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AS INFORMAÇÕES QUE VÊM A SEGUIR FORAM POR MIM

COMPILADAS, DURANTE O PERÍODO DE ESTUDOS E TRABALHOS


NOS GRAUS DE APRENDIZ (1994/95), DE COMPANHEIRO (1996/97) E
DE MESTRE MAÇOM (1998 ATÉ HOJE).

FORAM RETIRADAS DE DIVERSOS LIVROS E CATÁLOGOS MAÇÔNICOS


DE MUITOS AUTORES, DOS MANUAIS DO GOMG DAS
INFORMAÇÕES ESCRITAS E VERBAIS RECEBIDAS EM MINHA LOJA, A
AUGRESPGRBENGRBENFE EXCCENTLOJ SIMB
"ESTRELA CALDENSE", ORIENTE DE POÇOS DE CALDAS – MG, E DA
COLABORAÇÃO DE MUITOS IRMÃOS, INTERESSADOS NO
APRENDIZADO DOS IRMÃOS, SENDO IMPOSSÍVEL FAZER UMA
BIBLIOGRAFIA COMPLETA DEVIDO ÀS ATUALIZAÇÕES CONSTANTES.

DESDE JÁ AGRADEÇO A TODOS OS ESCRITORES MAÇONS E OS IRMÃOS


QUE COLABORARAM COMIGO.

O ÚNICO INTÚITO DESTE TRABALHO É AJUDAR AOS NOVOS IRMÃOS A


FAMILIARIZAR-SE MAIS RAPIDAMENTE COM NOSSA ORDEM, E COM
ISSO RETRIBUIR ÀQUELES IRMÃOS QUE ME PROPORCIONARAM TAIS
CONHECIMENTOS.

TODA MANIFESTAÇÃO DOS IRMÃOS COM A FINALIDADE DE


MELHORAR OU CORRIGIR ESTE TRABALHO SERÁ RECEBIDA COM
MUITO CARINHO.

OS IRMÃOS QUE NÃO PERTENCEM AO G.´.O.´.M.´.G.´., DEVERÃO FAZER


AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS AOS RITUAIS E REGULAMENTOS DE
SUAS POTÊNCIAS.

LUÍS ANTONIO GAIGA - MI


MAIO/2012

TODAS ESTAS INFORMAÇÕES


SÃO FRANQUEADAS SOMENTE
AOS MAÇONS.
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O COMPANHEIRO:
É o Obreiro reconhecido apto para exercer sua arte, e consciente de sua
energia de trabalho, cujo dever é realizar praticamente o plano teórico
traçado pelos Mestres. O irmão se torna Companheiro no desejo de
conhecer os Mistérios da Natureza e da Ciência, bem como o significado
da letra Iôd e da Letra G. Os Companheiros têm assento ao Sul da Loja e
devem trabalhar ao lado de seu Mestre, com LIBERDADE, ALEGRIA e
FERVOR. Sua idade é de 5 anos, e esse número refere-se à
QUINTESSÊNCIA, concebido como espírito universal das coisas ou
como um quinto princípio, reduzindo à unidade o quaternário dos
Elementos. Alude também, aos cinco sentidos, que revelam o mundo
exterior, objeto de estudo do Companheiro, enquanto que o número três
indica que o Aprendiz deve encerrar-se em seu mundo interior.

INTRODUÇÃO
O Aprendizado Maçônico equivale à infância, vez que, o Iniciado é nova
criatura que fatalmente progride no seu crescimento, obviamente
simbólico, atingindo a virilidade em busca da maturidade.
Três são as imposições da jornada em direção ao Companheirismo:
Trabalho, Ciência e Virtude.
O Trabalho significa o esforço pessoal que abrange uma série de
fatores, como a perseverança, o ideal, o entusiasmo, enfim, a disposição
de prosseguir na jornada encetada.
A Ciência diz respeito à instrução, não basta o trabalho
"operativo" representado pela freqüência às sessões e desempenho dos
encargos, é preciso o interesse em direção à cultura.
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Tem-se discutido muito, se um profano analfabeto pode ser submetido à
iniciação.
A Maçonaria não exige uma elite intelectual, mas o interesse em evoluir;
se o Iniciado for analfabeto, ele terá a obrigação de instruir-se, vez
que a educação lhe é facilitada com uma multiplicidade de cursos
para adultos existentes no País e até programados através de
correspondência ou programas televisivos.
Nunca é tarde para a instrução.
Percorrido o caminho do Aprendizado, surge a oportunidade de
encontrar a instrução. Essa é necessária para desenvolver o intelecto e
abrir caminhos para a compreensão filosófica. Aí o Companheiro estará
apto a praticar a Virtude.
Cinco são as etapas a transpor e cada uma, simboliza uma parte da
Ciência, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética e Geometria.
Esse agrupamento, diante do progresso intelectual de nossos dias,
nos parece tímido; contudo são aspectos científicos tradicionais que
resumem uma maior gama de conhecimentos, como veremos mais tarde.
Comparando a alegoria do sistema solar, o Companheirismo equivale ao
posicionamento entre os equinócios da primavera e do outono, vez que, a
Terra fecundada das chuvas primaveris, desenvolve todos os frutos que
garantem a continuidade das espécies.
A Loja do 2o Grau difere da Loja de 1o. Grau, os pontos diferenciais, a
saber:
- Cinco pontos luminosos;
- A Estrela Flamejante brilha no centro de Loja,
- No "Ara do Trabalho", sobre o qual são colocados, uma Régua, um
Malhete, um Cinzel, uma Colher de Pedreiro e um Esquadro.
- O traje é igual ao do Aprendiz, sendo que a Abeta do Avental será
abaixada.
- O Companheiro estará à ordem, mudando a postura, erguendo o braço
esquerdo, pousando o direito sobre o coração na forma convencional.
- Possui Palavra de Passe que lembra uma espiga de trigo.
- A Palavra Sagrada é a mesma inserida na Coluna "J".
- O Sinal é o convencional, bem como o Toque.
- A Marcha é a do Aprendiz acrescida de dois passos oblíquos.
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- A Bateria consta de cinco golpes; a Aclamação é a mesma do Aprendiz;
o seu Salário é a passagem de uma Coluna para outra, da perpendicular ao
Nível.
- A Lenda do Grau revela a maturidade do homem.
- O Trolhamento difere do Aprendiz e possui cinco perguntas; a idade do
Companheiro é de Cinco Anos.
- O Ritual Iniciático difere do Ritual do 1o. Grau; cinco são as
viagens probatórias; e o juramento é o convencional.

CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
Cerimônia de Iniciação só existe no Pr.’. Gr.’. As outras cerimônias são
de Elevação para o grau de Companheiro e de Exaltação para o grau de
Mestre Maçom.
Nesta cerimônia o neófito não usa venda porque ele já conhece a
Verdade, sua vista já é forte suficiente para resistir a luz dentro do
Templo, mas não ainda para subir ao Or.’. Ele usou venda quando, como
profano bateu nas portas do Templo e foi necessário ocultar de sua vista a
Loja em trabalhos maçônicos.
No Gr.’. de Ap.’. o profano deve esclarecer suas idéias sobre o Vício e a
Virtude e no exame para o Seg.’. Gr.’. deve esclarecer o que aprendeu
sobre a Verdade e a prática da Virtude; sem Virtude não de pode chegar à
Verdade.

A Elevação ao Seg.’. Gr.’. não é um prêmio, não é uma honra, não é um


estímulo. É a continuação de um caminho de perfeição que o verdadeiro
maçom tem-se traçado e que começou na sua cerimônia de iniciação.
Diferentes nomes têm-se dados a esta cerimônia. Em algumas potências
sul-americanas, sempre dentro do R.’.E.’.A.’.A.’., o Ap.’. está com a
vista vendada e a cerimônia recebe o nome de Iniciação para o Seg.’.
Gr.’. nas Lojas inglesas o nome dado é de “passing”, nome usado pelos
operativos. Na França é Recepção no Seg.’. Gr.’.. Em outras potências
sul-americanas, incluindo as Potências brasileiras, se fala de Aumento de
Salário. Que a horizontal se faça vertical, a vertical horizontal, e assim
sucessivamente, criando degraus para continuar na etapa de elevação.

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Elevação lembra a subida à montanha como símbolo de elevação e
purificação. Praticando valores morais, subimos pela Escala de Jacó. Nos
ritos órficos (feitos em honra a um deus) o iniciado subia por uma escada
de madeira. Lembremos os Ziqqurat ou ziguratos, que são templos de
muita altura construídos pêlos babilônios e assírios, com uma estrutura
piramidal construídos em degraus sucessivamente regressivos, com
escadas externas e um escrínio (cofre ou armário no topo); o mais alto
dos conhecidos foi a Torre de Babel. O homem procura se elevar para
ficar mais perto de Deus. É o que vemos nos degraus que sobem ao Or.’.

Primeira Viagem:
Ferramentas: Maço e Cinzel, simbolizando a Vontade ativa, firme e
perseverante e o Livre Arbítrio; fortifica-se a Vontade para chegar ao
Livre Arbítrio.(Ver: Livre Arbítrio)
Lembra os 5 órgãos dos sentidos. (Ver: Sentidos)

Segunda Viagem:
Ferramentas: Régua e Compasso, simbolizando a Harmonia e o
Equilíbrio. Com elas podem-se construir todas as figuras geométricas
existentes. Deus geometriza. A Régua traça a linha de conduta e o
Compasso traça um círculo que indica o alcance de nossa linha de
conduta. Esta Viagem tem por objetivo o estudo da Arquitetura e
também a Agrimensura, que no Antigo Egito era sagrada e secreta.

Terceira Viagem:
Ferramentas: Régua na mão esquerda e Alavanca apoiada no ombro
direito. Alavanca simboliza Potência e Resistência; Potência para regular
e dominar a inércia dos instintos; a Alavanca é a Fé que move montanhas.
Está relacionada com a Matéria. Tem duas extremidades: o Pensamento e
a Vontade. Esta Viagem lembra as sete artes liberais do mundo antigo.
(Ver: Artes Liberais)

Quarta Viagem:
Ferramentas: Régua e Esquadro que simboliza os propósitos segundo o
ideal que inspira. Viagem destinada ao estudo da Filosofia.
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Quinta Viagem:
Sem ferramentas demonstrando o perfeito desenvolvimento das
faculdades internas já enumeradas. Existe uma discussão pelo fato de o
Ap.’., candidato a Comp.’., não portar ferramentas alegando-se que
estaria ocioso, mas a verdade é que é uma Viagem de meditação,
igualmente proveitosa para o trabalho que virá.
Esta Quinta Viagem tem o mesmo sentido horário, conforme o rito de
circunvolução. É errado o sentido inverso que em alguns textos ou rituais
chegou a ser estabelecido pouco tempo atrás.
A Espada contra o peito simboliza a proteção do Anjo da Guarda para o
Homem que, expulso do Éden precisa defender-se do Mal que existe no
mundo externo; que ele não entre no seu Templo interior.

Das 5 Viagens do Comp.’. quatro são de estudo e uma de contemplação.


As Viagens do Ap.’. estão estreitamente relacionadas com as quatro
formas clássicas da matéria; as Viagens do Comp.’. não tem obstáculos
físicos e são de tipo operativo e intelectual procurando a conquista das
disciplinas cerebrais. Na antigüidade o viajante recebia todas as honras,
hospedagem, alimento, vestuário, para poder prosseguir sua viagem;
podia ser um enviado de Deus, um anjo portando uma mensagem
importante para os homens ou um Profeta ou Grande Iniciado na procura
de conhecimento para transmitir aos homens. As 5 Viagens são feitas
conforme o rito da circunvolução; o Exp.’. deve conduzir o Ap.’. pelo
braço esquerdo para não perder contato com o Altar.
Na abertura dos trabalhos no Seg.’. Gr.’., o Oficiante abre o L.’. da L.’.
em Amós, Cap. VII, Vers. 7 e 8. Após a leitura dos versículos, sobrepõe-
se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados com a perna esquerda do Comp.’.
por cima e a direita por baixo das pernas do Esq.’..
O Profeta Amós (o nome significa aquele que leva algo consigo) foi um
precursor do monoteísmo universal e criticou, no seu livro,
violentamente diversas nações, em especial Judá e Israel pela hipocrisia
religiosa, os costumes impuros, a corrupção dos que deveriam aplicar a
lei, etc. Ele era um humilde homem do povo que querendo eliminar de
Israel os maus governantes que abusavam do povo indefeso, percorreu o
país durante 15 anos, clamando pelo retorno da justiça honesta e
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ameaçando com o castigo divino. Amós pedia para o povo estudar para
deixar de ser escravos, purificar suas mentes com a prática da virtude,
conhecer e aplicar as tradições de seus antepassados para voltar a ser um
povo forte e respeitado. Amós criticava o desnível entre ricos e
trabalhadores sendo ele mesmo um cultivador de sicômoros, árvore que
servia para a construção.
Na sua visão do prumo Amós anuncia que os muros dos Templos, dos
Tribunais e das casas dos hebreus, estão condenados a cair, pois eles
foram construídos sem as ferramentas que dão estabilidade,
conhecimento que foi esquecido por preguiça e por soberba. Aqui, o
símbolo do prumo aparece em toda sua expressão moral e intelectual e
com a mesma aplicação social que prega nosso Ritual.
A perna do Comp.’. que fica por cima da perna do Esq.’. é uma alegoria
que o espírito está superando á matéria. Ela está no lado Sul que é o lado
mais iluminado da L.’. onde sentam os MM.’. e CComp.’. que
desenvolvem, simbolicamente, um trabalho superior ao da Col.’. de
AAp.’..

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ALGUMAS DEFINIÇÕES
(ORDEM ALFABÉTICA)
A
ALAVANCA
É o instrumento do poder de uma vontade inflexível, quando aplicada
inteligentemente. A ALAVANCA é a potência e a resistência.

ALFABETO MAÇÔNICO

AMÓS – QUEM FOI


O nome significa aquele que leva algo consigo.
Pesquisas consideram Amós (750 AC) como o mais antigo dos Profetas
Menores. A denominação de Profetas Menores refere-se exclusivamente
à breve extensão de cada uma das obras escritas desses homens, que
podem ser considerados no mesmo nível dos chamados Maiores.
Amós foi o primeiro a colocar todas as nações da Terra debaixo da
jurisdição moral do mesmo Deus de Israel, sendo um precursor da
conceição de um monoteísmo universal. A tese central do livro está
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contida no cap. 2, 6-16. Amós denuncia, com vocabulário e fraseados
considerados dos mais violentos de toda a literatura universal, a hipocrisia
religiosa, a vida religiosa que nada mais é senão uma espécie de sistema de
segurança e ao mesmo tempo de alienação, não só do homem como de
Deus.
Amós dizia de si mesmo: Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou
pastor e colho frutos de sicômoros (Amós 7,14).
Amós surgiu quando pairava sobre os pequenos estados da Palestina a
sombra ameaçadora da Assíria, no reinado de Jeroboão II (781-743 AC).
Sua missão consistia em anunciar que Israel seria conquistada por vontade
de Javé. Chegou o fim para meu povo de Israel. Não continuarei mais a
perdoá-lo. Naquele dia, os cantos do palácio serão gritos de aflição -
oráculo do Senhor Javé. Uma multidão de cadáveres lançados em
qualquer parte ! Silêncio ! (Amós 8, 2 e 3).
Para esse Profeta, o grande escândalo, o crime imperdoável da sociedade
israelita, é a exploração dos pequenos pelos grandes. Ouvi isto: vós que
engolis o pobre e fazeis perecer os humildes da terra dizendo (...)
compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de
sandálias (...). Não estremecerá a terra por causa disto? Amós 8,4 e 8).
Essa afirmação da destruição de Israel por seu próprio Deus obrigava a
uma revisão dos conceitos que, até então, se tinham feito de Javé. Ele é
um Deus que detesta o culto exterior e suas exigências são de ordem
exclusivamente moral e espiritual.
Os Profetas romperam assim com a conceição de que o ritual, ou
manifestação exterior do culto, seria a base da religião, dando maior
importância à vida moral interior. As exigências morais são feitas não só a
Israel mas a todas as nações, das quais Javé é Senhor soberano e Juiz
(Amós 1, 3 a 2, 16). Essa afirmação rompe os quadros estreitos da
religião nacional e lança as bases para a concepção de Javé como uma
divindade única para todos os homens.
... Para Amós, o pecado de Israel era a injustiça social. ...

ARTES LIBERAIS
GRAMÁTICA - Segundo o Aurélio é "o estudo ou tratado
dos fatos da linguagem falada e escrita e das leis naturais que a regulam".
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É a arte de falar corretamente. O Aprendiz, como regra geral pouco fala,
mas o Companheiro para instruir-se deve manejar seu idioma
corretamente, tanto no falar como no escrever. Sendo a maçonaria,
também, uma Escola, essa parte que compreende à comunicação, deve
ser fielmente observada; o Maçom deve ser humilde e aceitar as
correções que possam lhes ser feitas. O discurso é a forma de o
Maçom expressar-se aplicando o linguajar correto, buscando as belas
palavras do vernáculo e fugindo da gíria; a perfeição é buscada também
no uso da palavra. As regras vernaculares não podem ser deixadas para
trás; a concordância, os acentos e o belo discurso devem preocupar todo
Maçom.
RETÓRICA - Segundo o mesmo dicionarista, Retórica "é a
arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloqüência; livro que
contém essas regras; ornatos empolados ou pomposos de um discurso".
É a arte que dá eloqüência, força e graça ao discurso.
O discurso pode ser apresentado escrito ou de improviso; em ambos os
casos, as palavras deverão ser "medidas", exteriorizadas com acerto e
elegância, banindo-se os empolamentos supérfluos, os termos vulgares;
sobretudo, ser comedido; diz o sábio: "Se queres agradar, fales pouco";
não é o discurso longo e cansativo, repetitivo e vazio que há de atrair as
atenções dos ouvintes; cada palavra proferida deve ter o seu "peso"
exato.
A eloqüência surge do agrupamento de palavras corretas formadoras
de frases exatas, obedecidas as regras gramaticais.
Esta arte, nos dias atuais, não vem sendo observada, mas ela não caiu em
desuso; o falar do Maçom deve sempre agradar; a frase deve ter o
conteúdo sábio; o ouvinte deve obter desse discurso, o alimento
espiritual e científico.
LÓGICA - Prossegue o Aurélio: "Ciência que estuda as leis
do raciocínio; coerência".
Embora "ciência", não deixa de ser uma Arte; a arte do raciocínio
metódico; o conduto do pensamento para que se torne compreensível; a
colocação exata do pensamento a ser transmitido, usando as premissas
corretas.
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A Palavra é um dom e quem o possuir não deve mantê-lo, apenas para si,
mas exteriorizá-lo.
A palavra consola, anima,excita e entusiasma.
ARITMÉTICA - É a arte de calcular; é a ciência dos
números; todo Maçom deve saber que é a chave de todas as ciências
exatas. Ninguém prescinde da Aritmética no seu trato social.
Difere da Matemática que é a ciência que tem por objetivo as medidas e
as propriedades das grandezas.
GEOMETRIA - É a arte de medir. O Companheiro
inspirado na letra "G", que representa a imagem de Inteligência
Universal, deve possuir o conhecimento sobre as medidas, medem-se
todos os aspectos da Natureza exterior e interior; medem-se as palavras e
as obras e para tanto, são usados instrumentos específicos. Na construção
ela é vital porque nada pode ser feito, sem uma medida adequada, desde
o ponto, às linhas retas e curvas e todas as demais dimensões.
A construção principal a que deve dedicar-se o Maçom, é a do seu
próprio Templo, símbolo de presença de Deus em si mesmo, no seu
corpo físico, mental e espiritual.
Os instrumentos de medida são símbolos que devem ser usados com
razão e equilíbrio.
ASTRONOMIA - E a arte de conhecer os astros e os seus
movimentos; não deve ser confundida com a Astrologia que é a "arte de
e conhecer o futuro pelos astros".
Conhecer a lei que movimenta os astros, satélites, planetas é
conhecer o Universo. A maioria dos símbolos maçônicos tem estreita
ligação com a Astronomia.
Há o Universo exterior e o Universo "de dentro"; conhecê-los é o maior
desafio do Maçom.
A Astronomia é simbolizada de forma genérica, na Abóboda Celeste
dos templos maçônicos.
MÚSICA - É a arte dos sons e de suas alterações; em
Maçonaria, os sons são considerados de importância relevante, a partir
das "Baterias", de Aclamação, dos Tímpanos, dos fundos musicais, dos
rumores iniciáticos.
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Os sons sensibilizam todo ser humano e conseqüentemente, a Natureza;
o som é produzido pela vibração das moléculas do ar e podem ser
definidos em agudos e graves.
A percepção das nuanças sonoras apura o ouvido e sensibiliza a Audição.
Toda cerimônia iniciática e mesmo todo trabalho em Loja, não dispensa o
fundo musical, tanto que é mantido um oficial como Mestre de
Harmonia.
A educação do "ouvido", ou seja, o despertar da sensibilidade da audição,
faz parte daquilo a que Platão se referia como "música das esferas
celestiais", que eram os sons que podia absorver do Universo, através de
um apurado ouvido espiritual.
Os sons propagam-se na atmosfera e são permanentes; os sons espirituais
são como os de estratosfera: silenciosos, mas sempre, vibratórios.
A Música conduz o pensamento à meditação, e das Artes Liberais
ela é a maior representação.
Essas vibrações, o Maçom as recebe através da Audição e do Tato; todo o
organismo capta os sons, os detém, analisa e coloca no "depósito" que é a
mente.
O cérebro absorve todos os sons, sem limites e os acumula qual poderoso
computador.

ARITMÉTICA (Ver: Artes Liberais)

ASTRONOMIA(Ver: Artes Liberais)

AVENTAL DE COMPANHEIRO
Em algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz. Em
outras Lojas tem as rosetas de azul pálido adicionadas ao avental, que
indicam o progresso que está sendo feito na ciência da regeneração, e que
a espiritualidade do Companheiro começa a brotar e desabrochar
plenamente.
O Companheiro cinge o Avental de modo diferente do Aprendiz; a Abeta
triangular levantada no Aprendiz, agora é dobrada dirigindo o ápice para
baixo.
Enquanto Aprendiz, é inexperiente no desbaste da pedra bruta de seu
próprio caráter e domínio de suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se
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e proteger-se também na região epigástrica (sede dos instintos
animalescos).

