entidade. Veja o exemplo a seguir,
em que a entidade “PESSOA” associado a muitos elementos da entidade “CARRO”,
e somente um elemento de “CARRO” associado à entidade “PESSOA”. Este grau de
relacionamento na prática é o mais comum no mundo real, observe a figura a
seguir.

FIGURA 40 – RELACIONAMENTO UM PARA MUITOS

FONTE: Os autores

Observando a figura anterior, podemos ter a seguinte interpretação:

• Cada PESSOA pode ser proprietária de um ou vários CARROS. • Cada CARRO por
sua vez, pertence a uma única PESSOA.
Podemos observar que é importante fazermos sempre a leitura nos dois sentidos
Unidade
do negócio, pois caso a leitura fosse feita2
- Tópicono
apenas 3 sentido de “CARRO” para
“PESSOA”, o grau fica Um para Um, não chegaríamos a um grau de relacionamento
que reflete a realidade em questão.

3.3 GRAU MUITOS PARA MUITOS

O relacionamento Muitos para Muitos (M:N) ocorre quando a ocorrência de uma


entidade se relaciona com vários de outra e vice-versa. Para um melhor
entendimento, observe a figura a seguir.

FIGURA 41 - RELACIONAMENTO MUITOS PARA MUITOS

FONTE: Os autores

Conforme ilustra a figura anterior, podemos observar que uma ocorrência da


entidade “LIVRO” pode estar associa a várias ocorrências na entidade “AUTOR”, e
uma ocorrência da entidade “AUTOR” pode estar associa a várias ocorrências na
entidade “LIVRO”. Na prática, poderias ler:

• Um LIVRO pode ser escrito por um ou vários AUTORES.

• Um AUTOR pode escrever um ou vários LIVROS.

Uma forma de identificar a cardinalidade Muitos para Muitos pode ser feita através
da leitura do grau, onde o resultado vai ser Um para Muitos por ambos os lados da
leitura.

Segundo Machado (2009, p. 84), “Esse tipo de relacionamento tem um aspecto


extremamente peculiar, ele possui atributos. Isso quer dizer que esse
relacionamento possui dados que são inerentes ao fato e não às entidades”. 

4 AUTORRELACIONAMENTO

O autorrelacionamento, assim como o seu próprio nome sugere é responsável por


identificar o relacionamento de uma ocorrência de uma entidade com ela mesma.
Este tipo de relacionamento normalmente seve para representar uma estrutura
hierárquica. Por exemplo, vamos considerar uma entidade pessoa, onde uma
ocorrência (Pessoa) pode ter um pai, este pai pode ter pai e assim sucessivamente.
Para ilustrar observe a figura a seguir:

FIGURA 42 – AUTORRELACIONAMENTO
FONTE: Os autores
Unidade 2
- Tópico 3

A figura que acabamos de observar represente uma entidade pessoa com


autorrelacionamento, onde podemos fazer a seguinte leitura, que uma pessoa tem
um único pai e um pai pode ter associado muitas pessoas (filhos). Neste caso, o
relacionamento é um para muitos, conforme vimos anteriormente, a única
diferença é que a entidade que será relacionada neste momento é a própria
entidade de origem.

Vejamos a seguir como fica a representação deste autorrelacionamento dentro de


uma única tabela, veja na figura a seguir.

FIGURA 43 – AUTORRELACIONAMENTO

ID-PESSOA
NOME
ID-PAI

1 Edson Neto Null

2 Roberto Carlos Null

3 Agatha Christie 1

4 Renato Russo 2

5 Anderson Silva 4

FONTE: Os autores

Com base na figura que acabamos de observar, podemos identificar que as


ocorrências que possuem o atributo ID-PAI com valor informado, representam a
ocorrência de um filho do pai em questão. 

Para facilitar o entendimento, vamos fazer a leitura da entidade que acabamos de


analisar. Edson Neto é pai de Agatha Christie, Roberto Carlos é pai de Renato
Russo e avô de Anderson Silva.

RESUMO DO TÓPICO

Neste tópico, você viu que: 

• Os relacionamentos definem como são feitas as associações entre duas ou mais


entidades.

• Existem relacionamentos opcionais, que não exigem a obrigatoriedade de


acontecerem instância e os que indicarão obrigatoriedade da existência.
• O grau de relacionamento ou cardinalidade do relacionamento é responsável por
Unidade
determinar o número de ocorrências 2
- duas
entre Tópico 3
entidades que estão associadas
por um relacionamento.

• No relacionamento Um para Um (1:1), cada elemento de uma entidade se


relaciona apenas com um único elemento de outra entidade.

• No relacionamento Um para Muitos (1:N), temos a associação de um elemento da


entidade associado a vários elementos de outra entidade.

• O relacionamento Muitos para Muitos (M:N) ocorre quando a ocorrência de uma


entidade se relaciona com vários de outra e vice-versa.

• O autorrelacionamento, como seu próprio nome sugere, é responsável por


identificar o relacionamento de uma ocorrência de uma entidade com ela mesma.

AUTOATIVIDADES

UNIDADE 2 - TÓPICO 3

1  O que define o relacionamento?

Responder

2  O que representa o grau de relacionamento ou cardinalidade do


relacionamento?

Unidade 2
- Tópico 3

Responder

3  Crie uma representação gráfica do relacionamento Um para Um (1:1) entre duas


entidades.

Responder

4  Crie uma representação gráfica do relacionamento Um para Muitos (1:N) entre


duas entidades.

Responder
Unidade 2
- Tópico 3

5  Crie uma representação gráfica do relacionamento Muitos para Muitos (M:N)


entre duas entidades.

Responder

6  Crie uma representação gráfica de um autorrelacionamento.

Responder

chevron_leftTópico 2 expand_less Tópico 4chevron_right

Conteúdo escrito por:

Todos os direitos reservados © Prof. Décio Lehmkuhl


Prof. Djayson Roberto Eger

Você também pode gostar