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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

PROJETO DE PESQUISA

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O ESTIGMA SOCIAL DO PORTADOR DO VÍRUS HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE


JEQUIÉ - BAHIA

JEQUIÉ - BAHIA
2015
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O ESTIGMA SOCIAL DO PORTADOR DO VÍRUS HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE


JEQUIÉ - BAHIA

Projeto de pesquisa apresentado como parte


avaliativa da disciplina Trabalho Interdisciplinar
Dirigido, ministrada pelo Prof. Me. Paulo
Vasconcelos

JEQUIÉ - BAHIA
2015
Se você achar que eu estou
derrotado
Saiba que ainda estão rolando os
dados...
Porque o tempo, o tempo não
pára!
1. INTRODUÇÃO Alana
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), é uma coleção de sintomas
e infecções resultantes do dano ao sistema imunológico causado por infecção do
vírus HIV, o último estágio no qual o indivíduo fica susceptível a infecções
oportunistas e tumores. Embora existam tratamentos para AIDS e HIV que diminuam
a progressão do vírus, ainda não há cura conhecida. ( CENTERS FOR DISEASE
CONTROL, 1999)

Com o passar de algumas décadas o mundo tomou conhecimento sobre o


HIV/AIDS, mas ainda assim a sociedade se comporta de forma preconceituosa e
discriminadora, à medida que o mundo evolui em termos científicos e tecnológico, as
pessoas parecem retroceder na questão do respeito ao próximo e sensibilidade a
dor do outro.
Segundo Parker e Aggleton (2001), as questões do estigma, da discriminação e
da negação vem sendo alguns dos dilemas mais mal entendidos e mais persistentes
enfrentados pelo desenvolvimento de programas a saúde e educação pública.
Com o avanço dos programas de conscientização, prevenção e tratamento
para o HIV/AIDS cresce também a estigmatização relacionada aos portadores. As
pessoas por mais informadas que estejam, ainda parecem ter resistência quanto ao
assunto, é preciso reconhecer que as consequências negativas geradas pelo
estigma são grandes e atrapalham a vida daqueles que necessitam de uma maior
atenção e tratamento.
O estigma é definido como um modo de desprestígio ou desqualificação de um
indivíduo perante outros em decorrência da presença ou possibilidade de presença
de HIV/Aids. Tem consequências sobre a percepção dos indivíduos sobre os outros
e sobre si mesmos. O estigma relacionado ao HIV também é definido como um
conjunto de crenças, sentimentos e atitudes negativas acerca de pessoas vivendo
com HIV ou a elas relacionadas. (ZAMBENEDETTI & SILVA apud UNAIDS, 2010)
Ao se reconhecer como portador do HIV, as pessoas lidam com questões
dolorosas tanto externas, no que diz respeito a discriminação e a falta de apoio dos
outros, quanto internas ao se sentirem inferiores ou cultivar sentimentos
depreciativos e negativos. Aceitar e assumir a condição de “portador” na sociedade
pode lhe trazer rótulos geradores de sérios danos psicológicos, físico e moral.
O estigma relacionado à Aids dificulta a aceitação e a revelação do diagnóstico
ao parceiro, o compartilhamento do diagnóstico em busca de apoio social, a adesão
ao tratamento, além de excluir segmentos populacionais marginalizados do acesso a
serviços e ações em saúde. Além disso, produz sentimentos de vergonha, culpa,
auto depreciação – aspecto descrito como autoestigmatização ou estigma
internalizado - podendo resultar em uma intensificação do sofrimento psíquico
associado ao diagnóstico. (ZAMBENEDETTI e SILVA, 2012)
Os impactos relacionados a estigmatização do HIV manifesta-se de diversas
maneiras, as mais preocupantes e prejudiciais estão relacionadas a prevenção,
tendo em vista que o receio quanto a descoberta de um diagnóstico estigmatizante
pode levar à postergação da testagem anti-HIV e no tratamento, pois o receio pela
revelação do diagnóstico também faz com que os usuários procurem tratamento em
outros municípios, distantes de onde residem longe do apoio de familiares e amigos.
Estigmatizar as pessoas baseando-se em suas condições, no caso dos
portadores de HIV/AIDS, é depreciativo e discriminativo visto que qualquer pessoa
está propensa a contrai-lo. Em função das diversas repercussões que possui, torna-
se importante a apropriação de ferramentas conceituais que auxiliem na
compreensão e identificação dos processos de estigmatização e discriminação, e
assim diminuir ou até mesmo eliminar, na intenção de se criar uma sociedade mais
acolhedora e igualitária.

