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Prof.

Danielle Silva
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990 Teste de Direção

Teste a sua Direção

Olá, querido(a) aluno(a) do Direção Concursos!

Preparei uma bateria de questões do tipo “verdadeiro ou falso” para que você possa
avaliar se compreendeu bem os temas abordados até o momento. O objetivo deste
teste é obter um diagnóstico da sua preparação até aqui. Desse modo, você saberá se
está realmente evoluindo, ou seja, se está caminhando na direção certa.

Caso você perceba aspectos que precisa reforçar, não hesite em voltar às aulas
anteriores e relembrar tudo aquilo que julgar necessário. Mais importante do que
terminar logo o curso é avançar de maneira sólida, consistente.

Se ainda assim restar alguma dúvida, lembre-se de que você pode me contatar por meio do nosso Fórum
de dúvidas, ok?
Faça um excelente Teste de Direção! Bons estudos!

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Exercícios para revisão

1. Nas ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude, a isenção de custas será
concedida independentemente da comprovação de insuficiência de recursos.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

2. É vedada a divulgação de atos policiais que digam respeito a adolescente ao qual se atribua autoria de ato
infracional. Uma notícia a respeito do fato deve se limitar à indicação das iniciais do nome e sobrenome.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

3. Em regra, a competência da Justiça da infância e da juventude é definida pelo lugar onde se encontre a
criança ou adolescente, tendo em vista o princípio da prioridade absoluta.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

4. No que tange à competência material, os pedidos de guarda e tutela serão de competência da Justiça da
Infância e da Juventude somente se estiver presente uma das hipóteses do artigo 98 do ECA, tais como a
falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

5. No tocante aos prazos nos procedimentos previstos no ECA, é vedado o prazo em dobro para a Fazenda
Pública e o Ministério Público.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

6. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar pode ter início de ofício pela autoridade
judiciária.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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7. No procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar, se o pai ou a mãe estiverem privados de
liberdade, a autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

8. Após a prolação da sentença de extinção do poder familiar, não é mais possível que os pais biológicos
exerçam o direito de arrependimento.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

9. No flagrante de ato infracional, ainda que envolva violência ou grave ameaça, não é necessário o auto de
apreensão, bastando o boletim de ocorrência circunstanciada.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

10. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será encaminhado à autoridade policial, ao
passo que o adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será encaminhado à autoridade
judiciária.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

11. No procedimento para apuração de ato infracional, em regra, comparecendo qualquer dos pais ou
responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

12. O prazo para a realização do procedimento de infiltração de agentes de polícia na internet com o
fim de investigar crimes relativos a pornografia envolvendo criança ou adolescente é de 90 dias, renovável
por até 720 dias.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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13. O procedimento de apuração de irregularidades em entidades de atendimento terá início


mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho Tutelar.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

14. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção
à criança e ao adolescente poderá ter início por auto de infração elaborado por servidor efetivo ou
voluntário credenciado, obrigatoriamente assinado por duas testemunhas.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

15. Se o habilitado, por 03 vezes, se recusar injustificadamente à adoção dos indicados dentro do
perfil, será excluído dos cadastros de adoção e será vedada a renovação da habilitação.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

16. Nos processos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, os recursos serão interpostos
independentemente de preparo.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

17. A falta de intervenção do Ministério Público nos processos afetos à Justiça da Infância e da
Juventude acarreta a nulidade do feito desde que seja demonstrado prejuízo à criança ou ao adolescente
envolvido.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

18. Será dispensada a outorga de mandato ao advogado, quando se tratar de defensor nomeado.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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19. As associações que atendem a determinados requisitos previstos no ECA são legitimadas para
propor ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos. Contudo, tais associações não podem
tomar dos interessados compromisso de ajustamento de conduta.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

20. Em ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos, o juiz pode fixar multa diária por
descumprimento de obrigação de fazer, desde que o autor da ação assim requeira.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

21. Todos os crimes definidos no ECA são de ação pública incondicionada.


( ) Verdadeiro
( ) Falso

22. Se um crime previsto no ECA for praticado por servidor público com abuso de autoridade, a perda
da função pública é condicionada à ocorrência de reincidência.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