A COLOCAÇÃO DO AVENTAL
A participação na Grande de Obra, de uma maneira diferente da do
Aprendiz, leva consigo a necessidade de colocar-se de modo distinto o
"vestuário de trabalho" representado pelo avental: a lapela triangular
levantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se dirigindo sua ponta
para baixo.
Enquanto o Aprendiz, por ser, inexperiente em sua obra de desbastar a
pedra bruta de seu próprio caráter e dominar suas paixões, tem a
necessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (que
se considera como o assento dos instintos animais), esta necessidade
desapareceu para o artista que se fez experto em seu trabalho e,
aprendendo dominar-se, pode descobrir sem perigo tal região.
Além disso, enquanto o triângulo com a ponta voltada para cima
representa o fogo ou o elemento ativo do enxofre que tem que despertar
em si e que deve animá-lo, assim como suas mais elevadas aspirações nas
que tem que fixar constantemente o olhar para sustentar-se e dirigir-se,
cessa esta necessidade para o Companheiro, que se estabilizou firme e
irrevogavelmente em seus propósitos e cuja fidelidade é sua qualidade
mais característica.
O triângulo dirigido com a ponta para baixo representa agora a água ou
elemento passivo do sal, quer dizer, seu nível de equilíbrio ou condição
de igualdade, que é a conseqüência da firmeza e da perseverança em seus
primeiros esforços.
Representam assim os dois triângulos, respectivamente, o prumo e o
nível que caracterizam os dois graus: a Força que o primeiro busca em sua
Palavra Sagrada por meio de seu conhecimento do real; estabelecimento
na consciência de tal Força, presente dentro de seu próprio coração, que
com sua firmeza, fidelidade e perseverança, quer conseguir o segundo.
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No centro da lapela deveria representar-se, neste grau, o pentagrama ou
estrela que o simboliza, imagem do ideal ativo presente em seu ser que se
acha estabelecido na condição de equilíbrio, firmeza e igualdade indicada
pela lapela dobrada sobre o avental.
Está muito difundido também o costume de dobrar de um lado, neste
grau, a parte inferior do avental, para indicar que o Companheiro não é,
um maçom completo. Este costume, estranha por certo às corporações
medievais das quais herdou seu simbolismo a Maçonaria Moderna,
representa a nosso juízo uma superficialidade, por quanto o maçom
completo ou Mestre, tem outros signos e emblemas que o diferenciam do
Companheiro.
O Obreiro da Liberdade e do Progresso, Companheiro de seus Mestres e
de seus semelhantes, deve levar como distintivo seu avental
perfeitamente estendido, dobrando unicamente a parte superior para
distinguir-se do Aprendiz, como símbolo de sua ativa participação no
Trabalho Construtor que é o objetivo de nossa Instituição.

B
BATERIA
É certo número de golpes ou pancadas, simbólicos, que durante a
abertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja são
dados pelo Venerável e os Vigilantes com a ajuda do Malhete. A bateria
de Companheiro é de cinco golpes.

BATERIA DE LUTO
Consiste em golpear no antebraço esquerdo, em memória a algum irmão
que partiu para o Oriente Eterno.

C
CADEIA DE UNIÃO
É uma tradicional prática de fraternidade que deve realizar-se,
principalmente depois de terminados os trabalhos de uma Loja e serve
para comunicar a Palavra Semestral, fornecida pelo Grão-Mestre.
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CÂMARA DO MEIO
Local onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiam
semanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EM
CARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãos
companheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cuja
porta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante,
para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois de
darem o S, o T e as PP e outras provas convincentes de que
eram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, que
assim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e sua
atenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente são
representados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, a
letra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quem
todos devemos submeter e adorarmos.
Em algumas Lojas a letra “IOD” é substituída pelo “Olho Que Tudo Vê”
(Delta Luminoso).

CINZEL (Ver: Maço e Cinzel)

CIRCUNVOLUÇÃO NO TEMPLO

No Ocidente é feita no sentido horário, com o lado direito do corpo


sempre voltado para o centro do Templo. Do Ocidente segue-se ao
Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao Ocidente, sempre em
torno do Altar dos Juramentos.
A circulação deve ser feita em passos naturais, sem o Sinal de Ordem.
Entretanto, quando o Irmão cruzar o eixo do equador do Templo, deve
parar, postar-se à Ordem e fazer saudação ao Delta, após o que se dirige
naturalmente para o ponto desejado, sem o Sinal de Ordem.
No Oriente, também a circulação se faz com passos naturais, sem
necessidade da observância do sentido horário. Mas, ao cruzar o eixo ou
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equador do Templo, o Irmão deve parar e fazer a saudação ao Delta
Luminoso. Ao dirigir-se ao Venerável ou às autoridades maçônicas, deve
parar, fazer a saudação do Grau e postar-se à ordem, exceto os Irmãos
portadores de instrumentos de trabalho, que farão apenas um leve
meneio de cabeça.

COLUNA B
Fica a esquerda da entrada do Templo, significa "FORÇA", sua altura era
de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media cinco côvados, além
do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados, supostamente
ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes e
Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou seja 0,6m. Eram
feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo, como
recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os
iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de
Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no
Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos
olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos
Aprendizes, e onde os mesmos recebem seus salários, baseando-se na
razão.

J B

COLUNA J
Fica a direita da entrada do Templo, significa "ESTABILIDADE" sua
altura era de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media 5 côvados,
além do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados,
supostamente ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos
Aprendizes e Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou
seja 0,6m.Eram feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo,
como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os
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iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de
Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no
Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos
olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos
Companheiros, que sem afastar-se da disciplina racional do Aprendiz ,
deverá para tornar-se perfeito pensador, exercitar sua imaginação e
desenvolver sua sensibilidade. É a coluna na qual os Companheiros
recebiam seus salários.
Elas representam à dualidade Bom e Mau; Masculino e Feminino; Força e
Beleza; - e, como cabe a “B” representar o feminino, a beleza, a mãe, o
passivo, cabe a Coluna “J” representar o aspecto positivo, o masculino; o
forte; o pai; o ativo dessa dualidade.

INTERPRETAÇÃO

Não podemos separar a interpretação das colunas postadas no pórtico do


Templo, pois são intimamente ligadas entre si. Assim sendo tentaremos
dar o significado das duas colunas e então interpretaremos a coluna J.
As duas colunas que se encontram no ocidente e à entrada do Templo da
Sabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda nossa experiência no
mundo objetivo ou o Reino dos Sentidos.
Representam os princípios dos opostos, na qualidade manifesta em quase
todos os nossos órgãos, os dois lados, direita e esquerda, os dois sexos.
Cosmicamente correspondem aos princípios da Atividade e da Inércia, da
Energia e da Matéria, da Essência e da Substância e metafisicamente pelos
aspectos masculino e feminino da Divindade, que, como Pai e Mãe
celestiais, como deuses e deusas se encontram em quase todas as
religiões.
O Princípio de Vida, é em nós, nosso Pai e nossa Mãe e o Pai-Mãe do
Universo, do Universo em todos os seres.
Algumas religiões dão mais importância a um ou a outro desses dois
aspectos, mas em realidade são complementares e inseparáveis da Única
Realidade.

18
COLUNAS ZODIACAIS

São em número de doze e circundam o Templo. Como no Templo de


Salomão estas colunas simbolizam os signos do Zodíaco, isto é, as
constelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar. Representam
também os meses do ano.

COMPASSO
Serve para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas de
trabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossa
realidade "concreta". É a harmonia dos pólos.

CONSAGRAÇÃO
Ao juramento segue a consagração que se faz, à semelhança da do
Aprendiz, "pelos golpes misteriosos do grau" que nesta Segunda Câmara
são, como é natural, diferentes.
Sua posição de joelhos não constitui de nenhuma maneira um ato de
humilhação em relação com os presentes, senão tão só uma disposição
adequada de receptividade em presença do Mistério que tem que
cumprir-se nele neste momento culminante da Cerimônia, e do qual o
Rito da Consagração é simplesmente a representação exterior.
Assim como o batismo da igreja pode de certa maneira comparar-se com
a iniciação do Aprendiz, a cerimônia da confirmação tem analogia com a
consagração do Companheiro: se trata, pois, de um ato solene e sagrado,
no qual se administra ao recipiendário a crisma ou união que o consagra
em definitivo como membro fiel da Ordem, depois de uma
Aprendizagem no que adquiriu um melhor conhecimento dela e pôs a
prova sua firmeza e perseverança manifestando a real natureza de seus
propósitos.
19
Não pudera, portanto, receber-se devidamente a consagração numa
posição distinta: as Forças Espirituais que convergem neste momento por
cima de sua cabeça, representada pela espada, devem receber-se numa
especial disposição interior, a qual se acompanha uma adequada posição
exterior, que ao mesmo tempo é símbolo da primeira.
Os golpes misteriosos que soam sobre sua cabeça e suas costas,
representam o momento final na qual ditas Forças se manifestam do
interior ao exterior e de cima para baixo, e vibra então em todo sua
personalidade, desde a cabeça a ponta dos pés, um som novo, uma nova
tonalidade, uma manifestação mais luminosa de sua Divina Essência: o
Companheiro Maçom nasceu neste momento no recipiendário, que se
converteu, por seus próprios esforços, em Obreiro e Militante da
Inteligência Criadora, e que, com sua atividade construtiva ao serviço de
seus semelhantes, tomará parte, com esta nova investidura, na Grande
Obra da Construção Universal.

CONSCIÊNCIA
Significa "com conhecimento". Pelo pensamento, chegando a
Consciência, chegamos a "dar-nos conta". Com a Consciência, o homem
se sente que é "EU", e "pensa porque é". Por ser "EU" penso, e, porque
penso, adquiro a consciência de meus pensamentos.
(Ver: Faculdades do Ser Humano)

CORAÇÃO ARRANCADO
Antes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere "que lhe
arranque o coração, destroçando-o e jogando-o aos abutres". Que
representa este coração arrancado e qual é o significado simbólico dos
abutres?
Esta penalidade alegórica, a que o Companheiro se condena no caso de
infidelidade as obrigações que acaba de contrair (ou seja, dos deveres
implícitos em sua nova qualidade, aos que acaba de reconhecer) tem um
notável parecer com o mítico castigo de Prometeu quem, depois de haver
formado os primeiros homens, mesclando a terra com a água (a
semelhança do Eloin hebraico), sobe ao Céu com a ajuda de Minerva (a
Sabedoria ou Princípio da Inteligência) para roubar ali, o Fogo Sagrado, a
20
Chispa Divina que devia animá-los, e a quem por tal atrevimento,
condena Júpiter, o Deus Pai da Criação, a ser atado nas montanhas do
Cáucaso, de onde um abutre tinha que devorar-lhe constantemente as
entranhas. Vulcano (o forjador dos metais nas entranhas da terra) se acha
encarregado da execução da sentença; enquanto Hércules (a Força
Heróica que triunfa de todos os obstáculos) se converte depois em seu
libertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo que
atormentava seu coração, condenando-lhe a um estado de Impotência (as
cadeias que o atam).
É evidente que deve existir uma analogia entre a pena simbólica do
Companheiro e este relato mitológico.
O coração é, pois, o símbolo da Vida que anima ao organismo (formado
de pó e de água, quer dizer, produto da evolução natural dos elementos,
desde baixo até em cima, desde o mais denso ao mais sutil) assim como
do Centro Interior do homem; de seu ser, se sua consciência, de seu eu.
Aqui se manifesta a Chispa Divina, o fogo sagrado que Prometeu,
evidentemente símbolo do impulso evolutivo, arrebata em sua ascensão
ao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior que
constitui o Mundo Divino, com a ajuda do Princípio Inteligente que é a
Mente Universal, emanada diretamente de Júpiter.
Enquanto o castigo não pode ser senão conseqüência da prostituição da
mai elevada conquista do mesmo Impulso Evolutivo, o que produziu o
homem e cuja natureza o diferencia dos demais seres da natureza fazendo
que preponderem nele seus ideais (a Chispa Divina) sobre suas paixões,
desejos e tendências materiais (a água e a terra) que constituem seu ser
inferior.
Júpiter não representa neste caso nenhum princípio de despótica
vingança, senão unicamente a Lei Impessoal, segundo a qual cada
indivíduo se decreta seu próprio castigo, pela inobservância da mesma. E
Vulcano, o executor material do castigo, representa aqueles metais ou
qualidades ordinárias do homem, que o escravizam ou atam ao Cáucaso
da matéria, até que não se amalgamam no mercúrio filosófico da
iniciação.
O abutre é o símbolo do remorso interior e do anseio que se ainda no
coração do homem, com a consciência de sua escravidão e o desejo de sua
21
liberação, que se realiza pelos esforços do Iniciado, personificado por
Hércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divina
origem acode a libertar ao homem inferior, que é ele mesmo, da
escravidão da matéria, destruindo a ilusão devoradora da Vida de seu
coração.
O Companheiro, fiel a seu Ideal, deve, pois, cuidar de não prostituir sua
vida entregando-se às paixões, fazendo-a pasto ou alimento de seus
desejos ou instintos inferiores, a escravidão do que e o remorso
consecutivo seriam seu próprio castigo. Isto é o que significa o
juramento.

CORDA COM NÓS


Ou Corda de 81 nós, circunda o Templo quase a altura do teto. Suas
pontas terminam pendentes, uma de cada lado da porta de entrada.
Representam estas pontas pendentes, que a Maçonaria estará sempre
aberta para os demais irmãos que dela necessitar, e receber profanos
limpos e puros, para se tornarem maçons. Os nós em número de 81,
representam matematicamente o quadrado de nove na tábua de
multiplicar de Pitágoras e três elevado à quarta potência. Simbolicamente
representa os maçons formando a Cadeia de União, recebendo a Palavra
Semestral. É o laço de união com o Íntimo Deus Interior.

D
DECORAÇÃO
É um conjunto de adornos que ornamentam uma Loja, variando de
acordo com o grau em que está funcionando.

DECORAR AS COLUNAS
O ato dos Oficiais e demais maçons de uma Oficina, ocuparem os seus
devidos lugares para os trabalhos maçônicos.
22
DELTA LUMINOSO
Fica acima do trono do Venerável, no Oriente de uma Loja Maçônica. Ali
brilha o Delta Luminoso, com o Olho Divino no centro. É o símbolo do
Poder Supremo e também do Princípio – ONISCIÊNCIA – que é a
suprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que o
definem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, a
Luz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua os dois
luminares visíveis, manifestações diretas e reflexos dessa luz invisível, que
ilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam à luz. O Delta é
constituído pelo Triângulo Eqüilátero, considerado a figura mais perfeita
formada por linhas retas, e por isso representa a Perfeição e também a
harmonia e a sabedoria. Os seus lados constituem um ternário, que desde
a mais alta antiguidade, tem caráter sagrado, e o Ternário tem por
emblema essencial o Delta Luminoso. Esse símbolo é triplo por si mesmo
e nele se distingue o triângulo, a irradiação que dele sai e o círculo de
nuvens.
(Ver: Onisciência)

DELTA SAGRADO
É o emblema da Trindade, chamada de Triada, Trindade, etc. Nos
Templos franco-maçônicos está geralmente envolvida de uma “glória”. É
o símbolo da tripla força indivisível e divina que se manifesta como
Vontade, Amor e Inteligência cósmicos, ou ainda, os Pólos positivo e
negativo, e o efeito de sua união.

DEUS
É o Ser Supremo admitido em todas as religiões. É a Existência Suprema,
Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria
e ao qual os Maçons dão à denominação de Grande Arquiteto do
Universo. Com estas simples palavras é definido o Princípio Criador,
segundo a concepção maçônica.
(Ver: Deveres para com o G.`.A.`.D.`.U.`.)
23
DEVERES DO COMPANHEIRO
Deveres para com o Grande Arquiteto do Universo
O Grande Arquiteto do Universo, ou Deus, é o ser invisível e incriado,
misterioso em sua forma e ação; existe sem ser percebido; atua sem
interferência humana; criou e cria constantemente e forja a humanidade.
Pelo mistério insondável é respeitado e adorado; somente Ele tem o
direito à adoração exclusiva; repartir essa adoração com algum ser
criado, dentro da Natureza ou no Cosmos, não passa de idolatria, prática
que a Maçonaria condena.
A Maçonaria não seleciona "uma espécie de religião"; as aceita todas,
uma vez que Deus seja o ponto central e que não haja idolatria.
O homem tem a sua liberdade de escolha quanto à forma de adorar a
Deus, de cultuá-lo e de manifestar a sua religiosidade que deve visar o
grande respeito para com Deus e tolerância para com os seus
semelhantes, amando-os com ternura e fraterna amizade.
Os deveres para com Deus abrangem a crença numa vida futura em
um local que é denominado de Oriente Eterno, onde se supõe a
presença visível de Deus e o desvendamento dos mistérios.
Os Maçons, quando reunidos em Loja, elevam preces a Deus para
demonstrar o seu respeito e a sua submissão, invocando as benesses de
que necessita para usufruir uma vida digna no seio da Natureza e da
Sociedade.
O Maçom crê em Deus como sendo o criador do Universo, conhecido e
desconhecido, o que é atual e o que será amanhã.
Não há lugar nos trabalhos maçônicos cogitar da existência ou não de
Deus; duvidar de sua existência significa falta de respeito. Deus existe e é
o criador; o demais, será supérfluo e negativo.
Isso não significa uma crença cega, um dogma ou uma ilusão; constitui
um princípio que deve ser aceito, caso contrário o profano não será
iniciado.
O nome dado a Deus de Grande Arquiteto do Universo designa o Ser
Construtor, ou seja, o Construtor do Universo.
Sabemos que existem múltiplos Universos; ninguém cogita em definir
e separar esses Universos; ao Maçom basta saber que Deus é o criador
do Universo onde habita.
24
O Cosmos é tão incomensurável que a inteligência humana, com raras
exceções não abarca; assim, Deus deve ser considerado o Construtor do
homem e isso resulta em certeza de que essa construção foi divina.
Ao apelar-se à mercê de Deus para alguma de nossas humanas
necessidades, o Maçom não deve esquecer que “faz parte desse Deus" e
que assim, tem o direito de ser beneficiado pela vontade de um Deus
amoroso, um Deus, Pai.
A adoração revela-se através de atos de respeito; é uma adoração mística
que ocorre por ocasião da abertura do Livro Sagrado e das preces;
contudo, a adoração deve ser em "Espírito"; a nossa mente deve
encontrar o caminho da Comunhão, da aproximação, da vidência e do
contato direto com o Poder Maior.
A veneração deve ser permanente e não apenas durante os trabalhos em
Loja; o Iniciado é Maçom permanente e sua ligação com a Divindade é
trabalho constante; da Pedra Bruta que o homem é, uma vez burilada,
compreenderá muito melhor a influência de Deus em sua vida,
inspirador do Amor Fraterno, da Paz e da Amizade.
Deveres do homem para consigo mesmo
Porque o homem é criatura de Deus, ele é um todo "santificado", assim
deve tratar à sua mente e ao seu corpo com respeito.
A parte física não poderá ser bombardeada com a ingestão de alimentos
inapropriados e de substâncias químicas nocivas.
O excesso em tudo, é prejudicial, mesmo que seja, simplesmente, na
ingestão de água; o que dizer então das demais bebidas, em especial, as
alcoólicas que leva à decadência e ao vício?
Certas religiões não permitem a ingestão de certos alimentos; os hebreus
e os orientais desprezam a carne de suínos; os ocidentais lutam para
afastar de sua mesa, as carnes vermelhas; há os vegetarianos que só se
alimentam com vegetais grãos e frutos; os maometanos não ingerem
bebidas alcoólicas.
O ar respirado há de ser puro portanto, o uso de cigarros e assemelhados,
é nocivo à saúde; os tóxicos químicos levam à degradação e à morte;
assim, os que se entregam aos vícios, estão usando mal o seu corpo físico
com as conseqüências funestas de todos conhecidas.

25
Deveres para com o próximo
Duas são as máximas a serem observadas: Não fazer aos outros o que não
desejarias que te fizessem; faze aos outros o que desejarias que os outros
te fizessem.
Há uma compensação nessas duas máximas; uma, negativa, que traduz o
bem-estar, a paz e a tranqüilidade; a outra, positiva, que traz satisfação,
segurança e felicidade.
A comunidade é formada por cidadãos com deveres iguais, mas a
cumprir; a omissão é uma grande falha da sociedade.
O "Ama o próximo como a ti mesmo", revela um espírito de igualdade;
esse amor é amplo e sem barreiras.
O próximo sempre é o "outro", não importando se membro da
mesma família, se concidadão, se Maçom.
O Maçom crê na existência de Deus como Pai criador; logo, todos os por
Ele criado, são irmãos.
A Maçonaria destaca os deveres para como o próximo num sentido lato,
pois, todos são esse "próximo".
Há Maçons que entendem que esse amor é devido, exclusivamente, aos
demais Maçons.
Os deveres para com os Maçons, são outros; derivam de uma Iniciação
que une os seres humanos como se essa união fosse de sangue, ou seja, de
parentesco.
Observando uma família, entre pais e filhos e irmãos, nota-se um
comportamento natural de afeto.
O que distingue o próximo do familiar é justamente esse afeto.
Entre Irmãos Maçons, além do relacionamento como se fossem o
"próximo", há um liame iniciático que conduz a um afeto, às vezes maior
que o familiar.
A fragilidade que se observa na sociedade é essa ausência de afeto; a
família já não possui o amor que deveria registrar todos os atos da vida e
por essa ausência é que a sociedade fracassa; o ponto central da sociedade
é a família.
O Maçom, antes de tudo, deve ser um chefe de família ideal.
Os proponentes de candidatos, nem sempre se preocupam em observar o
ambiente familiar do proposto.
26
Existindo falhas na "célula mater", essas refletirão na vida profissional,
social e religiosa. A Maçonaria não sendo uma religião, todavia possui
uma vivência religiosa na expressão lata do vocábulo: "religare" (religio);
unir Deus à criatura.
O Maçom deve prever os acontecimentos que envolvem o próximo e
levar a esse a sua colaboração; não se deve esperar que seja feito o pedido
de auxílio; esse deve ser espontâneo.
O grande "pecado" é o "deixar de fazer", quando alguém necessitado
cruza o nosso caminho. O cidadão deve prestar-lhe assistência
espontânea.
Fazer a Caridade não é dar esmolas, mas dar assistência. A primeira
máxima revela a disposição de respeito; valorizar o próximo tendo por
base a própria vivência; ser justo na análise fria que se faça a alguém; nem
sequer, um olhar desprezível é aconselhável, pois se esse olhar for
dirigido a nós, sentiremos o seu efeito; no mínimo um mal-estar.
O ideal será a observância das duas máximas ao mesmo tempo.
O fazer aquilo que gostaríamos que nos fizessem parte do
pensamento; a força do pensamento atrai o semelhante.Para o
necessitado, sendo nós também, um necessitado, pouco poderemos
realizar, mas não possuindo "nem ouro nem prata para dar", demos a
nossa simpatia, a nossa solidariedade pois, dois infelizes poderão suportar
o infortúnio melhor que se agissem isoladamente.A filantropia é uma das
bases da solidariedade humana; o Maçom tem o dever de dar; é "melhor
dar que receber", máxima evangélica.
Para receber é preciso um ato de atração; parte do pensamento positivo;
tornar-se receptivo é abrir Caminho para o recebimento de qualquer
benesse.
Mas para ser receptivo é preciso ser dadivoso.
São Francisco, em sua célebre oração, resumiu: "E dando que se recebe".
Nas sessões maçônicas, em especial, através da Cadeia de União, o
Maçom permuta benesses.
O desequilíbrio social torna uma Nação frágil; cada um de nós, deve
tentar, pelo menos equilibrar o meio ambiente onde atua.
Para conseguir a primeira máxima, deve ser cumprida a segunda;
elas subsistem em harmonia plena.
27
A ação derivada do cumprimento dos deveres do Maçom, resulta na
prática de uma virtude.
O Maçom virtuoso é o Maçom completo, o Maçom iniciado.

