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democráticas. Tem como objetivo responder às necessidades humanas que resultam das
interacções pessoa/sociedade e ainda ao desenvolvimento do seu potencial humano. Os
Assistentes Sociais têm como objetivo o bem-estar e a auto-realização dos seus utentes; o
desenvolvimento e o uso disciplinado do conhecimento a respeito do comportamento humano
e social; o desenvolvimento de recursos para ir ao encontro das necessidades e aspirações,
tanto dos indivíduos, como dos grupos e da sociedade, em ordem a uma maior Justiça Social.
O Assistente Social é obrigado a reconhecer e a aplicar estas normas de conduta ética,
baseadas na Declaração Internacional dos Princípios Éticos de Serviço Social.
Procurar entender cada utente, individualmente, o sistema social em que está envolvido, as
condicionantes que afetam o seu comportamento e acompanhamento, assim como os serviços
que lhe deveriam ser prestados;
Preservar, afirmar e defender, os valores, conhecimento e metodologia do Serviço Social,
abstendo-se de qualquer comportamento que prejudique o exercício da profissão
Reconhecer as limitações profissionais e pessoais
Dentre destes princípios podemos afirmar que o Serviço Social historicamente vinculou-se a
práticas religiosas da Igreja Católica, de assistência aos pobres e desamparados, dentro de
uma perspectiva voluntarista e filantrópica, de caráter positivista-funcionalista. Passou a
ganhar notoriedade com o advento das relações entre capital e trabalho, com a ampliação de
seu mercado de trabalho durante o padrão taylorista-fordista de produção, mediante uma
regulação econômica keynesiana. Porém, a partir da década de 1050, iniciou-se um processo
de erosão das bases de sua sustentação em nível mundial.
Estabelecer o que é o Serviço Social, entretanto, não é uma tarefa resolvida. As formulações
construídas até hoje, não conseguiram dar conta dela. Neste espaço, trata-se apenas de tentar
afirmar a vigência desta tarefa. A sua solução, implica um
processo de investigação exaustivo, que, a partir das manifestações empíricas, levante as mais
caraterísticas modalidades do exercício profissional e sobre esta base material, absolutamente
objetiva, estabeleça os liames e mediações que determinam a natureza dela.
Na solução desta tarefa, compete às escolas um papel fundamental. Ela possui quadros
capacitados para se debruçar sobre esta problemática. Muitas universidades tem recursos para
se dedicar à pesquisa, mas, principalmente, a escola tem uma responsabilidade na elucidação
deste problema, pois dele depende a continuidade e desenvolvimento desta profissão na
sociedade contemporânea.
No limite, o que está colocado para as escolas, é que se pretende ser um centro formador de
profissionais, e não apenas um sistema mais ou menos burocrático de distribuição de
diplomas, deve ela resolver esta questão: O que é o Serviço Social? Somente a partir disto
poderá ela, não apenas capacitar os futuros profissionais, mas, influenciar nos rumos da
profissão.
Se pelo contrário, continuar desprezando este problema, perderá influência e reforçará o
sentimento que muita gente já manifesta, o de que quem forma o assistente social é na
verdade o mercado.
O questionamento sobre o papel no qual o profissional de serviço social está inserido, passa
por certas análises do ponto da ciência social aplicada, pois sua prática se confundem com as
alternâncias de comportamento da sociedade, do seu tempo, das mudanças pontuais e
ideológicas.
Discutir os fundamentos da cientificidade do papel do profissional de serviço social, deverá
colocar posteriormente a sua real aplicabilidade enquanto fator de mudança de qualidade de
vida, enquanto objetivo, enquanto mudança de comportamentos dos meios sociais e seu bem
estar.