23. Configura crime a conduta do médico que deixa de identificar corretamente o neonato e a
parturiente, por ocasião do parto. Tal crime não admite a modalidade culposa.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

24. A apreensão de adolescente sem a observância das formalidades legais configura crime punível
com pena de reclusão.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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25. Se a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente deixa de fazer
imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele
indicada, comete crime tipificado no ECA.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

26. A entrega de filho a terceiro mediante pagamento configura crime tipificado no ECA e punível com
pena de detenção de 06 meses a 02 anos.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

27. A conduta de fotografar cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente configura crime
tipificado no ECA com pena de detenção e multa.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

28. O mero armazenamento, por qualquer meio, de fotografia que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente configura crime punível com pena de reclusão e multa.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

29. Juninho tem 16 anos. Seu pai lhe serviu um copinho de cachaça durante um churrasco de família.
O pai de Juninho cometeu crime punível com detenção e multa, se o fato não constituir crime mais grave.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

30. Deve ser comprovada a efetiva corrupção do menor de 18 anos para a configuração de crime de
corrupção de menores previsto no ECA.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

31. Não são aplicáveis penas de detenção e reclusão às infrações administrativas previstas no ECA.
( ) Verdadeiro

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( ) Falso

32. A divulgação, sem autorização devida, de documento de procedimento policial relativo a criança
ou adolescente a que se atribua ato infracional é tipificada no ECA como crime.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

33. A hospedagem de adolescente em hotel sem a companhia ou autorização dos pais é infração
administrativa punível com multa. Em caso de reincidência em período inferior a 30 dias, a autoridade
judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento e a cassação de licença.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

34. A transmissão, em rede de televisão, de espetáculo sem aviso de sua classificação é infração
administrativa punível com multa. Em caso de reincidência, além da multa duplicada, a autoridade
judiciária poderá determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

35. A exibição de filme classificado pelo órgão competente como inadequado às crianças ou
adolescentes admitidos ao espetáculo configura infração administrativa punível com multa. Ainda que
haja reincidência, não se poderá determinar a suspensão do espetáculo ou o fechamento do
estabelecimento.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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Gabarito

1–V 11 – V 21 – V 31 – V
2–F 12 – V 22 – V 32 – F
3–F 13 – V 23 – F 33 – V
4–V 14 – F 24 – F 34 – V
5–V 15 – F 25 – V 35 – F
6–F 16 – V 26 – F
7–V 17 – F 27 – F
8–F 18 – V 28 – V
9–F 19 – V 29 – V
10 – F 20 – F 30 – F

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Resolução dos exercícios

1. Nas ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude, a isenção de custas será
concedida independentemente da comprovação de insuficiência de recursos.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A assistência judiciária gratuita será prestada apenas aos que dela necessitarem. Isso significa que quem não tiver
condições de contratar advogado terá direito a um defensor público ou advogado nomeado pelo Juiz.

Já a isenção de custas será para todos, independentemente da comprovação de insuficiência de recursos, ou seja, não
é apenas para os que necessitarem.

Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder
Judiciário, por qualquer de seus órgãos.

§ 1º A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, através de defensor público ou advogado
nomeado.

§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos,
ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.

2. É vedada a divulgação de atos policiais que digam respeito a adolescente ao qual se atribua autoria de ato
infracional. Uma notícia a respeito do fato deve se limitar à indicação das iniciais do nome e sobrenome.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Nem mesmo as iniciais do nome e sobrenome podem ser informadas em notícia referente à atribuição de autoria de
ato infracional a criança ou adolescente.

Art. 143. É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes
a que se atribua autoria de ato infracional.

Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se
fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.
(Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)

3. Em regra, a competência da Justiça da infância e da juventude é definida pelo lugar onde se encontre a
criança ou adolescente, tendo em vista o princípio da prioridade absoluta.
( ) Verdadeiro

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(X) Falso

COMENTÁRIO:

Em regra, a competência é determinada pelo domicílio dos pais ou responsável. Na falta dos pais ou responsável é
que a competência será definida pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente.

