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O QUE VINDES FAZER AQUI

É difícil “se tornar Maçom” muito mais difícil, porém, é “Ser Maçom”.

O que vindes fazer aqui? – Quando ouvimos a pergunta QUE VINDES AQUI FAZER? -
respondamos com orgulho e humildade: “Vencer minhas paixões, submeter minha
vontade e fazer novos progressos na Maçonaria”.

Venho me despojar do absolutismo, da prepotência, do egoísmo, pois quero


submeter minha vontade para o bem da humanidade; quero continuar sendo fiel
aos meus ideais e ao que a Maçonaria me ensina. Quero evoluir. Procuro laços de
união entre Irmãos, quero aprender com eles, dar de mim, receber suas críticas
para minha evolução. Nunca se esquive do aprendizado, não tenha vergonha de
perguntar, indagar, questionar. Pesquise, leia. Nunca se permita estacionar na
escalada do conhecimento.

Observem caríssimos Irmãos, que quem se atreve a transferir conhecimentos


maçônicos deve proporcionar aos estudiosos os meios mais simples e mais
efetivos. Portanto, enquanto estivermos aqui, trocaremos experiências, pois, há
sempre algo para aprendermos juntos e muito possívelmente, alguém para
aprender conosco também. A verdade só pode florescer através da pesquisa e do
estudo que é obrigação de todo Maçom interessado com a Ordem e com a
Humanidade.

Mas, lembremo-nos que, para o Maçom, não é importante decorar as Instruções


dos Rituais, o que realmente vale é vivenciá-las; que simbolísmo é a utilização
dos Símbolos, na busca de uma verdade.

Alguns termos usados na maçonaria:

Obediência – O título mais correto para uma federação de Lojas, sob a direção de
um Grão-mestre é OBEDIÊNCIA, pois o termo significa que as Lojas que a
compõem são subordinadas a ela e que devem Obediência às suas leis e normas.
O título mais usado, principalmente nos países latinos, é Potência, o qual,
todavia, não é o mais adequado, envolvendo algo de pretensioso. Quando se fala
no sistema de Lojas subordinadas a um Grão-mestrado, fala-se em sistema
obediencial e não “potencial”, o que demonstra qual é o termo mais correto
(embora Potência não seja errado; só é mais inadequado).
Profano – Em linguagem maçônica, profano é aquele que não foi Iniciado na
Maçonaria, ou não Iniciado nos conhecimentos da Instituição. Não tem nada de
pejorativo, como muitos julgam, mostrando, somente, um fato, que em nada
desabona o indivíduo indicado.

Religião – A maioria dos Ritos Maçônicos exige, de seus Iniciados, a crença num
ente supremo, o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Além disso, existem,
em Loja, Símbolos que lembram a divindade, como o Delta Sagrado e os textos do
Livro Sagrado (Bíblia). Todavia, a Maçonaria não é, de maneira alguma, uma
religião, como muitos profanos pensam e afirmam, embora surjam no
desenvolvimento de sua doutrina, preocupações metafísicas e de cunho místico.

Corroborando esta assertiva, os Templos Maçônicos estão abertos a homens de


qualquer religião, não havendo qualquer discriminação, desde que eles sejam
homens de consciência livre e de reputação ilibada.

Reconhecimento – A maneira correta de reconhecer um Maçom, é através dos


Toques, Sinais e Palavras, que representam as senhas de reconhecimento. A
pergunta correta que se faz, antes de passar a esse exame, é: Sois Maçom? pois
há uma resposta específica, que só um verdadeiro Iniciado pode dar. A tão
divulgada e usada “tudo justo”? não é meio de reconhecer outro Maçom, devendo
ser evitada. Mas se perguntado: Tudo está justo e perfeito, a resposta correta é
Entre Ambas.

Fraternidade – A Maçonaria é uma fraternidade, uma associação fraternal, onde


existe a união e a convivência como a de Irmãos. Assim o principal dever de um
Maçom, em relação aos seus Irmãos de Maçonaria, é a amizade, o afeto, a união,
o carinho, ou seja, tudo aquilo que a verdadeira fraternidade exige. O mesmo
dever se aplica em relação a toda a humanidade, pois o amor ao próximo é um
dos basilares preceitos maçônicos.

Aclamação – Significa clamar, aplaudir, ou aprovar, por meio de brados,


proclamar, saudar. A aclamação deve ser feita aos brados e não pouco mais do
que murmurada, como muitos fazem. Huzzé, Huzzé, Huzzé! é a aclamação de
alegria entre os Maçons do R.E.A.A. (não confundir aclamação e exclamação).

Chover – Em Maçonaria, quando se diz que está chovendo , isso significa que há,
entre os Maçons, a presença de não Iniciados, de profanos e que, portanto, não
se está a coberto. Os Maçons estão expostos à chuva (à goteira); isso serve como
advertência de que, a partir daquele momento, é proibida a abordagem de
assuntos maçônicos reservados aos Iniciados.

Prolixo – designa o que é muito excessivo, abundante; o que faz emprego inútil e
fastidigioso de muitas palavras. Uma das ciências humanas de interesse no
universo científico maçônico é a Retórica, que é arte de bem falar. Maçom deve
falar pouco e bem, com a maior objetividade, pois o Obreiro prolixo demais,
além de entendiar os demais, estende a Sessão além do necessário e tira-lhe o
caráter educativo.

Tolerância - designa a qualidade de tolerante; a indulgência, a condescendência;


a boa disposição dos que ouvem com paciência, opiniões opostas às suas. A
tolerância é largamente citada como uma virtude que deve ornar o caráter do
Maçom, mas é, ao mesmo tempo, largamente usada, para encobrir a inércia, a
inoperância e a falta de coragem de dirigentes de Lojas e de Corpos maçônicos,
quando têm que punir algum relapso contumaz. Evidentemente, a tolerância é
necessária, em muitos casos, mas, quando chega ao exagero de querer relevar os
erros repetidos de faltosos reincidentes, ela se transforma em ingenuidade, ou, o
que é pior, em conivência.

Concluindo - Diz-se que a Iniciação faz o Aprendiz; o Aprendiz constrói o Maçom;


o Maçom reflete uma nova Filosofia de vida!

Aprendiz! Não procure por respostas que ainda não poderiam lhe ser dada,
porque você não seria capaz de vivê-las. Procure, sim, viver tudo. Viva os
problemas agora e com certeza então, gradualmente, sem perceber, passo-a-
passo, será levado em direção às respostas.

Fontes de Consultas:
- Dicionário Etimológico Maçônico – José Castellani
- Editora Maçônica “A Trolha”.

Ir.´. Adenilson J C Silva

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