DEZ (Ver: Simbologia Numérica)

DIFERENÇAS RITUALÍSTICAS ENTRE O 1º E O 2º GRAUS


1- O nome da cerimônia para ingressar no 1º Gr.’. chama-se
Iniciação e para ingressar no 2º Gr.’. é conhecida como Elevação.
Em Maçonaria somente existe uma Cerimônia de Iniciação quando um
profano é admitido no Primeiro Grau da Ordem.
2 – Na cerimônia de Iniciação para o 1º Gr.’. o profano passa pela
Câmara de Reflexões e para ser elevado ao 2o Gr.’. vai diretamente para
o Templo.
Na Câmara de Reflexões, o candidato escreve seu Testamento porque ele
irá a morrer como profano para depois renascer como Maçom.
3 – Na cerimônia de Iniciação o candidato entra no Templo com a
vista vendada e na cerimônia de Elevação, o Ap.’. não fica com a vista
vendada.
a) O candidato fica com a vista vendada para preservar os símbolos, sinais
e ritualística de uma cerimônia maçônica, pois não sabemos ainda se ele
irá a ser aprovado.
b) A vista ainda débil do profano deve ser protegida da luz que vem do
Or.’..
c) Também preservamos a identidade dos Maçons presentes no Templo
de eventuais conhecidos do profano e que, identificados por ele, poderia
causar problemas de ordem familiar, profissional, político ou
doutrinário.
d) A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo
profano, o que não se aplica a um irmão que já é Ap.’..
e) O Ap.’. que está sendo elevado, já conhece uma Loja em trabalhos,
conhece seus IIr.’. e se ver um conhecido pela primeira vez não haverá
problema porque ele já jurou e prometeu não revelar a ninguém todo o
acontecido em Loja.
28
f) A vista do Ap.’. já é forte o suficiente para, desde o Oc .’. suportar a
luz que vem do Or.’..
4 – Na cerimônia de Iniciação, o profano realiza 3 viagens e na
cerimônia de Elevação as viagens são 5.
Na cerimônia de Iniciação o profano é submetido às provas dos 4
elementos do mundo antigo: terra, ar, água e fogo (a terra, na Câmara de
Reflexões).
O Ap.’., sendo elevado, já passou por essas provas e agora ele precisa
conhecer o uso das ferramentas do 2º Gr.’..
(Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)
5 – Na cerimônia de Iniciação, o profano é submetido a diversas
perguntas sobre assuntos que interessam à Maçonaria, incluindo a crença
ou não em Deus; na cerimônia de Elevação as perguntas para o Aprendiz,
são apenas para certificar-se do seu entendimento dos estudos sobre o
Seg.`. Grau.
A Loja precisa conhecer, antes da sua definitiva aceitação, se o
pensamento do profano está de acordo com os princípios da Ordem. O
Ap.’. já é conhecido da Loja e não mais precisa ser questionado.
6 – A idade do Ap.’. é 3 anos e do Comp.’., 5 anos.
A idade do Ap.’. é de 3 anos, porque na antigüidade esse era o tempo
necessário para seu preparo. O 3 indica que o Ap.’. deve-se encerrar em
seu mundo interior.
A idade do Comp.’. lembra a “Quintessência” e os “Cinco Sentidos” .
(Ver: Quintessência e Sentidos)
A idade do Comp.’. significa que ele está mais avançado na vida maçônica
que o Ap.’. mas ainda tem muito caminho para percorrer até chegar à
perfeição iniciática.
7 - O Sinal do Ap.’. é diferente do Sinal do Companheiro.
Ambos SS.’. lembram o juramento do grau, acrescentando o
Companheiro o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente seus
irmãos e ele, com sua m.’. d.’. levantada reafirma a sinceridade da
promessa feita.
8 – A Marcha do Ap.’. tem 3 passos e a do Comp.’. tem 5 passos.
Ambas lembram o número do Grau, que se repete na idade, nas batidas,
no Toque, etc.
29
9 – Os passos da marcha do Ap.’. tem uma direção só e a do
Comp.’. desvia-se de direção.
A Marcha do Ap.’. tem uma direção única simbolizando que ele ainda
não pode apartar-se de seu caminho porque sem maiores conhecimentos
ele se perderia e não conseguiria voltar mais.
O Comp.’. está suficientemente instruído para marchar em mais de uma
direção mas sempre seguindo a linha reta em que foi colocado pela
Ordem; ele pode-se desviar e voltar simbolizando que se nos desvia a
afetividade, podemos voltar a linha reta pela razão, ou que tomamos luz
dos Mestres para levar para nossos irmãos AAp.’., ou que podemos
procurar a verdade em outros caminhos.
10 - As PP.’. e SS.’. são diferentes. A P.’. S.’. do Ap.’. significa
força, moral, apoio e a do Comp.’. significa estabilidade, firmeza. Ambas
lembram a respectiva coluna da entrada do Templo.
11 – O Ap.’. não tem P.’. de P.’.
De acordo com a antiga tradição, o Ap.’. ficava 5 anos encerrado no
Templo para o qual entrava após 2 anos de observação por parte dos
CC.’. e dos MM.’. sem se comunicar com o mundo profano e, caso
deixasse o Templo, ele jamais voltaria, não precisando assim de P.’. de
P.’.
12 – A forma de transmitir a P.’. S.’. é diferente.
Como o Ap.’. não sabe ler nem escrever, sabendo apenas soletrar, não
pode dar a P.’. S.’. precisando que quem a pede, dê a primeira letra e ele
da à segunda.
O Comp.’. não é mais ignorante e ele pode dar a P.’. S.’. sem ter que
receber auxílio.
13 – A abertura do L.’. da L.’. é diferente. No grau de Ap.’. o L.’.
da L.’. é aberto no Salmo 133 e são lidos os versículos 1, 2 e 3 que elogia
a fraternidade que deve reinar entre os Irmãos. No grau de Companheiro
o L.’. da L.’. é aberto em Amós, cap. 7, e são lidos os versículos 7 e 8,
que critica os israelitas que não usaram o prumo nas construções.
14 – A colocação do Esq.’. e Comp.’. são diferentes. No grau de
Ap.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’.
com as pontas voltadas para o Oc.’. cobertas pelas pernas do Esq.’. que
apontarão para o Or.’.. O Esq.’. simboliza a parte material que por
30
enquanto no Ap.’. sobrepõe- se à parte espiritual representada pelo
Comp.’.
No grau de Comp.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados
sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’. com as pontas voltadas para o Oc.’.
ficará com a ponta que aponta para o Sul sobre o Esq.’. e a outra sob o
mesmo, simbolizando que no Comp.’. a parte espiritual começa a
sobrepor à parte material e é na parte do Sul (o Norte permanece nas
trevas, no Hemisfério Norte) que a parte espiritual começa a se destacar.
15 – As colunas B e J no grau de Ap.’. ficam encimadas por 3 romãs
e no grau de Comp.’. a coluna B por um globo terrestre e a coluna J por
um globo celeste.
No grau de Ap.’. as romãs simbolizam a união entre os maçons, a
igualdade deles, à procura de Deus, à ajuda aos seus semelhantes e lembra
outros valores dos maçons.
No grau de Comp.’. o globo terrestre e o globo celeste simbolizam a
universalidade da Ordem.
16 – A Loja de Comp.’. tem janelas.
A Loja de Ap.’. não tem janelas, estando iluminada unicamente pela luz
que vem do Or.`..
Uma Loja de Comp.’. é iluminada por 3 janelas situadas no Or.’., no Sul
e no Oc.’.; no Setentrião (Norte) não existe janela porque a luz nunca
vem dessa direção (hemisfério Norte).
17 – O Ap.’. usa o avental com a abeta levantada e o Comp.’. abaixa
a abeta de seu avental.
O Ap.’. usa a abeta levantada para proteger o chacra localizado na região
epigâstrica dos cascalhos da pedra bruta que ele está desbastando; e para
lembrar permanentemente a ele que a parte espiritual (representada pelo
triângulo) deve estar acima da parte material (representada pelo
retângulo) do avental.
O Comp.’. já terminou o desbaste da pedra bruta (não precisa de
proteção) e ele já conhece a diferença entre a parte espiritual e a material;
não precisa ser lembrado.

31
E

ESCADA CARACOL
Escada no Templo de Salomão, em cujo cimo chegava-se a CÂMARA
DO MEIO DO TEMPLO, na qual os antigos irmãos companheiros
subiam para receber seus salários. Era constituída por 3, 5 e 7 ou mais
degraus, porque TRÊS governam a Loja, CINCO a constituem e SETE
ou mais a tornam perfeita. A lenda da escada em caracol pode também
ser considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo passado à
adolescência como Aprendiz, e a virilidade como Companheiro, tenta,
ousadamente, avançar e subir, apesar do caminho tortuoso e a sua subida
difícil, na esperança de, pela diligência e pela perseverança, chegar à
idade madura como um Mestre esclarecido.(Ver:Três,Cinco e Sete)

ESCADA DE JACÓ E SEUS SÍMBOLOS

Composta de muito degraus, cada um deles representa uma das Virtudes


exigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.
Em sua base, centro e todo, destacam-se três símbolos, muito conhecidos
do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, virtudes teologais
que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano,
principalmente do Maçom, que não se deve esquecer, jamais, de
depositar FÉ no G.’.A.’.D.’.U.’. , ESPERANÇA, no aperfeiçoamento
moral, e ter CARIDADE para com seus semelhantes. A Fé é a sabedoria
do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A Esperança é a
força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades
encontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que adorna o
espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se abriguem
os mais puros sentimentos humanos.
32
É o caminho iniciático da perfectibilidade. Nesta escada aparecem três
símbolos:
- A Cruz que significa a Fé, ou seja, os sentimentos de confiança e

certeza e a convicção da existência do G.A.D.U.;


- A Âncora, que simboliza a Esperança e sugere aos maçons a segurança

com que se pode alcançar os verdadeiros objetivos da vida; e


- O Cálice, que simboliza a Caridade, o verdadeiro amor que o maçom
deve dedicar ao próximo, cuja prática está na disposição de auxiliar o
nosso semelhante.

ESPADA
Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do
grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora
companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do
mesmo grau ou superior.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

ESPADA SOBRE O PEITO

Nesta revisão do caminho recorrido, a espada apontada sobre seu peito


recorda ao novo companheiro seu ingresso no Templo, na cerimônia de
iniciação como Aprendiz. Este é, efetivamente, um dos sentidos
simbólicos da mesma.
Como na iniciação do Aprendiz, a espada sobre o peito indica
fundamentalmente a dor que sempre nos faz "dirigir para dentro",
pensar, reflexionar, discernir e saber. Não pode existir sabedoria que não
se faça de alguma maneira amadurecido com a dor; assim como também
33
todos nossos sentidos e faculdades nasceram e se manifestaram
evolutivamente sob seu estímulo benéfico.
Para o Companheiro, a espada do Experto que o impulsiona em seu
movimento retrógrado, representa sobre tudo, aquele irrefreável desejo
que nasce em seu mesmo coração e o impulsiona a abandonar todas as
regras que seguiu até então, para conquistar a liberdade que lhe aparece
como Bem Supremo e como a coisa mais desejável. Ao mesmo tempo,
nasce uma espécie de remorso que esconde em si o constante anelo de
progresso inerente em todo ser humano, e que o segue constantemente
naquela recaída, que é a primeira conseqüência da liberdade que
acreditou poder conquistar abandonando as regras seguidas até então;
este mesmo remorso, esta voz da consciência que representa a espada, e
faz sentir sempre mais forte a regra interior que será para ele desde agora
Lei Suprema de sua conduta.

Portanto mais que uma ameaça, a espada representa uma indicação:


mostra ao Companheiro onde tem de buscar de agora em diante a régua
perdida, a lei de sua conduta, e o novo instrumento (o sétimo
instrumento necessário na Grande Obra de Construção Individual) que
em seu próprio coração, nas profundezas de seu eu, no centro se seu Ser,
deve haver efetivo, com o reconhecimento de sua verdadeira natureza, e
com a intuição que o faz canal e veículo da Inspiração Divina. Este é o
sentido real da espada que se acha apontada sobre seu peito, já não para
ameaçá-lo, senão para guiá-lo a reconhecer o privilégio de sua Divina
Liberdade e fazer de tal privilégio o uso mais sábio e mais inteligente.

Assim, pois, mostra a espada ao novo Companheiro a necessidade de


conhecer-se a si mesmo, para que possa assim contestar a pergunta Quem
somos?, que é o problema iniciático deste grau.

ESPIGA DE TRIGO
É tomada como símbolo da universalidade, da evolução espiritual e da
indestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremo
mistério. Simboliza o 2º Grau (Companheiro).
(Ver: Palavra de Passe)
34
ESQUADRO
Permite controlar o corte das pedras que devem ser estritamente
retangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadro
determina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, pois
ensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com que
se coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre,
que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter,
firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO é
o TAU, é a Experiência e o Acerto.

ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERA

A pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da Divindade


Cósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro a
letra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela,
é o reflexo deste e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem e
semelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo,
"o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente,
acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima do
pedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro,
porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luz
e de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao
devotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta a
todas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente os
quatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolo
das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da
matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema
do PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre o
Sol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando a
luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão
procedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO.
(Ver: Simbologia Numérica)

35
EXALTAÇÃO
Vencido o interstício legal, o candidato achando-se em condições de subir
de grau, apresentará um trabalho escrito sobre qualquer tema do grau.
Posteriormente, em sessão previamente marcada, haverá a sabatina do
candidato, em Loja. No caso do candidato ser aprovado o mesmo será
exaltado ao Grau de Mestre Maçom.
A exaltação dos candidatos se fará em sessão especial.

F
FACULDADES DO SER HUMANO

PENSAMENTO - O pensamento é a faculdade que temos de


conhecer as coisas e nos relacionar intimamente com elas: a faculdade
por meio da qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores,
que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e
idéias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com
mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e da
reflexão.
Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o
pensamento é vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do
éter, com a eletricidade, o calor, etc.
Esta vibração mental afeta uma forma e um aspecto particular, com os
quais os reconhecemos interiormente nesta consciência.
Por conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa mente
estimulada pela ação exterior dos sentidos ou interior da vontade, e desta
atividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo se
manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos
nessa luz.
Assim como há pensamento consciente há também pensamento
subconsciente, que está mais alem do raio da consciência, o qual se
desenvolve na forma mais ou menos automática, relacionando-se sempre
com o pensamento consciente, do que representa como uma penumbra,
um reflexo ou ressonância obscura, porem não por esta razão inteligente.
36
CONSCIÊNCIA - O estudo do pensamento leva naturalmente
ao da consciência, sendo esta causa direta ou indireta de todo
pensamento, seja consciente, seja reflexo ou subconsciente.
Consciência (no latim conscientia) vem de conscire que significa "dar-se
conta", "perceber", "fazer-se sábio", "adquirir conhecimento" de algo. É
a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e
que é o fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcro
interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as
manifestações de nossa personalidade. A celebre frase de Descartes
"cogito, ergo sum" expressa, no fundo uma inexatidão. Na realidade não
somos porque pensamos, senão melhor, pensamos porque somos: o fato
de ser é fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Em
vez de ser uma necessária demonstração de nossa existência, pensar numa
consciência da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideração.
Se não fossemos, tampouco poderíamos pensar que pensamos, nem
portanto que somos.
Enquanto somos, pensamos, e adquirimos consciência de nossos
pensamentos.
Base de todas nossas faculdades, nossa consciência é a luz interior que nos
ilumina, "aquela luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo",
que dizer a percepção da realidade objetiva. Sem ela seríamos
simplesmente autômatos inconscientes, incapazes de pensar, saber,
julgar, querer, eleger e dirigir-mos. Seu desenvolvimento, ou melhor
dito liberação e expressão, caracteriza no homem o desenvolvimento de
suas mais elevadas possibilidades.

INTELIGÊNCIA - Estreitamente relacionada com o pensamento


e com a consciência, se acha a inteligência, palavra que provem do latim
intelligere, quer dizer, inter-legere ou inter-ligare "ler dentro" ou
entreligar". É pois a faculdade de ler ou penetrar dentro da aparência das
coisas, interligando-as e reconhecendo o laço ou nexo interior que as une
e manifesta sua "gênesis" origem nas diferentes analogias.
Por meio de sua Inteligência - ou consciência aplicada ao pensamento - o
homem chega a conhecer a verdadeira natureza do mundo que o rodeia,
de si mesmo e todas as coisas que caem sob seus sentidos; compara estas
37
coisas, as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e se
forma assim conceitos e idéias sempre mais abstratas e gerais, retirados
do particular e concreto. Assim, pode descobrir, reconhecer e formular
as Leis e Princípios que governam o Universo, assim como os que
governam seu próprio ser interior, sua própria vida íntima psíquica,
intelectual e espiritual.
A inteligência, é pois, o uso consciente que fazemos de nossa faculdade
de pensar, sendo este uso consciente do pensamento o que nos distingue
dos seres inferiores (que também pensam, porem com um grau inferior
de consciência, e portanto, de inteligência), e ao mesmo tempo
caracteriza e mede o desenvolvimento ou grau de manifestação da
consciência.
Desde inteligência instintiva, quase automática, que caracteriza o reino
mineral, determinando a afinidade atômica e governando a formação dos
cristais assim como a atividade físico-química, passamos a um grau
superior de inteligência (igualmente instintiva, porem menos automática)
no reino vegetal, cujas funções são mais complexas e mais livres, em que
seja difícil falar de liberdade nos reinos inferiores, segundo o sentido
humano da palavra.
Certo grau rudimentar de liberdade se manifesta naquela inteligência que
produz a afinidade eletiva, que é a causa da seleção e evolução das
espécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aos
instintos da vida animal, e, destes, a inteligência humana, caracterizada
pela razão consciente que pode ascender do concreto ao abstrato, da
percepção puramente física, ao discernimento de uma realidade
metafísica.
VONTADE - Companheira da inteligência e de seu
desenvolvimento, em seus estados sucessivos, a Vontade é a faculdade de
desejar e querer. A vontade é a gêmea da Inteligência: enquanto esta é a
faculdade passiva e luminosa de nosso ser, a que determina e guia nossos
juízos, a Vontade é aquela faculdade ativa por excelência, que nos
impulsiona a ação, traduzindo-se em esforço construtor ou destrutivo,
segundo a particular direção da Inteligência. As duas faculdades estão
assim constantemente relacionadas e se determinam e influenciam
mutuamente.
38
O Pensamento, dirigido pela Inteligência, prepara a linha ou direção na
qual se canaliza e segundo a qual atua a Vontade, enquanto esta, por sua
vez determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo a
Consciência o centro motor estático determinante das duas.
Assim como há consciência e subconsciência, pensamento consciente e
pensamento subconsciente e, portanto, inteligência racional como
instintiva, há também uma vontade instintiva ou automática ao lado da
vontade inteligente ou racional. A primeira é a que constitui nossos
desejos e nossos impulsos, em comum com os animais e seres inferiores,
enquanto a segunda é o resultado da reflexão, o fruto de uma
determinação inteligente.
Por sua íntima natureza, o progresso destas duas faculdades deve estar
constantemente relacionado. A marcha do Aprendiz, indica este
processo: a cada passo do pé esquerdo (passividade, inteligência,
pensamento), deve corresponder igual passo do pé direito (atividade,
vontade, ação) em esquadro, ou seja em acordo perfeito com o primeiro.

LIVRE ARBITRIO - Como coroamento e conseqüência


necessária do estudo das faculdades humanas, chegamos ao problema do
determinismo e do livre arbítrio, um problema sobre o qual muito se
discutiu doutos e sábios em todos os tempos, pois de sua solução depende
a irresponsabilidade ou responsabilidade do homem e, portanto, a
utilidade de todo esforço.
A solução deste problema é de importância fundamental para o maçom,
pois se o homem não for livre em suas ações e determinações a
Maçonaria, como Arte Real da Vida, não teria razão nenhuma de existir.
O Companheiro, que reconheceu interiormente a verdadeira natureza de
suas faculdades, se acha agora perfeitamente capacitado para resolver-se.
É sem dúvida, que a vontade, e por conseqüência a atividade do homem e
o fruto de suas ações, se acham determinados pelo o que ele pensa, julga
e vê interiormente. Assim pois, o que o faz único e como obra em
determinadas circunstância, o que elege constantemente (seja esta eleição
39
consciente ou inconsciente), depende de sua maneira de pensar, de sua
claridade de mente, de seu juízo e de seus conhecimentos.
Por conseqüência, livre arbítrio e liberdade individual existem para o
homem em proporção do desenvolvimento de sua Inteligência e de seu
Juízo.
Para o homem inteiramente dominado por suas paixões, instintos, vícios
e erros, não existe o livre arbítrio, como existe para o homem iluminado
e virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente seus
atos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é a
conseqüência ou concatenação lógica das causas e dos efeitos, ou seja a
dupla reação interior e exterior de toda ação.
Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suas
paixões, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livre
arbítrio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, pois por
meio desse esforço se liberta dos vínculos que atam ao homem instintivo
a seus erros e paixões: conhece a Verdade e a Verdade o faz livre.
Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínio
da inteligência, e da cega obediência a suas paixões a uma clara e
inteligente determinação ou, em outras palavras, do erro à Verdade e do
vício à Virtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que é
própria de sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade,
própria de sua natureza divina ou superior, e esta se afirma
constantemente sobre aquela.
Este é o caminho da liberdade que a Maçonaria indica aos homens nas
diferentes viagens ou etapas de seu simbólico progresso. Caminho e
progresso que se realizam por meio do esforço individual sobre a Senda
da Verdade e da Virtude, as duas colunas que dão acesso ao Templo da
Divina Perfeição de nosso Ser.

FAMÍLIA
A Maçonaria por ser uma associação de pessoas com os mesmos interesses
e por sua fraternidade, é considerada uma grande família: a família
maçônica. A expressão “em família”, maçonicamente serve para designar
as Sessões em que, em caráter excepcional, são abolidas as formalidades
40
ritualísticas, principalmente o uso da palavra, que não depende da formal
e normal tramitação.