1.1 Justificativa (Thailan)


A escolha do tema é norteada pelo estigma sofrido pelos portadores do vírus
HIV/AIDS na contemporaneidade, visto que, a população ainda não tem
conhecimento sobre as formas de contágio, deixando-se levar pelo preconceito.
Assim, a intenção deste projeto é promover a integração social e ressignificar alguns
conceitos acerca da transmissão. 
 O estigma social dificulta a procura pela realização do teste dificultando o
diagnóstico prévio da doença e consequentemente o tratamento adequado na rede
pública de saúde.
 Por conta de todo o histórico que reforçam a discriminação, os portadores
têm dificuldades em falar sobre o diagnóstico e acabam em sofrimento psíquico.
Partindo assim deste pressuposto, teremos algumas etapas cruciais que devem ser
cumpridas, que tem inicio a partir do entendimento do discurso dos portadores da
AIDS/HIV e daqueles que sustentam os conceitos distorcidos para assim seguir-se
para a ressignificação dos conceitos inapropriados.

1.2 Objetivo Geral

Apresentar aspectos teóricos e práticos que auxiliam na identificação, análise


e combate dos processos de estigmatização social frente ao HIV/Aids no município
de Jequié.

1.3 Objetivos Específicos

 Conhecer a realidade da população jequieense portadora do vírus HIV/AIDS.


 Compreender o estigma e a discriminação como processos sociais.
 Identificar os impactos psicológicos provocados pelo estigma e pela
discriminação.
 Apontar medidas adequadas de intervenção.
2. REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura neste projeto consiste em uma breve abordagem dos


assuntos mais expressivos que estão relacionados à estigmatização do portador do
HIV/AIDS e os impactos provocados no convívio social. Portanto, a presente
revisão, mesmo que ainda simples, pretende trazer algumas considerações sobre a
realidade do portado do HIV/AIDS em Jequié.

2.1 REALIDADE PORTADOR HIV/AIDS EM JEQUIÉ (Ana Cristina e Rosa)

O nosso projeto de pesquisa é referente a HIV/AIDS em Jequié - BA , uma


das partes do projeto era mostrar como é a realidades dessa população na cidade,
mas não estamos encontrando nada na literatura. Só encentramos alguns dados do
DATASUS. Para saber realmente como vive esta camada da sociedade só indo a
campo. Abaixo segue os dados do DATASUS.

2.1.2 Número de casos de AIDS registrados por ano de diagnóstico, segundo


gênero - 1990-2012 em Jequié - BA

Dados consolidados até 30/06/2013.

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS

O Município teve de 1990 a 2012, 244 casos de AIDS diagnosticados; destes,


102 femininos e 142 masculinos.

Entre 1990 e 2012, dos 417 municípios do Estado da Bahia, 391 já


apresentaram casos de AIDS. A doença que antes estava restrita aos grandes
centros, ganha praticamente todo o território.

No Município, a taxa de incidência, em 2012, era de 10,5 casos a cada 100


mil habitantes, e a mortalidade, em 2013, 4,3 óbitos a cada 100 mil habitantes.

No Município, em 2.012, do número total de casos de AIDS, 6,3% eram


jovens de 15 a 24 anos, enquanto que as mulheres representavam 50% dos casos.

2.1.2 Meta
Meta 7 - Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação do HIV/AIDS

Jequié não atingiu a meta. Para a meta ser alcançada, considera-se ter
diminuído ou mantido constante o número de casos de AIDS nos três últimos anos.

2.2 ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL (Ariadne e Silvia)

