Você está na página 1de 2

AS QUALIDADES PARA A INICIAÇÃO

Ir.’. Walter Sarmento de Sá Filho

As qualidades do profano para o ingresso na Ordem devem levar


em conta as condições morais e a sabedoria, no que diz respeito
ao sentimento profundo e altruísta, com relação ao procedimento
legitimo de respeito e apreço aos semelhantes.

Em recente evento, ouvimos falatórios de profanos alusivos à


nossa Sublime Ordem, sobre a decadência que atravessava a
Instituição em função do grande número de irmãos iniciados em
nossos Augustos Mistérios, mas que atualmente se declaram ex-
maçons. Para saber os motivos da saída dos irmãos, foi realizada
uma pesquisa com os irmãos que abandonaram a Ordem Maçônica.

Dentre os motivos alocados, eles afirmaram a falta de cultura


dos maçons; a falta de força moral dos que a dirigem; a realidade
de que a maçonaria é um simples clube de serviço e entretenimento;
além do que as bandeiras que defendia na antiguidade, tais como,
a liberdade, igualdade e fraternidade, estão fora de época,
ultrapassadas e sem serventia para os nossos dias.

Assim, após presenciar tantos disparates e arrogância, filhas


legitimas da ignorância, respeitosamente, pedi licença e solicitei
a palavra para expressar a verdade sobre o significado da filosofia
maçônica, tão tragicamente e covardemente agredida, começando
pelos seguintes pontos:

1 - Embora todos os candidatos a iniciação sejam honrados e


justos, muitos não perseveram na luta intima de combate aos vícios
e as paixões e fogem para continuarem com os vícios e paixões nos
seus corações;

2 - A finalidade primeira da Ordem é melhorar os que lá se


matricularam, para torná-los seres humanos mais dignos e honrados,
através de boas ações e de estudos edificantes, para poderem
contribuírem com futuro melhor para toda a humanidade;

3 - Salvo as exceções, a grande maioria dos que abandonam a


Maçonaria o fazem por fraqueza intima, pois não conseguem suportar
a qualidade de vida que lhe é orientada para construir um homem
1
de ideal, humilde, honesto em todos os aspectos, tanto no
profissional, no familiar, como cidadão e perante o que seja bom,
belo e justo, no mais fiel entendimento de uma estrita moral;

4 - Percebemos que ao saírem da Maçonaria não aprenderam a


dominar as más paixões e, consequentemente, não realizaram nenhum
progresso na Maçonaria;

5 - Ao ingressar na Maçonaria, o verdadeiro maçom deve olhar


para a Luz, para o alto, para o G.A.D.U.; mas, ao contrário disso,
muitos irmãos continuam alimentando o orgulho e olhando para
baixo, persistindo em alimentar os vícios e as paixões que o
animalizam;

6 - Todo verdadeiro maçom tem a língua de boa reputação, ou


seja, apresenta um som espiritual de evolução, cujo proceder
identificamos em qual degrau da escada evolutiva que nos
encontrarmos, pois falamos e exemplificamos aquilo que sai da boca
em consonância com o nosso coração;

7 - O bem está em alta e, sendo o bem a moeda corrente de


nossa Instituição, em hipótese alguma ela está decadente. Ao
contrário, decadente está o mal que é de responsabilidade dos
maçons extirpá-lo da face da Terra, a fim de cumprir o seu o
objetivo maior que é o de tornar feliz a humanidade;

8 - Não obstante, serve de alerta para todos nós, maçons,


que, peremptoriamente, inadvertidamente, muitas vezes nos
descuidamos de beber da fonte fecunda de nossa Respeitável Ordem;

9 - Percebe-se que a ignorância anda solta a todo vapor,


sendo a prudência e a cautela atitudes que o maçom deve assumir.

Finalizando, quando Buda foi indagado por um discípulo para


que resumisse todos os seus ensinamentos, depois de pensar um
momento, o mestre respondeu: Cessa de praticar o mal; aprende a
praticar o bem; limpa teu coração; tal é a religião dos Budas.

Nós somos um só.

Você também pode gostar