FERRAMENTAS (Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)

G
G.`.A.`.D.`.U.`.
(Ver: Deus e Deveres do Comp.`. para com o G.`.A.`.D.`.U.´.)

GENIO (Ver: Letra G)

GEOMETRIA (Ver: Artes Liberais e Letra G)

GERAÇÃO (Ver: Letra G)

GLOBO TERRESTRE E CELESTE

Esferas que encimam as colunas B.`. e J.`., respectivamente, e assinalam


a Universalidade da Maçonaria.

GNOSE (Ver: Letra G)

GRAMÁTICA (Ver: Artes Liberais)

GRÃO DE TRIGO
O Iniciado é simbolizado pelo Grão do Trigo, atirado e sepultado no
chão, para que germine e abra; para que inicie um novo ciclo com seu
próprio esforço, pois contém em si mesmo todas as possibilidades da vida
e iniciará seu caminho para a Luz.
(Ver: Palavra de Passe)

41
GRAVIDADE (Ver: Letra G)

H
HEXAGRAMA (Ver: Simbologia Numérica)

HIRAM
Rei de Tiro, que manteve amizade e aliança com Davi e depois com o
sábio Rei Salomão. Ajudou a edificar o Templo de Jerusalém, enviando-
lhes material e operários, bem como o hábil artífice HIRAM-ABIFF. Foi
uma dos três Grão-Mestres na construção do Templo.

HIRAM-ABIFF
Também chamado de HIRAM-ABI. Hábil decorador e metalúrgico, foi
enviado por Hiram, Rei de Tiro, ao sábio Rei Salomão, para trabalhar os
querubins, colunas e adornos do suntuoso Templo de Jerusalém.
Responsável pela fabricação das Colunas de bronze e dos vasos sagrados,
nos terrenos argilosos das margens do Rio Jordão, entre Sucó e Zeredatá.
Foi um dos três Grão-Mestres da construção do Templo, junto com o Rei
Salomão e o Rei Hiram.

I
IDADE DO COMPANHEIRO
5 anos.

I.`.N.`.R.`.I.`.
Tetragrama que encerra o significado secreto da Palavra Sagrada. Esta
Palavra Sagrada não é pronunciada. É solicitada por meio de
interrogatório especial nos Graus Superiores

42
INSTRUMENTOS DO COMPANHEIRO
São 09 os instrumentos do grau de Companheiro que aparecem no Painel
do Grau, sendo que os 06 primeiros são utilizados nas viagens na sessão
de Elevação:
1 -O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza .

2 -O CINZEL é a Determinação.

3 -A RÉGUA é o Equilíbrio.

4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos .

5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.


6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.

7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.


8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.
9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade .

OBS.’.
A ESPADA
Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do
grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora
companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do
mesmo grau ou superior.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

INTELIGÊNCIA
É a faculdade que penetra, para ler no interior das aparências. Por meio
da Inteligência (que é a Consciência aplicada ao Pensamento) o homem
chega a conhecer a natureza de todas as coisas que caem sobre seus cinco
sentidos, e, assim por meio desta faculdade, já poderá conhecer as Leis
43
que governam o Universo, e, sobretudo, AQUELAS QUE GOVERNAM
SEU PRÓPRIO MUNDO INTERNO, SUA PRÓPRIA VIDA ÍNTIMA,
FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL. Com a Inteligência, o homem se
distingue do animal, porque com ela, já pode usar a Vontade, bem como
usar conscientemente o intento do Pensamento, o que o distingue dos
seres inferiores à sua escala. (Ver: Faculdades do Ser Humano)

J
JANELAS
São três as janelas que iluminam a Loja de Companheiros, e ficam
situadas respectivamente no Oriente, Sul e Ocidente. No Norte não
existe janela porque a luz nunca vem dessa direção. As janelas servem
para iluminar a Loja à entrada e à saída dos Obreiros.
Enquanto o Templo não tem no grau de Aprendiz nenhuma janela,
significando-se com isto que a luz há de se buscar unicamente no interior,
o companheiro reconhece e utiliza no mesmo três janelas que se abrem
respectivamente ao Oriente, ao Ocidente e ao Meio dia e servem,
segundo nos diz, para iluminar aos obreiros quando vêem ao trabalho,
enquanto trabalham e quando se retiram.
Estas janelas se referem, evidentemente, a Luz que o Companheiro,
depois de havê-la buscado em seu foro interno em seu estado de
Aprendiz, se acha agora em grau de perceber, as novas capacidades
intelectivas que se desenvolveram nele, e que o permitem agora sentar-se
na região clara do Sul, podendo suportar a plena luz do Sol e julgar as
coisas com maior profundidade.
A janela do Oriente representa seu conhecimento metafísico da Realidade
do universo e dos Princípios e Leis que o governam, constituindo o
fundamento geométrico-genético da "realidade objetiva". Esta se percebe
e reconhece pela janela do Ocidente, símbolo da ciência física, do
conhecimento e da experiência exterior das coisas. Enquanto a janela do
Meio-dia, se refere, como é evidente, a seu próprio mundo interior, a
sua consciência e inteligência, por meio das quais trabalha, elaborando e
relacionando interiormente os materiais e conhecimentos obtidos do
44
exterior em harmonia com os planos (Princípios e Leis) reconhecidos
através da janela do Oriente.
As três janelas denotam, por conseqüência, três distintos gêneros de
experiência que podem considerar-se como três mundos distintos: o
Mundo Divino, ou experiência da realidade transcendente, o Mundo
Interior ou experiência da realidade subjetiva, e o Mundo Exterior ou
experiência da realidade objetiva, segundo os quais o Companheiro tem
que Orientar o Templo de sua vida individual, para que seja
constantemente iluminado em seus três lados ou gêneros de atividade,
quando ingressa no Templo, enquanto trabalha nele, e quando se retira.
O ingresso no Templo corresponde, pois, a capacidade de abstrair-se das
coisas e imagens exteriores, concentrando sua atenção na Realidade
Transcendente que constitui o Mundo Divino. A janela através da qual se
percebe esta simbólica Luz do Oriente, ou seja, da origem das coisas, se
acha dentro de nosso mesmo "eu", ao Oriente ou origem de nossa vida e
de nosso ser. A percepção desta Luz, ou seja, o impulso vital de nosso Ser
Espiritual, é a que marca ou assinala o início da atividade maçônica.
O trabalho é a mesma atividade interior de nossa Inteligência, iluminada
pelo desenvolvimento (Meio dia) de suas faculdades mentais: a lógica e a
memória, a percepção e o juízo, a compreensão e o discernimento,
relacionando os Princípios com suas expressões visíveis e as Causas com
os Efeitos. E quando o sol se acerca ao Ocidente, quer dizer, quando a
Realidade nos apresenta unicamente em sua aparência exterior, é quando
saímos de nosso íntimo Santuário, para enfrentarmos com o mundo da
matéria.
As horas que transcorrem entre o meio dia e o por do sol são portanto as
que caracterizam o mais proveitoso e fecundo trabalho do Companheiro,
quando podem colocar-se em seus lugares os materiais preparados pelos
Aprendizes nas horas da manhã. Ou seja, simbolicamente, tirar proveito
das luzes, experiências e conhecimentos adquiridos, aplicando-os
construtivamente.
Neste trabalho se esforça o Companheiro em "ajudar os Mestres", posto
que até que não haja adquirido a capacidade de sentar-se ao Oriente,
estabelecendo-se no estado de consciência superior que caracteriza o
Magistério, deve forçosamente limitar-se a aplicação dos planos ou
45
ensinamentos que recebe, empenhando-se por meio das mesmas em
alcançar a perfeição. E se dedica a esta tarefa com alegria fervor e
liberdade, caracterizando esta atitude mental todo esforço efetivo sobre a
senda do Progresso.

JÓIAS DA LOJA

3 móveis:

o ESQUADRO, (Insígnia do Venerável Mestre)

o NÍVEL ( que decora o Ir. 1º Vigilante)

o PRUMO ( que decora o Ir. 2º Vigilante)

São chamadas de Jóias móveis, porque, além de passar a novos


serventuários, o Esquadro regula o talhe das pedras, de que o Nível
assegura a posição horizontal, enquanto o Prumo permite que sejam
colocadas verticalmente.

3 fixas:

a PEDRA BRUTA

a PEDRA CÚBICA

a PRANCHETA DA LOJA

JURAMENTO
Eleito o Reto Caminho da Verdade e da Virtude, lhe abre novamente a
senda do Oriente, até que chegue diante da área, aonde tem que dobrar o
46
joelho esquerdo, significando com ele o domínio adquirido sobre seus
instintos e paixões conservando a direita em esquadro, como prova de
retidão e firmeza de sua Vontade, para tomar somente a obrigação
inseparável deste grau, na que permanece segundo a cumpre.
A primeira obrigação do Companheiro é um grau maior de discrição, do
que se exigiu ao Aprendiz: não deve o Iniciado do Segundo Grau calar-se
unicamente em presença dos profanos sobre os Mistérios da Ordem,
senão que deve cuidar de não revelar aos Aprendizes o que não lhes
pertence conhecer.
Quer dizer, que não deve falar aos iniciados que se encontram em seus
primeiros esforços, de coisas que não podem compreender e suportar e
que, por conseguinte, melhor que proveitosas, lhes seriam inúteis e
daninhas: "os lábios da Sabedoria devem permanecer mudos a não ser
para os ouvidos da compreensão", proporcionando o Iniciado suas
palavras a exata medida do entendimento de quem os ouve.
A segunda e terceira se referem a seus deveres para com a Ordem e seus
Irmãos, dos quais promete ser fiel e leal companheiro, defendendo-os,
socorrendo-os e livrando-os, quando estiver em seu poder, de todo
perigo que os ameace.
A quarta e a quinta são seus deveres de Maçom para consigo mesmo:
esforça-se constantemente sobre a Senda da Verdade e da Virtude,
servindo-se dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendo-se
fiel ao Ideal mais elevado de sua consciência.
A disciplina do silêncio que lhe exige, a semelhança dos pitagóricos, com
os quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará exercitar-se
mais proveitosamente no estudo e na reflexão, progredindo na Lógica
que entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer,
exercitando-se alem disso, por meio da mesma, na Aritmética e na
Geometria.
O grau maior de fidelidade à Ordem que lhe exige um melhor e mais
profundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o farão na mesma
um Obreiro útil, verdadeiro companheiro de seus iguais e Mestres,
confirmando com um propósito mais definido e uma maior habilidade sua
boa vontade de Aprendiz, e cooperando com eles na Grande Obra de
Construção Universal que constitui o objeto social da Instituição.
47
Finalmente, seus esforços constantes para o Bem e sua fidelidade ao Ideal,
com aquela firmeza e perseverança que o diferenciam do Aprendiz, são
as qualidades que farão evidente a parte mais nobre e elevada de seu ser,
fazendo brilhar sua própria luz interior, a chispa Divina que constitui sua
Mônada Imortal, franqueando-se progressivamente o Caminho do
Magistério.

L
LETRA “G” e "IÔD"
Letra que significa DEUS, o Grande Geômetra do Universo. Na

ESTRELA FLAMEJANTE, significa o VERBO CRIADOR E O


FOGO CRIADOR. Encontra-se simbolizada no meio de um triângulo
eqüilátero, a qual era vista pelos antigos irmãos companheiros ao adentrar
a CÂMARA DO MEIO DO TEMPLO. A letra "G" significa:
GEOMETRIA, GERAÇÃO, GRAVIDADE, GÊNIO E GNOSE.
GEOMETRIA: Aplicável à construção universal, da qual nos ensina a
polir o homem e torná-lo digno de ocupar seu lugar no edifício social.
GERAÇÃO: O Companheiro é chamado a fazer "obra da vida", pondo em
ação sua energia vital e aprofundando-se nos Mistérios da existência. E
tudo isso se origina da Geração, cujas leis inspiraram as mais belas
doutrinas da antigüidade.
GRAVIDADE: A atração universal que tende a aproximar os corpos da
ordem física, corresponde na ordem social, a uma força misteriosa
análoga, que tende à reunião e, mesmo, à fusão das almas. Corresponde a
força que une os corações, que assegura a solidez do edifício maçônico,
cujos materiais são seres vivos, unidos e indissolúveis pela profunda
afeição que sentem uns pelos outros. O Amor Fraternal é na Maçonaria o
princípio vital de ordem, harmonia e estabilidade, assim como a
Gravidade o é dos corpos celestes.
GÊNIO: Para chegar a ser GÊNIO, necessário é que se entregue às
influências superiores, que se entusiasme, que vibre aos acordes de uma
harmonia mais elevada. É necessário exaltar nossas faculdades intelectuais
48
e imaginativas, mas, desde que o Espírito calculadamente, adquira posse
de si mesmo, não saindo dos limites do talento, podendo se conter.
GNOSE: Em grego quer dizer "CONHECIMENTO". É o conjunto de
noções comuns a todos os iniciados que, a força de pesquisar se
encontram na mesma compreensão da causa das causas.

SUA SIGNIFICAÇÃO
Dentro da Estrela Flamígera se encontra um sinal ou símbolo, que se
identificou com a letra "G" do alfabeto latino, embora seu significado
original fosse, talvez, um pouco diferente. A letra "G" se localiza
exatamente no centro do Pentagrama, e é digno de nota que,
inscrevendo-se nele uma figura humana, o centro corresponde
exatamente às partes genitais.
É assim, bem evidente a relação fundamental desta letra com o Gênesis e
a "geração" em todos os seus aspectos, representando, em primeiro
lugar,'o "CENTRO CRIADOR", origem de toda manifestação e as
diferentes expressões da "Força Criadora", manifesta tanto no homem
como nos demais seres viventes, por intermédio dos órgãos
reprodutores.
A "Força Criadora", que se situa no centro de todo ser e toda a coisa, que
produz na ordem natural orgânica a "geração", tem uma importância
fundamental no duplo processo da involução e da evolução como bem o
demonstra a lenda Bíblica da queda do homem, associada com o uso
indevido desta Força, procedente da misteriosa Árvore da Vida.
Efetivamente, segundo seja usada, esta Força pode conduzir o homem
tanto à decadência como à sublimidade; esta última é privilégio do
Iniciado, que, tendo dominado os sentidos, canaliza a força geradora para
o objeto supremo: a criação, dentro de si mesmo de um ser superior, um
VERDADEIRO MESTRE.

LÍRIOS
Ornamento dos capitéis das colunas J e B que pela alvura simbolizam
PUREZA, CASTIDADE, INOCÊNCIA.

LIVRE ARBÍTRIO
Muito têm discutido sábios e doutos, em todos os tempos, porque de sua
49
solução depende a irresponsabilidade ou responsabilidade do homem, e
em conseqüência, a utilidade de todo seu esforço.
Falamos do problema do determinismo e do livre arbítrio.
A solução deste problema é de fundamental importância para o Maçom,
pois se o homem não fosse livre em suas ações e determinações, a
Maçonaria, como Arte Real da Vida, não teria nenhuma razão de existir.
O Companheiro, que reconheceu no seu íntimo a verdadeira natureza de
suas faculdades e possibilidades, está agora perfeitamente capacitado para
resolvê-lo.
É fora de qualquer dúvida que a vontade e por conseqüência a atividade
do homem e o fruto de suas ações, estão determinadas pelo que ele
pensa, julga e vê interiormente. Assim, o que alguém faz e como o faz,
em determinadas circunstâncias, é o que o distingue.
Em conseqüência, Livre Arbítrio e liberdade individual existem para o
homem na proporção do desenvolvimento de sua INTELIGÊNCIA e de
seu modo de julgar.
Para o homem dominado por suas paixões, instintos, vícios e erros, não
existe o livre arbítrio, como existe para o homem iluminado e virtuoso.
Os instintos e as paixões determinam constantemente seus atos e o
amarram ao jogo de uma fatalidade que nada mais é do que a
conseqüência lógica das causas e efeitos, ou seja, a reação interior e
exterior de toda ação.
Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suas
paixões, seguindo o mais reto, justo e elevado, o livre arbítrio, no sentido
mais amplo da palavra é uma realidade, pois por intermédio desse esforço
se liberta dos vínculos que subjugam o homem instintivo aos seus erros e
paixões:

Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínio


da inteligência; da cega obediência à suas paixões a uma clara e inteligente
determinação, ou, em outras palavras: do Erro à Verdade e do Vício à
Virtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que é própria
de sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade, própria de
sua natureza divina ou superior.

Este é o caminho da Liberdade que a Maçonaria indica aos homens no seu


simbólico progresso.
Caminho e progresso que se realizam através do esforço individual sobre
50
o Caminho da Verdade e da Virtude, as duas Colunas que dão acesso ao
Templo da Divina Perfeição de nosso Ser.

LIVRE= Ter liberdade de ação e pensamento. O que tem o


poder de decidir e de agir por si mesmo, independentemente.
ARBÍTRIO= Resolução que só depende das vontade.

O verdadeiro maçom deve ter LIVRE-ARBÍTRIO, porque, se não fosse


para o homem ter liberdade, não ser livre, não haveria razão para existir.
O homem dominado por suas paixões, não tem a liberdade individual que
existe para o homem virtuoso e iluminado. O homem escravo de suas
paixões é escravo de si mesmo e dos demais, enquanto que o homem
liberto é o Rei do Mundo, Rei de si mesmo.

"CONHEÇA A VERDADE E A VERDADE VOS TORNARÁ LIVRE".


(Ver: Faculdades do Ser Humano)

LIVRO DA LEI

O LIVRO DA LEI SAGRADA, representa o Código Moral que cada um


de nós respeita e segue, a filosofia que cada qual adota e, enfim, a Fé que
nos governa e anima.
Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los.
Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas.
Trabalho, por meio do qual os homens dignificam e se tornam
independentes economicamente .
Em resumo, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual,
moral e social da humanidade.

LÓGICA (Ver: Artes Liberais)

51
M
MAÇO E CINZEL
Instrumentos destinados a trabalhar a PEDRA BRUTA, mostram-nos
como devemos corrigir nossos defeitos, tomando resoluções sábias, o
Cinzel é uma Determinação enérgica que o Maço (que é a Fortaleza) põe
em execução.

MAÇONARIA – O QUE É?
Além do disposto no Preâmbulo da nossa Constituição, temos, como
definição da Maçonaria, mais os seguintes pontos:

1) - Um reconhecimento implícito da universalidade da Verdade, sobre


qualquer opinião, crença, confissão ou convicção;
2) - A necessidade de obedecer à Lei Moral, como característica e
"conditio sino qua non" da qualidade de Maçom; .
3) - A prática da tolerância em matéria de crenças,opiniões ou
convicções;
4) - O respeito, reconhecimento e obediência às autoridades constituídas,
reprovando-se toda forma de insurreição ou rebeldia, embora não se
considere como crime que mereça a expulsão da Loja;
5) - A necessidade de fazer dentro das Lojas um "Trabalho Construtivo",
buscando o que una os Irmãos e afugente o que os separe;
6) - A prática de uma fraternidade sincera e efetiva, sem distinção de
raça, nacionalidade ou religião, deixando fora da Loja todo litígio,
questiúncula ou diferença pessoal;
7) -Considerar e julgar os homens por suas qualidades interiores
espirituais, morais e intelectuais e não as "aparências exteriores" raça,
posição social, nascimento e fortuna.
A divulgação destes princípios realmente universais que constituem a
essência do humanismo e cuja perfeita aplicação faria desaparecer toda e
qualquer diferença entre os homens, todo motivo de luta e de inimizade
fazendo imperar a Harmonia e a Paz; nas Constituições de Anderson ou
os antigos Landmarks foi o que atraiu à Instituição um número crescente
de simpatias e ocasionou sua rápida expansão e difusão por muitos países.
Todos os idealistas se sentiram no dever de colaborar, encontrando nela
52
um campo de ação apropriado para expressar e realizar seus elevados
propósitos.
Qualquer que haja sido vosso propósito e anseio de vosso coração ao
ingressardes na Augusta Instituição, que vos acolheu fraternalmente, é
certo que não haveis entendido, de início, toda a importância espiritual
desse ato e as possibilidades de progresso que vos são dadas a perceber.
A Maçonaria é uma Instituição Hermética no triplo e profundo sentido da
palavra: o segredo maçônico é de tal natureza, que jamais poderá ser
violado ou traído, por ser "mística" e "individualmente" realizado por
aquele maçom que o busca para usá-lo construtivamente, com
sinceridade e fervor, absoluta lealdade, firmeza e perseverança no estudo
e na prática da Real Arte.
A Maçonaria não se revela efetivamente, senão a seus adeptos, aos que se
entregam a ela, sem reservas mentais para fazerem-se verdadeiros
maçons, é dizer, Obreiros Iluminados da Inteligência Construtora do
Universo, que deve manifestar-se em sua mente como “verdadeira Luz"
que ilumina, desde um ponto de vista superior, todos os seus
pensamentos, palavras e ações.
Isto se consegue por meio de provas que constituem os meios com os
quais se faz manifesto o potencial espiritual que dorme em estado latente
na vida rotineira, as provas simbólicas iniciais e as provas posteriores do
desalento e da decepção.
Quem se deixa vencer por estas, assim como aquele que ingressa na
Ordem com um espírito superficial, não conhecerá nada daquilo que a
Ordem encerra sob sua forma, não conhecerá seu propósito real e a
oculta Força Espiritual que a anima interiormente.
Seu Tesouro está profundamente escondido na Terra: só escavando, ou
seja, procurando-o por trás das aparências, podemos encontrá-lo. Quem
passa pela Instituição como se fosse uma sociedade qualquer ou um Clube
Profano, jamais a conhecerá; somente nela permanecendo por longo
tempo, com fé inabalável, esforçando-nos em transformar-nos em
verdadeiros maçons e reconhecendo o privilégio inerente a esta
qualidade, se nos revelará seu Tesouro Oculto.