O estigma e a discriminação estão entre os principais obstáculos para a


prevenção, tratamento, cuidado em relação ao HIV. Pesquisas têm mostrado que o
estigma e a discriminação prejudicam os esforços no enfrentamento a epidemia do
HIV, ao fazer com que as pessoas tenham medo de procurar por informações,
serviços e métodos que reduzam o risco de infecção e de adotar comportamentos
mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu
estado sorológico.
Pesquisas também mostraram que o medo do estigma e da discriminação,
que pode também estar ligado ao medo da violência, desencoraja pessoas que
vivem com o HIV a revelar sua sorologia até mesmo aos familiares e parceiros
sexuais, além de prejudicar sua capacidade e vontade de acessar e aderir ao
tratamento.
Assim, o estigma e a discriminação enfraquecem a possibilidade de
indivíduos e comunidades de se protegerem do HIV e de se manterem saudáveis
caso já estejam vivendo com o vírus.
O estigma relacionado ao HIV refere-se às crenças, atitudes e sentimentos
negativos em relação às pessoas vivendo com o HIV (como também em relação aos
familiares e pessoas próximas) e outras populações que estão em maior risco de
infecção pelo vírus (populações-chave), como gays e outros homens que fazem
sexo com homens, profissionais do sexo e travestis e transexuais.
A discriminação relacionada ao HIV refere-se ao tratamento desigual e injusto
(por ação ou omissão) de um indivíduo baseado em seu estado HIV real ou
percebido. A discriminação, no contexto do HIV, também inclui o tratamento desigual
daquelas populações mais afetadas pela epidemia. Discriminações relacionadas ao
HIV normalmente baseiam-se em atitudes e crenças estigmatizantes em relação a
comportamentos, grupos, sexo, doenças e morte. A discriminação pode ser
institucionalizada através de leis, políticas e práticas que focam negativamente em
pessoas que vivem com o HIV e grupos marginalizados.
Hoje em dia em todas as sociedades, e talvez especialmente na maioria dos
países em desenvolvimento, as famílias têm uma responsabilidade importante no
que diz respeito ao cuidado dos doentes, e há claras evidências de seu papel
fundamental no apoio e no cuidado às pessoas com HIV e AIDS (Aggleton &
Warwick, 1999; Warwick et al., 1998; World Bank, 1997).

Os esforços da família para “administrar” a estigmatização produzida pela


comunidade ao redor podem também afetar o tipo de cuidado fornecido ao doente. É
comum ver famílias protegendo seus parentes afetados da comunidade mantendo-
os dentro de casa ou impedindo que eles sejam questionados (Lwihula et al, 1993).
O sucesso dessas estratégias dependerá do nível socioeconômico da família do
doente e da sua capacidade de ajudá-lo sem ter que depender de outras pessoas da
comunidade para oferecer suporte.

O medo da rejeição e da estigmatização dentro de casa e da comunidade


local impede que pessoas com HIV e AIDS revelem seu status sorológico aos seus
familiares (McGrath et al, 1993), assim também como acontece nos contextos
escolares, local de trabalho e no próprio sistema de saúde. As famílias podem vir a
rejeitar os seus membros soropositivos não só devido à associação do estigma ao
HIV e a AIDS, mas também em virtude das conotações de homossexualidade, uso
de drogas e promiscuidade que a AIDS carrega (Panos, 1990; Misra, 1999; Mpundo,
1999; Mujeeb, 1999).

No Brasil, a história da resposta social à Aids tem se caracterizado pela ação


de diferentes setores – Estado, instituições e sociedade civil – que, articulados ou
não, fazem referência aos processos de estigmatização e discriminação
relacionados ao HIV/Aids desde o início da epidemia (Paiva & Zucchi, 2012). No
plano jurídico, tais respostas podem ser logo identifi cadas, por exemplo, com a
instituição de leis que têm protegido pessoas que vivem com HIV de sofrerem
discriminação e seus direitos com base em seu estado sorológico, tanto no acesso à
saúde integral quanto na permanência em ambientes educacionais, de trabalho,
saúde, lazer, entre outros, resultado da forte pressão política do movimento de
pessoas afetadas pela Aids (Berkman, Garcia, Muñoz-Laboy, Paiva, & Parker, 2005;
Galvão, 2005; Raupp Rios, 2003; Ventura, 2003). No âmbito institucional, ainda que
em expressão mais tímida, a estratégia de planejamento familiar em serviços
especializados em DST/Aids constituiu uma forma de garantir os direitos sexuais e
reprodutivos das pessoas que vivem com HIV (Santos et al., 2002).

2.3 IMPACTOS PSICOLÓGICOS DO PORTADOR DO VÍRUS HIV/AIDS (Veronica


e Thais)

A descoberta do diagnóstico causou um forte impacto no sujeito acometido ao


vírus do HIV/AIDS, sente-se obrigado a reformular todo um projeto de vida, visto que
ressoa uma discriminação com o portador colocando em seu padrão de vida
algumas limitações principalmente no trabalho, nas relações afetivas e na vida
sexual.

A análise pode levar o paciente a experimentar o medo da morte e outros


temores, que podem levar ao isolamento social e à depressão. Estas alterações na
esfera mental podem ter repercussões significativas na evolução da doença de
modos diversos.