Art. 147. A competência será determinada:

I - pelo domicílio dos pais ou responsável;

II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.

Competência territorial (art. 147)

Hipótese Competência

regra geral domicílio dos pais ou responsável

na falta dos pais ou responsável lugar onde se encontre a criança ou adolescente

lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão,


ato infracional
continência e prevenção (teoria da atividade)

local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a


infração por transmissão simultânea de rádio
sentença eficácia para todas as transmissoras ou
ou TV, atingindo mais de uma comarca
retransmissoras do respectivo estado.

4. No que tange à competência material, os pedidos de guarda e tutela serão de competência da Justiça da
Infância e da Juventude somente se estiver presente uma das hipóteses do artigo 98 do ECA, tais como a
falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Os pedidos de guarda e tutela serão de competência da Justiça da Infância e da Juventude apenas nas hipóteses do
artigo 98 do ECA, isto é, em situações de risco, como por exemplo a falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável.

Art. 148, parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente
a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de: a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;

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Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
forem ameaçados ou violados:

I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

III - em razão de sua conduta.

5. No tocante aos prazos nos procedimentos previstos no ECA, é vedado o prazo em dobro para a Fazenda
Pública e o Ministério Público.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Uma diferença do ECA com relação à legislação processual comum é que, no CPC, a Fazenda Pública e o Ministério
Público têm prazo em dobro (artigos 180 e 183 do CPC), prerrogativa processual que o ECA não lhes atribui (art. 152, §
2º do ECA).

Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação
processual pertinente. (...)

§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são contados em dias corridos, excluído o dia
do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

6. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar pode ter início de ofício pela autoridade
judiciária.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A legitimidade ativa para o procedimento de perda ou suspensão do poder familiar é apenas do MP ou de quem tenha
legítimo interesse. Logo, não pode ser iniciada de ofício.

Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do pátrio poder poder familiar terá início por provocação do
Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)

7. No procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar, se o pai ou a mãe estiverem privados de
liberdade, a autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva.
(X) Verdadeiro

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( ) Falso

COMENTÁRIO:

No procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar, a oitiva dos pais é obrigatória, ainda que estejam
privados de liberdade – nesse caso, a autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva.

Art. 161, § 5º Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a autoridade judicial requisitará sua apresentação para
a oitiva. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)

8. Após a prolação da sentença de extinção do poder familiar, não é mais possível que os pais biológicos
exerçam o direito de arrependimento.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Após a prolação da sentença de extinção do poder familiar, os pais biológicos ainda têm o prazo de 10 dias para exercer
o direito de arrependimento.

Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido
expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em
petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado. (...

§ 5º O consentimento é retratável até a data da realização da audiência especificada no § 1º deste artigo, e os pais podem
exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias, contado da data de prolação da sentença de extinção do poder
familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)

até a data da
retratação realização da
audiência

no prazo de 10 dias,
arrependimento contado da data de
prolação da sentença

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9. No flagrante de ato infracional, ainda que envolva violência ou grave ameaça, não é necessário o auto de
apreensão, bastando o boletim de ocorrência circunstanciada.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

No flagrante de ato infracional SEM violência ou grave ameaça NÃO é necessário o auto de apreensão, bastando o
boletim de ocorrência circunstanciada (art. 173, parágrafo único).

No flagrante de ato infracional COM violência ou grave ameaça é necessária a lavratura de auto de apreensão (art.
173, I).

Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:

I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;

II - apreender o produto e os instrumentos da infração;

III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração.

Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência
circunstanciada.

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auto de prisão em
CPP flagrante

Flagrante com violência ou grave


ameaça:
auto de apreensão
ECA
sem violência ou grave
ameaça:
auto pode ser substituído
por B.O.

10. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será encaminhado à autoridade policial, ao
passo que o adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será encaminhado à autoridade
judiciária.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

É o contrário! O adolescente apreendido por força de ordem judicial será encaminhado à autoridade judiciária (art.
171). O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será encaminhado à autoridade policial (art. 172).

Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.

Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial
competente.

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Tipo de apreensão Procedimentos Fundamento

por ordem judicial encaminhar à autoridade judiciária (Juiz) Art. 171, ECA

flagrante de ato infracional encaminhar à autoridade policial competente (delegado) Art. 172, ECA

I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o


adolescente;
flagrante de ato infracional
com violência ou grave II - apreender o produto e os instrumentos da infração; Art. 173, ECA
ameaça
III - requisitar os exames ou perícias necessários à
comprovação da materialidade e autoria da infração.

11. No procedimento para apuração de ato infracional, em regra, comparecendo qualquer dos pais ou
responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Nos termos do artigo 174 do ECA, o procedimento para apuração de ato infracional, em regra, comparecendo qualquer
dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial.

Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade
policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no
mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua
repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou
manutenção da ordem pública.

12. O prazo para a realização do procedimento de infiltração de agentes de polícia na internet com o
fim de investigar crimes relativos a pornografia envolvendo criança ou adolescente é de 90 dias, renovável
por até 720 dias.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A assertiva apresenta corretamente o prazo para a realização do procedimento de infiltração de agentes de polícia na
internet com o fim de investigar crimes relativos a pornografia envolvendo criança ou adolescente: 90 dias, renovável
até 720 dias.

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Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240 , 241
, 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal) , obedecerá às seguintes regras: (...)

III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)

13. O procedimento de apuração de irregularidades em entidades de atendimento terá início


mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho Tutelar.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A assertiva apresenta corretamente as possíveis formas de início do procedimento para apuração de irregularidades
em entidades de atendimento: portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho
Tutelar.

Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e não-governamental terá início
mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
necessariamente, resumo dos fatos.

14. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção
à criança e ao adolescente poderá ter início por auto de infração elaborado por servidor efetivo ou
voluntário credenciado, obrigatoriamente assinado por duas testemunhas.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

As assinaturas das duas testemunhas no auto de infração serão colhidas “se possível”, e não obrigatoriamente.

Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção à criança e
ao adolescente terá início por representação do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração
elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por duas testemunhas, se possível.

15. Se o habilitado, por 03 vezes, se recusar injustificadamente à adoção dos indicados dentro do
perfil, será excluído dos cadastros de adoção e será vedada a renovação da habilitação.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

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COMENTÁRIO:

Se o habilitado, por 03 vezes, se recusar injustificadamente à adoção dos indicados dentro do perfil, haverá
reavaliação da habilitação concedida. O pretendente à adoção que desiste ou “devolve” a criança ou adolescente é
que será excluído dos cadastros de adoção e terá vedada a renovação da habilitação.

Art. 197-E, § 4º Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à adoção de crianças ou adolescentes indicados
dentro do perfil escolhido, haverá reavaliação da habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

§ 5º A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou do adolescente
depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação
de renovação da habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas na
legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

16. Nos processos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, os recursos serão interpostos
independentemente de preparo.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Na fase recursal dos processos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, será adotado o sistema recursal do Código
de Processo Civil. Contudo, tal sistema será aplicado com algumas adaptações, tais como a ausência de preparo
recursal.

Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com
as seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012)

I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo;

17. A falta de intervenção do Ministério Público nos processos afetos à Justiça da Infância e da
Juventude acarreta a nulidade do feito desde que seja demonstrado prejuízo à criança ou ao adolescente
envolvido.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A falta de intervenção do Ministério Público nos processos afetos à Justiça da Infância e da Juventude acarreta a
nulidade do feito. O ECA não exige a demonstração de prejuízo para que se configure essa nulidade.

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Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
documentos e requerer diligências, usando os recursos cabíveis. (...)

Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz
ou a requerimento de qualquer interessado.

18. Será dispensada a outorga de mandato ao advogado, quando se tratar de defensor nomeado.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado. Ademais, a outorga também é
dispensada se o advogado constituído tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da autoridade
judiciária.

Art. 207, § 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver
sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da autoridade judiciária.