MAÇONARIA AZUL
É uma Loja Simbólica ou Oficina para a prática dos graus de Aprendiz,
Companheiro e Mestre. (1: 2: 3:)

53
MAÇONARIA BRANCA
Nome dado aos graus filosóficos (31 ao 33) do Rito Escocês Antigo e
Aceito- R.’.E.’.A.’.A.’.. (Consistório)

MAÇONARIA NEGRA
Nome dado aos graus filosóficos (19 ao 30) do Rito Escocês Antigo e
Aceito – R.’.E.’.A.’.A.’. (Kadosh)

MAÇONARIA VERMELHA
Nome dado aos graus filosóficos (4 ao 14) do Rito Escocês Antigo e
Aceito – R.’.E.’.A.’.A.’.. (Capítulo)

MARCHA DO GRAU
Aos três passos cuidadosamente medidos do Aprendiz, o Companheiro
acrescenta mais dois, diferentes dos anteriores: o primeiro para o Sul e o
segundo o reconduz na linha reta de seus esforços. Alusão por demais
clara ao significado simbólico da quinta viagem, assim como à liberdade
relativa que caracteriza este grau, cuja conquista é conseqüência da
fidelidade na prática da Arte Real.
Os cinco passos da marcha que recordam as cinco viagens, se repetem
nos cinco golpes do Toque e da Bateria.
O Maçom verdadeiramente sábio, não será nunca o que se propõe a
atingir os últimos graus no mais curto prazo de tempo, e sim, ao
contrário, o que concentre todos os seus esforços para entender e realizar
perfeitamente aquele grau em que se encontra, sendo esta a maneira mais
positiva para alcançar o verdadeiro progresso. A longa permanência em
um determinado grau, será assim, para ele, a oportunidade e o privilégio
para melhor realizar as possibilidades deste grau, que por nenhum motivo
hão de conceituar-se inferiores às possibilidades dos graus superiores.
Ainda que aspire um grau superior, deve o Maçom FAZER-SE
SUPERIOR a seu próprio grau, sendo esta superioridade íntima a base
real de toda superioridade real ou efetiva.
E este conceito não se aplica unicamente à Maçonaria, senão também a
vida em todos os seus aspectos, da qual a Maçonaria é uma fiel e
profunda representação simbólica: Em qualquer carreira, estado ou
condição, será sábio quem, antes de aspirar a um melhoramento ou
promoção exterior, SE ESFORCE em alcançar o máximo proveito no
54
estado ou condição em que se encontre, até que chegue a SUPERAR
INTERIORMENTE seu próprio estado e em conseqüência, mais
capacitado de assumir de uma maneira eficiente as maiores
responsabilidades que se lhe ofereçam.

MEDALHA CUNHADA
Maneira de dizer dinheiro em papel ou moeda.

MESTRE INSTRUTOR
Nas corporações de canteiros e pedreiros, o noviço para sua
Aprendizagem sob o guia de um Mestre da arte ao qual se confia para que
faça dele um obreiro capacitado, obrigando-se este a servi-lhes por certo
números de anos, sendo todo o trabalho realizado durante este tempo por
conta de seu Mestre.
Uma vez que o Aprendiz cumpriu o tempo fixado e seu Mestre estava
satisfeito dele, este o apresentava aos demais como um obreiro
devidamente preparado, e ao qual se podia confiar qualquer trabalho, e
deste momento podia ser contratado livremente recebendo o salário que
lhe correspondia.Viajava então para praticar a arte e aperfeiçoar-se na
mesma e, à medida que crescia sua habilidade no uso dos diferentes
instrumentos, chegava a emancipar-se gradualmente das regras que havia
respeitado em seus primeiros passos, adquirindo a genialidade que fazia
dele um artista.
A cerimônia de recepção no segundo grau maçônico reflete em seu
simbolismo estas etapas de trabalho e de experiência que constituem o
programa iniciático do companheiro, a mística fórmula que deve este
compreender e realizar por meio do esforço pessoal, que é a base de todo
o progresso.
Igualmente em toda a forma de ensinamento teórica ou prática, e de
maneira especial no ensinamento iniciático, o noviço ou discípulo tem
que se submeter ao guia particular de um Mestre Instrutor que dirija e
vigie seus passos e esforços sobre a senda de progresso, até que alcance a
capacidade de caminhar por si mesmo, sem a necessidade de que seus
passos sejam continuamente vigiados.
Assim se fazia nas iniciações antigas, confiando-se todo neófito a um guia
particular que lhe instruía e respondia por ele, e por meio da instrução
55
recebida e das capacidades adquiridas, quando seu instrutor o achava
conveniente, lhe dava ou reconhecia o segundo grau que fazia do misto
um ponto ou "vidente", preparado e capacitado para realizar a segunda
parte do programa, encaminhando-se gradualmente por seus próprios
esforços e sob a guia de sua própria Luz interior, para o Magistério.
O mesmo deveria fazer-se em todas as Lojas Maçônicas, quando se queira
levar a cabo um labor efetivo, sem deixar nunca aos Aprendizes entregues
a si mesmos, ou ao cuidado geral do Segundo Vigilante. Uma vez
reconhecidas suas capacidades e tendências particulares, o Mestre da Loja
deveria confiar cada Aprendiz a um Mestre Instrutor, ocupado
diretamente de sua instrução e progressos. E só quando a juízo deste os
avanços são efetivos e há compreendido o essencial da Doutrina Maçônica
do primeiro grau, e seria proveitoso os estudos dos novos símbolos que
se relacionam com o segundo. Então deveria propor, na Câmara
respectiva, para um aumento de salário.

MESTRE MAÇOM
É o título recebido pelo Companheiro Maçom após sua passagem por
sobre o "ataúde" e sua "assimilação ao Mestre Hiram". Corresponde ao
3º grau da Maçonaria Simbólica.

MORAL
INTRODUÇÃO
A Maçonaria exige de seus membros, entre outras condições, boa
reputação moral. Exige tolerância para com toda forma de manifestação
de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de
conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem estar social.
Os ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar a
felicidade de seus semelhantes, não somente porque a razão e a moral
lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de
solidariedade os faz irmãos.
Que entendemos por moral? Que procede conforme a honestidade e à
justiça, que tem bons costumes: diz-se de tudo que é decente, educativo
e instrutivo. Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons
costumes, e dos deveres do homem em sociedade e perante os da sua
56
classe. Conjunto de preceitos ou regras para dirigir os atos humanos
segundo a justiça e a equidade natural. Modo de proceder. (Fonte:
Dicionário Brasileiro da Enciclopédia Mirador).

ANÁLISE HISTÓRICA DA MORAL


A moral aparece junto com a sociedade humana. A moral da sociedade
primitiva não censurava o canibalismo, o incesto, a matança de anciãos,
etc. devido ao seu nível extremamente baixo de desenvolvimento
cultural. A tribo era coletivista e para sobreviver cultuava nos seus
membros o heroísmo, a honra, a audácia, a defesa, a ajuda mútua, a força
física, etc.
“Virtus”, expressão latina que designava a força física e o valor e começou
a ser utilizado no sentido da virtude.
Na sociedade escravista as relações humanas incluem somente os homens
livres ficando os escravos fora da moral. A moral exigida dos homens
livres era fidelidade ao estado escravista, as suas leis, vigiar e desprezar os
escravos, valor nas guerras, etc. A crueldade e, inclusive, matar um
escravo não acarretava nenhum sentimento de piedade ou remorso; era
normal. Mas quando a sociedade cresceu, o estado escravista não
respondeu às suas maiores necessidades econômicas.
O regime feudal considerava o membro da gleba, um homem, mas um
homem inferior que estava incluído dentro da transação de compra e
venda de uma propriedade, mas o senhor já não tinha mais o direito de
vida ou morte sobre ele. A Igreja Católica apóia tanto o sistema escravista
como o sistema feudal. Ela pertence, social e economicamente, à classe
dominante. A moral do senhor feudal proibia-lhe dedicar-se ao comércio
e aos ofícios, mas era lícito o direito de pernada, ou jogar ao baralho a
sorte dos servos da sua propriedade. A virtude dos servos era o trabalho e
a obediência.
A Revolução Francesa libera o homem da opressão do feudalismo. Cria a
liberdade de ação e pensamento, nascem os ideais humanistas mas são
afetados pelas péssimas condições econômicas. É gerada uma moral
individualista.
Robespierre chama o patriotismo como uma “virtude suprema” mas acaba
se convertendo em ódio social e estandarte de guerra de dominação.
57
Pelo anterior, pode-se ver que não existe uma moral eterna e imutável. A
moral é histórica, conjuntural e determinada pela classe dominante.

MORAL MAÇÔNICA
A moral maçônica constitui o objeto da sua filosofia racionalista.
Esta moral está contida nos símbolos e rituais que, como todos nos
sabemos, tem-se mantido sem variação no decorrer dos séculos. A moral
maçônica, ao invés da profana, é imutável. Numerosos irmãos nossos
através dos séculos tem rendido a vida lutando contra as falsas definições
de moral imposta em benefício de dogmas, privilégios e sistemas
exclusivistas.
Sendo a Maçonaria uma instituição universal, essencialmente ética,
filosófica e iniciática, educa seus membros para serem homens de bem,
com sólidos princípios morais e que lutem para seu aperfeiçoamento em
benefício individual e social. O maçom deve ser útil ao progresso moral.
Manter uma moral maçônica precisa do domínio das paixões, reconhecer
e corrigir nossos defeitos, cultuar a inteligência e praticar os valores
maçônicos.

MÚSICA (Ver: Artes Liberais)

N
NÍVEL
É a jóia (móvel) usada pelo 1º Vigilante, que nos assegura a posição
horizontal e exige que o Maçom tenha como iguais a todos os homens. O
NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.

58
O
ONISCIÊNCIA
Onisciência ou omnisciência é a capacidade de saber tudo
infinitamente, incluindo pensamentos, sentimentos, vida, passado,
presente, futuro, e todo universo, etc.
A onisciência é um conceito vastamente aplicado nas artes, como na
literatura e em produções cinematográficas.
Na maioria das religiões monoteístas esta habilidade extraordinária é
tipicamente atribuída a um único Deus Supremo, onde o conceito da
onisciência se mantêm tradicionalmente como uma verdade absoluta.

ORLA DENTEADA
É a guarnição que circunda o Pavimento Mosaico, simbolizando a união
que deve existir entre todos os homens, sendo assim uma reprodução
material e permanente da Cadeia de União. Ela nos mostra o princípio da
atração universal, simbolizando o Amor. Representa com seus múltiplos
dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em
torno de um Chefe; os filhos reunidos em volta dos pais; enfim
representa os maçons reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e
cuja moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos da Orbe.

ORNAMENTOS DA LOJA DE COMPANHEIRO


Pavimento Mosaico: É o belo piso da Loja.
Estrela Flamejante: brilha no centro da Loja, para iluminá-la.
Orla Denteada: limita e decora as extremidades, do Pavimento
Mosaico.

59
P
PAINEL DA LOJA DE COMPANHEIRO
Na construção do Templo de Salomão, a maioria dos obreiros era de
Aprendizes e Companheiros. Os Aprendizes recebiam semanalmente
como pagamento, uma ração de trigo, vinho e azeite. Os Companheiros
eram pagos em dinheiro e recebiam na Câmara do Meio do Templo.
Entravam ali através de um pórtico, do lado do Sul. Ao passarem por este
pórtico sua atenção era despertada por duas grandes colunas: a da
esquerda, denominada B, significa FORÇA, e a da direita, chamada
J quer dizer ESTABILIDADE, porque DEUS disse: "Em força, Eu
firmarei esta casa a fim de que ela se mantenha para todo o sempre".
A Altura destas Colunas era de 18 côvados e o diâmetro de 4 côvados.
(Verbete: côvado) [Do lat. cubitu.]S. m.1. (Antiga unidade de medida de
comprimento equivalente a três palmos, ou seja, 0,66 m; ) Eram ocas, a fim
de servirem de arquivo para a Fraternidade, pois dentro delas,
depositavam-se os registros constitucionais. Suas paredes tinham
espessura de 4 polegadas. Essas Colunas eram feitas de bronze, nos
terrenos argilados das margens do Jordão, entre Sucó e Zeredatá, onde
Salomão ordenara fossem fundidos todos os vasos sagrados, sob a direção
de Hirã Abi.
Encimando as Colunas, viam-se capitéis de cinco côvados de altura,
cercados por delicado rendilhado de bronze e ornados de lírios e
romãs.
Rendilhado de Bronze: Pela conexão de suas malhas, significa
UNIDADE, UNIÃO, HARMONIA;
Os Lírios: pela alvura, simbolizam PUREZA, CASTIDADE,
INOCÊNCIA;
As Romãs: pela exuberância de suas sementes, simbolizam a
ABUNDÂNCIA e FERTILIDADE.
Além disso as Colunas eram encimadas por duas esferas, uma
representando o mapa do Globo Terrestre e outra do Globo Celeste,
ambas assinalando a UNIVERSALIDADE DA MAÇONARIA.
60
O primeiro detalhe que é visto no Painel de Comp.’. é uma espiga de
trigo na parte externa do Templo perto de uma queda d’água ou pequeno
rio. Estes dois elementos estão intimamente relacionados com a P.’. de
P.’. do Comp.’. e que está detalhada na 2ª. Instr.’. do grau. Esta palavra
é de origem hebraica e de pronunciação exata sempre discutida; também
merece dúvidas, até hoje, a forma certa da sua escritura já que os escritos
hebraicos pré-masoréticos (anterior aos masoretas que são os gramáticos
hebreus que trabalharam na masora ou exame crítico da Bíblia para
determinar a verdadeira interpretação do texto sagrado) não usavam
acentuação, signos nas vogais ou pontuação, podendo carregar o acento
em qualquer sílaba. Autores pensam que a pergunta feita pelos soldados
galaaditas do general Jefté aos fugitivos efrainitas, que procuravam os
vaus do rio Jordão que conduzem a cidade de Efraim, fosse mal
compreendida pelos fugitivos, explicável pelo nervosismo frente à
possibilidade de perder a vida nas mãos dos inimigos vitoriosos. A palavra
teria dois significados: Sch.’. como espiga de trigo e Sib.’. como corrente
de água. Eles correndo através dos campos de trigo para entrar na
corrente de água do rio Jordão, haver-se-iam confundido e respondido
Sib.’. olhando para o rio que representava sua salvação e que estava tão
perto. Mas, frente a esta especulação surge com mais força a dificuldade
da pronuncia correta de Shib.’. conforme nos fala o Livro dos Juízes.

61
Recentemente, Schib.’. tem sido traduzida como semente de cereal e
Sib.’. como uma comida em conjunto, conforme a Mishnah, a
compilação das leis tradicionais das escolas farisaicas (anos 70 à 250 dc).
A interpretação da Mac.’. inglesa para Sch.’. é “espigas de cereal que
pendem perto de uma corrente de água” que pode sugerir muitas
interpretações, como símbolo da riqueza material ou espiritual que pode
alimentar o gênero humano, símbolo do trabalho que alimenta o homem.
Lembremos que nos mistérios eleusinos aos neófitos era-lhes mostrada
uma semente de cereal como símbolo da imortalidade que ele poderia
alcançar se superar as provas da iniciação. A mitologia grega, com
Demeter e Perséfone, também acompanha o grão que permanece oculto
na terra durante o Inverno e renasce com a chegada da Primavera.
Na entrada do templo estão as duas colunas B e J, as mesmas que o
Comp.’. conheceu quando Ap.’. somente que desta vez as colunas estão
encimadas com duas esferas simbolizando a da coluna B o Globo
Terrestre e a da coluna J o Globo Celeste ambas assinalando a
universalidade da Maç.’. Pelas medidas desproporcionadas delas são do
estilo babilônico e estão ornadas de motivos egípcios; lembram as
existentes no átrio do Templo de Luxor e não sustentam nada sendo
unicamente decorativas.
Após as duas colunas bem no pé da escada se vê a figura de um homem
com vestes antigas que apresenta o 1º Vig.’. pronto para exigir o T.’., o
S.’. e P,.’. de P.’. do grau dos CComp.’. antes de subir a escada de
caracol. Muitos acreditam que essa figura é o Cobridor do Templo, mas
Assis Carvalho lembra que o Templo de Jerusalém não tinha Guarda
Externo e o Guarda Externo no Ritual Maç.’. não tem mais de 600 anos,
mas o Ritual do Comp.’. na mesma 2ª. Instrução nos aclara que o 1º
Vig.’. ficava aguardando os CComp.’. para pedir deles a P.’. de P.’..

PALAVRA DE PASSE
Significa ABUNDÂNCIA e está representada, no Painel da Loja do 2º
grau, por uma ESPIGA DE TRIGO, junto a uma QUEDA D'ÁGUA. A
palavra Chib teve sua origem na época em que um exército dos
62
efraimitas atravessou o Rio Jordão, para combater Jefté, famoso general
gileadita. Seus adeptos deveriam pronunciar a palavra Chib para
obterem permissão de passagem. Por sua vez os efraimitas, por defeito
vocal, próprio do seu dialeto, não pronunciavam Chib e sim Sib e
esta diferença de pronuncia custavam-lhes a vida. Por isso Salomão
resolveu adotá-la como palavra de passe dos Irmãos Companheiros. Após
a identificação com esta palavra, os irmãos companheiros se dirigiam a
ESCADA EM CARACOL, que atingida em seu topo os irmãos
companheiros se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO DO
TEMPLO.
A Palavra de Passe lembra ao Companheiro como conseguir o acesso do
primeiro ao segundo grau.
O significado de "ESPIGA" (símbolo de sua própria madureza, assim
como da fecundidade e utilidade de seus esforços) a relaciona com os
mistérios de'Eleusis e é bem provável que a simples tradução do Grego
"stachys", que tem o mesmo significado e cuja etimologia provem do
radical "sta" (estar) considerando-se a espiga como "o que está" ou
"estaciona na posição alcançada".
Em Hebraico sua etimologia a relaciona com o radical semítico "SBL"
que significa "verter, derramar, espargir, proceder" donde se deriva
também "shabil" "vereda”, “caminho", "espiga" significa também "ramo
corrente de água", Ainda em hebraico, separando-se as sílabas do
vocábulo, foi-lhe dado o sentido de "produzir a pedra preciosa", sem
dúvida de alguma importância para nós.
Foi considerada, ainda como uma hebraização de Cibeles (que representa
a terra fecunda e produtiva de muita importância nos Mistérios) ou,
ainda, do Grego "sibo lithon" ou "sebo lithon", respectivamente, cultivo
ou honro a pedra", com significado análogo em hebraico.
Em latim "spica" significa "agudez, penetração" e se relaciona com o
verbo "specere" - olhar (em sanscrito "spac" com o mesmo sentido),
relacionando a palavra, em sua acepção latina com a capacidade de ver,
penetrar a fundo as coisas, próprio do Iniciado (... Pesquisador).
Concluindo, esta palavra reúne em si os significados de "estabilidade
produtora, caminho fecundo, sublime maturação, produção preciosa,
penetração clarividente", que podem considerar-se, vantajosamente,
63
como símbolos do que significa realmente o místico passo do primeiro ao
segundo grau.

PALAVRA SAGRADA
Significa ESTABILIDADE, FIRMEZA. É o nome de uma das colunas
de bronze, erguidas à entrada do Templo de Salomão, onde os
Companheiros recebiam seus salários. Ao ser solicitada esta palavra ao
Companheiro, o mesmo deve dá-la, pois não mais lhe será dada a
primeira letra como no caso de Aprendiz, pois o Companheiro já não é
mais ignorante. Já fez prova de iniciativa intelectual. Assim pode-se pedir
que dê, antes de receber.
A Palavra Sagrada do Companheiro deriva do verbo Hebraico KUN que
significa "estar firme, fundar, estabelecer". Podemos assim traduzi-Ia:
"(Ele) estabelece ou estabelecerá, fundará, confirmará". Relacionada com
a Palavra de Aprendiz que significa "Nele a força" e que denota a FÉ em
uma realidade ou Poder Superior, a Palavra do Companheiro tem um
evidente sentido paralelo e complementar de ESPERANÇA, resposta
nesta mesma Força ou Realidade interiormente reconhecida, que se
estabelece ou confirma efetivamente em um resultado particular, objeto
ao mesmo tempo, da FÉ e da ESPERANÇA.
Em outras palavras, para chegar a ser verdadeiramente operativa e
fecunda a simples FÉ do Aprendiz, deve estabelecer-se interiormente
uma condição de absoluta firmeza, sem a mínima sombra de dúvida, pois
apenas com esta condição pode produzir os verdadeiros milagres que se
atribuem a Fé é que São Paulo enumera em suas Epístolas (Romanos 5).
O estabelecimento interior de uma condição de absoluta confiança no
Poder da Realidade conduz naturalmente à Esperança.
Assim, estas duas palavras, intimamente relacionadas uma com a outra,
iniciam no reconhecimento e no uso efetivo do Poder Supremo, da Força
Universal da Criação, que age sempre de dentro para fora, expressando
em nosso próprio mundo objetivo as condições interiores que as
estabeleceram em nosso foro individual.

PALAVRA SEMESTRAL
Palavra fornecida pelo Grão-Mestre, que serve para identificar o maçom.
Ela é fornecida através da Cadeia de União.

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PAVIMENTO MOSAICO
Seus ladrilhos de iguais dimensões, alternativamente brancos e pretos,
traduzem a rigorosa exatidão, que a tudo equilibra, no domínio de nossos
sentimentos, submetidos, fatalmente, á lei dos contrastes. Sua relação
com o Companheiro, consiste na ação, na luta contra todos os obstáculos,
no trabalho penoso, mas perseverante, empreendido por um ideal de
realizar. O esforço, sofrimento provado, é o prêmio da vida, cujas
alegrias são exatamente proporcionais às ações empregadas para possuí-
las.

PEDRA BRUTA
É a matéria sobre a qual se exercitam os Aprendizes. É uma das três
jóias imóveis da Loja. Representa o homem grosseiro e ignorante,
suscetível, porém de ser educado e instruído.

PEDRA CÚBICA
Serve para que os Companheiros ajustem seus instrumentos de trabalho.
É uma das três jóias imóveis da Loja. Representa ao Companheiro, que
livre de erros e preconceitos, adquiriu os necessários conhecimentos e a
habilidade para participar, utilmente da Grande Obra de Construção
Universal.
A Pedra Cúbica, ou seja, a individualidade perfeitamente desenvolvida
em todas as suas faces, não é precisamente o que se necessita para o
Edifício Social: uma pedra desse gênero constitui a exceção e seria
condenada a não ser aproveitada por não ajustar-se com as demais.
O que se necessita para os propósitos construtivos da Maçonaria, é uma
pedra em perfeita esquadria nas seis faces, não importando suas
dimensões, contanto que haja proporcionamento e paralelismo dos lados
horizontais e verticais respectivamente, para um aproveitamento útil com
a ajuda do nível e do prumo.

65
PENSAMENTO
É a faculdade de conhecer as coisas e relacionar a mente do Pensador com
estas coisas. E assim se pode entender o que disse o Mestre: "Tal como
pensa o homem em seu coração, assim é ele".
O ser humano se imagina como pensa, pensa como sente e sente como
deseja, desta regra conclui-se que, para pensar bem, devemos ter bons
desejos e bons sentimentos.
(Ver; Faculdades do Ser Humano)

PRANCHETA ou TÁBUA DE DELINEAR


Serve para o Mestre desenhar e traçar. Simbolicamente exprime que o
Mestre guia o caminho dos Aprendizes e traça os trabalhos para por eles
serem executados, a fim de desbastar a Pedra Bruta. Representa a
memória, faculdade preciosa de que somos dotados para fazermos
julgamento, conservando o traçado de todas as nossas percepções. É
também a escrita maçônica.
Diante da face frontal, Norte, do Altar, fixado em um cavalete, coloca-se
a Prancheta ou Tábua de Delinear, confeccionada em uma prancha de
madeira, onde se encontram traçadas, duas figuras: a cruz quádrupla
formada por duas linhas paralelas cruzadas, ( # ) simbolizando a
capacidade limitada do homem, e a cruz de Santo André com o formato
de um “xis”, ( × ) com quatro ângulos opostos pelo vértice simbolizando
o infinito, os opostos. É o Painel Alegórico da Loja.
A Pranha é o saber!