Os sintomas mais comuns são a tristeza reativa ou mesmo franca depressão


(no sentido psiquiátrico do termo), aniquilamento, dor, sofrimento, impotência,
sexualidade, identidade, isolamento e exclusão que comprometem os recursos do
indivíduo frente aos desafios da vida e de como a pessoa organiza sua rede social
de apoio. Desta forma, o individuo torna-se vulnerável a exposição do vírus
desenvolvendo alterações psíquicas prévia a infecção e posteriormente debilitando
de forma agressiva o seu estado fisiológico.

O paciente acometido pela doença experimenta uma perda de identidade corporal,


sexual e social que os fazem perder totalmente suas potencialidades e habilidades
motoras. A respeito do corpo, vale ressaltar que o individuo sofre preconceito por
conta de sua aparência, pois na maioria dos casos a doença acomete o físico de
uma forma devastadora. Alguns não aparentam ter a doença, outros ao descobrir
desencadeiam um desequilíbrio no metabolismo.

Os conflitos internos passam a se tornar um grande problema, passando a


potencializar-se de forma negativa na vida do sujeito, distorcendo ainda mais a
realidade e dificultando todos os níveis de aceitação da doença. Contudo, julga-se
necessário amparar essas vítimas do HIV de todas as formas, dando apoio em todos
os aspectos. A maioria foram vitimizadas e necessitam de todos os aparatos para o
tratamento.

2.4 MEDIDAS DE INTERVENÇÃO ( Fredson e Cosmildo)

Pela Constituição brasileira, os portadores do HIV, assim como todo e


qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos. Entre eles:
dignidade humana e acesso à saúde pública e, por isso, estão amparados pela lei. O
Brasil possui legislação específica dos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à
discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos, portadores
de doenças crônicas infecciosas e de deficiência.

Ao longo de quase duas décadas, enquanto os países, em todo o mundo,


lutam para dar resposta à epidemia de HIV/AIDS, as questões do estigma, da
discriminação e da negação vêm sendo alguns dos dilemas mais mal entendidos e
mais persistentes enfrentados pelo desenvolvimento dos programas de saúde e
educação públicas.

A AIDS trouxe ao mundo não somente mais uma doença considerada sem
cura que ainda causa medo e pânico na população, mas principalmente um fator de
total rediscussão de conceitos, preconceitos e comportamentos individuais e
coletivos. Ela nos obrigou a olhar para tudo aquilo que a sociedade brasileira
insistentemente recusava ver: a desigualdade, o preconceito, a hipocrisia, a falência
do sistema de saúde, a incoerência da justiça, a fragilidade das relações pessoais,
etc.

Sygmunt Bauman afirma que o valor, o mais precioso dos valores humanos, o
atributo sine qua non de humanidade, é uma vida de dignidade, não a sobrevivência
a qualquer custo (BAUMAN, 2003, p. 105). A AIDS nos convidou a refletir sobre a
vida e sobre a morte; sobre como e quando viver; sobre quando e como morrer. Fez-
nos entender que sobreviver não é sinônimo de viver, e que apenas o resgate da
dignidade é capaz de trazer vida para quem acredita só ter a morte, garante saúde
para quem se pensa doente.

Diversos projetos, ações e atividades foram e são desenvolvidas em todo


país, na área de educação não formal, para difusão de informações sobre a AIDS,
suas formas de transmissão, 1. 2. 3. 4. 3 São exemplos desses benefícios: acesso à
escola e a leito hospitalar, isenção de IPTU, gratuidade no uso de transporte
coletivo, distribuição de preservativos, inclusão do tema AIDS nos currículos
escolares, etc. 21 contaminação e tratamento, responsabilidade civil e médica,
direitos e cidadania. Desconstruir preconceitos e despertar uma postura solidária
eram os caminhos para reconquista de direitos. Saúde, sexualidade, direitos
humanos, direitos reprodutivos, cidadania, mobilização e controle social são alguns
dos temas dessa agenda educativa em AIDS.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLÓGICA

O referente projeto utilizou o método fenomenológico de Merleau-Ponty para


interpretação dos resultados de compreensão do indivíduo estigmatizado
socialmente. Segundo Newton (1984) Merleau-Ponty apresenta sua concepção de
filosofia que ele designou Fenomenologia, fazendo uma releitura de Edmund Husserl
considerado o pai da Fenomenologia Clássica, construindo uma retomada por sua
conta própria e reassumindo por força de criatividade sua fenomenologia existencial
mundana de cunho antropológico. A Fenomenologia na visão de Merleau-Ponty é
altamente perceptível, pois esta é campo de revelação do mundo, campo de
experiência, campo onde se fundem sujeito e objeto. A fenomenologia é o estudo
das essências Merleau-Ponty (1945, p. 2 apud MOREIRA 2004).