19. As associações que atendem a determinados requisitos previstos no ECA são legitimadas para
propor ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos. Contudo, tais associações não podem
tomar dos interessados compromisso de ajustamento de conduta.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

As associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a
defesa dos interesses e direitos protegidos pelo ECA são legitimadas para propor ações cíveis fundadas em
interesses coletivos ou difusos (art. 210, III). Porém, apenas os órgãos públicos legitimados é que podem
tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais (art. 211), que são o
Ministério Público, a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios (art. 210, I e II). Desse
modo, as associações, por não serem órgãos públicos, NÃO podem tomar esse compromisso de ajustamento
de conduta.

Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
concorrentemente:

I - o Ministério Público;

II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios;

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III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa
dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da assembléia, se houver prévia autorização
estatutária.

Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo extrajudicial.

20. Em ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos, o juiz pode fixar multa diária por
descumprimento de obrigação de fazer, desde que o autor da ação assim requeira.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

O juiz pode fixar a multa independentemente de pedido do autor.

Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento.

§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citando o réu.

§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
preceito.

21. Todos os crimes definidos no ECA são de ação pública incondicionada.


(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Todos os crimes previstos no ECA são de ação penal pública incondicionada. Isso significa que a ação é promovida
pelo Ministério Público e independe de manifestação de vontade da vítima ou de qualquer outra pessoa, ou seja,
independe de condição de procedibilidade.

Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada.

22. Se um crime previsto no ECA for praticado por servidor público com abuso de autoridade, a perda
da função pública é condicionada à ocorrência de reincidência.
(X) Verdadeiro

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( ) Falso

COMENTÁRIO:

O artigo 92 do Código Penal estabelece que um dos efeitos da condenação é a perda de cargo, função pública ou
mandato eletivo. O artigo 227-A do ECA, incluído no pela Lei 13.869/2019, esclarece que nos casos de crime praticado
por servidor público com abuso de autoridade, ocorrerá a perda do cargo somente se houver reincidência da conduta
criminosa.

Art. 227-A. Os efeitos da condenação prevista no inciso I do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados por servidores públicos com abuso de autoridade,
são condicionados à ocorrência de reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)

Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da função, nesse caso, independerá da pena aplicada na reincidência.
(Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)

23. Configura crime a conduta do médico que deixa de identificar corretamente o neonato e a
parturiente, por ocasião do parto. Tal crime não admite a modalidade culposa.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita corresponde ao crime previsto no artigo 229 do ECA, o qual admite, sim, a modalidade culposa.

Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no
art. 10 desta Lei:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. Se o crime é culposo:

Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

24. A apreensão de adolescente sem a observância das formalidades legais configura crime punível
com pena de reclusão.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita configura crime. Porém, é punível com pena de detenção, e não reclusão como consta na assertiva.

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Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.

25. Se a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente deixa de fazer
imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele
indicada, comete crime tipificado no ECA.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Tanto a autoridade judiciária quanto a família do apreendido (ou pessoa por ele indicada) devem ser imediatamente
comunicados no caso de apreensão de criança ou adolescente. O sujeito ativo é a autoridade policial responsável pela
apreensão, ou seja, o delegado de polícia (crime próprio). Tal conduta corresponde a crime tipificado no artigo 231 do
ECA.

Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

26. A entrega de filho a terceiro mediante pagamento configura crime tipificado no ECA e punível com
pena de detenção de 06 meses a 02 anos.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita corresponde ao crime tipificado no artigo 238 do ECA. Contudo, a pena é de reclusão, e não de
detenção.

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:

Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.

27. A conduta de fotografar cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente configura crime
tipificado no ECA com pena de detenção e multa.

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( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A pena não é de “detenção e multa”, mas sim “reclusão e multa”. Aliás, todos os crimes previstos no ECA que envolvem
sexo, pornografia e ato libidinoso são puníveis com reclusão + multa. Cuidado com as pegadinhas de prova que trocam
“reclusão” por “detenção”.

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

28. O mero armazenamento, por qualquer meio, de fotografia que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente configura crime punível com pena de reclusão e multa.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita corresponde ao crime previsto no artigo 241-B do ECA, punível com pena de reclusão e multa.

Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de
2008)

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

29. Juninho tem 16 anos. Seu pai lhe serviu um copinho de cachaça durante um churrasco de família.
O pai de Juninho cometeu crime punível com detenção e multa, se o fato não constituir crime mais grave.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta de servir bebida alcoólica a criança ou adolescente configura crime punível com detenção e multa, se o fato
não constituir crime mais grave.

Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência
física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)

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Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 13.106, de 2015)

30. Deve ser comprovada a efetiva corrupção do menor de 18 anos para a configuração de crime de
corrupção de menores previsto no ECA.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Basta a existência da conduta por parte do sujeito ativo para que se caracterize a corrupção de menores. Trata-se de
um crime formal, ou seja, se realizada a conduta, o crime já está consumado. A obtenção do resultado almejado pelo
agente é mero exaurimento do crime.

Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Súmula 500, STJ - A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova
da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

31. Não são aplicáveis penas de detenção e reclusão às infrações administrativas previstas no ECA.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A penalidade aplicável às infrações administrativas é sempre de multa – aqui, não há pena de detenção ou reclusão.
As sanções são de cunho administrativo, ou seja, restritivas de direitos, mas não restritivas de liberdade.

32. A divulgação, sem autorização devida, de documento de procedimento policial relativo a criança
ou adolescente a que se atribua ato infracional é tipificada no ECA como crime.
( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita não é crime, mas sim infração administrativa prevista no ECA.

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É importante ressaltar que se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da
pena de multa, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação em que houve a referência
indevida à criança ou adolescente.

Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato
infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir
sua identificação, direta ou indiretamente.

§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo,
a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até
por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números. (Expressão declarada inconstitucional pela
ADIN 869).

33. A hospedagem de adolescente em hotel sem a companhia ou autorização dos pais é infração
administrativa punível com multa. Em caso de reincidência em período inferior a 30 dias, a autoridade
judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento e a cassação de licença.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A hospedagem de adolescente em hotel sem a companhia ou autorização dos pais é infração administrativa punível
com multa. Em caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por
até 15 dias. Se a reincidência ocorrer em período inferior a 30 dias, tal como consta na assertiva, a autoridade
judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento e a cassação de licença.

Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses
ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere: (Redação dada pela Lei nº 12.038, de 2009).

Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº 12.038, de 2009).

§ 1 º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento
do estabelecimento por até 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).

§ 2 º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente fechado
e terá sua licença cassada. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).

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multa + fechamento do
Reincidência estabelecimento por até 15 dias

Reincidência
multa + fechamento definitivo +
em menos licença cassada
de 30 dias

34. A transmissão, em rede de televisão, de espetáculo sem aviso de sua classificação é infração
administrativa punível com multa. Em caso de reincidência, além da multa duplicada, a autoridade
judiciária poderá determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias.
(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

A conduta descrita consiste em infração administrativa punível com multa. A multa é duplicada em caso de
reincidência e a autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias.
Vale ressaltar que a expressão “em horário diverso do autorizado” foi declarada inconstitucional na ADI 2.404
(Informativo nº 837 do STF). Isso porque a classificação indicativa deve corresponder a um aviso ao telespectador
acerca do conteúdo da programação, e não uma obrigação para que a emissora transmita os programas em horários
específicos. Em suma: não há “autorização”, mas sim “orientação” para a transmissão em determinados horários.
Nesse sentido, a Constituição Federal estabelece:

Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua
classificação: (Expressão declarada inconstitucional pela ADI 2.404).

Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias.

35. A exibição de filme classificado pelo órgão competente como inadequado às crianças ou
adolescentes admitidos ao espetáculo configura infração administrativa punível com multa. Ainda que
haja reincidência, não se poderá determinar a suspensão do espetáculo ou o fechamento do
estabelecimento.
( ) Verdadeiro
(X) Falso
COMENTÁRIO:
Se houver reincidência da conduta narrada na assertiva, a autoridade poderá determinar a suspensão do
espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até 15 dias.
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente como
inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na reincidência, a autoridade poderá determinar a
suspensão do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

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