PRUMO
É a jóia (móvel) usada pelo 2º Vigilante, que nos permite que as pedras
talhadas pelo Esquadro, sejam colocadas verticalmente, e incita o iniciado
a elevar-se acima de todas as mesquinharias, fazendo-o conhecer o valor
das coisas. O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.

66
Q
QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA

AR
O ar representa o meio onde todas as ações e realizações humanas têm
seu início, ou seja, o nosso mundo das idéias. Espiritualmente falando, ele
representa o éter ou plano astral que, em linguagem mais moderna, pode
muito bem ser chamado de psique ou inconsciente. É também o
elemento representante da mente com suas freqüentes transformações. O
elemento ar está dessa forma, diretamente associado ao pensamento.
Ar = Corpo Mental = Pensamento
FOGO
O fogo representa o desejo, a vontade, a mudança, a purificação, a
transformação, a energia da ativação que em termos estritamente
espirituais, pode ser representado pelo poder da fé. Segundo o
hermetismo tradicional, esse elemento é governado pelas Salamandras e
tem um significado espiritual muito forte, por representar a Energia
Divina. Em quase todas as religiões em que se utiliza de rituais, o fogo é
utilizado como forma de representação da Luz Divina. As velas, as
fogueiras são objetos que representam a força desse elemento.
Fogo = Corpo da Criação ou Etéreo = Memória

ÁGUA
A água, segundo a maioria das correntes herméticas, está relacionada às
emoções do inconsciente, ou seja, as emoções que nutrem os nossos
sonhos e ideais na vida. A água pode muito bem representar, no processo
espiritual construtivo, a energia da esperança que alimenta e mantém
67
ativa a fé ou a crença do iniciado. Esse elemento de caráter feminino, em
sua essência tem o poder de ativar a intuição e a emoção.
Água = Corpo Emocional ou Astral = Desejo

TERRA
A terra representa, hermeticamente falando, o lado visível da vida ou a
manifestação concreta de todas as sementes que germinam no mundo das
idéias, mediante a ação concreta do Iniciado. Esse elemento ativa nossa
energia interna para a realização e para a ação de coisas concretas.
Representa ainda o nosso próprio organismo e tudo o mais relacionado ao
mundo material. Geralmente, em hermetismo, esse elemento pode ser
representado pelo símbolo da cruz que representa a materialização da
essência divina.
Terra = Corpo Físico = Ação
Simplificando:
Tudo começa com o elemento AR no mundo das idéias onde predomina
o caos de pensamentos e crenças variadas que desprendem energia
aleatoriamente e sem foco. A partir de uma introspecção do Iniciado,
caminhando pelos recônditos misteriosos do ser, predomina o elemento
FOGO, representando aqui a energia da vontade direcionada (a fé). Em
seguida deve predominar o elemento ÁGUA, representativo do
sentimento de convicção que deve nascer do fogo secreto da fé,
transformando essa crença inicial, em uma esperança constante, vital para
a concretização do processo criativo. Finalmente, surge a predominância
do elemento TERRA, representando a materialização da vontade que
surgiu dos recônditos interiores do ser. Essa é a forma para representar o
simbolismo dos quatro elementos em nosso processo de criação de coisas
psíquicas, espirituais e até físicas.

QUEM SOMOS?
É a pergunta que deve ser respondida pelo Companheiro, assim como foi
respondida DONDE VIEMOS?, quando Aprendiz.
DIVINO MESTRE, quando disseram: "VÓS SOIS DEUSES".
E assim podemos responder: “SOMOS DEUSES", mas inconscientes de
nossa divindade, e por isso necessário se torna que a iniciação interna, nos
68
abra a Inteligência à Luz da Verdade. Devemos pois nos aperfeiçoar,
estudar para compreender QUEM SOMOS.

QUATERNÁRIO (Ver: Simbologia Numérica)

QUINTESSÊNCIA
No princípio criou Deus os céus e a terra. Foi a criação dos elementos Ar
e Terra. O espírito de Deus se movia sobre a face das águas. A Água tinha
sido criada. E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus. Foi a
criação do Fogo.
O Fogo do Sol evaporava a Água que subia em forma de Ar úmido e caia
sobre a Terra novamente como Água.
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra que era Ar, Água,
Fogo e Terra, e soprou em suas narinas o “fôlego da vida”. Aos quatro
elementos que eram matéria inerte, foi agregada uma alma, um espírito.
Todos os animais (Gênesis 1:30) incluindo o Homem (Gênesis 2:7)
receberam um sopro de vida (nefesh, em hebraico). Entretanto somente
Adão recebeu algo novo e inédito no Universo: o hálito vivo de Deus
(neshamah, em hebraico) com o que ambos, criatura e Criador, se
tornam inseparavelmente ligados. Foi isso que distinguiu o Homem dos
outros animais.
Nasce a quintessência na versão das Sagradas Escrituras.
No Dicionário Brasileiro da Enciclopédia Mirador vemos que
quintessência é: substância etérea e sutil considerada pelos alquimistas
como o quinto elemento, além da água, ar, terra e fogo, e que é obtida
após cinco destilações sucessivas; é o elemento mais puro do organismo
humano. Ele pode também ser escrito como quinta-essência.
Os alquimistas se esforçaram pela busca de um elemento primordial do
qual derivariam todos os demais. Diferentes pensadores antigos tentam
definir este elemento primordial que para uns seria um dos quatro
elementos unidos ou, simplesmente, o ouro representante simbólico do
Sol, da Luz, do Poder Criativo e da Revelação Divina.
Para os cabalistas a quintessência se forma de Quatro pela adição de Um.
Quatro são os elementos: Ar, Água, Terra e Fogo. Um é o “ESPÍRITO”
dominando os quatro elementos.
69
A Metafísica considerava a quintessência como o espírito ou causa
universal de todas as coisas.
Na filosofia hindu o alento da vida manifesta-se em cinco elementos que
são:
Prithivi (Terra) que atua dos pés até os joelhos;
Apas (Água) que atua dos joelhos ao ânus;
Tejas (Fogo) que atua do ânus ao coração;
Vayu (Ar) que atua do coração ao entre cenho; e
Akash (Éter) que atua desde o entre cenho (rosto) ao alto da cabeça.
De onde se desprende que para a filosofia hindu a quintessência é o Akash
e se localiza na cabeça, onde fica o centro das faculdades intelectuais, sede
da inteligência e de onde são governados os outros quatro elementos.
A Maçonaria não poderia ficar ausente da procura da quintessência que
enceta um profundo significado iniciático e tem escolhido o Grau de
Companheiro para este estudo que muito se relaciona com o número 5 e
a Estrela de Cinco Pontas.
Porém, antes de adentrarmos nesta área temos que alertar o Irmão para
não confundir quintessência com a quinta ciência (que é a Geometria –
Ver: Artes Liberais) e que nas línguas portuguesa e espanhola tem
onomatopéia parecida.
A letra “G” dentro da Estrela de Cinco Pontas simboliza Deus (God em
inglês) e também Geometria, que é a quinta ciência do mundo antigo
(Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Astronomia e
Música). E sendo a Geometria a quinta ciência chega a ser natural esta
confusão entre os que estão iniciando este estudo, e às vezes, com o
intuito de procurar uma nova interpretação se argumenta que a
Geometria é a quintessência.
Estudando o Homem, vemos que nele se encontram os quatro elementos
no seu sistema ósseo (Terra), no seu líquido existente internamente
(Água), no processo digestivo e a fonte de calor do sangue (Fogo) e no
sistema respiratório (Ar). Mas o Homem tem dentro dele um quinto
elemento responsável pela vida intelectual, afetiva, espiritual, religiosa, e
que nos faz aproximar de Deus.
“A quintessência representa o espírito de
Deus dentro do Homem”.
70
Na recepção de um candidato à Ordem Maçônica
encontramos os quatro elementos na Câmara de Reflexões nas
viagens e quintessência vem a ser o neófito purificado após
todas elas.
Esse estado superior nos leva a não ser um simples freqüentador da Loja e
sim a participar dentro dela com um estado especial de sabedoria que
eleve o nível espiritual dos trabalhos.
Compreenderão nossos Irmãos que, entendido o princípio da
quintessência ele pode ser aplicado em nossa vida particular, familiar,
profissional, etc., quando devemos atuar com algo mais do que nossa
capacidade normal nos permite. Existe dentro de nos algo superior que
normalmente nos não aproveitamos seja por indolência, preguiça,
desconhecimento e preferimos fazer estritamente o que nos é solicitado.
(Ver: Simbologia Numérica)

R
RÉGUA
Permite traçar linhas retas, que podem ser prolongadas ao infinito.
Simboliza o direito inflexível e a lei moral, no que tem de mais rigoroso e
imutável. É a nossa realidade "abstrata". A Régua é o Equilíbrio.

RENDILHADO DE BRONZE
Ornamento dos capitéis das colunas J e B, que pela conexão de suas
malhas significa UNIDADE, UNIÃO, HARMONIA.

RETÓRICA (Ver: Artes Liberais)

ROMÃS
Ornamento dos capitéis das colunas J e B que pela exuberância de
suas sementes simbolizam ABUNDÂNCIA, FERTILIDADE.

71
ROMÃS SOBRE OS CAPITÉIS
Simbolizam as Lojas e os Maçons espalhados pela face da Terra. Suas
sementes unidas lembram a fraternidade e união entre os homens.

S
SALMO DO COMPANHEIRO
Amós VII – 7 e 8
7 - E eis que o Senhor estava sobre um muro, levantado a prumo; e tinha
um prumo na sua mão.
8 - E o SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo.
Então disse o Senhor: Eis que Eu porei o prumo no meio

SALOMÃO
Segundo filho de Davi e de Bersabé, foi o terceiro Rei de Israel, em
sucessão ao seu pai, e governou quarenta anos (1016 a 976 a.C.). Seu pai
Davi, resolveu edificar um templo a Jeová e o incumbiu desta honrosa
tarefa. O jovem Rei Salomão iniciou a obra quatro anos após sua
ascensão ao trono, com a valiosa colaboração de HIRAM, Rei de Tiro, e
que juntamente com HIRAM-ABIFF, foram os três Grão-Mestres da
construção do Templo de Jerusalém.

SENTIDOS
VISÃO: O olho humano é o órgão da visão; é um órgão
duplo a comandar a visão cruzada da esquerda e da direita, a visão pode
ser considerada a geratriz da imaginação; em um diminuto espaço de
alguns milímetros, o Olho recolhe o Universo inteiro, distingue as cores
e suas nuances e transmite ao cérebro todas as sensações da Natureza; ela
define a Beleza e fecunda a imaginação. Paralelamente transforma o
"panorama" em visão espiritual, adentrando no infinito dos corpos
ingressando num mundo esotérico e celestial.
Na Iniciação ao 1º Grau, a visão do Recipiendário é tolhida através de
uma venda; na Iniciação ao Grau 2o, o Iniciando já não sendo "cego",
participa com os olhos desvendados.
72
Para a meditação, os olhos devem ter as pálpebras cerradas para provocar
"visões", dentro de um campo experimental esotérico.
AUDIÇÃO: O ouvido é o conduto harmonioso dos
sons materiais e espirituais; socialmente representa a comunicação;
espiritualmente, conduz a Voz da Consciência.
A Natureza alia a Visão com a Audição e assim o ser humano contempla
toda beleza e mistérios notando que dela faz parte e parte relevante, de
domínio e observação.
TATO: O tato dá ao homem a certeza da posse para,
respeitar assim, o que é "meu" e o que "não é meu", para equilibrar o
convívio social.
O tato revela o esforço físico para obter a informação completa; o tato é
exercido através do maior órgão do organismo humano que é a pele e
subsiste, mesmo sem a visão.
O tato é o condutor das vibrações; ele as obtém fisicamente, quando
houver o "contato" e espiritualmente, quando essas vibrações forem
elétricas; o tato espiritual é obtido através de práticas apropriadas.
OLFATO: Os odores expelidos pela Natureza são
absorvidos pelo órgão do olfato, o nariz; os perfumes são agradáveis e
os maus odores, desagradáveis, comprovando o equilíbrio existente; o
olfato é sutil e penetrante. Os desejos são excitados pelos odores sexuais;
os perfumes das flores atraem os insetos que, removendo o pólen e o
transportando, fecundam outras espécies.
Os sentidos que mais nos aproximam da Natureza, são a visão e o olfato;
os perfumes e a beleza agradam à Vida e lhe dão sentido.
GOSTO: O sentido do gosto simboliza a sensibilidade mais
próxima do mundo físico; o alimento necessário ao ser humano é
selecionado pelo gosto alterado pelo uso do "sal" que acentua o gosto
abrindo o apetite; para a alimentação são exigidos todos os cinco sentidos
em conjunto.
É dito, ao refinamento do ser humano, que esse "possui bom gosto",
demonstrando isso que esse sentido pode tornar-se mais sublime.
Na sociedade, ao erguer-se um brinde são, simbolicamente, atraídos
todos os cinco sentidos.
73
O da visão, ao contemplar o vinho no cálice; o do tato, ao segurar esse
recipiente; o do olfato, aspirando o perfume da bebida, o do gosto, ao
saboreá-la e finalmente, o de audição, no tilintar das taças batendo-as
uma na outra.
Os sentidos estão, sempre alertas durante o repouso e no sono, ele
suspendem a atividade, posto nos sonhos se possa usá-los, o que
demonstra que eles atuam psiquicamente; os sentidos mais constantes são
os da visão e do olfato, pois esse último tem ligação estreita com a
respiração.
Os sentidos "espirituais" são os da visão e o da audição; o da visão,
através do "terceiro olho"; o da audição, captando a "música das esferas".

SETENÁRIO (Ver: Simbologia Numérica)

SIMBOLOGIA NUMÉRICA

DEZ = DÉCADA = UNIÃO COMPLETA


1 + 2 + 3 + 4 = 10

O 1 representa o ponto. É o ponto sem dimensão, porém o


"gerador" de todas as formalidades imaginárias. É o NADA contendo
o TODO em potencial. É o CRIADOR, princípio anterior a toda
manifestação, o Arqueu, o Obreiro, por excelência.
O 2 representa a linha. É um ponto (1) em movimento, portanto a ação,
a irradiação, a expansão, ou a emanação criadora, o VERBO ou o
TRABALHO.
O 3 representa a superfície. Apresenta-se como o plano em que se
precisam as intenções, em que o IDEAL se determina e se fixa. É o
domínio da lei necessária, que governa toda ação, impondo a toda arte
suas regras inevitáveis.
74
O 4 representa o sólido cuja medida é o cubo. Mostra a obra realizada
através da qual se nos revela a ARTE, o TRABALHO e o OBREIRO.

TETRAGRAMA HEBRAICO
O SER dos SERES, o SER em Si. AQUELE que é representado na Bíblia
por quatro letras, que formam a Palavra Sagrada, cuja pronuncia é
proibida.
IÔD = a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto grego. É apenas
uma vírgula, na qual se quis ver o GERADOR masculino, o semem
paterno que engedra a criança. Concentra-se em seu NADA, toda virtude
expansiva do que deverá nascer e desenvolver-se. É o princípio ativo e
significa o ser que pensa, que quer, que manda. É o FOGO
REALIZADOR, o Arqueu, que se manifesta pelo Artista, Obreiro,
Operador, Criador ou Gerador.
HÉ = Segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro, que saindo
do interior, se espalha em derredor. Simboliza o sopro animador, a vida
emanada do IÔD para propagar-se através do espaço, sob a forma de
irradiação vital. Representa em suma a VIDA. Sem o HÉ, o IÔD não
seria ativo, não poderia exercer o ato de pensar, querer e mandar,
porque HÉ é a expressão do Trabalho, a operação ou o VERBO, tomado
no sentido gramatical.
VAU = Tem em hebraico a mesma função de nossa vogal "e". É o
símbolo do que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo geral
o universal. VAU é aquilo que liga, que estabelece a união, relação entre
a causa e o efeito.
HÉ = repete-se no final do tetragrama para exprimir o resultado final da
atividade: Trabalho executado, Obra em via de execução. Criação em via
de realização.

QUATERNÁRIO
1º - Princípio Ativo (Sujeito) - IÔD
2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo) HÉ
3º- Aplicação da atividade, que se regula e adapta conforme o objetivo -
VAU
4º - Resultado produzido (Objeto) - HÉ
75
QUINTESSÊNCIA
O Ser manifesta-se unicamente pela ação. Não agir equivale a não existir,
porque aquele que existe está em perpétuo trabalho. Nada é inerte, nada
é morto; tudo vive: os minerais e os corpos celestes, os vegetais e os
animais.
A vida, entretanto difere de um ou outro reino da natureza. Ela
hierarquiza-se por toda parte, segundo as espécies, e até segundo os
indivíduos.
Assim é que, entre os homens, uns vivem uma vida mais elevada e mais
completa que outros. Esta vida é proporcional ao desenvolvimento do
princípio da personalidade, porque o ser inferior, é um autômato que
reage mecanicamente, sob a ação das forças que o tornam verdadeiro
joguete.
Sua vida permanece material ou elementar, porque resulta unicamente,
da luta dos Elementos que se opõem dois a dois, como indica o esquema
AR

CORPO
ÁGUA FOGO
MATERIAL

TERRA

O AR leve e sutil, abranda, contrabalançando, a atração da TERRA,


espessa e pesada, que embrutece e materializa. Fria e úmida a ÁGUA,
contrai aquilo que o FOGO seco e quente, tende a dilatar. Esses
elementos são tidos como os coordenadores do mundo material. O que
triunfa nesse momento é o princípio da hominalidade: o homem
propriamente dito domina o animal. Cinco impôs-se ao quatro. A
QUINTESSÊNCIA prevaleceu sobre o quaternário dos elementos.
Chegando a perfeição, o homem tipo será exaltado sobre a cruz, para
realizar o mistério da redenção. A Razão, (Logus ou Verbo) resplandece
nele, remediando o obscurantismo do Instinto, causado pela queda. O
Estado de espiritualidade, de iluminação, é atingido; as trevas interiores
76
são dissipadas e é então que o ASTRO HUMANO, a ESTRELA
FLAMEJANTE, brilha em todo seu esplendor.
(Ver: Quintessência)

ESTRELA FLAMEJANTE
Este astro central da Loja de Companheiro não é, ainda, poder
iluminativo igual ao do Sol. Sua luz é suave, não tem irradiação
resplandecente e é facilmente suportada. Ela condensa-se numa espécie
de nimbo, que foi comparado a uma flor desabrochada, representada por
uma rosa de cinco pétalas. Símbolo da QUINTESSÊNCIA, portanto,
daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a ROSA é unida a
CRUZ, num emblema de pura espiritualidade, a respeito do qual é muito
cedo para explanar-se aqui.
Por mais poderosas que sejam, as forças exteriores devem ser dominadas
pela energia que tem sua sede na própria personalidade. É por esse
motivo que o homem deve criar e desenvolver, em si próprio, um
princípio mais forte que os Elementos, com os quais entra em luta, nas
provas iniciáticas.
Enquanto combate, conserva-se Aprendiz.

HEXAGRAMA
Cinco nasceu do quatro. Seis é constituído pelo ambiente sintético
emanado do cinco.
A atividade psíquica que envolve nossa personalidade, compõem-se à luz
hermética, de ÁGUA vaporizada pelo FOGO, ou de ÁGUA ígnea, isto é
o fluido vital carregado de energias ativas.
Essa união do FOGO e da ÁGUA é representada graficamente por uma
figura muito conhecida por signo de SALOMÃO.

77
Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é
feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor
que se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por um
triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho
depositado pela umidade, através do espaço.
A ESTRELA FLAMEJANTE, corresponde ao Microcosmo, isto é, ao
homem considerado como um mundo em miniatura, ao passo que os dois
triângulos entrelaçados designam a Estrela do Macrocosmo, isto é, do
mundo em toda sua extensão infinita.

SETENÁRIO
Sete é o número da harmonia, resultante do equilíbrio estabelecido por
elementos dessemelhantes. Esse equilíbrio e essa harmonia são
representados pela figura abaixo:

A adição dos números opostos dá, sempre, em resultado, o número 7.


A última dessas combinações, isto é 3 + 4, é a que mais, de perto, se
refere à Maçonaria. Três, (triângulo), mais quatro, (tetragrama), dão em

resultado o emblema abaixo:

Como sabeis, este é o símbolo do Delta Sagrado, sendo o Tetragrama


central substituído, às mais das vezes, por um olho: "OLHO QUE

TUDO VÊ".

Nada mais se poderá dizer sobre o número sete, mais do domínio do


Mestre que do Companheiro. Já, por certo, compreendestes que a
Quintessência, elevada ao Tetragrama e ao Hexagrama, representa a
essência do ser, isto é, a alma humana purificada, fortificada, temperada
pelas provas da existência e tendo atingido um estado que lhe permite
78
realizar o que o vulgo profano denomina milagres. O Companheiro não
deve ignorar que a realização integral da Grande Obra está reservada ao
iniciado perfeito, ao Mestre.
Para ser Mestre, é preciso ter previamente adquirido as
virtudes e os conhecimentos que o tornem digno disso.
Eis o que nos ensina a tradição sobre a SIMBOLOGIA
NUMÉRICA do 2º Grau.