Edmund Husserl (2006 apud AFFELDT 2013) constituí esta filosofia como uma
ciência e um método que visa a reflexão sobre os fenômenos, aquilo que se
manifesta, isto é, as experiências vivenciais. É o método de conhecimento que
discute o descrever, compreender e interpretar dos fenômenos que se apresentam a
percepção. O método fenomenológico trata de revelar o fenômeno, pô-lo a
descoberto, desvenda-lo, apegando-se aos fatos vividos da experiência, e até
mesmo mais do que isto, apegando-se não aos fatos, mais aos seus significados.

Para Johnson (1996 p.8 apud MOREIRA 2004) tanto Husserl como Merleau-
Ponty eram fenomenólogos, mas o que eles queriam dizer por “experiência” os
separou. Husserl entendeu o fenômeno a partir da história imanente da consciência,
Merleu-Ponty a partir de um ponto de vista mundano de encarnação corporal e
intersubjetiva, como uma situação histórica.
A Fenomenologia para Merleau-Ponty (1945 apud MOREIRA 2004) é o “estudo
das essências”, e estas são recolocadas na existência e o mundo só pode ser
compreendido a partir da sua facticidade e contingência. Assim em sua filosofia
atenta à realidade da história, à significação dos fenômenos, à inserção do homem
na realidade da existência.

4 METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica de caráter descritivo no


que se refere as fontes de pesquisas utilizadas. Visa contribuir e explicitar uma
pesquisa de caráter teórico sobre a estigmatização do portador do vírus HIV/AIDS.
Baseado em livros, textos e arquivos eletrônicos expostos em bancos de dados
como Lilacs e Scielo, escritos no período de 1999 a 2015, além dos dados coletados
junto ao DATASUS – Ministério da Saúde. Para Gil (2007), o caráter descritivo tem
por objetivo desenvolver, esclarecer e proporcionar uma visão geral sobre
determinado fator; o caráter exploratório visa a descrição das características de
determinada população, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A análise
das fontes bibliográficas escolhidas permitiu a elaboração das seguintes categorias
temáticas: HIV/AIDS, estigmatização e discriminação como processo social e os
impactos psicológicos.

5. RESULTADOS

Fernanda e Ádila

Assim, o estigma e a discriminação enfraquecem a possibilidade de


indivíduos e comunidades de se protegerem do HIV e de se manterem saudáveis
caso já estejam vivendo com o vírus.
Os conflitos internos passam a se tornar um grande problema, passando a
potencializar-se de forma negativa na vida do sujeito, distorcendo ainda mais a
realidade e dificultando todos os níveis de aceitação da doença. Contudo, julga-se
necessário amparar essas vítimas do HIV de todas as formas, dando apoio em todos
os aspectos. A maioria foram vitimizadas e necessitam de todos os aparatos para o
tratamento.
Desconstruir preconceitos e despertar uma postura solidária eram os
caminhos para reconquista de direitos. Saúde, sexualidade, direitos humanos,
direitos reprodutivos, cidadania, mobilização e controle social são alguns dos temas
dessa agenda educativa em AIDS.

7 REFERÊNCIAS (INCOMPLETA)

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/pira
mide/piramide.shtm

BRASIL. Lei n.8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do


Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências [legislação da
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p. 403-413.

 BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o


estatuto do idoso e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília
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FREITAS, A. V. S.; NORONHA, C. V. Idosos em instituição de longa


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LICHT, F. B. Idosos, cidade e moradia: acolhimento ou confinamento?


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Copacabana Runners, HIV e AIDS - Qual a diferença?. Disponível em
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Zambenedetti, G.; Silva, R. N da. Processos de estigmatização e exclusão no


campo da saúde. In: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do
Sul. 2013.
Zucchi, E. M.; Paiva, V.S.F.; Junior, I.F. Intervenções para Reduzir o Estigma da
Aids no Brasil: Uma Revisão Crítica. In: Universidade de São Paulo – São Paulo.
2013.
Parker, R; Aggleton, P. Estigma, Discriminação e AIDS. Associação Brasileira
Interdisciplinar de AIDS – ABIA, Rio de Janeiro- RJ. 45 p. 2001.

RESUMO

Ariadne

Palavras Chave: xxxxxx, xxxxx, xxxxxx

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