SINAL DE COMPANHEIRO
A m.’. dir.’. sobre o cor.’., reafirma a promessa em COOPERAR na
obra do G.’.A.’.D.’.U.’. , e a m.’. esq.’. aberta e levantada, forma a
Estrela de Cinco Pontas, que é o símbolo do homem triunfante em suas
provas.
SUA SIGNIFICAÇÃO
Quando desejamos externar um pensamento, no mundo profano,
devemo-lo efetuar com palavras claras e precisas, as quais terão seu
sentido e sua real e desejada aplicação hoje, no entanto, mutáveis com o
decorrer do tempo.
Na nossa linguagem e entendimentos maçônicos usamos os símbolos, que
embora possam ter as mais diferentes interpretações, não deixam,
entretanto nenhuma dúvida quanto ao seu significado, através dos
séculos, esotérica, e exotericamente.
O Sinal de Companheiro - Lemos no Ritual do Comp.`., no
momento em que o Aprendiz presta o Juramento, o seguinte trecho: "Se
eu for perjuro, seja-me arrancado o coração para servir de pasto aos
abutres". Temos aí uma das mais belas interpretações a dar ao
simbolismo. Não é que, por ser perjuro, seja-lhe arrancado o coração e
dado de pasto aos abutres, pois seria a prática de um grave crime... e nós
não somos criminosos.
A m.’. dir.’. colocada sobre o cor.’. é sinal de um amor fraterno para
todos os iniciados. Eleva também a m.’. esq.’. descrevendo um esquadro.
Quando Aprendiz a m.’. dir.’. descrevia esse esquadro sua pessoa moral;
sua inteligência sofria a lei, sem ser admitido a compreendê-la. Agora é a
m.’. esq.’.; é passiva diante da Lei, mas a m.’. dir.’., aquela que opera,
segue os impulsos do coração, porque o seu coração compreendeu a
79
necessidade de se submeter à Lei que rege os llr:. e não quer senão
testemunhar uma ardente fraternidade.
A m.’. esq.’. levantada - demonstra também o Ideal sobre o qual se
fixa constantemente a inteligência, que é a parte passiva e feminina do
nosso ser; e a palma da m.’. voltada para frente, demonstra a franqueza e
a sinceridade de atitude. Forma aquele Pentagrama que os ocultistas
consideram como o símbolo do poder, do domínio da Quintessência
sobre a Tetrade dos elementos, da Inteligência sobre os instintos e das
tendências inferiores.
A esquadria da m.’. dir.’. – representa a Vontade, o lado ativo ou
masculino do ser, dirigida para expressar fielmente a atividade
construtiva, os desejos e as aspirações mais nobres do coração.
O movimento que se executa - com este sinal não representa apenas
o ato de "arrancar o cor.’. e atirá-lo aos abutres", mas sim, pode ver-se
nele o esforço ativo para realizar o ideal na vida e nas condições materiais,
que caracteriza o Trabalho do Iniciado.
Finalizando - o sinal do Companheiro se refere principalmente à
laboriosa atividade inspirada por um Ideal Superior que deve caracterizar
constantemente este grau em qualquer ângulo da vida em todas as
condições e circunstâncias em que alguém possa encontrar-se.
Estes são os perenes ensinamentos que deve dar o Sinal a todo verdadeiro
Companheiro que aspire a realizar em si mesmo esta privilegiada
qualidade, esforçando-se, sem desfalecimento, em proceder de tal modo
que sua visão se expresse em todos seus propósitos e ações, traduzindo-se
em uma vida fecunda e ativa e em um trabalho sempre benéfico para seus
semelhantes

SOL
Misticamente este astro é uma dualidade de Espírito e Matéria, e um
inesgotável manancial de vida e luz, que dele flui sem cessar. Generoso
"doador da vida" como é, alimenta e sustenta todas as criaturas e é o
coração de todo sistema solar. Todas as antigas religiões populares
esotéricas reconheceram sua natureza dual e o tornaram como símbolo
mais completo de sua Divindade.

80
T

TAU EGÍPCIO
Simbolizado pelo ESQUADRO, é a união do NÍVEL com o PRUMO,
por meio dos quais se constrói a base que se levanta o edifício.

TEMPLO MAÇÔNICO
O estudo do Hexágono e do Cubo nos conduz ao Templo-Simbólico de
nossos trabalhos em seu duplo aspecto de representação do Universo e do
Homem.
Representando o HOMEM dentro de um Cubo, podemos formar uma
idéia das três dimensões nas quais a individualidade se desenvolve em sua
atividade quotidiana: - a largura corresponde ao alcance de suas mãos; a
profundidade a de seus pés, que asseguram, a cada passo estabilidade e
equilíbrio; e - a altura a de sua cabeça, que mostra a elevação de sua
visão.
O alcance de suas mãos determinará a qualidade e, a perfeição de seu
trabalho e sua utilidade como força construtora no meio em que atua; o
alcance de seus pés determinará seu progresso, a efetividade e valor de
seus esforços; e o alcance da cabeça seu ideal e a capacidade de realizá-lo.
Desdobrando no plano esse mesmo tubo, teremos presente o símbolo da
cruz, como perfeita medida da extensão do homem, ou seja, de suas
faculdades, poderes, capacidade ativa e realizadora, indicadas pelas
dimensões verticais unidas às horizontais.
O Homem na Cruz vem a ser aquele que realiza em si mesmo e em sua
existência, cúbica perfeição que se identifica com o Magistério.
É um símbolo iniciático antiguíssimo e da maior importância.
Como o Universo aparece em forma circular ou esférico, poderíamos
pensar que esta seria a forma mais adequada para representá-lo.
Efetivamente muitos Templos antigos são circulares, como Templos
subterrâneos da Índia, assim escavados para representar o "ovo de
Brahma", outro símbolo do mundo.
81
A cúpula hemisférica de muitas igrejas e catedrais é uma evidente alusão à
abóbada celeste. A forma em cruz de certas basílicas tampouco se afasta
deste simbolismo, por representar os quatro elementos e os quatro
pontos cardeais, os quatro braços da Divindade Criadora do Universo.
Ao que se refira ao Templo Maçônico, como a forma mais apropriada é a
do duplo cubo, representa uma cubatura do Universo, da mesma maneira
como a pedra cúbica representa o homem, exatamente como um
planisfério simboliza o globo terrestre.
Podemos afirmar que o pavimento quadriculado da Loja corresponde ao
planisfério, enquanto indica a superfície da terra.
Segundo esta analogia, este pavimento foi considerado pelos antigos
como uma perfeita imagem geográfica do mundo conhecido, o mundo
Mediterrâneo, pondo-se as duas colunas sobre as margens do estreito de
Gibraltar, exatamente onde se achavam as colunas de Hércules. A Grécia
ocuparia o lugar do Altar e a Síria, com os países limítrofes, o Oriente.
Se tomarmos o planisfério por inteiro, não será menos interessante e
simbólico, pondo-se as colunas no extremo Ocidente, sobre as Américas
e o altar sobre o Egito ou Síria, origem de nossos mistérios. O Oriente
ficaria então entre a Austrália, a China, o Japão e o Oceano
Pacífico.Analogamente o teto da Loja é uma representação da abobada
celeste, e os doze signos do Zodíaco representados pelas doze colunas,
seis ao Norte e seis ao Sul. Estas Colunas, que unem a terra ao céu, na
Arquitetura Cósmica, são símbolos dos doze tipos Zodiacais, por
intermédio dos quais, no ser humano se realiza esta união. Assim, pois,
enquanto o pavimento da Loja representa a superfície do Globo
Terrestre e seu teto a da abóbada celeste, suas paredes são formadas pelos
próprios maçons. As simbólicas colunas que sustêm o Templo e que se
apóiam, com seus embasamentos, sobre a Terra da vida material,
enquanto seus capitéis se levantam livres ao céu, representam o titânico
esforço do "iniciado" convertido em Obreiro da Inteligência Universal,
para compreender e realizar sua missão sobre a Terra.

TETO DO TEMPLO
Representa a Abóbada Celeste, de cores variadas. O caminho para atingir
essa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado pela escada
82
conhecida como “Escada de Jacó”, nome que, como fiel guardião das
antigas tradições a Maçonaria conserva.

TESOURO OCULTO
Representa a Doutrina Iniciática, cujo conhecimento está reservado aos
que não param na superfície e sabem aprofundar-se nos estudos. Diz-se
que estes tesouros estão ocultos nas Colunas J e B
TETRAGRAMA HEBRÁICO (Ver: Simbologia Numérica)

TOQUE
No grau de Companheiro, se traduz como:
"QUEM MAIS TEM, MAIS DEVE DAR."

TRÊS, CINCO, SETE


TRÊS QUE GOVERNAM = Os três que governam a Loja,
são: o Venerável Mestre, e os dois Vigilantes; porque TRÊS foram os
83
Grão-Mestres que presidiram a construção do Templo de Jerusalém:
SALOMÃO, rei de Israel, HIRÃ, rei de Tiro, e HIRÃ ABI.

CINCO QUE CONSTITUEM A LOJA = São os três que a


governam e mais dois companheiros. CINCO em consideração às cinco
nobres ordens da Arquitetura: TOSCANA, JÔNICA, DÓRICA,
CORÍNTIA e COMPÓSITA.

SETE QUE A TORNAM PERFEITA = São dois


Aprendizes adicionados aos cinco que a constituem. Tornam perfeita,
porque Salomão gastou mais de sete anos na construção, acabamento e
consagração do Templo de Jerusalém ao serviço de Deus. Este número é
também uma alusão às sete artes e ciências: GRAMÁTICA, RETÓRICA,
LÓGICA, ARITMÉTICA, GEOMETRIA, ASTRONOMIA E MÚSICA.
(Ver: Escada Caracol)

TROLHA
Pá de pedreiro. É o instrumento que simboliza o Serviço e a Caridade.
É uma espécie de pá achatada, usada pelo pedreiro para aplicar argamassa.
Sob a forma triangular é adotada na Maçonaria como instrumento
simbólico com que se aplica a argamassa humana destinada a realizar a
unidade, tal qual o pedreiro cimenta as várias pedras para formar um só
todo, que é o edifício. Instrumento de trabalho essencialmente
construtivo, é o emblema característico do amor fraternal que deve unir
todos os Maçons, e único cimento que os operários maçônicos podem
empregar para a edificação do Templo da Solidariedade humana e do
próprio caráter.

V
VIAGENS
INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO
INTRODUÇÃO
84
Assim como o Aprendiz teve de decidir entre o vício e a virtude, entre o
erro e a verdade, antes de poder progredir do Ocidente ao Oriente, das
trevas à Luz, assim também o reconhecimento de suas faculdades por
intermédio das quais o Companheiro dará resposta à pergunta: "Quem
somos?" é condição necessária para empreender as viagens ou etapas de
progresso que o esperam nesta segunda fase de sua ascensão maçônica.
As viagens ou etapas são em número de cinco e há um estreito paralelismo
entre as faculdades e os instrumentos que o Iniciando deverá levar em cada
viagem. .
Como o Aprendiz, o Companheiro também deve proceder do mundo
concreto, o do domínio da realidade objetiva, ao mundo abstrato ou
transcendente, o mundo dos Princípios e das Causas, atravessando a região
obscura da dúvida e do erro (o Norte) para voltar pela região iluminada
pelos conhecimentos adquiridos (o Sul), constituindo cada viagem uma
nova e diferente etapa de progresso e realização.

1ª. VIAGEM

Na primeira viagem o Companheiro aprende, como conclusão de seus


esforços de Aprendiz, da vontade impulsiva e da determinação inteligente
com as quais, estará em condições de fazer da matéria prima de seu
caráter, ou então, da pedra bruta de sua personalidade profana (aparando-
lhe as arestas e partes supérfluas), uma pedra lavrada, ou também, uma
obra de arte.O poder de usar em perfeita harmonia, com suficiente poder
da reflexão e de discernimento, estas duas faculdades gêmeas, onde
prevalece o elemento equilibrante ou mercúrio, que é a inteligência
iluminada pelo descortínio do verdadeiro, do Real. Isto nos põe a
cavaleiro da luta entre os opostos e realiza em nós a “Pedra Filosofal”: a
perfeita união do Amor e da Sabedoria, que nos dá o Poder dos
Brahmanes, dirigentes espirituais da sociedade.
A primeira viagem significa o primeiro ano de Aprendizado do Neófito,
que deve empregar-se a fundo em conhecer a qualidade dos materiais e
como prepará-los; simbolizando esse esforço o neófito leva na mão direita
o maço e na esquerda o cinzel.
Significa também os cinco sentidos que permitem ao homem relacionar-
se com o mundo exterior, observar tudo quanto o cerca e despertar a
imaginação, ativando as faculdades.
Examinemos esses cinco sentidos: vejamos qual o uso que o maçom deve
85
deles fazer; as conseqüências morais que se deduzem da acertada direção
de seu emprego a sua interpretação simbólica.
A visão é o mais caro de nossos sentidos; faz-nos apreciar a cor e a forma
dos corpos; proporciona-nos o prazer de contemplar a Natureza e as
maravilhas que ostenta; mostra-nos a beleza transmitindo à imaginação os
magníficos ideais que desperta em nosso ser.
O ouvido nos transmite a impressão do som, e assim nos faz apreciar o
linguajar, que estabelece um dos principais meios de comunicação entre
semelhantes e a deliciosa sensação que produzem em nosso ser os
harmoniosos acordes da música.
O olfato nos faz perceber a noção da existência das emanações clorosas,
que se desprendem de alguns corpos e nos proporciona o meio de
reconhecê-los.
O gosto produz em nós, a sensação do sabor das substâncias que
ingerimos a fim de nos proporcionar a alimentação necessária ao
desenvolvimento e nutrição de nosso organismo.
O tato nos faz sentir e apreciar a temperatura, forma e estrutura exterior
dos corpos e retificar as sensações que nos produzem os outros sentidos.
"Do ponto de vista moral devemos considerar os cinco sentidos como as
funções de cujo estudo e exata aplicação pode tirar o homem o
conhecimento de si mesmo, como de seus semelhantes”.
Considerando-os em seu aspecto simbólico nos explicam a necessidade
que tem o companheiro, de ver como trabalham seus Irmãos, para imitá-
los; de ouvir os conselhos dos Mestres; de educar o gosto, que simboliza
a sensibilidade para que possa apreciar a delicadeza de sentimentos; e o
olfato, que é o mais penetrante e sutil, para que possa perceber, tanto os
defeitos dos homens, como aquelas nobres qualidades que os fazem
virtuosos; de ter, finalmente, um tato sensível para escolher aqueles
meios que proporcionem ao Companheiro a calma necessária para escutar
as opiniões dos demais e a prudência indispensável para adquirir o
completo domínio sobre a vontade, quando esta tente impor-se à razão.

OBJETOS USADOS NA 1ª. VIAGEM


E SUA INTERPRETAÇÃO

O Maço e o Cinzel, por meio dos quais o pedreiro desbasta a pedra bruta,
86
"aproximando-a a uma forma em relação com seu destino", são para o
maçom as duas faculdades gêmeas da vontade e da determinação
inteligente.
O primeiro destes instrumentos utiliza a força da gravidade, com a massa
de que se compõe, para produzir um efeito determinado: a desagregação
ou a fratura de outra massa (pedra ou matéria bruta), menos homogênea
e resistente que aquela que sobre ela se aplica; é uma força ou Poder cujo
efeito seria constantemente destrutivo se não fosse aplicado com extremo
cuidado e inteligência.
Assim é, com aquelas naturezas humanas nas quais o lado energético ou
volitivo tomou um desenvolvimento exagerado e indevido, em relação
com o poder diretor da inteligência.
Possuídas por uma idéia exclusiva a que animam como todo o ardor de
sua natureza passional, porém sem o discernimento necessário para um
sábio Aprendizado; estes seres constituem um perigo constante para a
estabilidade do edifício social, se outros não souberem dominá-los e
dirigir útil e construtivamente suas energias.
Comparado com o maço o cinzel tem uma massa limitada, porém sua
têmpera e fio aguçado fazem-no nitidamente distinto do primeiro, ao
passo que se crava em determinada forma sobre a matéria bruta sobre a
qual o aplicamos, cortando-a, em vez de quebrá-la e espedaçá-la, como o
faria o maço.
Entretanto, sua resistência e homogeneidade da massa, suportam
perfeitamente os golpes do malho e os transmite, como efeito útil sobre a
matéria operada, separando os fragmentos desnecessários sem destruir
toda a obra.
O cinzel sem o maço, que sobre ele aplica a energia de sua massa, seria
igualmente ineficiente e incapaz de produzir por si só o trabalho sem a
colaboração do maço.
Assim ocorre com aqueles, puramente intelectuais que elaboram planos e
projetos, mas que, por falta de energia, jamais os põe em prática,
condenando-se à inércia e sujeitando-se passivamente às condições e
circunstâncias, às vontades que os utilizam e os transformam em servis
instrumentos.
Prevalece nestas naturezas tomásicas o elemento feminino, ou passivo,
constituindo a casta dos vaysias - comerciantes, artistas e empregados,
nos quais domina a inteligência elaborativa, mas que, sabiamente
dirigidos e utilizados formam a força silenciosa, inteligente e trabalhadora
87
de uma nação.

2ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Esta viagem representa a segunda época dos estudos do Companheiro.


Significa as sete artes elementares: Gramática, Retórica, Lógica,
Aritmética, Geometria, Astronomia e a Música.
A Gramática é a ciência da linguagem, de falar e escrever corretamente
um idioma; ensina-nos a estrutura da linguagem e a origem dos
vocábulos.
A Retórica é uma arte ou coletânea de regras; uma série de princípios
verdadeiros, baseados na natureza do homem, que nos ensinam o que
devemos fazer, o que é preciso evitar, para falar ou escrever de modo
mais elegante, eloqüente e consentânea, ao fim que nos propomos. Para
falar corretamente bastam às regras gramaticais; para falar
eloqüentemente e de modo adequado, dissertar, escrever ou perorar, é
indispensável conhecer Retórica.
A Lógica é a parte da Filosofia que nos proporciona o modo de pensar
acertadamente e com coordenação, etc., nos princípios baseados na
investigação da verdade.
O maçom necessita saber expressar-se corretamente, a fim de que seja
compreendido facilmente na exposição de suas idéias, as quais deve saber
expor da maneira mais bela e eloqüente, para que seja escutado com
simpatia e agrado; coordenar seus pensamentos logicamente para que
adquira aquela força irresistível, conduzindo o ouvinte à plena convicção.
A Aritmética é a arte de contar e é a ciência dos números, tendo por
objetivo dar meios fáceis para representá-los, assim como para compô-
los e descompô-los. Sua utilidade é por demais conhecida e de sua
aplicação depende o cálculo das quantidades e a expressão numérica das
medidas, muito necessárias ao maçom, pois trabalha na edificação de um
Templo.
A Geometria é a ciência que dá a conhecer a extensão, suas propriedades
e suas dimensões. Dá-nos a idéia do ponto, da linha, da superfície e dos
corpos; ensina-nos a construção das figuras geométricas empregadas pelo
maçom como símbolo ou alegorias, de cuja exata interpretação não pode
formar-se perfeito juízo sem conhecer perfeitamente todas as
88
propriedades das figuras e seus conceitos.
A Astronomia é a ciência que estuda os astros e as leis de seus
movimentos, admiravelmente combinados em virtude da gravitação
universal. Seu estudo é de grande utilidade ao maçom, pois muito dos
símbolos Maçônicos provém dessa ciência. Observai: Trabalhamos sob a
abóbada celeste estrelada; no Oriente temos a representação do Sol e da
Luz e finalmente designamos lugares na Loja com os nomes dos quatro
pontos cardeais.
A Música arte mágica, sublime, trata da combinação dos sons e suas
diferentes modificações; despertam em nosso ser as mais variadas
sensações. A música, no dizer de Jean Jacques Rousseau, é um dom do
céu, eleva o espírito do homem às regiões do infinito e faz sentir ao
maçom a sublime concepção da beleza.
Nesta viagem aprendestes que o estudo é à base da instrução e que o
homem necessita ser instruído ou instruir-se se aspira a ser livre, para que
possa por si mesmo, distinguir entre a verdade e o erro e assim concorrer
decisivamente à obra do progresso, reservada sempre à classe mais
instruída e que é o objeto primordial da Maçonaria.
Procurai desenvolver a vossa inteligência na medida de vossas forças para
que possais realizar a obra a vós confiada.

OBJETOS USADOS NA 2ª. VIAGEM


E SUA INTERPRETAÇÃO

Os instrumentos conduzidos em sua segunda viagem são de natureza


inteiramente diferente dos que conduziu na primeira; enquanto os
primeiros são pesados, para trabalho material, temos agora dois
instrumentos mais leves e mais precisos, mais indicados para um trabalho
intelectual: a régua e o compasso.
Com estes, além de verificar e dirigir o trabalho feito com os anteriores
(como o fazem o escultor e o artista consumado, transformando a pedra
bruta em obras de arte), o Companheiro se adestra nos primeiros
elementos da Geometria, que é um dos objetivos de seu estudo e que nos
dá a chave da Arte de Construir, ajudando-nos a interpretar os desígnios
do Grande Arquiteto do Universo.
A Régua e o Compasso não são, simplesmente, dois instrumentos de
89
medida, embora a medida da terra ou mundo objetivo, seja o significado
originário da palavra Geometria, dado que, por meio deles podemos
construir quase todas as figuras Geométricas, iniciando pelas elementares
que são a reta e o círculo.
Todas essas figuras têm para o Maçom uma importância construtiva no
domínio moral e intelectual.
A linha reta que nos traça a régua é o emblema da retidão de todos os
nossos esforços e atividades, na qual devem inspirar-se nossos propósitos
e aspirações: o Maçom nunca deve separar-se da exata e inflexível linha
reta de seu progresso, que lhe indica constantemente o mais justo, o mais
sábio, o melhor.
O Círculo mostra e define o alcance do raio de nossas atuais
possibilidades, ou seja, o campo de ação dentro do qual devemos
trabalhar e nos dirigir sabiamente na direção inflexível indicada pela reta
que passa por seu centro.
A união círculo com a reta representa a harmonia e o equilíbrio que
devemos aprender entre as infinitas possibilidades do nosso ser, para uma
mais perfeita e progressiva manifestação do Ideal no Material.
A régua indica a perfeita união que traçamos no presente, entre o passado
e o porvir, sendo mesmo o presente a necessária conseqüência do
primeiro e a preparação do segundo.
Com relação ao Compasso, suas pernas e os dois pontos sobre os quais
elas se apóiam nos permitem reconhecer e traçar a Relação Justa e
Perfeita que existe entre nosso EU e o ambiente que nos cerca, nossa
linha de conduta em harmonia com os desígnios do Grande Arquiteto do
Universo, que é a Suprema Lei de nossa Vida.
Assim aprendemos a vencer com engenho e paciência todos os obstáculos
que encontramos nos nossos caminhos, servindo-nos dos mesmos como
pontos de partida, oportunidades, meios e degraus para nosso progresso.

3ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

A terceira viagem representa o terceiro ano ou o terceiro estágio dos


estudos do Companheiro. Significa o estudo da Arquitetura, que é a Arte
de construir e constitui a base, a razão de ser e a representação das
origens da Maçonaria. O maçom ergue Templos, imateriais, à virtude e
90
ao progresso, assim como o pedreiro constrói edifícios materiais. Estes e
outros artífices que trabalhavam na construção de Templos Religiosos na
Antigüidade formaram as primeiras Lojas e aos quais, mais tarde, se
uniram intelectuais para constituir as Lojas em que, adotando a
significação simbólica da Construção, iniciaram o trabalho "moral" da
edificação de um Templo à Virtude, tendo como base a Liberdade, a
Igualdade e a Fraternidade. Isto explica a necessidade do maçom possuir
os conhecimentos da Arquitetura e da Geometria para que as obras que
encete ostentem a perfeição.
Segundo os historiadores a Arquitetura teve suas origens no Egito; porém
foram os gregos que a levaram ao requinte. Os gregos conheciam três
ordens de Arquitetura: a Dórica, a Jônica e a Coríntia. Mais tarde foram
incluídas mais a Toscana e a Composta, derivadas das anteriores.
As ordens de Arquitetura estão caracterizadas principalmente pela forma,
dimensões e adornos das Colunas. O diâmetro dessas, tendo por unidade
o módulo, serve para determinar a altura, que varia segundo o número de
módulos que determinam à altura do fuste. O adorno dos Capitéis indica
a ordem arquitetônica.
A ordem mais antiga e simples é a Dórica, cuja coluna representa a
nobreza do Corpo humano, do homem, enquanto a Coríntia tem a beleza
da mulher.
Compreendereis agora a necessidade de o maçom conhecer a
Arquitetura, pois é necessário saber que classe de ornamento é a mais
adequada para decorar as diferentes partes do Templo que edificamos. O
Companheiro deve possuir um tato todo especial para saber selecionar o
material, os adornos etc., pois devem corresponder ao trabalho a que se
propõe.
No entanto, este conhecimento não deve torná-lo orgulhoso, nem se crer
superior a outros Irmãos; ao contrário, o maçom quanto mais se instrua,
mais antigo na Ordem, há de se tornar mais tolerante e mais benévolo
com seus Irmãos.

OBJETOS QUE USAMOS NA 3º. VIAGEM


E SUA INTERPRETACÃO

91
Conservando a régua nas mãos, na terceira viagem, leva mais a alavanca.
Este instrumento, como o compasso, se caracteriza pelos dois pontos
sobre os quais é aplicado (potência e resistência) e um terceiro ponto que
lhe serve de apoio, tem uma função eminentemente ativa, já que, com
seu auxílio, podemos mover os objetos mais pesados, aplicando uma
força apropriada.
Representa o meio ou possibilidade que se nos oferecem, com o
desenvolvimento de nossa inteligência e compreensão (o braço maior da
alavanca ou potência) para regular e dominar, em qualquer momento, a
inércia da matéria.
As duas mãos que devem aplicar-se sobre este instrumento, para que o
esforço seja mais efetivo, representam as duas faculdades (ativa e passiva)
da vontade e do pensamento, que devem aqui cooperar com o uso do
maço e do cinzel concentrando a força de seus músculos sobre o extremo
livre da alavanca.
A alavanca pode considerar-se como símbolo da Inteligência humana em
seu conjunto, que tem o seu Fulcro, ou ponto de apoio, no corpo físico,
sendo a Vontade, a Força ou Potência que sobre ela se aplica.
Podemos ver também, na alavanca, o símbolo da Fé. Diz o Evangelho que
a fé remove montanhas e é suficiente que haja Fé dentro de uma semente
de mostarda. Quer dizer que a menor semente da Fé pode crescer,
quando aplicada inteligentemente, realizando-se assim o que disse
Arquimedes: "Dai-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu deslocarei
o mundo".
É inútil este instrumento se não se lhe aplica a Vontade com absoluta
firmeza de propósitos e perseverança, assim como se o Pensamento, em
vez de encontrar-se sobre si mesmo com iluminado discernimento, se
deixa desviar por considerações errôneas e falsas crenças que o afastariam
daquela clara visão, em que consiste a clarividência do Iniciado.

4ª. VIAGEM
INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Esta quarta viagem simboliza o quarto ano ou o quarto estágio dos


estudos do Iniciado. Ela foi feita com a régua e o esquadro nas mãos, para
compreenderdes que a linha reta é o caminho que, como o mais curto
entre dois pontos, deve guiar-vos ao conhecimento da ciência, sem
esquecer que a retidão de intenções nos aproximará à possível perfeição.
92
Vamos examinar alguns nomes que ficaram na história, pelos seus feitos
nos mais variados setores do saber e que nos interessam de perto:
SÓLON - Célebre Filósofo e legislador Ateniense, um dos sete sábios da
Grécia, que viveu, mais ou menos, 650 anos antes de Cristo. Nas leis que
baixou, distinguia perfeitamente aos obreiros construtores Dionisianos
aos quais concedia especiais privilégios. Estas leis foram tomadas por
Numa como modelo para a organização dos Códigos de Arquitetos de
Roma, aos quais alguns escritores atribuem serem antecessores dos
maçons.
SÓCRATES - nascido em Atenas 470 anos antes de Cristo, se dedicou
com afinco ao estudo das Ciências, sendo seus Mestres Anagágoras e
Arquelau. Iniciou uma nova fase ou época da filosofia grega, pois todas as
escolas posteriores, por divergentes que pareçam, dele emanam.
Foi antagonista declarado da Sofística e, em geral, de toda e qualquer
especulação, vendo como temerária e inútil à ciência que ultrapassasse os
limites da razão e que não tivesse por objeto a perfeição moral do
homem. Sua obra consistiu em excitar o homem à observação de si
mesmo (Nosce te ipsum - Conhece-te a ti mesmo), e em tornar a alma
humana o princípio e o objetivo da Filosofia. Foi fundador da moral,
posto que foi o primeiro que entreviu sua existência e assentou as bases
do direito natural. A filosofia de Sócrates não foi só uma ciência, foi
também uma arte; realizou durante sua vida quanto pôde de bom e de
belo, pondo em prática seus ensinamentos. Mestre dos homens, soldado
intrépido e correto magistrado, cumpria fielmente os deveres de sua vida
pública e privada.
PLATÃO - Este sábio Ateniense, a quem cognominaram "divino" nasceu
em 421 antes de Cristo. Possuía no mais alto grau, essas brilhantes
qualidades da imaginação, espírito inventivo, o talento de coordenação,
vivacidade de concepção, comunicando nova vida aos objetos.
Foi discípulo de Sócrates e fundador da Escola Acadêmica. Escreveu
numerosas obras de filosofia, tendo sido iniciado nos mistérios Egípcios.
Seus conhecimentos científicos eram tão extensos que chegavam a
assombrar os seus discípulos.
PITÁGORAS - Viveu na Grécia pelos idos de 580 antes de Cristo.
Poucos homens puderam rivalizar com Pitágoras que era admirado como
maravilhoso e sobrenatural. Viajou muito, tendo sido iniciado nos
mistérios Egípcios, adquirindo aí suas doutrinas sobre a Divindade e da
Geometria. Deu forma metódica aos conhecimentos científicos e fez
93
alguns importantes descobrimentos no ramo das ciências.
Ninguém ignora que a ele se deve o teorema geométrico: "triângulo
retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
catetos".
Dava grande importância às propriedades dos números atribuindo-lhes
determinadas significações ou representação simbólica das grandes idéias.
A Escola Pitágoras é digna de aplausos, por ter sido a cúpula, digamos, de
várias idéias felizes, cuja demonstração o tempo e a experiência fizeram
válidas.
LICURGO - Filho de Eumono, rei de Sparta. Depois de haver viajado
por muitos países e muito estudar as suas leis e costumes, retornou a
Pátria, dando-lhe uma Constituição quase perfeita, existindo tal harmonia
em suas partes integrantes que o povo compreendeu que não necessitava
mais leis para ser feliz.
Este sábio legislador foi o primeiro que conheceu as fraquezas e as
virtudes do homem e soube conciliar a lei com os deveres e necessidades
do cidadão comum.
Nesta viagem aprendestes que a Maçonaria rende homenagem à sabedoria
e oferece aos estudiosos grandes exemplos a imitar, recordando-lhes os
méritos extraordinários dos filósofos gregos, os quais converteram este
pequeno povo em foco luminoso do Oriente, donde se propagou ao
Ocidente à luz das ciências e da beleza da Arte.

OBJETOS USADOS NA 4ª. VIAGEM


E SUA INTERPRETACÃO

Ainda com a régua na mão o futuro Companheiro leva também o


Esquadro, a fim de obter a experiência que necessita para poder se
encaminhar ao Mestrado de sua Arte.
Assim como a união coordenada da régua com o compasso indica a
capacidade de dar cada passo, em vista do objetivo a que nos propomos,
dentro do limite de nossas atuais possibilidades, assim igualmente sua
associação (a régua) com o esquadro representa a necessária retificação de
todos nossos propósitos e determinações, segundo o critério e o Ideal que
nos inspira.
94
Particularmente, o esquadro unido a régua ensinam ao maçom que o FIM
JAMAIS JUSTIFICA OS MEIOS, senão que sempre parte de preparar o
candidato, dando como razão para isso o que se praticava nos tempos
antigos. Era uma regra entre os hebreus, que "nenhum homem entrasse
no Templo com seu bastão, nem com sapatos nos pés, nem com
vestimentas exteriores, nem com dinheiro nos bolsos".
Contudo, o verdadeiro caráter da preparação não tende a uma regra geral
dessa índole, a venda não é simplesmente o símbolo do estado de
cegueira ou de ignorância, de sua incapacidade para perceber a verdadeira
Luz.
Como preparação para a admissão ao Templo, é evidente uma
continuação da obscuridade reinante na Câmara de Reflexões, uma
cegueira voluntária, um isolamento das influências do mundo exterior e
da ilusória luz dos sentidos como meio para chegar à percepção espiritual
da Vida.
A corda que cinge a cintura nos recorda o cordão umbilical que une o
feto à mãe no período de sua vida intra-uterina. Indica também o estado
de escravidão às suas paixões, erros e preconceitos, em que o homem se
encontra nas trevas do mundo profano, o peso da fatalidade, que sobre
ele pesa, mostra seu desejo, vontade e capacidade de libertar-se deste
jugo e desta escravidão, aceitando voluntariamente as provas da vida e
cooperando com sua disciplina.
Desta maneira, estes mesmos obstáculos, dificuldades e contrariedades se
convertem em degraus e meios de progresso.
Finalmente, o triângulo de nudez (joelho direito - peito esquerdo - pé
esquerdo) que constitui o terceiro elemento da preparação simbólica, é
um despojar voluntário de tudo o que não seja estritamente necessário e
que constituiria um obstáculo ao progresso ulterior - o espólio de todo
convencionalismo que impeça a sincera manifestação de seus sentimentos
e de suas mais profundas aspirações (nudez do mamilo esquerdo); do
orgulho intelectual, que impede o reconhecimento da Verdade (nudez do
joelho direito); da insensibilidade moral, que impede a prática da Virtude
(nudez do pé esquerdo).
A perfeita sinceridade de propósitos é, pois, a primeira condição de todo
progresso; porém é necessário também um bem formado espírito de
humildade (que não deve ser confundido com a falsa modéstia, nem com
a ignorância das divinas possibilidades que existem em nós), dado que
nosso progresso deve desenvolver-se em um plano superior à ilusão da
95
personalidade.
Com a primeira dessas qualidades abrimos o nosso coração e com a
segunda nossa inteligência ao sentimento e à percepção daquela Realidade
que Cristo chamou de "Reino dos Céus", meta de toda iniciação.
Chega, pois, o momento na evolução individual no qual todas as regras,
ensinamentos e ajuda exterior, que até então foram de extrema utilidade,
já não servem, e quase são um obstáculo ao progresso ulterior.
Devem então ser abandonadas, convertendo-se o Artista em Instrumento
do Divino Gênio, buscando um perfeito Ideal, fazendo-se o Iniciado
veículo e expressão daquela Luz que brilha e daquela Voz que se faz ouvir
dentro do seu próprio coração. Mas .......CUSTA CHEGAR LÁ.

5ª. VIAGEM

INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO

Certamente notastes que nas viagens anteriores leváveis instrumentos de


trabalho nas mãos e que nesta viajastes de mãos vazias, embora levando
cingido o Avental, símbolo do trabalho. Esta viagem, neste conceito,
pode ser a imagem sensível e viva da liberdade social; porém deveis
entender que só é digno de gozar dessa liberdade o homem que produz,
que trabalha moral e fisicamente em benefício de seus semelhantes.
Olhai a Estrela Flamígera, com seus raios brilhantes, que guia o maçom
através das obscuras sendas da ignorância, da superstição e das falsas idéias
que dominam o mundo profano, para que possais chegar facilmente aos
cinco degraus que conduzem ao interior do Tempo, e que são:
1°) - inteligência para compreender;
2°) - retidão para trabalhar;
3°) - valor para difundir;
4°) - prudência para aproveitar; e
5°) - amor à humanidade para o sacrifício e a abnegação.
Terminadas as viagens resta-nos recomendar-vos que fixeis em vossa
imaginação tudo quanto haveis observado e aprendido, para que possais
comunicar esses conhecimentos aos que venham depois de vós ocupar as
colunas do verdadeiro saber.

96
VONTADE
É a faculdade de desejar e de trabalhar. A Inteligência guia nosso ser para
desejar o bom e o justo: a Vontade nos impulsiona à ação. Essas duas
faculdades são como gêmeas e se completam mutuamente.

Z
ZODÍACO
Designa a zona circular, ou faixa, pela qual passa a eclíptica e que
contém as doze constelações que o Sol parece percorrer durante
o ano; a representação da mesma zona, com as constelações
desenhadas e figuradas por signos.

97
PERGUNTAS E RESPOSTAS

SOIS COMP.`.MAÇOM?
E.`.V.`.A.`.E.`.F.`.

COMO PODEIS JUSTIFICAR TAL AFIRMATIVA?


Porque adquiri consciência de mim mesmo; agora sei o que sou e posso
afirmar com segurança o grau que possuo.

O QUE É SER COMPANHERO?


É ser o obreiro reconhecido apto a realizar os planos traçados pelo
M.`.M.`.

COMO UM COMP.`. FAZ-SE RECONHECER?


Por um S.`. duas PP.`. e um T.`.

QUAL O SALMO DO COMPANHEIRO?


Amós VII : 7 e 8.
7 Mostrou-me também assim: e eis que o Senhor estava sobre um muro,
levantado a prumo; e tinha um prumo na sua mão.
8 E o SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo.
Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo
Israel; nunca mais passarei por ele.

QUE SIGNIFICA A LETRA “G”?


O G.´.A.´.D.´.U.´. Também, Geometria, Geração, Gravidade, Gênio e
Gnose

98
COMO SE DEFINE A ”GEOMETRIA” TRATADA AQUI?
Da construção universal; daquela que nos ensina a polir o homem e a
torná-lo digno socialmente.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE ”GERAÇÃO” E O COMP.’.?


O Companheiro é chamado a fazer a obra da vida, pondo em ação sua
energia vital e aprofundando-se nos mistérios da existência. Tudo isso tira
sua origem da Geração, cujas leis inspiram as doutrinas da antiguidade.

EM QUE A “GRAVIDADE” INTERESSA À MAÇONARIA?


A atração universal que tende a aproximar os corpos na ordem física;
corresponde na ordem social a uma força misteriosa que une as almas e
corações, o que assegura a solidez do edifício maçônico.

EM QUE CONSISTE O GÊNIO?


Na exaltação fecunda de nossas faculdades intelectuais e imaginativas.

O QUE SIGNIFICA GNOSE?


Em grego quer dizer conhecimento. É o conjunto de noções comuns a
todos os iniciados que, a força de pesquisar se encontram na mesma
compreensão da causa das causas.

QUAIS OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO


COMPANHEIRO?
São 09 os instrumentos que aparecem no Painel do grau de
Companheiro, sendo os seis primeiros utilizados nas viagens na sessão de
Elevação:
1- O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza.

2 -O CINZEL é a Determinação.

3 -A RÉGUA é o Equilíbrio.

4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos


99
5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.
6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.
7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.
8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.
9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade.

A ESPADA É UM INSTRUMENTO DO GRAU?


Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do
grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora
companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do
mesmo grau ou superior.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.

QUAIS OS ORNAMENTOS DE UMA LOJA DE COMP.`.?


O pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Denteada.

DESCREVA O AVENTAL DE COMPANHEIRO


Em algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz, porém
deve ser usado com a abeta para baixo. Em outras Lojas tem as rosetas de
azul pálido adicionadas ao avental, que indicam o progresso que está
sendo feito na ciência da regeneração, e que a espiritualidade do
Companheiro começa a brotar e desabrochar plenamente.

O QUE É A “CÂMARA DO MEIO”?


Local onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiam
semanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EM
CARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãos
companheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cuja
porta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante,
para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois de
darem o S, o T e as PP e outras provas convincentes de que
100
eram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, que
assim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e sua
atenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente são
representados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, a
letra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quem
todos devemos submeter e adorar.

O QUE REPRESENTA A “ESPIGA DE TRIGO”?


Simboliza o 2º Grau (Companheiro). Significa Abundância . É tomada
como símbolo da universalidade, da evolução espiritual e da
indestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremo
mistério.

DESCREVA A ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERA


A pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da Divindade
Cósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro a
letra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela,
é o reflexo desta e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem e
semelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo,
"o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente,
acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima do
pedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro,
porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luz
e de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao
devotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta a
todas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente os
quatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolo
das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da
matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema
do PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre o
Sol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando a
luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão
procedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO. A Espada é o
Poder do Verbo Criador.

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QUAL A IDADE DO COMP.`.?
5 ANOS

QUE SIGNIFICA A “PALAVRA DE PASSE” DO GRAU DE


COMP.`.?
Significa ABUNDÂNCIA e está representada, no Painel da Loja do 2º
grau, por uma ESPIGA DE TRIGO, junto a uma QUEDA D'ÁGUA. A
palavra Chib teve sua origem na época em que um exército dos
efraimitas atravessou o Rio Jordão, para combater Jefté, famoso general
gileadita. Seus adeptos deveriam pronunciar a palavra Chib para
obterem permissão de passagem. Por sua vez os efraimitas, por defeito
vocal, próprio do seu dialeto, não pronunciavam Chib e sim Sib e
esta diferença de pronuncia custavam-lhes a vida. Por isso Salomão
resolveu adotá-la como palavra de passe dos Irmãos Companheiros. Após
a identificação com esta palavra, os irmãos companheiros se dirigiam a
ESCADA EM CARACOL, que atingida em seu topo os irmãos
companheiros se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO DO
TEMPLO.

QUE SIGNIFICA O SINAL DE COMPANHEIRO?


A mão sobre o Cor.`. lembra o compromisso de amar seus irmãos e
recorda o juramento prestado.

QUE SIGNIFICA A “PALAVRA SAGRADA” DO GRAU DE


COMP.`.?
Significa ESTABILIDADE, FIRMEZA. É o nome de uma das colunas
de bronze, erguidas à entrada do Templo de Salomão, onde os
Companheiros recebiam seus salários. Ao ser solicitada esta palavra ao
Companheiro, o mesmo deve dá-la, pois não mais lhe será dada a
primeira letra como no caso de Aprendiz, pois o Companheiro já não é
mais ignorante. Já fez prova de iniciativa intelectual. Assim pode-se pedir
que dê, antes de receber.

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COMO SE TRADUZ O “TOQUE” DO GRAU DE COMP.`.?
No grau de Companheiro, se traduz como: "QUEM MAIS TEM, MAIS
DEVE DAR."

O QUE DESPERTAVA A ATENÇÃO DOS COMPS.`. AO


ADENTRAREM O TEMPLO DE SALOMÃO, PELO PÓRTICO SUL?
E O QUE REPRESENTAVAM?
Duas grandes colunas ornadas em bronze. A da esquerda denominada B,
significava Força e a da direita denominada J exprimia a Estabilidade.

COMO ERAM ESTAS COLUNAS?


Eram ocas e serviam de arquivos para a Ordem, onde eram guardados
todos os registros constitucionais e os tesouros.
Também serviam para guardar as armas de defesa a ataques inimigos.

O QUE REPRESENTA O TESOURO OCULTO NAS COLUNAS?


A doutrina iniciática, cujo conhecimento está reservado aos que não
param na superfície e sabem aprofundar-se nos estudos.

O QUE REPRESENTA A PASSAGEM DA COLUNA “B” (Aprendiz)


PARA A COLUNA “J” (Companheiro)?
Uma modificação no programa iniciático. Tendo terminado seu trabalho
na Pedra Bruta está agora trabalhando a Pedra Cúbica, acertando suas
arestas.

O QUE REPRESENTA OS INTRUMENTOS DE TRABALHO NAS


VIAGENS DE COMPANHEIRO?
Que deve servir-se destes instrumentos para transformar a Pedra Bruta
em Pedra Cúbica.

QUAIS SÃO ESTES INSTRUMENTOS?


A princípio = maço e cinzel; em seguida = régua e compasso; depois =
régua e alavanca e finalmente = régua e esquadro.

103
PARA QUE SERVE O “ESQUADRO”?
Permite controlar o corte das pedras que devem ser estritamente
retangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadro
determina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, pois
ensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com que
se coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre,
que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter,
firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO é
o TAU, é a Experiência e o Acerto.

PARA QUE SERVE O COMPASSO?


Serve para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas de
trabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossa
realidade "concreta". É a harmonia dos pólos.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE A RÉGUA E O COMPASSO?


A régua, permitindo traçar linhas retas que podem prolongar-se ao
infinito, simboliza o direito inflexível, a lei moral no que ela tem de mais
rigoroso e imutável. A esse absoluto se opõe o círculo da relatividade,
cujo raio se mede pelo afastamento das pernas do compasso.

A QUE ALUDE A ALAVANCA?


Ao poder total de uma vontade inteligentemente aplicada.

POR QUE A RÉGUA DEVE JUNTAR-SE À ALAVANCA?


Porque a vontade só é inflexível, quando posta ao serviço do direito
absoluto.

POR QUE NA ÚLTIMA VIAGEM O COMP.`. NÃO LEVA


INSTRUMENTO?
Porque a sua transformação em pedra cúbica está completa e assim não
mais tem de se preocupar com o seu aperfeiçoamento.

104
QUANTAS E ONDE ESTÃO AS JANELAS QUE ILUMINAM UMA
LOJA DE COMP.’.?
São três, situadas no Oriente, no Sul e no Ocidente.

POR QUE NO SETENTRIÃO (norte) NÃO EXISTE JANELA?


Porque a Luz nunca vem desta direção.

POR QUE A MARCHA DE COMP.`. COMPORTA PASSOS


LATERAIS?
Para indicar que ele não está obrigado a seguir invariavelmente a mesma
direção em busca da verdade. A Exploração do mistério, porém, não
deve desorientá-lo e por isso todo afastamento momentâneo da
imaginação deve ser seguido de uma pronta volta à retidão de raciocínio.

COMO DEVE TRABALHAR UM COMP.’. AO LADO DO SEM


MESTRE?
Com liberdade, alegria e fervor.

OUTRAS INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES


Outras informações e instruções importantes, os Irmãos
poderão encontrar no Ritual de Companheiro do GOMG, e de
outras Potências, nos tópicos “Cobridor do Grau e Instruções
Obrigatórias do Comp.’.

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